PUBLICIDADE
Os furacões são as tempestades mais violentas da Terra. Eles se formam perto do equador sobre as águas quentes do oceano. Na verdade, o termo furacão é usado apenas para as grandes tempestades que se formam no Oceano Atlântico ou no leste do Oceano Pacífico.
Formados no meio do oceano, os furacões perdem sua força ao chegarem ao continente. Em menos de duas semanas, já estão reduzidos pela metade. É tempo suficiente, no entanto, para causar muita destruição.
O termo genérico e científico para essas tempestades, onde quer que ocorram, é ciclone tropical. Outros nomes que recebem, dependendo de onde no mundo nasceram, são tufões, ciclones, ciclones tropicais severos ou tempestades ciclônicas severas. Qualquer que seja o nome, as mesmas forças e condições estão em ação na formação dessas tempestades gigantes, qualquer uma das quais pode causar danos ou devastação quando atingem terras onde as pessoas vivem.
Os ciclones tropicais são como motores que requerem ar quente e úmido como combustível. Portanto, o primeiro ingrediente necessário para um ciclone tropical é a água quente do oceano. É por isso que os ciclones tropicais se formam apenas em regiões tropicais onde o oceano está a pelo menos 80 graus F nos primeiros 50 metros (cerca de 165 pés) abaixo da superfície.
O segundo ingrediente de um ciclone tropical é o vento. No caso de furacões que se formam no Oceano Atlântico, o vento que sopra para o oeste através do Atlântico vindo da África fornece o ingrediente necessário. Conforme o vento passa sobre a superfície do oceano, a água evapora (se transforma em vapor d’água) e sobe. À medida que sobe, o vapor d’água esfria e se condensa em grandes gotas de água, formando grandes nuvens cúmulos-nimbos. Essas nuvens são apenas o começo.
Ventos velozes
Os furacões – também chamados tufões – são grandes massas de ar que giram a alta velocidade sobre o mar. Podem ter centenas de quilômetros de diâmetro e demorar até dez dias para se dispersar. Eles são o resultado do encontro de grandes massas de ar quente e úmido, que se formam nas regiões tropicais dos oceanos, com massas de ar muito frio vindas dos pólos da Terra (Ártico ou Antártico).
Os ciclones que atingem o litoral brasileiro formam-se pelo encontro das massas de ar vindas do pólo Sul com as massas de ar aquecido do mar na região tropical. O encontro dessas duas massas de ar não produz necessariamente um furacão. Nesse encontro, elas tendem a preservar suas características, sem se misturarem. Na área de transição entre as duas formam-se as frentes, que podem ser frias ou quentes.
O ar frio, mais pesado, penetra por baixo do ar quente e úmido, mais leve, que sobe para camadas superiores da atmosfera em espirais ascendentes.
O ar frio condensa-se em vapor d’água e forma as imensas e pesadas nuvens que provocam grandes tempestades. Praticamente toda frente fria está associada a ventos ciclônicos, ou seja, a ventos giratórios em alta velocidade.
Dependendo da intensidade do vento e das variações de temperatura, podem ocorrer ciclones. Os furacões giram a uma velocidade superior a 120 km/h e alguns chegam a alcançar 320 km/h.
Estragos inevitáveis
Os furacões começam a perder força assim que entram em uma região continental, mais seca e por vezes com temperaturas mais amenas: 12 horas após a entrada no continente, sua intensidade se reduz pela metade. Antes disso, porém, podem gerar muitos estragos. Junto com os ventos, ondas enormes e chuvas violentas aumentam o poder de destruição dos ciclones quando estes alcançam a costa.
Em 1974, um furacão atingiu Honduras, na América Central, e deixou 8 mil mortos. A região registra outras grandes tragédias provocadas por ciclones e que fizeram milhares de vítimas. A pior de todas aconteceu em 1870, quando um furacão varreu as ilhas de Martinica, Barbados e St. Eustatius e causou a morte de 22 mil pessoas.
Como se forma um furação
Geralmente os furacões ocorrem sobre os oceanos, em regiões onde a temperatura da água superficial ultrapassa 26°C.
A maior temperatura da água superficial provoca aumento no vapor de água presente na região mais baixa da atmosfera, favorecendo a formação de temporais.
O furacão ocorre quando vários temporais se organizam num vórtice, que envia o calor da superfície do oceano para as camadas mais altas da atmosfera. Portanto é de se esperar que o aumento na temperatura dos oceanos esteja associada ao aumento no número e na intensidade dos ciclones tropicais.
