Globalização

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Globalização – O que é 

A globalização pode ser considerada um catalisador para o crescimento das economias de várias nações. O aumento do movimento de pessoas através das fronteiras territoriais significa que há uma transferência cruzada de conhecimento, experiência e trabalho. O comércio transfronteiriço significa que há mais oportunidades para a venda de vários bens e serviços. A globalização também levou à acessibilidade de várias tecnologias de vários países de origem por outros países em seu benefício.

Um dos vínculos entre globalização e desenvolvimento econômico é o fato de que pessoas de diferentes nacionalidades agora têm mais facilidade para ir a outros países em busca de meios de subsistência, carreiras, comércio e outros propósitos. Essas pessoas trazem consigo conhecimentos, conhecimentos ou mão de obra muito necessários, que o país anfitrião pode usar em seu próprio benefício e desenvolvimento econômico. Por exemplo, alguns países que precisam de engenheiros, enfermeiros, médicos e arquitetos qualificados podem se beneficiar de imigrantes de outros países que possuem essas habilidades. Geralmente, há uma escassez de profissionais de saúde qualificados na maioria dos países e essas pessoas geralmente recebem mais consideração em termos de políticas de imigração. Essas pessoas ajudam a desenvolver as economias de seus países anfitriões através do uso de seus vários dons e conhecimentos.

Globalização – Brasil 

No Brasil, observamos as consequências da globalização da economia mundial:

Expansão de franquias

Contratação de filhos e netos de imigrantes para preencher a carência de mão de obra nos países mais avançados, como o Japão. A identidade cultural facilitaria o processo de adaptação na sociedade receptora, minimizando os conflitos decorrentes da mudança de cultura e de língua.

Busca de repatriação de descendentes de estrangeiros, permitindo a dupla nacionalidade.

Formação de rede de cooperativas 

A exaltação da globalização na pós-modernidade aglutinou um grande grupo de fenômenos até então independentes. O jogo político, social e econômico é semelhante ao do Lego, à montagem, desmontagem e remontagem de estruturas. O indivíduo, numa escala muito maior e mais complexa torna-se peça de uma corporação. Os novos patrões são anônimos. Podem ser um investidor americano, suiço ou japonês.

As fábricas são dirigidas por executivos, hoje estrelas louvadas pela sua eficiência em aumentar os lucros dos investidores, amanhã, esquecidos no anonimato.

As pequenas empresas usavam e usam mão-de-obra local, matéria-prima nacional e buscam investimentos em bancos nacionais.

O Estado ainda tem peso muito grande nas decisões internas: regula os preços das matérias-primas, oferece subsídios, realiza grandes obras de infra-estrutura, enfim, exerce políticas de proteção e intervenção econômica. Tudo isso está mudando. Fragilizado, os Estados nacionais tendem a ceder às pressões das grandes corporações transnacionais e às ameaças dos capitais flutuantes, que hoje investem no Brasil e Argentina, mas amanhã, num simples piscar de olhos, estarão na China ou no Cazaquistão. Estarão onde houver sinais de lucros vertiginosos.

Os grandes especialistas, através dos meios de comunicação, anunciam o fim de uma estrutura do emprego formal – de fato, por causa dos benefícios trabalhistas, torna-se inviável contratar um trabalhador e busca-se novas soluções para o contrato de trabalho. Com isso, mudam-se as relações capital-trabalho, onde as expectativas sociais e institucionais coincidiam e formavam uma relação linear e evolutiva, com possibilidade de elaboração de projetos pessoais e sociais.

Segundo Otávio Ianni, trata-se de uma drástica ruptura nos modos de ser, sentir, agir, pensar e fabular. A nova realidade abala as convicções e a visão do mundo.

Podemos dizer que estamos num momento de grande transformação no processo de fragmentação do trabalho, provocado pela revolução tecnológica. Um dos grandes tópicos da sociedade industrial estava no contraste entre trabalho artesanal e industrial. Neste, a tarefa era fragmentada e o indivíduo dificilmente se apropriava de sua produção.

Agora, estamos num outro momento muito interessante: a ciência descobre, a indústria põe em prática e o homem adapta. Isso nos coloca num cenário totalmente adverso e incerto, não estamos também certos de que queremos estar nesse processo. As pessoas propõem resgatar a relevância do ser humano que deve passar a ser construtor das diretrizes, evitando influências e aspectos não desejáveis. A racionalidade humana usada em seu limite pode estar imbuída de uma vasta loucura.

É necessário considerar que há uma mudança qualitativa, na qual se contemplam as rupturas e re-orientações. De certo modo, embora se possa pretender o lado funcional, na produção internacional diluem-se as polarizações e a competição. Há uma nova forma de competição que não se fixa no endo-grupo. Ela, a competição, acaba caracterizando-se em estar ou na situação – “you are in” ou “you are off”.

