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Nuvem – O que são
As nuvens são formadas quando o ar esfria até seu ponto de orvalho ou fica saturado, ponto em que o ar não pode reter mais vapor de água e as gotículas de água se condensam.
Existem muitas condições diferentes sob as quais isso ocorre, produzindo uma variedade de tipos de nuvens. A força com que o ar sobe, a topografia (características da superfície) e a temperatura na superfície e em várias altitudes estão entre os fatores que influenciam se uma nuvem será pequena ou grande, grossa ou fina, plana ou irregular, e se produzirá precipitação.
Sistemas de classificação em nuvem
O primeiro método científico de classificação de nuvens foi desenvolvido em 1803 pelo naturalista e farmacêutico inglês Luke Howard (1772-1864).
Em um artigo intitulado “Sobre as Modificações das Nuvens”, Howard atribuiu nomes latinos a quatro categorias de nuvens diferentes, com base na aparência: cumuliforme (“empilhadas”) para nuvens inchadas e amontoadas; cirriforme (“cabelo”) para redemoinhos de nuvens finos, finos e emplumados; estratiforme (“em camadas”) para folhas planas contínuas ou camadas de nuvens; e nimbus (“nuvem”) para nuvens de chuva escuras.
Ele então usou combinações desses nomes para descrever outras nuvens. Por exemplo, nimbostratus é uma nuvem em camadas que produz chuva, e stratocumulus é uma folha de nuvens contínua pontuada por solavancos.
Este sistema de classificação de nuvens foi revisto em 1874, na primeira reunião do Congresso Meteorológico Internacional.
Lá foi decidido usar os nomes das nuvens de Howard como ponto de partida para um sistema de classificação que colocou as nuvens em dez categorias, com base em sua altura no céu, bem como em sua aparência.
Em 1896, o Congresso publicou o International Cloud Atlas, o esboço geral do sistema ainda em uso hoje.
Nuvem – Definição
Nuvem
A definição de nuvens segundo o Atlas Internacional de Nuvens (Organização Meteorológica Mundial-MMO): é um conjunto visível de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, em suspensão na atmosfera. Este conjunto pode conter partículas de água líquida ou de gelo em maiores dimensões, e partículas procedentes, por exemplo de vapores industriais, de fumaça ou de poeira.
CLASSIFICAÇÃO DAS NUVENS
Apesar da freqüente evolução das nuvens, que mudam constantemente, é possível definir formas características que permitem c1assifica-las em diferentes grupos.
Estabeleceu-se como critério de classificação subdividi-las em gêneros, espécies e variedades:
Gêneros: Existem 10 gêneros de nuvens: Cirrus, Cirrocumulus, Cirrostratus, Altocumulus, Altostratus, Nimbostratus, Stratocumulus, Stratus, Cumulus e Cumulonimbus.
Espécies: Uma nuvem observada, pertencente a um determinado gênero, só pode ser classificada em uma única espécie, o que significa que as espécies se excluem mutuamente. Ao contrário, há espécies que podem pertencer a vários gêneros. Por exemplo, se nuvens Cirrocumulus, Altocumulus e Stratocumulus apresentam perfil em forma de lente, esses três gêneros citados tem uma espécie que lhes é comum, denominada “lenticularis”.
Variedades: São determinadas pelas características particulares que as nuvens apresentam. Tais características referem-se à disposição dos elementos das nuvens (em forma de ondas, por exemplo), ao maior ou menor grau de transparência etc. Uma determinada variedade pode aparecer em vários gêneros. Uma nuvem pode também reunir em si as características de diversas variedades.
Além dos critérios acima definidos, algumas nuvens podem apresentar particularidades suplementares, como mamas, rastos de precipitações, farra, etc.
Finalmente, parte de uma nuvem pode desenvolver-se e dar origem a ou a nuvem de ~gênero diferente da nuvem mãe.
O quadro 1 indica a classificação das nuvens, adotada no Atlas Internacional de Nuvens.