Você sabia?
Assim como existe uma escala para medir a força dos terremotos (Richter), há outra para verificar a intensidade dos furacões.
Chama-se escala de Beaufort, em homenagem a seu criador, o inglês Francis Beaufort. Vai de zero (quase sem vento) a 12 pontos (ventos acima de 120 km/h).
Origem do nome
Seu nome têm origem chinesa e significa “grandes ventos”.
O fenômeno dos Furacões assim como uma Tempestade Tropical, possui a mesma origem, a mesma definição, variando de nome de acordo com a sua categoria.
Por exemplo: uma massa de ar que recebe o golpe de outra massa maior (geralmente este efeito provém das massas de ar sobre os Oceanos como o Atlântico Norte, Golfo do México, Atlântico Sul, Pacífico Norte e Índico Norte), pode dar origem a um Redemoinho, se este volume for mais intenso, dará origem a uma Tempestade Tropical, se ela evoluir para um volume maior de sua massa atingindo uma altitude maior tanto quanto maior diâmetro de sua forma, ela acaba se convertendo em um Tornado, se este vier a se desenvolver ainda mais, pode ser considerado um Furacão e se ele tiver uma área de abrangência superior a um Estado inteiro como o Texas nos EUA por exemplo ou áreas até maiores (já houve registros de Ciclones com tamanho praticamente equivalente ao do território brasileiro sobre o Atlântico Norte), ele já pode ser considerado um Ciclone.
Nos últimos anos convencionou-se fazer uso da denominação Furacão para as tempestades ocorridas com velocidade acima da categoria F-2 até F-4 formadas sobre os Oceanos Atlântico Norte ou Pacífico Norte. As tormentas com capacidade e volume consideradas na categoria F-5 são chamadas de Ciclone no Ocidente e de Tufão no Oriente.
Observe as diferentes maneiras de se classificar um furacão:
Escala Saffir Simpson
Categoria: | Intensidade | Velocidade em km/h | Ondas no litoral atingido | Pressão em milibar | Exemplo: |
F-1 | mínima | 118-152 | 1,3 a 1,7 | até 980 | Agnes 1972 |
F-2 | moderada | 153-178 | 1,8 a 2,9 | 965 a 979 | David 1979 |
F-3 | extensa | 179-210 | 3,0 a 4,0 | 945 a 964 | Hilda 1955 |
F-4 | extrema | 211-250 | 4,1 a 6,0 | 920 a 944 | Andrew 1992 |
F-5 | catastrófica | acima de 250 | acima de 6,0 | menor que 920 | Camille 1969 |
Ciclones Tropicais
Categoria | velocidade em km/h | velocidade em nós |
Depressão Tropical | menor que 62 | menor que 33 |
Tormenta Tropical | 63 a 117 | 34 a 63 |
Furacão F-1 | 118 a 152 | 64 a 83 |
Furacão F-2 | 153 a 178 | 84 a 96 |
Furacão F-3 | 197 a 210 | 97 a 113 |
Furacão F-4 | 211 a 250 | 114 a 135 |
Furacão F-5 | acima de 250 | acima de 136 |
Escala Beaufort
m/s | nós | km/h | o mar: | em terra: | ondas em metro: | ||
0 | calma | 0 a 0,5 | 0 a 1 | 0 a 1 | águas espelhadas | a fumaça sobe verticalmente | 0 |
1 | bafagem | 0,6 a 1,7 | 2 a 3 | 2 a 6 | Mar encrespado com pequenas rugas semelhantes à escamas, ondas sem crista | a direção da bafagem é indicada pela fumaça, catavento não gira | 0,10 |
2 | aragem | 1,8 a 3,3 | 4 a 6 | 7 a 12 | Ligeiras ondulações de 30 cm (1 pé), pequena crista aparente | sente-se o vento no rosto, folhas das árvores se movimentam, catavento começa a girar | 0,1 a 0,5 |
3 | fraco | 3,4 a 5,2 | 7 a 10 | 13 a 18 | Ondulações maiores, crista começa a quebrar (carneiros) | folhas das árvores se mexem, bandeiras se extendem. | 0,5 a 0,8 |
4 | moderado | 5,3 a 7,4 | 11 a 16 | 19 a 26 | Vários carneiros, ondas com crista branca e espumosa | poeira e pequenos papéis soltos voam, pequenos galhos de árvores se curvam | 0,9 a 1,25 |