As pessoas buscam conscientizar-se de um novo sistema vivenciando uma ruptura do padrão econômico que vinha sustentando o sistema de troca. As teorias vinculadas aos fenômenos do “off” ou a teoria em torno do ócio e do trabalho têm que ser retomadas. O ócio considerado como doença, preguiça e má vontade deve ser revisto.

Nossas narrativas e estratégias para a orientação vocacional e escolha da profissão devem ser revistas frente a esta nova situação. Embora estejamos cientes destas mudanças e sejamos capazes de diagnosticar estes fenômenos na vida e no trabalho das pessoas, na prática a tendência é de aplicar e executar o que já tradicionalmente sabemos, pois predomina na ideologia que o manteve vinculado à sociedade através do trabalho.

O desemprego estrutural ressalta novas questões de identidade do homem no século XXI. Temos que buscar um novo discurso e estratégias de atuação, sair do modelo anterior e auto-referente. Nesta mudança de vinculo e de nova “cultura” a Orientação Profissional terá que ter um papel ativo. Os jovens que ainda não estão muito conscientes disto, correm o risco (já observado entre nós) de se sentirem excluídos e postos fora do sistema considerando-se vítimas, paralisados e perplexos, sentem-se desorientados e desvitalizados.

O campo da orientação se amplia e passa a:

Tratar de conscientizar-se deste novo modelo de relação indivíduo- trabalho atuando na transição do vinculo antigo para o novo e as suas consequências psíquica;

Pesquisar e ressaltar diferenças neste processo para o indivíduo que está em processo de escolha e aquele mais velho que já está no mercado e que tem que viver esta mudança;

Acompanhar fenômenos de migração cujo o único fator para a mudança é o trabalho;

Acompanhar a volta destes indivíduos e as consequências na sua reintrodução social;

Reflexão e elaboração de Modelos de orientação para novos vínculos e relação de trabalho;

Acompanhar a criação de cooperativas de trabalho.

O nosso trabalho tem que atuar diretamente nestes pontos, buscando uma atuação e estratégias novas que possam nos fornecer uma narrativa consistente. Uma nova narrativa que possa orientar o indivíduo em relação ao seu projeto futuro dentro desta nova realidade. O orientador profissional deverá ter a sagacidade de usar esse momento de incertezas como primeira pista ou diagnóstico para ampliar seu campo de atuação na trajetória do indivíduo. Hoje, pela fragmentação internacional do trabalho, a sociedade pode requerer a presença muito mais ativa do orientador profissional.

Esta mudança deve ser considerada uma mudança qualitativa na qual se contempla uma ruptura que força uma reorientação.

Nossas necessidades básicas vitais serão as mesmas: alimentação, vestimenta, habitação e lazer.

Saber distinguir o que é vital e não confundir as necessidades com os modos de satisfação das demandas é importante. Saber distinguir a realidade da ficção poderá ser o principal alicerce de quem irá construir e se comprometer com o seu desenvolvimento profissional.

Do mesmo modo que a tecnologia nos dá uma dimensão da amplitude social, nos torna potentes para quebrar os espaços e nos relacionar de forma infinita com o mundo, ela, ao se transformar com a mesma velocidade com que nos inclui nesses novos sistemas pode, com a mesma rapidez, excluir-nos deles. Nesse sentido, a globalização irá trazer sentimentos muito extremos e maciços de inclusão ou de exclusão, com fortes consequências psíquicas.

Com as grandes transformações da economia e ideologia em escala mundial, devemos estar acompanhando as novas síndromes sociais, novos sintomas de saúde e alteração no antigo conceito de alienação. Na América do Sul, ou mais especificamente em S.Paulo, percebemos uma situação ainda sem defesa psíquica e conjunturais, ao tentar definir a sua influência vemos que está conjugado com um fenômeno muito mais amplo.

Exige-se uma nova relação que determina um novo perfil de vinculo com o trabalho, não havendo definições da função a ser exercida, o perfil é de flexibilidade e adaptação rápida. As pessoas terão que ser independentes, com contratos temporários entrando num setor de prestação de serviços. Várias funções irão se aglutinar, e as pessoas irão se auto gerenciar nas suas tarefas nos seus horários e nos seus espaços.

Esvaziam-se as rebeliões e os protestos, pois a rebelião só tem sentido quando existe uma autoridade central, a força do Estado, para ser contestada, podemos constatar isso através de um decréscimo da importância do movimento sindical no mundo.

Observamos um processo fóbico e paralisante nos jovens profissionais que não discriminam estas novas situações, atribuem a si próprios as causas da incapacidade e se sentem impotentes e inúteis porque não se obedece mais ao mesmo modelo de integração à sociedade para a qual foram educados.

Neoliberalismo e globalização 

Evolução do capitalismo 

Durante o período final da Guerra Fria o capitalismo passou por um de seus períodos econômicos de maior crescimento. Esse processo já havia começado nos últimos lustros do século XIX e, desde a I Guerra Mundial, já se pode observar que os Estados Unidos da América estavam se transformando numa grande potência, graças ao seu crescente poderio econômico-militar.