Além das nuvens constantes no Quadro 1, existem ainda alguns tipos especiais: nuvens orográficas, nuvens nacaradas, nuvens noturnas luminosas, rastos de condensação, nuvens de incêndios e nuvens de erupções vu1cânicas
As definições especificas de todos Os tipos de nuvens não serão aqui apresentadas, por fugirem aos objetivos deste trabalho. O leitor interessado poderá~ obtê-las consultando o Atlas Internacional, geralmente disponível nas Estações Meteorológicas. Pode-se adiantar que não é tarefa fáci1 a identificação precisa de todos os tipos de nuvens. Mesmo ap6s longa experiência de observações diárias, o observador terá de recorrer eventualmente ao Atlas. Portanto, discutir-se-á, a seguir, a Classificação das Nuvens com um pouco mais de detalhes, apresentando apenas os casos principais, além de alguns conceitos adicionais.
As observações mostram que as nuvens estão geralmente situadas a alturas compreendidas entre o nível do mar e 18 km nas regiões tropicais, 13 km nas latitudes médias e 8 km nas regiões polares.
Convencionalmente, a parte da atmosfera em que as nuvens se apresentam habitualmente foi dividida verticalmente em três camadas – camada superior, camada média e camada inferior.
Cada camada está definida pelo conjunto dos níveis em que as nuvens de CERTOS gêneros apresentam-se mais frequentemente, isto é:
a) Camada Superior (nuvens altas): Cirrus, Cirrocumulus e Cirrostratus
b) Camada Média (nuvens médias): Altocumulus
c) Camada Inferior (nuvens baixas): Stratocumulus e Stratus.
Na realidade, as camadas confundem-se um pouco e seus limites dependem da latitude. As alturas aproximadas destes limites estão indicadas no quadro 2.
É frequente um tipo de nuvem pertencente a uma camada invadir outra camada. 0 caso mais destacável refere-se aos Cumulus e Cumulonimbus, que têm suas bases na camada inferior, mas seus topos penetram com freqüência na camada média e, não raramente, na camada superior.
Nuvem
A seguir, transcrever-se-ão definições apresentadas pelo Atlas Internacional de Nuvens, por tratar-se de assunto adotado pela comunidade meteorológica e utilizado operacionalmente:
Alturas Aproximadas das Camadas Superior, Média e Inferior (ATLAS INTERNACIONAL DE NUVENS – OMM, 1972)
Camadas |
Regiões Polares |
Regiões temperadas |
Regiões tropicais |
Superior |
de 3 a 8 km |
de 5 a 13 km |
de 6 a 18 km |
Média |
de 2 a 4 km |
de 2 a 7 km |
de 2 a 8 km |
Inferior |
da superfície da terra a 2 km |
da superfície da terra a 2 km |
da superfície da terra a 2 km |
1) GÊNEROS
As definições dos gêneros, dadas aqui, não se estendem a todos os aspectos possíveis das nuvens, pois se limitam apenas a uma descrição dos tipos principais e dos caracteres essenciais, necessários a distinção de um gênero determinado entre os gêneros que apresentam aspectos um tanto análogos.
Cirrus: Nuvens isoladas com a forma de filamentos broncos e delicados, ou de bancos, ou de faixas estreitas, brancas ou em sua maioria brancas. Estas nuvens têm um aspecto fibroso (cabeludo) ou um brilho sedoso, ou ambas as coisas.
Cirrocumulus: Banco, lençol OIL camada fina de nuvens brancas, sem sombra própria, composta de pequeníssimos elementos em forma de grãos, rugas, etc., soldados ou não, e dispostos mais ou menos regularmente; a maioria dos elementos tem uma largura aparente inferior a um grau
Cirrostratus: Véu de nuvens transparente e esbranquiçado, de aspecto fibroso (cabeludo) ou liso, cobrindo inteiramente ou parcialmente 0 céu, e dando geralmente lugar a fenômenos de halo.