5 | fresco | 7,5 a 9,8 | 17 a 21 | 27 a 35 | muitos carneiros, alguns “borrifos”, muita espuma branca e barulho | balanço das pequenas árvores, lagos ondulam, muito agito das bandeiras | 1,3 a 2,5 |
6 | muito fresco | 9,9 a 12,4 | 22 a 27 | 36 a 44 | cristas brancas extensas, borrifos, grandes vagas | assobios na fiação aérea, agito dos grandes galhos dificuldade no uso do guarda-chuva | 2,5 a 4 |
7 | forte | 12,5 a 15,2 | 28 a 33 | 45 a 54 | Mar grosso, ruído forte, espuma branca de arrebentação | movimento das grandes árvores, dificuldade em andar contra o vento | 4 a 6 |
8 | muito forte | 15,3 a 18,2 | 34 a 40 | 55 a 65 | crista das ondas se quebram, vagalhões regulares de 6 a 7,5 m de altura, com faixas de espuma branca e franca arrebentação. | galhos de árvores se quebram, árvores inteiras se movimentam, dificuldade maior em andar contra o vento | 6 a 8 |
9 | duro | 18,3 a 21,5 | 41 a 47 | 66 a 77 | Mar muito agitado, densa espuma branca, o mar rola, borrifos dificultam a visibilidade | danos nas partes salientes das árvores, impossível andar contra o vento, casas destelhadas | 8 a 10 |
10 | muito duro | 21,6 a 25,1 | 48 a 55 | 78 a 90 | Mar muito branco e agitado, o vento arranca faixas de espuma, muito barulho, visibilidade piorada | arranca árvores, danifica estruturas de prédios | 10 a 12 |
11 | tempestuoso | 26,2 a 29 | 56 a 65 | 91 a 104 | Vagalhões excepcionalmente grandes, de até 13,5 m. A visibilidade é muito afetada. Navios de tamanho médio somem no cavado das vagas. | danos generealizados em árvores e construções | 12 a 14 |
12 | furacão | 30 a …. | 66 a …. | 105 a .. | Mar inteiramente branco, lançando jatos de água, visibilidade nula, respingos saturam o ar | prejuízos graves e generalizados | acima de14 |
Escala Fujita
Categoria: | velocidade em km/h: | denominação: | danos observados: |
F-0 | >116 | Leve | Placas de painéis danificados; galhos quebrados |
F-1 | 116-180 | Moderado | Quebra de árvores e janelas |
F-2 | 181-253 | Considerável | Árvores arrancadas, pequenas construções derrubadas |
F-3 | 254-332 | Severo | Casas estruturadas c/ danificações consideráveis; trens descarrilhados |
F-4 | 333-419 | Devastadores | Casas bem estruturadas são derrubadas, veículos removidos ou tombados |
F-5 | 420-510 | Incrível | veículos lançados à distância; casas e prédios demolidos |
F-6 | 510 > | Inconcebível | Danos inimagináveis |
Furacões e Ciclones
As expressões furacão e tufão são nomes regionais para ciclones tropicais de grande intensidade, que se formam em situações muito específicas que de seguida se apresentarão.
Este tipo de fenómenos é sempre devastador, embora com intensidades diferentes, e também assumem diferentes denominações de acordo com a área do Mundo em que se registam.
Assim, os ciclones tropicais que têm origem no Atlântico Norte, no Oceano Pacífico (Nordeste) e no Pacífico Sul, recebem o nome de furacões.
Os que se geram no Pacífico Noroeste chamam-se tufões. No Pacífico Sudoeste e no Indico Sudeste são Ciclones Tropicais Severos. Por fim, no Oceano Índico Norte recebem o nome de Tempestade Ciclónica Severa e no Índico Sudoeste Ciclone Tropical.
Condições favoráveis à ocorrência de Ciclones Tropicais:
1 Águas oceânicas quentes (de pelo menos 26,5ºC) e com uma profundidade não inferior a 50m
2 Uma atmosfera que arrefeça rapidamente com a altura para que seja potencialmente instável
3 Camadas relativamente húmidas perto da média troposfera
4 Uma distância mínima de pelo menos 500Km da linha do Equador
Porque é que se dão nomes aos ciclones tropicais?