Diversas mudanças, em escala mundial, permitiram que a hegemonia norte-americana fosse se consolidando após a II Guerra Mundial, senão vejamos:

Conferência de Bretton Woods em 1944, na qual ficou estabelecido que o dólar passaria a ser a principal moeda de reserva mundial, abandonando-se o padrão-ouro.

Crescente participação das transnacionais norte-americanas no exterior, em especial na Europa e em alguns países subdesenvolvidos como o Brasil, o México, etc.

Expansão dos bancos norte-americanos e sua transnacionalização.

Descolonização da África e da Ásia que, criando dificuldades econômicas aos países europeus, abriu oportunidades para os Estados Unidos da América.

Bretton Woods

Durante três semanas de julho de 1944, do dia 1º ao dia 22, 730 delegados de 44 países do mundo então em guerra, reuniram-se no Hotel Mount Washington, em Bretton Woods, New Hampshire, nos Estados Unidos, para definirem uma Nova Ordem Econômica Mundial. Foi uma espécie de antecipação da ONU (fundada em São Francisco no ano seguinte, em 1945) para tratar das coisas do dinheiro.

A reunião centrou-se ao redor de duas figuras chaves: Harry Dexter White, Secretário-Assistente do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos e de Lord Keynes, o mais famoso dos economistas, representando os interesses da Grã-Bretanha, que juntos formavam o eixo do poder econômico da terra inteira.

Acertou-se que dali em diante, em documento firmado em 22 de julho de 1944, na era que surgiria das cinzas da Segunda Guerra Mundial, haveria um fundo encarregado de dar estabilidade ao sistema financeiro internacional bem como um banco responsável pelo financiamento da reconstrução dos países atingidos pela destruição e pela ocupação: o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Internacional para a Reconstrução e o Desenvolvimento, ou simplesmente World Bank, Banco Mundial, apelidados então de os Pilares da Paz.

Os investimentos internacionais cresceram em volume, pois, além dos Estados Unidos, as antigas potências europeias, que estavam se recuperando da crise criada pelos desastres da guerra, também começavam a se expandir.

O domínio mundial estadunidense é evidenciado pelo seu controle de mais da metade dos investimentos internacionais e pelo elevado número de filiais das transnacionais, a tendência de monopolização do capitalismo foi acelerada, fato que também pode ser observado nos programas de privatização que se intensificaram na década de 1980, envolvendo mais de 100 países do mundo e movimentando trilhões de dólares.

Ao produzir em locais onde a mão-de-obra é mais barata (tanto seu preço por hora quanto os encargos sociais) ou onde os custos de proteção ambientais são nulos ou muito baixos, as transnacionais reduzem os seus custos de produção, barateando as mercadorias. Dessa forma, podem vender seus produtos mais barato (quebrando a concorrência), aumentar suas taxas de lucro ou obter uma combinação de ambos.

Após a II Guerra Mundial, iniciou-se o mais longo período de crescimento contínuo do capitalismo, abalado apenas pela crise do petróleo, em fins de 1973.

Durante os últimos 30 anos, o valor da produção econômica quadruplicou e as exportações quase sextuplicaram nos países desenvolvidos. Uma das principais causas desse crescimento do capitalismo foi a expansão de um grupo bem definido de grandes empresas, das quais cerca de 500 atingem dimensões gigantescas.

Essas empresas, passaram a ser denominadas multinacionais, a partir de 1960, mas essa expressão se popularizou após 1973, quando a revista Business Week publicou artigos e relatórios sobre elas. Segundo as Nações Unidas, as empresas multinacionais “são sociedade que possuem ou controlam meios de produção ou serviço fora do país onde estão estabelecidas”. Hoje, no entanto, toma-se consciência de que a palavra transnacional expressa melhor a idéia de que essas empresas não pertencem a várias nações (multinacionais), mas sim que atuam além das fronteiras de seus países de origem.

No fim da Ordem da Guerra Fria (1989), segundo relatório da ONU, existiam mais de 30 mil empresas transnacionais, que tinham espalhadas pelo mundo cerca de 150 mil filiais. Em 1970 elas eram apenas 7.125 empresas e tinham pouco mais de 20 mil subsidiárias.

As transnacionais foram, durante o período da Guerra Fria, a maior fonte de capital externo para os países subdesenvolvidos pois controlavam a maior parte do fluxo de capitais no mundo (exceto nos anos do Plano Marshall). No fim dessa ordem internacional, empresários estadunidenses controlavam mais de 35% das empresas transnacionais do mundo.

Nas últimas décadas, a globalização da economia tornou cada vez mais importante o sistema financeiro internacional. Ele é formado por um conjunto de normas, práticas e instituições (que fazem ou recebem pagamentos das transações realizadas fora das fronteiras nacionais). Dessa forma, o sistema envolve as relações de dezenas de moedas do mundo, sendo vital para o fechamento das balanças comerciais e de pagamento dos países do mundo.