Altocumulus: Banco, lençol ou camada de nuvens brancas ou cinzentas, ou simultaneamente brancas e cinzentas, apresentando geralmente sombras próprias, compostos de pequenas lâminas, seixos, rolos, etc., de aspecto muitas vezes parcialmente fibroso ou difuso, soldados ou não; a maioria dos pequenos elementos dispostos regularmente tem geralmente uma largura aparente compreendida entre um e cinco graus.
Altostratus: Lençol ou camada de nuvens acinzentado ou azulado, de aspecto estriado, fibroso ou uniforme, cobrindo inteiramente ou parcialmente o céu, e podendo apresentar partes suficientemente finas que deixam ver o sol, embora vagamente, como se fosse através de um vidro despolido. Os Altostratus não apresentam fenômenos de halo.
Nimbostratus: Camada de nuvens cinzenta, muitas vezes sombria, cujo aspecto torna-se velado em conseqüência das pancadas mais ou menos contínuas de chuva ou de neve que, na maioria dos casos, atingem o solo. A espessura desta camada é, em toda a sua extensão, suficiente para esconder completamente o Sol. Existem freqüentemente abaixo desta camada nuvens esfarrapadas, soldadas ou não, com ela.
Stratocumulus: Banco, lençol OIL camada de nuvens cinzentas ou esbranquiçadas, ou mesmo cinzentas e esbranquiçadas, tendo quase sempre partes sombrias, compostas de mosaicos, seixos, rolos, etc., de aspecto não fibroso (salvo a virga) soldados ou não; a maioria dos pequenos elementos dispostos regularmente tem a largura aparente superior a cinco graus.
Stratus: Camada de nuvens geralmente cinzenta, com base uniforme, podendo dar lugar a chuviscos, prismas de gelo ou grãos de neve. Quando o sol é visível através da camada, seu contorno torna-se nitidamente visível. Os stratus não dão lugar a fenômenos de halo, salvo, eventualmente, a temperaturas muito baixas. Às vezes, Os stratus se apresentam sob a forma de bancos esfarrapados.
Cumulus: Nuvens isoladas, geralmente densas e de contorno bem delineado, desenvolvendo-se verticalmente em forma de mamelões, de domos ou de torres, e cuja região superior, apresentando várias intumescências, assemelha-se, muitas vezes, a uma couve-flor. As partes destas nuvens iluminadas pelo Sol são, muitas vezes, de um branco ofuscante; sua base, relativamente sombria, é sensivelmente horizontal. Os cumulus são às vezes dilacerados.
Cumulonimbus: Nuvem densa e potente, de considerável dimensão vertical, em forma de montanha ou de enormes torres. Uma parte pelo menos de sua região superior é geralmente lisa, fibrosa ou estriada, e quase sempre achatado; esta parte se expande muitas vezes em forma de bigorna ou de um grande penacho. Em baixo da base desta nuvem, comumente muito escura, existem, muitas vezes, nuvens baixas esfarrapadas, ligadas ou não a ela, e precipitações, comumente sob a forma de “virga”.
2) ESPÉCIES
As diferentes espécies são definidas aqui. Os gêneros das nuvens com os quais elas se apresentam mais freqüentemente, são também mencionados.
Fibratus: Nuvens isoladas ou véu fino de nuvens, compostas de filamentos sensivelmente retilíneos ou encurvados mais ou menos irregularmente, e que não são terminados em ganchos ou flocos. Este termo se aplica principalmente aos Cirrus e aos Cirrostratus.
Uncinus: Cirrus, muitas vezes em forma de vírgulas terminados em ganchos, ou par flocos cuja parte superior não tem a forma de protuberância arredondada.
Spissatus: Cirrus cuja espessura é suficiente para que pareçam cinzentos quando situados na direção do Sol.
Castellanus: Nuvens que apresentam, pelo menos em alguma parte da região superior, protuberâncias cumuliformes em forma de pequenas torres, o que dá geralmente a estas nuvens um aspecto denteado. Essas pequenas torres, das quais algumas são mais altas que largas, repousam sobre uma base comum e parecem dispostas em linh A. O caráter “Castellanus” é especialmente visível quando as nuvens são observadas de perfil. Este termo se aplica aos Cirrus, aos Cirrocumulus, aos Altocumulus aos Stratocumulus.