Todos os ciclones tropicais recebem um nome diferente para facilitar a comunicação entre os técnicos e a população em geral, já que podem existir vários ciclones tropicais ao mesmo tempo no Mundo.
A primeira vez que se deu um nome próprio a um furacão foi com o intuito de criticar a vida política australiana, e a denominação foi atribuída por um técnico australiano.
O caso dos ciclones
Os ciclones são fenómenos climáticos causados pelo encontro das massas de ar quente e fria. Apesar dessas massas de ar não se misturarem, quando chocam ocorre um movimento circular entre elas, já que o ar frio tende a descer e o ar quente tende a subir.
Os tornados
A palavra tornado vem da palavra espanhola tornada, que significa tempestade. Quando está sobre a água, o tornado é chamado de tromba dágua. Os tornados têm um diâmetro entre os 30 metros e os 2,5Km.
Geralmente não têm duração superior a uma hora e a velocidade de deslocação pode variar entre 1,5Km/h e 400Km/h.
Os tornados não têm um percurso linear nem regular.
A rotação do ar num tornado do Hemisfério Norte faz-se no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio. No Hemisfério Sul a rotação do ar efetua-se no sentido dos ponteiros do relógio.
Da tabela seguinte consta os vários graus da escala que mede os furacões (Escala Fujita), bem como as respectivas velocidades e danos causados.
F0 | Danos leves | 64 Km/h. a 116 Km/h | Galhos de árvores quebrados e danos em chaminés |
F1 | Danos moderados | 117 Km/h. a 180 Km/h | Casa móveis arrancadas da base ou viradas |
F2 | Danos consideráveis | 181 Km/h. a 252 Km/h | Casa móveis arrancadas da base ou viradas |
F3 | Danos severos | 253 Km/h. a 330 Km/h | Telhados e paredes derrubadas e carros arremessados |
F4 | Danos devastadores | 331 Km/h. a 419 Km/h | Demolição de paredes bem fortes |
F5 | Danos inacreditáveis | 420 Km/h. ou mais | Casas arrancadas e carregadas a consideráveis distâncias, carros arremessados a mais de 100 metros |
Como se Formam Furacões
Para a formação de um furacão, uma onda tropical deve encontrar as seguintes características sobre o oceano:
1- Temperatura da superfície do mar (TSM) superior a 26.5 graus C. O processo de evaporação, a esta temperatura, tende a ser rápido. O vapor se condensa a medida que ascende e onde encontra ar mais frio na atmosfera. Ocorre a liberação, então, da energia necessária para a formação de ventos e chuvas.
2- Então, outra necessidade básica para a formação de um furacão é a disponibilidade rápida de umidade, que provém do processo de evaporação sobre os oceanos,
3- Os ventos têm que estar favoráveis também. O ar sobe em forma de espiral a medida que o processo de evaporação acontece. Nos altos níveis da atmosfera, os ventos devem estar fracos para se manter a estrutura vertical do furacão. Os ventos nesses níveis devem estar soprando da mesma direção que os ventos próximos à superfície.
4- Sendo um sistema de grande escala, a rotação da Terra produz o movimento circular de um furacão.
5- Em termos físicos, um furacão é uma grande máquina de calor, que converte parte da energia dos oceanos e da atmosfera tropical em ventos e ondas. Para a felicidade dos habitantes dos trópicos, esses monstros não são máquinas perfeitas. Apenas uma pequena parte da energia disponível é convertida em ventos e ondas.
Definições e Curiosidades
A origem dos furacões, no Pacífico e Atlântico Norte está em ondas tropicais que se deslocam, próximas à superfície, em direção oeste, provenientes da costa da África.
Furacões e outros de sua classe são os únicos sistemas meteorológicos que recebem nomes próprios como Hugo, Geoges, Andrew, etc. Cada um com sua rota definida e características vitais, como em seres humanos.
Furacões podem facilmente devastar toda uma ilha, um arquipélago ou mesmo um país.
A quantidade de energia envolvida em um furacão de grande porte, supera em muito a explosão de várias bombas atômicas.
Um furacão no Pacífico Norte, a oeste da Linha Internacional da Data, é chamado de Tufão. Mantém as mesmas características físicas, no entanto.
Todos os furacões evoluem de ciclones tropicais e não de ciclones extratropicais.