Em síntese, são três as funções do sistema monetário internacional: provisão de moeda internacional, as chamadas reservas; financiamento dos desequilíbrios formados pelo fechamento dos desequilíbrios formados pelo fechamento dos pagamentos entre os países; e ajuste das taxas cambiais.

Sua organização moderna teve início em julho de 1944, em um hotel chamado Bretton Woods, localizado na cidade norte-americana de Littleton (New Hampshire), onde 44 países assinaram um acordo para organizar o sistema monetário internacional.

Procurava-se também resolver os problemas mais imediatos do pós-guerra, para permitir a reconstrução das economias europeias e japonesa, mas o acordo acabou se transformando em um reflexo do poder político e financeiro dos Estados Unidos. Nessa reunião também foram criados o Fundo Monetário Internacional (FMI), e o Banco Internacional para Reconstrução do Desenvolvimento (Bird), hoje conhecido como Banco Mundial.

A conferência estabeleceu uma paridade fixa entre as moedas do mundo e o dólar, que poderia ser convertido em ouro pelo Banco Central estadunidense a qualquer instante. Todos os países participantes fixaram o valor de sua moeda em relação ao ouro, criando uma paridade internacional fixa. Todas as grandes nações da época, exceto a União Soviética, evidentemente, concordaram em criar um “Banco Mundial”, com a função de realizar empréstimos de longo prazo para a reconstrução e o desenvolvimento dos países membros; e o FMI, para realizar créditos de curto prazo e estabilizar moedas em casos de emergência. Isso garantiu uma estabilidade monetária razoável durante 25 anos.

À medida que as economias da Europa e do Japão foram se recuperando dos desastrosos efeitos da II Guerra Mundial e que os países subdesenvolvidos se emanciparam de suas potências imperialistas, passando a agir como entidades econômicas independentes, uma série de deficiências do acordo de Bretton Woods foram ficando claras, gerando crises que se ampliaram desde o fim da década de 1960. O acordo deixou de vigorar a partir de 1971, quando o presidente norte-americano, Richard Nixon, abandonou o padrão-ouro, ou seja, não permitiu mais a conversão de dólares em ouro automaticamente. Com isso o sistema de câmbio desmoronou.

O que define a economia dominante é que a sua moeda se torna uma moeda internacional, servindo de parâmetro ou de reserva financeira para outros países.

Quando, em 1971, os Estados Unidos quebraram a conversão automática do dólar em ouro, eles obrigaram os países que tinham dólares acumulados a guardá-los (já que não poderiam mais ser convertidos em ouro) ou vendê-los no mercado livre (em geral com prejuízo). Em março de 1973 praticamente todos os países tinham desistido de fixar o valor de suas moedas em ouro e a flutuação cambial tinha se firmado como padrão mundial.

A crise do petróleo em 1973 gerou condições definitivamente diferentes das existentes anteriormente e obrigou o conjunto de nações a tomar uma série de medidas a respeito do papel do ouro nas relações monetárias internacionais. Após 1973, as taxas de câmbio de cada país passaram a flutuar e seu valor passou a ser determinado dia a dia.

A aceleração do crescimento das transações comerciais e o impressionante aumento do fluxo de turistas no mundo determinaram uma intensificação das trocas de uma moeda por outra (câmbio), criando uma maior interdependência entre os países. Dessa forma, a recessão econômica ou a crise financeira de um país pode afetar muito rapidamente outras nações o que explica a necessidade de um sistema monetário internacional, para servir como um amortecedor dos impactos dessas transformações, melhorando e facilitando as relações entre nações tão interdependentes na atualidade.

O Neoliberalismo e A Nova Ordem Mundial

Neoliberalismo

O que se convencionou chamar de Neoliberalismo é uma prática político-econômica baseada nas idéias dos pensadores monetaristas (representados principalmente por Milton Friedman, dos EUA, e Friedrich August Von Hayek, da Grã Bretanha). Após a crise do petróleo de 1973, eles começaram a defender a idéia de que o governo já não podia mais manter os pesados investimentos que haviam realizado após a II Guerra Mundial, pois agora tinham déficits públicos, balanças comerciais negativas e inflação. Defendiam, portanto, uma redução da ação do Estado na economia. Essas teorias ganharam força depois que os conservadores foram vitoriosos nas eleições de 1979 no Reino Unido (ungindo Margareth Thatcher como primeira ministra) e, de 19880, nos Estados Unidos (eleição de Ronald Reagan para a presidência daquele país). Desde então o Estado passou apenas a preservar a ordem política e econômica, deixando as empresas privadas livres para investirem como quisessem. Além disso, os Estados passaram a desreguzamentar e a privatizar inúmeras atividades econômicas antes controladas por eles.

A Nova Ordem Mundial 

O que é uma ordem (geopolítica) mundial? Existe atualmente uma nova ordem ou, como sugerem alguns, uma desordem? Quais são os traços marcantes nesta nova (des)ordem internacional?