Floccus: Espécie na qual cada elemento da nuvem é constituído por um pequeno floco de aspecto cumuliforme cuja parte inferior, mais ou menos esfarrapada, é comumente acompanhada de virga. Este termo se aplica aos Cirrus, aos Cirrocumulus a aos Altocumulus.
Stratiformis: Nuvens expandidas em camadas, ou em lençol horizontal de grande extensão. Este termo se aplica aos Altocumulus, aos Stratocumulus e, mais raramente, aos Cirrocumulus.
Nebulosus: Nuvem com aspecto de uma camada ou de um véu nebuloso, não apresentando detalhes aparentes. Este termo se aplica principalmente aos Cirrostratus e aos Stratus.
Lenticulans: Nuvens em forma de lentes ou amêndoas, geralmente bastante alongadas e cujos contornos estão normalmente bem delimitados; apresentam às vezes irisações. Estas nuvens aparecem muitas vezes, na formação de nuvens de origem orográficas, mas elas podem igualmente ser observadas em cima de regiões sem orografia acentuada. Este termo se aplica principalmente aos Cirrocumulus, aos Altocumulus e aos Stratocumulus.
Fractus: Nuvens em forma de farrapos irregulares, tendo um aspecto nitidamente dilacerado. Este termo se aplica unicamente aos Stratus e aos Cumulus.
Humilis: Cumulus com pequena dimensão vertical. Geralmente parecem achatados. Um aspecto de vértebras, de costelas ou de um esqueleto de peixe. Este termo se aplica principalmente aos Cirrus.
Mediocris: Cumulus de dimensão vertical moderada e cujos cumes apresentam protuberâncias pouco desenvolvidas.
Congestus: Cumulus apresentando potuberâncias fortemente desenvolvidas e tendo comumente uma dimensão vertical grande; sua região superior com intumescências tem frequentemente o aspecto de uma couve-flor.
Calvus: Cumulonimbus no qual algumas protuberâncias, pelo menos na sua região superior, começaram a perder seus contornos cumuliformes, mas na qual nenhuma parte cirriforme pode ser distinguida. As protuberâncias e as intumescências tendem a formar uma massa esbranquiçada, com estrias mais ou menos verticais.
Capillatus: Cumulonimbus caracterizado pela presença, principalmente na sua região superior, de partes nitidamente cirriformes de estrutura claramente fibrosa ou estriada, tendo frequentemente a forma de uma bigorna, de um penacho ou de uma vastqa cabeleira mais ou menos desordenada. Este tipo de nuvem dá geralmente lugar a pancadas de chuva ou a trovoadas acompanhadas freqüentemente de borrascas e, às vezes, de saraiva; ela dá frequentemente origem a virgas muito nítidas.
3) VARIEDADES
Encontram-se, em seguida, as definições das diversas variedades existentes. As variedades intortus, vertebratus, undulatus, radiatus, lacunosus e duplicatus referem-se ao arranjo dos elementos das nuvens; as variedades translucidus, perlucidus e opacus, ao grau de transparência das nuvens consideradas em seu conjunto.
Os gêneros das nuvens com os quais as variedades se apresentam mais frequentemente estão também indicados.
Intortus: Cirrus cujos filamentos estão encurvados muito irregularmente e parecem, muitas vezes, emaranhados de maneira caprichosa.
Vertebratus: Nuvens cujos elementos estão dispostos de tal maneira que apresentam um aspecto de vértebras, de costelas ou de um esqueleto de peixe. Este termo se aplica principalmente aos cirrus.
Undulatus: Nuvens em banco, lençóis ou camadas apresentando ondulações. Essas ondulações podem ser observadas numa camada de nuvens bastante uniforme ou em nuvens compostas de elementos, soldados ou não. Às vezes, aparece um sistema duplo de ondulações. Este termo se aplica principalmente aos Cirrocumulus, Cirrostratus, Altocumulus, Altostratus, Stratocumulus e Stratus.