Um Ciclone Extratropical é também um sistema de larga-escala, que gira em torno de um centro de baixa pressão, próximo à superfície mas tem origem nos subtrópicos. Podem se desenvolver sobre terra, tem características frias por detrás de sua passagem e a ele estão associados sistemas frontais frios e quentes. É muito mais extenso que os ciclone tropical, da ordem de 1120 a 1600 km. Gira no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio no HN.
Um Ciclone Tropical é um sistema de grande escala, que gira no sentido oposto ao dos ponteiros do relógio no HN, com um centro quente, que se desenvolve sobre o oceano. É classificado conforme sua intensidade.
Para chegar a um Furacão, uma Onda Tropical (distúrbio que se desloca de leste a oeste, pelo Atlântico Tropical Norte), deve dar origem a um Distúrbio Tropical depois um Ciclone Tropical, Depressão Tropical, Tormenta Tropical e finalmente um Furacão.
Distúrbio Tropical é uma área com tormentas que permanece ativo sobre um mesmo ponto por mais de 24 horas. Estão associados ventos fortes com rajadas e chuva intensa.
Depressão Tropical é um Ciclone Tropical com vento máximo constante de 62 km/h. O vento é medido sempre próximo à superfície.
Tormenta Tropical é um ciclone com ventos médios entre 63 e 117 km/h.
Furacão é um Ciclone Tropical com ventos, próximos à superfície, superiores a 118 km/h. Pode ter uma extensão vertical de 400 a 800 km e atingir até 20 km de altura.
Se pensarmos em termos de larga escala, os furacões são uma das maneiras que a Terra encontrou, para balancear calor entre trópicos e regiões mais frias, de latitudes médias. Eles deslocam quantidade de calor dos trópicos para essas latitudes mais próximas aos polos.
Além dos Furacões, as Tormentas e as Depressões Tropicais também recebem nomes.
Um dos primeiros furacões mais violentos desse século foi o New England de 1938. Atingiu a costa leste dos EUA.
O furacão Camille de 1969 foi um dos únicos dois furacões de Categoria 5, que atingiram a costa dos EUA. Os ventos chegaram a 250 km/h. Inundou áreas na Vírginia e mais de 200 pessoas morreram.
O furacão mais intenso, no Caribe, foi o Gilbert, em 1988. Os ventos chegaram a mais de 300 km/h, que o coloca como um super furacão de Categoria 5. Cerca de 6000 pessoas morreram e os prejuízos passaram dos 25 milhões de dólares.
A maior incidência de furacões não está no Pacífico ou no Atlântico Norte Tropical e sim no Pacífico Oeste, ao norte da Oceania, entre o Japão e as Filipinas. Cerca de 30% dos eventos registrados no ano, ocorrem nessa área.
Andrew foi sem dúvida o mais poderoso, em termos de danos, de todo o século 20. Foi em 1992 e os prejuízos passaram de 30 bilhões de dólares. Ele se deslocou quase 30 km dentro continente, nos EUA.
Como um furacão sobrevive da energia retirada da superfície do mar, ele enfraquece sobre terra. Somente 10% dos casos de furacões ou tormentas, chegam a tocar terra. Desse percentual, poucos sobrevivem mais de 24 horas, sobre o continente. A trajetória esperada, de um furacão que toca terra, é o retorno ao oceano.
Na costa da América do Sul, incluindo o Brasil, não se observam extensas áreas com temperaturas acima de 26.5 graus Celsius, embora existam pequenos núcleos, em determinadas épocas do verão e em determinados anos. Esse é o principal motivo do porque da inexistência de furacões no Brasil.
Devido a um único furacão, o maior número de mortes se deu em 1780, na Martinica. Morreram cerca de 20 mil pessoas em virtude de um furacão sem nome.
Recentemente o furacão Mitch, em 1998, matou cerca de 10 mil pessoas na América Central.
O olho do furacão é uma região relativamente calma, com cerca de 48 km de diâmetro. Ele é cercado por gigantescas paredes de cumulus e cumulonimbus qu podem atingir até 20 km de altura.
A parte mais poderosa de um furacão, onde os ventos giram com maior velocidade, próximo à superfície. Gigantesca coluna de tempestades muito destrutivas.