Utilizamos como marco inicial para a assim chamada “Nova Ordem Mundial” (ou “Nova Ordem Internacional”) a queda do Muro de Berlim, com tudo o que simbolizou em termos políticos, econômicos e ideológicos. Evidentemente, muitos aspectos anteriores já indicavam uma nova era econômica em formação.

O Muro de Berlim não apenas separava uma cidade e um povo. Ele simbolizava o mundo dividido pelos sistemas capitalista e socialista.

A sua destruição, iniciada pelo povo de Berlim, na noite de 9 de novembro de 1989, pôs abaixo não apenas o muro material; mais do que isso, rompeu com o mais significativo símbolo da Guerra Fria: a bipolaridade.

Como foi possível a queda do Muro de Berlim, em plena Guerra Fria, num país sob forte hegemonia da União Soviética?

Estas coisas não acontecem, por assim dizer, “como um raio em céu azul”. Uma série de fatores a tanto conduzem, liderados pela Corrida Armamentista.

Paralelamente ao abandono do Estado capitalista com gastos sociais, seguindo a orientação “neoliberal”, este passou a investir cada vez mais pesadamente em armamentos de ponta, mandando a conta da “defesa do mundo livre” para os países subdesenvolvidos. A União Soviética e seus aliados, sem terem “satélites” ou países a utilizar como fonte de recursos para esta finalidade – que contraria o princípio básico do socialismo, a Paz – passou a defender-se como pode.

De todo o modo, se o bloco capitalista, dispondo de seu potencial de exploração de praticamente todo o mundo subdesenvolvido e do aparato de propaganda que a isto se segue, criou armas cada vez mais sofisticadas e inacreditáveis. Em fins da década de 80 falava-se no desenvolvimento, por conglomerados anglo-estadunidenses, de um projeto de “Guerra Nas Estrelas”, uma espécie de malha de satélites voltada a destruir armamento inimigo em terra com canhões laser! Especulava-se ainda acerca de uma arma (que, se efetivada jamais foi utilizada na prática, que se saiba, até os dias de hoje) chamada de “Bomba de Nêutrons”, capaz de destruir completamente a vida sem afetar o patrimônio, um verdadeiro emblema do ideal capitalista… Deslocando recursos da produção de alimentos, medicamentos, educação e salários para a Defesa, as nações socialistas foram levadas a um crise econômica sem precedentes históricos, este o cerne do problema.

Em 1985, a eleição de Mikhail Gorbatchov para a liderança da União Soviética tinha por finalidade encontrar formas pacíficas de sobrevivência democrática entre regimes econômicos antagônicos.

Se os socialistas reafirmavam a necessidade da intervenção estatal na economia, encontravam, na outra ponta a competitividade mercantil daqueles que se nutriam da morte e da destruição, numa palavra: da competitividade.

Abandonaram-se as metas cooperativistas e passou-se a pautar-se pela mais rapinante competitividade.

Reconhecendo que falta de transparência e democracia na revelação dos fatos constituía um entrave ao desenvolvimento do socialismo, Gorbatchov publicou seu clássico Perestroika, novas idéias para o meu país e o mundo que, contudo, foi mais utilizado pelos adversários do que pelos amigos do social. Era sem dúvida a expressão de uma crise.

Gorbatchov tentou ainda acordos com o ultradireitista Ronald Reagan, administrando mesmo o final do Tratado de Varsóvia e assinando com o presidente estadunidense o famoso acordo START (Strategic Arms Reduction Treaty), através do qual a OTAN e outras organizações filo-fascistóides dos Estados Unidos e aliados comprometiam-se a diminuir seus arsenais e interromper a corrida armamentista. Na prática, pouco foi feito a este respeito e é correto afirmar que as nações do Oeste (Estados Unidos e Inglaterra à frente) venceram a Guerra Fria contra o socialismo.

Naturalmente, a última palavra a este respeito ainda não está dada.

Outrora um dos maiores problemas de distribuição na URSS era representado pela filas: todos tinham dinheiro para comprar os bens necessários, particularmente numa nação que foi capaz de manter o preço do pão em três copeques durante mais de setenta anos! Mas formavam-se filas imensas para esperar que produtos raros do ocidente chegassem às prateleiras dos supermercados, delas desaparecendo rapidamente. Hoje, em Moscou, o que se vê é, além do retorno da prostituição, da miséria, da mendicância e da violência, levando uma nação que já foi uma superpotência a rivalizar com países subdesenvolvidos neste quesito, supermercados e lojas de conveniência abarrotadas de bens para os quais ninguém mais tem dinheiro para comprar… O russo médio se pergunta se teria feito um bom negócio ao sair do socialismo para o capetalismo…

O que é Globalização?

“Haverá muitos chapéus e poucas cabeças” Antônio Conselheiro

“Haverá muitos globalizados e poucos globalizadores” – Vamireh Chacon

Do ponto de vista do globalizador pode ser definida como o processo de internacionalização das práticas capitalistas, com forte tendência à diminuição – ou mesmo desaparecimento – das barreiras alfandegárias; liberdade total para o fluxo de Capital no mundo.