Radiatus: Nuvens apresentando faixas paralelas ou dispostas em faixas paralelas que, em consequência do efeito da perspectiva, parecem convergir para um ponto do horizonte ou, quando as faixas atravessam inteiramente o céu, para dois pontos opostos do horizonte, chamados “ponto ou pontos de radiação”. Este termo se aplica principalmente aos Cirrus, Altocumulus, Altostratus, Stratocumulus e Cumulus.
Lacunosus: Nuvens em bancos, lençóis ou camadas, geralmente muito delicadas, caracterizadas pela presença de filtros límpidos e arredondados, distribuídos de maneira mais ou menos regular, e dos quais vários apresentam as bordas esfiapadas. Os elementos das nuvens e os furos límpidos estão dispostos, muitas vezes, de tal maneira, que o seu aspecto é o de uma rede ou de um favo de mel. Este termo se aplica principalmente aos Cirrocumulus e Altocumulus; pode igualmente ser aplicado, embora muito raramente, aos Stratocumulus.
Duplicatus: Nuvens em bancos, lençóis ou camadas, superpostas, situadas em níveis próximos e às vezes parcialmente soldadas. Este termo se aplica principalmente aos Cirrus, Cirrostratus, Altocumulus, Altostratus e Stratocumulus.
Translucidus: Nuvens em bancos extensos, lençóis ou camadas, sendo suficientemente translúcidas em sua maior porte, deixando aparecer a posição do Sol e da Lua. Este termo se aplica aos Altocumulus, Stratocumulus e Stratus.
Perlucidus: Nuvens em banco extenso, lençol ou camada, apresentando entre os seus elementos interstícios bem pronunciados, mas às vezes muito pequenos. Esses interstícios permitem perceber o Sol, a Lua, o azul do céu ou as nuvens situadas por cima delas. Este termo se aplica aos Altocumulus e Stratocumulus.
Opacus: Nuvens em banco extenso, lençol ou camada, cuja maior porte é suficientemente opaca para esconder totalmente o Sol ou a Lua. Este termo se aplica aos Altocumulus, Altostratus, Stratocumulus e Stratus.
4) PARTICULARIDADES SUPLEMENTARES E NUVENS ANEXAS
Encontram-se, em seguida, as definições das particularidades suplementares e das nuvens anexas. Serão, também, mencionados os gêneros das nuvens com os quais mais frequentemente se apresentam as particularidades suplementares e as nuvens anexas.
a) Particularidades suplementares
Incus: Regido superior de um Cumulonimbus, expandida em forma de bigorna, de aspecto liso, fibroso ou estriado.
Mamma: Protuberâncias pendentes da superfície inferior de urna nuvem, com o aspecto de mamas. Esta particularidade suplementar se apresenta mais frequentemente nos Cirrus, Cirrocumulus, Altocumulus, Altostratus, Stratocumulus e Cumulonimbus.
Virga: Rastos de precipitações verticais ou oblíquas, contíguos à superfície inferior de uma nuvem e que não atingem a superfície da terra. Esta particularidade suplementar se apresenta, na maioria das vezes, nos Cirrocumulus, Altocumulus, Altostratus, Nimbostratus, Stratocumulus, Cumulus e Cumulonimbus.
Praecipitatio: Precipitações (chuva, garoa, neve, pelotas de gelo, saraiva etc.) caindo de uma nuvem e atingindo a superfície da terra. Esta particularidade suplementar se apresenta na maioria dos casos, com os Altostratus, Nimbostratus, Stratocumulus, Stratus, Cumulus e Cumulonimbus.
Arcus: Rolo horizontal, denso, tendo as bordas mais ou menos esfiapadas, situado antes da parte inferior de certas nuvens, e que toma, quando se expande, o aspecto de um arco sombrio e ameaçador. Esta particularidade suplementar se apresenta com os Cumulonimbus e, mais raramente, com os Cumulus.