Escala Saffir – Simpsom
Categoria | Danos | Velocidade do vento em Km/h | Ondas na Costa | Pressão no Olho do Furacão (milibar) | Exemplo |
1 | Mínimos | 118-152 | 1.3-1.7 m | menor ou igual a 980 | Agnes – 1972 |
2 | Moderados | 153-178 | 2.0-2.6 m | 965-979 | David – 1979 |
3 | Extensos | 179-210 | 3.0-4.0 m | 945-964 | Hilda 1955 |
4 | Extremos | 211-250 | 4.3-6.0 m | 920-944 | Andrew – 1992 |
5 | Catástrofe | maior que 250 | maiores que 6 m | menor que 920 | Camille – 1969 |
Furacões Monstros (Categoria 5)
Os maiores da História. Alguns chegaram a tocar terra enquanto estavam na Categoria 5, como o caso do famoso Gilbert, no México, em 1988 que matou milhares de pessoas.
O último grande furacão Categoria 5, Mitch, formou-se em outubro de 1998 e atingiu Honduras e Nicarágua com chuvas impressionantes, que causaram a morte de 10 mil pessoas devido às enchentes e deslizamentos, além de inundações costeiras.
Nome | Velocidade máxima dos ventos quando tocou terra | Data | Onde tocou terra como Categoria 5 |
Sem nome | 256 Km/h | set 13, 1928 | Porto Rico |
Sem nome | 256 Km/h | set 5, 1932 | Bahamas |
Sem nome | 256 Km/h | set 3, 1935 | EUA/Flórida (Keys) |
Sem nome | 256 Km/h | set 19, 1938 | — |
Sem nome | 256 Km/h | set 16, 1947 | Bahamas |
Dog | 296 Km/h | set 6, 1950 | — |
Easy | 256 Km/h | set 7, 1951 | — |
Janet | 280 Km/h | set 28, 1955 | México |
Cleo | 256 Km/h | ago 16, 1958 | — |
Donna | 256 Km/h | set 4, 1960 | — |
Ethel | 256 Km/h | set 15, 1960 | — |
Carla | 280 Km/h | set 11, 1961 | — |
Hattie | 256 Km/h | out 30, 1961 | — |
Beulah | 256 Km/h | set 20, 1967 | — |
Camille | 304 Km/h | ago 17, 1969 | EUA/Mississipi |
Edith | 256 Km/h | set 9, 1971 | Nicarágua |
Anita | 280 Km/h | set 2, 1977 | — |
David | 280 Km/h | ago 30, 1979 | — |
Allen | 304 Km/h | ago 7, 1980 | — |
Gilbert | 296 Km/h | set 14, 1988 | México |
Hugo | 256 Km/h | set 15, 1989 | — |
Mitch | 288 Km/h | out 26, 1998 | — |
Lista de Nomes dos Furacões do Atlântico Norte
1999 | 2000 | 2001 | 2002 | 2003 | 2004 |
Arlene | Alberto | Allison | Arthur | Ana | Alex |
Bret | Beryl | Barry | Bertha | Bill | Bonnie |
Cindy | Chris | Chantal | Cristobal | Claudette | Charley |
Dennis | Debby | Dean | Dolly | Danny | Danielle |
Emily | Ernesto | Erin | Edouard | Erika | Earl |
Floyd | Florence | Felix | Fay | Fabian | Frances |
Gert | Gordon | Gabrielle | Gustav | Grace | Gaston |
Harvey | Helene | Humberto | Hanna | Henri | Hermine |
Irene | Isaac | Iris | Isidore | Isabel | Ivan |
Jose | Joyce | Jerry | Josephine | Juan | Jeanne |
Katrina | Keith | Karen | Kyle | Kate | Karl |
Lenny | Leslie | Lorenzo | Lili | Larry | Lisa |
Maria | Michael | Michelle | Marco | Mindy | Matthew |
Nate | Nadine | Noel | Nana | Nicholas | Nicole |
Ophelia | Oscar | Olga | Omar | Odette | Otto |
Philippe | Patty | Pablo | Paloma | Peter | Paula |
Rita | Rafael | Rebekah | Rene | Rose | Richard |
Stan | Sandy | Sebastien | Sally | Sam | Shary |
Tammy | Tony | Tanya | Teddy | Teresa | Tomas |
Vince | Valerie | Van | Vicky | Victor | Virginie |
Wilma | William | Wendy | Wilfred | Wanda | Walter |
Mortes e Prejuízos
A maioria dos danos causados por furacões, nos EUA, são devido a furacões maiores de categoria 3, 4 ou 5, como o Andrew, Hugo ou Camille. De 1949 até 1990 foram somadas 126 tormentas, depressões ou furacões que atingiram os EUA. Desses, apenas 25 foram categoria 3 ou maior. Eles representaram, no entanto, prejuízos da ordem de 56 bilhões de dólares de um total de 74 bilhões.