Os primeiros povos – de quem se tem notícia – a dividir o mundo entre “nós = civilizados” e “outros = bárbaros” foram os gregos e hebreus. Também os romanos assim dividiam os povos do mundo.

Sim, o planeta Terra, particularmente na região de hegemonia ocidental, ou seja, dos povos oriundos das cercanias do Mar Mediterrâneo, já sofreu a globalização egípcia, a globalização greco-macedônica, a globalização romana, a globalização muçulmana, a globalização ibérica, a globalização britânica, a globalização nazi-fascista e, desde o término da Primeira Guerra Mundial, agudizando-se ainda mais após o término da segunda, estamos sofrendo a globalização estadunidense.

Aprofundemos o paralelo. A seita judaica (que assim era vista) chamada de “cristã” era vista como bárbara e contrária aos deuses romanos. Os judeus foram globalizados à força, assim como os cartagineses e outros povos mais. Àquele tempo, somente os latinos e macedônicos foram globalizados pacificamente.

Mais recentemente, pelos nazistas, em função de uma série de peculiaridades, poucas regiões foram globalizadas pacificamente, como os Sudetos e a Áustria.

Na atual globalização estadunidense, a Argentina, o México e o Brasil constituem as principais demonstrações de “globalização pacífica”. Aqueles que não concordam com o processo de globalização, são globalizados à força, constituindo os principais exemplos os países islâmicos, particularmente devido ao poderoso lobbie judaico no governo da única superpotência do planeta nos dias autais.

Nós, “chicanos”, “cucarachas”, globalizados pacificamente, estamos falidos, endividados, desempregados, famintos e governados por gente subserviente aos estadunidenses. É de se pensar se nossos governantes aceitam essa globalização pacífica para evitar derramamento de sangue pois, como vimos, quem os estadunidenses não conseguem globalizar “por bem”, são globalizados à mão armada, à revelia da ONU, que vai, aos poucos, deixando de ter o significado e o poder que tinha.

Basta lembrar que a ONU nasceu ainda durante os julgamentos de Nuremberg, com o fito principal de evitar que povos do mundo, em nome de uma pretensa superioridade (racial, cultural ou qualquer outra), destruíssem civilizações por eles consideradas “bárbaras” ou “incivilizadas”. Em 1991 George Bush (o pai) bateu o primeiro prego no caixão da ONU quando conseguiu forçar a aprovação de uma intervenção militar sobre o Iraque (aliás, fracassada). Dali para cá, uma série de ocorrências vêm em sucessivas vagas e ainda há quem se surpreenda ao ver representações da ONU ser percebida pelas vítimas da globalização como representação dos EUA. Desde 1991 – praticamente desde o final da polarização “capitalismo versus socialismo” a ONU deixou de ser um organismo representativo da autonomia dos povos do mundo e passou a ser, na prática, um organismo homologador das decisões estadunidenses. O escândalo em torno desta subserviência foi tamanho que, recentemente, os estadunidenses não obtiveram o aval da ONU enquanto não produzissem provas de que o Iraque constituía uma ameaça à estabilidade das civilizações judaico-cristãs ocidentais. Desprezando solenemente a ONU, estadunidenses e seus cúmplices britânicos massacraram uma das nações mais miseráveis do mundo que, para sua desgraça, constituem-se no segundo maior produtor de petróleo do mundo.

Enfim, “globalização” tem um significado para os globalizadores e outro para os globalizados, desde sempre, aliás. E desde sempre, parodiando o Conselheiro, “há poucos globalizadores e muitos globalizados”.

Pior: reiterando: quem não se deixa globalizar por bem como o Brasil, a Argentina e o México (que estão na miséria que estão) é globalizado a bala, como o Afeganistão e o Iraque…

Impacto

O processo globalizador afeta todas as áreas da sociedade, principalmente comunicação, comércio internacional e liberdade de movimentação, com diferente intensidade dependendo do nível de desenvolvimento e integração das nações ao redor do planeta.

Comunicação

A globalização das comunicações tem sua face mais visível na internet, a rede mundial de computadores, possível graças a acordos e protocolos entre diferentes entidades privadas da área de telecomunicações e governos no mundo. Isto permitiu um fluxo de troca de ideias e informações sem critérios na história da humanidade. Se antes uma pessoa estava limitada a imprensa local, agora ela mesma pode se tornar parte da imprensa e observar as tendências do mundo inteiro, tendo apenas como fator de limitação a barreira linguística.

Outra característica da globalização das comunicações é o aumento da universalização do acesso a meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos, principalmente celulares e os de infraestrutura para as operadoras, com aumento da cobertura e incremento geral da qualidade graças a inovação tecnológica. Hoje uma inovação criada no Japão pode aparecer no mercado português ou brasileiro em poucos dias e virar sucesso de mercado. Um exemplo da universalização do acesso a informação pode ser o próprio Brasil, hoje com 42 milhões de telefones instalados, e um aumento ainda maior de número de telefone celular em relação a década de 1980, ultrapassando a barreira de 100 milhões de aparelhos em 2002.