Tuba: Coluna ou cone de nuvens invertido em forma de funil, saindo da base de uma nuvem; constitui a manifestação nebulosa de um turbilhão de ventos mais ou menos intensos. Esta particularidade suplementar se apresenta com os Cumulonimbus e, muito mais raramente, com os Cumulus.
b) Nuvens anexas
Pileus: Nuvem anexa de fraca dimensão horizontal, em forma de gorro ou capuz; esta nuvem está situada por cima do topo da nuvem cumuliforme ou contíguo a sua parte superior que, muitas vezes, a transpassa. Acontece, muito frequentemente, observarem-se vários pileus superpostos. 0 pileus apresenta-se principalmente com os Cumulus e os Cumulonimbus.
Velum: Véu de nuvem anexo, de grande extensão horizontal, situado por cima dos topos de uma ou de várias nuvens cumuliformes ou contíguo às regiões superiores que, muitas vezes, o transpassa. O velum se apresenta principalmente com os Cumulus e os Cumulonimbus.
Pannus: Fragmentos esfarrapados que, constituindo às vezes uma camada contínua, aparecem por baixo de uma outra nuvem, podendo com ela se soldarem. Esta nuvem anexa se apresenta, comumente, com os Altostratus, Nimbostratus, Cumulus e Cumulonimbus.
5) NUVENS OROGRAFICAS E AS NUVENS ESPECIAIS
Nuvens orográficas
As nuvens orográficas podem se formar numa corrente de ar que transpõe uma colina, uma montanha isolada ou uma cordilheira; elas podem localizar-se embaixo, no nível ou por cima da parte mais alta do obstáculo.
O aspecto destas nuvens orográficas pode afastar-se bastante do aspecto habitual das nuvens que formam cada um dos 10 gêneros; devem, não obstante, ser classificados sempre num ou noutro desses 10 gêneros.
As nuvens orográficas pertencem, mais frequentemente, aos gêneros Altocumulus, Stratocumulus e Cumulus. A constituição física das nuvens orográficas é, em seu conjunto, semelhante à das nuvens pertencentes ao gênero no qual são classificados. As nuvens orográficas, estando associadas ao relevo terrestre, têm geralmente um movimento de conjunto nulo ou muito lento, ainda que o vento ao nível das nuvens possa ser muito forte. Em certos casos, a velocidade do vento pode ser posta em evidência pelo movimento de certos detalhes apreciáveis, como, por exemplo, o dos elementos isolados que são arrastados de um extremo ao outro da nuvem.
A evolução contínua da estrutura interna da nuvem é, em várias ocasiões, muito patente. As nuvens orográficas podem se revestir de múltiplos aspectos diferentes. No caso de uma montanha isolada, as nuvens orográficas podem tomar muitas vezes a forma de um colar em volta da montanha, ou de um capuz cobrindo seu cume, ambas as formas dispostas de modo quase simétrico.
As nuvens deste tipo geralmente não produzem precipitações e, quando as produzem, são sempre muito fracas. As colinas ou as montanhas altas podem produzir a formação, na vertente “exposta ao vento” (a barlavento, com relação ao sentido do vento), de nuvens de grande extensão horizontal e que dão lugar a precipitações. Estas nuvens coroam a crista da montanha e se dissolvem imediatamente, longe dela.
Quando são observadas de um lugar situado na vertente “sob o vento” (a sotavento, com relação ao sentido do vento), estas nuvens tomam, amiudadamente, o aspecto de uma ampla muralha.
No momento de vento forte, podem se formar nuvens orográficas nas proximidades das cristas ou dos cumes, que têm, a sotavento do relevo, o aspecto de uma bandeira flutuando ao vento (a montanha parece então “fumar”).
Este tipo de nuvem não deve ser confundido com a neve que é arrancada da crista ou do cume e é arrastada pelo vento. Pode acontecer frequentemente que uma nuvem orográfica – ou uma reunião de várias dessas nuvens-, geralmente com a forma de lentes ou de amêndoas, apareça por cima da colina ou da montanha, e, às vezes, ligeiramente avançada ou recuada, no sentido do vento.