Mas, com a ajuda da tecnologia, como o monitoramento dos ciclones tropicais, desde que eles se formam no meio do oceano, através de satélites, o número de vítimas devido a furacões tem caído, embora não se possa dizer o mesmo dos prejuízos.
O Porquê do Nome dos Furacões
Antes de 1950 os meteorologistas usavam números para identificar tempestades tropicais. Em 1953, todas as tempestades tropicais observadas, passaram a receber nomes femininos, em ordem alfabética. Em 1979, foram incluídos os nomes masculinos. A OMM, Organização Meteorológica Mundial levou em consideração, então, nomes que possam ser bem compreendidos em inglês, espanhol e Francês. Essas regras valem para o Atlântico e o Pacífico Norte. Os furacões e Tufões reportados a oeste do Pacífico, no Índico, além da Oceania têm suas próprias regras de classificação.
Os nomes dos Furacões, tanto do Pacífico como do Atlântico Norte são pré-determinados. A cada seis anos repete-se a lista. Ou seja, os nomes adotados em 1996, por exemplo, serão reutilizados em 2002. Muitos nomes, no entanto, têm sido retirados dessa lista. Quando um grande furacão produz grandes danos, catastróficos, seu nome é retirado da lista e substituído por outro de mesma letra inicial.
Alguns furacões que foram retirados são: Alícia – 1983, Allen – 1980, Andrew – 1992, Bob – 1997, David – 1979, Elena – 1985, Frederick – 1979, Gilbert – 1985, Gloria – 1985, Hugo – 1989, Joan – 1988, Klaus – 1996.
Nem todos os nomes são utilizados em um ano. Dependendo da temporada, podemos ter menos que os 21 nomes, pré-determinados para a lista do Atlântico Norte, por exemplo. Nesse caso, os nomes restantes não são utilizados e a próxima temporada se inicia com o primeiro nome daquele ano.
Previsão e Monitoramento de Furacões
A tecnologia avança rápido na área de previsão e monitoramento de furacões.
Não só os satélites meteorológicos, alguns de alta resolução, são utilizados mas também: radares, quando os sistemas estão próximo ao continente; aviões que podem sobrevoar o olho do furacão e através de monitoramento local, determinar, pressão, velocidade e deslocamento do sistema. Conta-se, também, com modelos numéricos de previsão de trajetória e número de eventos por temporada, que têm avançado bastante na última década. Toda essa tecnologia, especialmente a utilizada para os furacões que ocorrem no Atântico e Pacífico Norte, ajudam na prevenção a futuros desastres mas não podem, ainda, mudar o rumo e atuação de um furacão.
Para o Atlântico e o Pacífico Norte Tropical, o Centro Nacional de Furacões dos EUA – NHC, na Flórida, trabalha com vários estágios de alertas, quando da aproximação de um furacão. Todos esses alertas são emitidos a tomadores de decisão ao longo dos EUA, México, Caribe e América Central.
Tipos de Avisos emitidos sobre os Furacões ou Tempestades Tropicais
Advertência | É uma mensagem de alerta que contém localização, intensidade e deslocamento observado e previsto de um ciclone tropical qualquer. Pode conter também, precauções e possíveis áreas de impacto. |
Alerta de Tempestade Tropical (watch) | Ventos entre 72.2 e 135.2 Km/h. A tempestade pode tocar terra em 36 horas. |
Aviso de Tempestade Tropical (warning) | Ventos entre 72.2 e 135.2 Km/h. A tempestade pode tocar terra em 24 horas ou menos |
Alerta de furacão (watch) | Um furacão foi observado e classificado como, independente da categoria e está próximo da costa a no máximo 36 horas. |
Aviso de Furacão (warning) | Ventos acima de 137 Km/h são observados devido a um furacão, próximo a uma área costeira qualquer. Esse pode chegar em menos de 24 horas. Aviso por maré alta e possívies inundações costerias, também podem ser emitidos. |
Fonte: www.escolavesper.com.br/www.ilhaatlantida.vilabol.uol.com.br/www.minerva.uevora.pt/www.infotempo.com
Redes Sociais