Redes de televisão e imprensa multimédia em geral também sofreram um grande impacto da globalização. Um país com imprensa livre hoje em dia pode ter acesso, alguma vezes por televisão por assinatura ou satélite, a emissoras do mundo inteiro, desde NHK do Japão até Cartoon Network americana.

Pode-se dizer que este incremento no acesso à comunicação em massa acionado pela globalização tem impactado até mesmo nas estruturas de poder estabelecidas, com forte conotação a democracia, ajudando pessoas antes alienadas a um pequeno grupo de radiodifusão de informação a terem acesso a informação de todo o mundo, mostrando a elas como o mundo é e se comporta.

Mas infelizmente este mesmo livre fluxo de informações é tido como uma ameaça para determinados governos ou entidades religiosas com poderes na sociedade, que tem gasto enorme quantidade de recursos para limitar o tipo de informação que seus cidadãos tem acesso.Na China, onde a internet tem registrado crescimento espetacular, já contando com 136 milhões de usuários graças à evolução, iniciada em 1978, de uma economia centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado, é outro exemplo de nação notória por tentar limitar a visualização de certos conteúdos considerados “sensíveis” pelo governo, como do Protesto na Praça Tiananmem em 1989, além disso em torno de 923 sites de noticias ao redor do mundo estão bloqueados, incluindo CNN e BBC, sites de governos como Taiwan também são proibidos o acesso e sites de defesa da independência do Tibete. O número de pessoas presas na China por “ação subversiva” por ter publicado conteúdos críticos ao governo é estimado em mais de 40 ao ano. A própria Wikipédia já sofreu diversos bloqueios por parte do governo chinês.

No Irã, Arábia Saudita e outros países islâmicos com grande influência da religião nas esferas governamentais, a internet sofre uma enorme pressão do estado, que tenta implementar diversas vezes barreiras e dificuldades para o acesso a rede mundial, como bloqueio de sites de redes de relacionamentos sociais como Orkut e MySpace, bloqueio de sites de noticias como CNN e BBC. Acesso a conteúdo erótico também é proibido.

Qualidade de vida

O acesso instantâneo de tecnologias, principalmente novos medicamentos, novos equipamentos cirúrgicos e técnicas, aumento na produção de alimentos e barateamento no custo dos mesmos, tem causado nas últimas décadas um aumento generalizado da longevidade dos países emergentes e desenvolvidos. De 1981 a 2001, o número de pessoas vivendo com menos de US$1 por dia caiu de 1,5 bilhão de pessoas para 1,1 bilhão, sendo a maior queda da pobreza registrada exatamente nos países mais liberais e abertos a globalização.

Na China, após a flexibilização de sua economia comunista centralmente planejada para uma nova economia socialista de mercado, e uma relativa abertura de alguns de seus mercados, a porcentagem de pessoas vivendo com menos de US$2 caiu 50,1%, contra um aumento de 2,2% na África sub-saariana. Na América Latina, houve redução de 22% das pessoas vivendo em pobreza extrema de 1981 até 2002.

Embora alguns estudos sugiram que atualmente a distribuição de renda ou está estável ou está melhorando, sendo que as nações com maior melhora são as que possuem alta liberdade econômica pelo Índice de Liberdade Econômica, outros estudos mais recentes da ONU indicam que “a ‘globalização’ e ‘liberalização’, como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas”.

Para o prêmio nobel em economia Stiglitz, a globalização, que poderia ser uma força propulsora de desenvolvimento e da redução das desigualdades internacionais, está sendo corrompida por um comportamento hipócrita que não contribui para a construção de uma ordem econômica mais justa e para um mundo com menos conflitos. Esta é, em síntese, a tese defendida em seu livro A globalização e seus malefícios: a promessa não-cumprida de benefícios globais.

Críticos argumentam que a globalização fracassou em alguns países, exatamente por motivos opostos aos defendidos por Stiglitz: Porque foi refreada por uma influência indesejada dos governos nas taxas de juros e na reforma tributária.

Efeitos na indústria e serviços

Os efeitos da globalização no mercado de trabalho são evidentes, como a criação da modalidade de outsourcing de empregos para países com mão-de-obra mais baratas para execução de serviços que não é necessário alta qualificação, e como a produção distribuída entre vários países, seja para criação de um único produto, onde cada empresa cria uma parte, seja para criação do mesmo produto em vários países para redução de custos e ganhar vantagem competitivas no acesso de mercados regionais.

O ponto mais evidente é o que o colunista David Brooks definiu como “Era Cognitiva”, onde a capacidade de uma pessoa em processar informações ficou mais importante que sua capacidade de trabalhar como operário em uma empresa graças a automação, também conhecida como Era da Informação, uma transição da exausta era industrial para a era pós-industrial.