Algumas cadeias de montanhas ou mesmo alguns cumes relativamente pouco elevados sobre regiões de fraco relevo podem provocar a formação de ondas estacionárias no corrente de ar que
Os atravessa. Quando o ar é suficientemente úmido, as nuvens orográficas, chamadas “nuvens de ondas”, podem aparecer na crista dessas ondas estaciondrtas; então, é possível observar uma nuvem por cima do cume da montanha ou um pouco adiante e, ao mesmo tempo, uma ou várias, diferentes, um pouco para trás. Neste último caso, as nuvens apresentam-se com intervalos regulares espalhados de vários quilômetros. As nuvens de ondas podem aparecer, também, simultaneamente em vários níveis. As ondas “a sotavento” são, muitas vezes, acompanhadas, nas camadas baixas da atmosfera, por remoinhos estacionários com eixo horizontal, de grandes dimensões e em cuja parte superior pode aparecer urna nuvem em forma de rolo (“nuvem de turbilhão de sotavento”).
Nuvens nacaradas
As nuvens nacaradas assemelham-se aos Cirrus ou Altocumulus em forma de lentes. Estas nuvens apresentam irisações bem visíveis, análogas as do nácar; as cores das irisações têm seu brilho máximo quando o Sol se encontra a alguns graus abaixo do horizonte. A constituição física das nuvens nacaradas é ainda desconhecida; existe a hipótese de que estas nuvens sejam constituídas por minúsculas gotículas de água ou por partículas esféricas de gelo. As nuvens nacaradas são raras.
Foram observadas principalmente na Escócia e na Escandinávia, mas foram, por vezes, igualmente assinaladas na França e no Alasca. Medidas efetuadas nas nuvens nacaradas, observadas no sul da Noruega, mostraram que estas nuvens se situavam nas altitudes compreendidas entre 21 e 30 qui1ômetros.
Nuvens noturnas luminosas
As nuvens noturnas luminosas parecem-se com os Cirrus tênues, mas geralmente apresentam uma coloração azulada ou prateada, algumas vezes alaranjada ou vermelha; destacam-se sobre o fundo escuro do céu noturno.
A constituição física das nuvens noturnas luminosas é ainda desconhecida, mas há certas razões para se pensar que sejam constituídas por poeiras cósmicas muito finas.
As nuvens noturnas luminosas só foram observadas muito raramente e unicamente na parte setentrional da zona de latitude média do Hemisfério Norte, durante os meses de verão, quando o Sol se encontrava entre 5 e 13 graus abaixo do horizonte. As medições realizadas mostraram que estas nuvens se situam em altitudes compreendidas entre 75 e 90 quilômetros.
Rastos de condensação
Os rastos de condensação são nuvens que se formam no rasto de um avião quando a atmosfera, ao nível do vôo, está suficientemente fria e úmida. Quando de formação recente, tem o aspecto de riscos broncos brilhantes; mas, ao fim de pouco tempo, apresentam intumescências pendentes, com a forma de cogumelos invertidos. Muitas vezes, a existência desses rastos é curta, mas, particularmente quando há presença de Cirrus ou de Cirrostratus eles podem persistir durante várias horas. Os rastos persistentes alargam-se progressivamente e transformam-se, muitas vezes, em grandes bancos felpudos ou fibrosos, tendo o aspecto de Cirrus ou de bancos de Cirrocumulus ou Cirrostratus; com efeito, é, às vezes, muito difícil fazer a distinção entre as nuvens desses gêneros e os rastos de formação antiga. 0 fator principal que intervem na formação dos rastos de condensação é o resfriamento dos gases de escoamento que, em consequência da combustão do carburante, tem um forte teor de vapor de água. Rastos fugazes formam-se, às vezes, como consequência da expansão do ar nos remoinhos das extremidades das pás das hélices e das asas.
Nuvens de incêndios
Os produtos da combustão provenientes dos grandes incêndios (por exemplo, incêndios das florestas ou incêndios de depósitos de petróleo) tomam frequentemente o aspecto de nuvens densas, sombrias, apresentando intumescências e parecendo nuvens de convecção fortemente desenvolvidas, das quais se distinguem, não obstante, pela rapidez do seu desenvolvimento e pela sua cor escura. Os produtos da combustão, tais como os que provem dos incêndios de florestas ou das grandes queimadas das matas tropicais, podem ser arrastados pelo vento a grandes distâncias do lugar de onde promanam.
Tomam o aspecto de véus estratiformes pouco espessos e de matiz característico; este último dá, às vezes, uma cor azul ao Sol ou à Lua.
Nuvens de erupções vulcânicas
As nuvens formadas pelas erupções vulcânicas assemelham-se, em geral, a nuvens cumuliformes fortemente desenvolvidos, com protuberâncias que crescem rapidamente.
Podem expandir-se a grandes altitudes e cobrir grandes regiões; neste caso, o céu apresenta uma coloração característica, capaz de subsistir por várias semanas. As nuvens de erupções vulcânicas são constituídas, em sua maioria, por partículas de poeira ou por outras partículas sólidas de dimensões diversas. Estas nuvens podem igualmente conter partes quase que inteiramente constituídas por gotículas de água e produzir, às vezes, precipitações.
Tipos de Nuvens
Cirrus (CI): Aspecto delicado, sedoso ou fibroso, cor branca brilhante.
Cirrocumulus (CC): Delgadas, compostas de elementos muito pequenos em forma de grânulos e rugas. Indicam base de corrente de jato e turbulência.
Cirrostratus (CS): Véu transparente, fino e esbranquiçado, sem ocultar o sol ou a lua, apresentam o fenômeno de halo (fotometeoro).
Altostratus (AS): Camadas cinzentas ou azuladas, muitas vezes associadas a altocumulus; compostas de gotículas superesfriadas e cristais de gelo; não formam halo, encobrem o sol; precipitação leve e contínua.
Altocumulus (AC): Banco, lençol ou camada de nuvens brancas ou cinzentas, tendo geralmente sombras próprias. Constituem o chamado “céu encarneirado”.
Stratus (St): Muito baixas, em camadas uniformes e suaves, cor cinza; coladas à superfície é o nevoeiro; apresenta topo uniforme (ar estável) e produz chuvisco (garoa). Quando se apresentam fracionadas são chamadas fractostratus (FS).
Stratocumulus (SC): Lençol contínuo ou descontínuo, de cor cinza ou esbranquiçada, tendo sempre partes escuras. Quando em voo, há turbulência dentro da nuvem.
Nimbostratus (NS): Aspecto amorfo, base difusa e baixa, muito espessa, escura ou cinzenta; produz precipitação intermitente e mais ou menos intensa.
Cumulus (Cu): Contornos bem definidos, assemelham-se a couve -flor; máxima frequência sobre a terra de dia e sobre a água de noite. Podem ser orográficas ou térmicas (convectivas); apresentam precipitação em forma de pancadas; correntes convectivas. Quando se apresentam fraccionadas são chamadas fractocumulus (FC). As muito desenvolvidas são chamadas cumulus congestus.
Cumulonimbus (CB): Nuvem de trovoada; base entre 700 e 1.500 m, com topos chegando a 24 e 35 km de altura, sendo a média entre 9 e 12 km; são formadas por gotas d’água, cristais de gelo, gotas superesfriadas, flocos de neve e granizo.
Caracterizadas pela “bigorna”: o topo apresenta expansão horizontal devido aos ventos superiores, lembrando a forma de uma bigorna de ferreiro, e é formado por cristais de gelo, sendo nuvens do tipo Cirrostratos (CS).
Fonte: www.fisica.ufc.br/www.unicentro.br/www.encyclopedia.com/fisica.ufpr.br/www.sbfisica.org.br/www.fisica.ufc.br
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