Nicholas A. Ashford, acadêmico do MIT, conclui que a globalização aumenta o ritmo das mudanças disruptivas nos meios de produção, tendendo a um aumento de tecnologias limpas e sustentáveis, apesar que isto irá requerer uma mudança de atitude por parte dos governos se este quiser continuar relevante mundialmente, com aumento da qualidade da educação, agir como evangelista do uso de novas tecnologias e investir em pesquisa e desenvolvimento de ciências revolucionárias ou novas como nanotecnologia ou fusão nuclear. O acadêmico, nota porém, que a globalização por si só não traz estes benefícios sem um governo pró-ativo nestes questões, exemplificando o cada vez mais globalizado mercados EUA, com aumento das disparidades de salários cada vez maior, e os Países Baixos, integrante da UE, que se foca no comércio dentro da própria UE em vez de mundialmente, e as disparidades estão em redução.

Globalização econômica

Conceito e avaliação:

Apesar das contradições há um certo consenso a respeito das características da globalização que envolve o aumento dos riscos globais de transações financeiras, perda de parte da soberania dos Estados com a ênfase das organizações supra-governamentais, aumento do volume e velocidade como os recursos vêm sendo transacionados pelo mundo, através do desenvolvimento tecnológico etc.

Além das discussões que envolvem a definição do conceito, há controvérsias em relação aos resultados da globalização. Tanto podemos encontrar pessoas que se posicionam a favor como contra (movimentos anti-globalização).

A Globalização é um fenômeno moderno que surgiu com a evolução dos novos meios de comunicação cada vez mais rápidos e mais eficazes. Há, no entanto, aspectos tanto positivos quanto negativos na Globalização. No que concerne aos aspectos negativos há a referir a facilidade com que tudo circula não havendo grande controle como se pode facilmente depreender pelos atentados de 11 de Setembro nos Estados Unidos da América. Esta globalização serve para os mais fracos se equipararem aos mais fortes pois tudo se consegue adquirir através desta grande autoestrada informacional do mundo que é a Internet. Outro dos aspectos negativos é a grande instabilidade econômica que se cria no mundo, pois qualquer fenômeno que acontece num determinado país atinge rapidamente outros países criando-se contágios que tal como as epidemias se alastram a todos os pontos do globo como se de um único ponto se tratasse. Os países cada vez estão mais dependentes uns dos outros e já não há possibilidade de se isolarem ou remeterem-se no seu ninho pois ninguém é imune a estes contágios positivos ou negativos. Como aspectos positivos, temos sem sombra de dúvida, a facilidade com que as inovações se propagam entre países e continentes, o acesso fácil e rápido à informação e aos bens. Com a ressalva de que para as classes menos favorecidas economicamente, especialmente nos países em desenvolvimento, esse acesso não é “fácil” (porque seu custo é elevado) e não será rápido.

Busca do lucro no desprezo da qualidade humana e ambiental:

O processo de globalização tem sido questionado e tem-se associado a aspectos negativos, muitas vezes por seguir a manada, outras vezes como instrumento politico, mas em relação aos que refletem porque criticam racionalmente, fazem-no para elevar a ponderação de direitos sociais dos trabalhadores. Umas vezes para evitar uma deslocalização de uma empresa ou fábrica para países onde as regras de trabalho não são tão rigorosas.

Os estados capitalistas têm estado de alguma forma de mãos atadas nestes campos, mas tem surgido a óptica de poder bloquear a entrada de produtos de uma dada empresa de um outro pais quando esta não cumpra com certos critérios que são obrigatórios no mesmo, como os critérios laboriais, condições de trabalho, critérios ambientais. O outro lado da medalha é que quando as grandes empresas se deslocalizam para esses paises em vias de desenvolvimento e as regras de conduta das empresas ainda não está totalmente apurada, o que se passa é que essas empresas pagam e regem a sua conduta de excepcionalmente para os critérios desse pais, sendo empresas com grande fator atrativo para as pessoas desse pais. Em última análise, essa transferência de capitais para os em vias de desenvolvimento irá conduzir a um desenvolvimento do pais e eventualmente a uma uniformização de critérios em termos mundiais. O que realmente os críticos da globalização apontam é que até se atingir esses critérios uniformes mundiais, iria-se demorar muito tempo.

Não confundir com a liberalização da economia onde permite a entrada de produtos mundiais num pais, onde têm preços muito baixos, destronando a produção e desemprego local. O que se coloca em causa é a forma como eles são produzidos, em condições subumanas, exploração, violação de direitos humanos, ambientais e muitas vezes como uma qualidade questionável, isto sob os critérios ditos estabelecidos pelas sociedades desenvolvidas.

Referências

GARDELS, Nathan.Globalização produz países ricos com pessoas pobres: Para Stiglitz, a receita para fazer esse processo funcionar é usar o chamado “modelo escandinavo” . Economia & Negócios, O Estado de S. Paulo, 27/09/2006
STIGLITZ, J.E. A Globalização e seus malefícios. A promessa não cumprida de benefícios globais. São Paulo, Editora Futura, 2002.

Fonte:Yvette Piha Lehman/www.wisegee.com

 

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