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Com tanta secura ambiental, é óbvio que a vegetação é muito rudimentar, escassa ou mesmo nula.
Nos locais onde ainda consegue cair algumas chuvas, predomina a vegetação herbácea baixa e pequenos arbustos, bem como alguns cactos.
Em locais onde águas subterrâneas estão próximas da superfície, ou nas margens dos raros cursos de água, surgem pequenas zonas verdes que são chamadas de oásis, podendo até, nalguns deles, praticar-se a agricultura. Por exemplo, as margens do rio Nilo, não são mais do que um extenso oásis no meio do grande deserto d Sara.
A fauna dos desertos é representada por animais pouco exigentes em água e alimentos: algumas aves (como por exemplo a avestruz e o falcão), répteis (cascavel e monstro-gila), roedores e insetos (como o escorpião).
Em relação aos mamíferos, os mais típicos dos desertos, são o camelo e o dromedário, mas também existem outros, como a raposa. nas zonas de transição, ou mais nas estepes, surgem uma variedade maior de animais. Devido às elevadas temperaturas registadas durante o dia, a grande parte dos animais dos desertos, são mais ativos durante a noite.
Nas regiões áridas o clima é caracterizado:
Baixa precipitação (< 250 mm)
Forte evaporação (> 2000 mm)
Irregularidade da precipitação
A evaporação é função
Temperaturas elevadas (30-50 ºC)
Frequência do vento
Há um contraste acentuado entre os dias e as noites: os dias são tórridos, ventosos e poeirentos e as noites são claras, sem vento e frias.
Há numerosos graus na aridez
Zona sub-úmida
Zona semi-árida
Zona árida – DESERTO
Núcleo hiper-árido – DESERTO ABSOLUTO, que é mais raro do que normalmente se pensa
O ritmo anual da precipitação nos desertos não é específico
Norte do Sára (Magreb) – precipitação ocorre no Inverno(clima mediterrânico semi-árido)
Sul do Sára (Sahel) – precipitação ocorre no Verão (clima tropical semi-árido)
Kasaquistão – precipitação ocorre no final da Primavera-Verão (clima temperado continental)
O ritmo inter-anual da precipitação é extremamente irregular
Hoggar (Sára): P anual = 59 mm e 159mm e 7 mm
Arica (Chile): P anual = 0.52 mm
1 ano 7 mm
18 anos seguintes – 0 mm
A irregularidade interanual da precipitação é tão característica das zonas áridas como a baixa precipitação.
A hidrologia reflete estes aspectos
Oueds (leito seco dos rios) estão secos a maior parte do ano
È raro a água atingir o mar (endoréismo)
A água acumula-se em depressões por vezes de enormes dimensões, onde vai haver acumulação de sais
A topografia é muito variada e deve-se às heranças paleoclimáticas:
Dos períodos chuvosos estas regiões ganharam redes hidrográficas perfeitas, terraços fluviais
Períodos áridos ganharam maciços dunares
No Quaternário os desertos estiveram submetidos a climas maishúmidos:
Maior abundância da vegetação
Frescos de Tassili
Nos períodos glaciares, a vegetação deslocou-se de norte para sul -assim, o Sára foi enriquecido com a oliveira e o cipreste, oriundos da região mediterrânica.Nos períodos interglaciares a vegetação deslocou-se de sul para norte, tendo a bacia mediterrânica sido enriquecida com espécies africanas de origem tropical, como por exemplo as eufórbias, as figueiras e as acácias.
A meteorização é muito intensa pois não há vegetação a proteger o solo:
Termoclastia
Crioclastia
Haloclastiasão
Fenômenos importantes nas regiões desérticas.
Podem distinguir-se vários tipos de “deserto”:
1) Deserto rochoso ou hamada
Planaltos de onde os elementos mais finos foram arrastados, apenas tendo ficado a rocha
Há alguns (poucos) arbustos xerofíticos nas fendas da rocha
2) Deserto de pedras ou região
Resultou de uma rocha heterogênea da qual o cimento foi removido, tendo ficado apenas os elementos mais grosseiros
Tipo de deserto muito monótono
Existem apenas alguns (poucos) arbustos xerofíticos
3) Deserto de areia ou erg:- enormes bacias onde a areia se acumulou
As dunas móveis não possuem vegetação
Em algumas zonas as plantas conseguem colonizar as areias,fixando as dunas
As dunas juntam-se em cadeias que por sua vez se juntam em maciços (ergs)
4) Vales secos ou oueds
A maior parte originou-se em épocas passadas, mais pluviosas do que a atual
Há vegetação nos lados do vale mas não no centro
Há o perigo das cheias súbitas, muito fortes
5) Grandes zonas depressionárias ou shotts
100 km de diâmetro
Acumulação de partículas de argila
Acumulação de sais- não há vegetação
6) Oásis
Toalha frática permanente
Vegetação abundante
A flora dos desertos não é muito rica devido ao calor e à falta de água: assim, no Sára existem 300-400 espécies na parte árida e < 50 espécies no núcleo hiperárido.
Na parte árida dos desertos dominam plantas suculentas e xerófilas e na parte hiper-árida dominam as plantas xerófilas
Coberto vegetal
Zonas semi-áridas é “difuso” devido à competição entre as raízes pela água
Zonas hiper-áridas é “concentrado” pois as plantas só conseguem existir em zonas onde haja um microclima favorável; os povos do deserto souberam aproveitar este fenômeno-agricultura em socalcos, além de terem uma grande preocupação no aproveitamento de um recurso tão escasso como a água
Na flora dos desertos abundam os terófitos – plantas anuais – que chegam a constituir mais de metade da flora. Os terófitos “escapam” à seca e podem estar ausentes da comunidade durante muitas dezenas de anos. As sementes são excelentes cápsulas impermeáveis, resistindo ao calor.
Os arbustos vivazes
Crescem lentamente
Grande longevidade
Estes arbustos vivazes têm adaptações para resistirem à falta de água e têm um papel importante na proteção do solo e como fonte alimentar para os herbívoros, ainda que as adaptações tenham, por vezes,reduzido as suas qualidades sápidas. Também fornecem sombra a muitos animais.
Fauna
Adaptações de comportamento à falta de água
Adaptações fisiológicas
Desertos
* Zonais- nas zonas das altas pressões tropicais- Sára, Kalaari, Karro, Grande Deserto Australiano
* Costeiros- fachadas ocidentais dos continentes- influência de correntes marítimas frias- brumosos- Namíbia e Atacama* De abrigo- protegidos dos ventos úmidos por obstáculos montanhosos- Patagônia, Mohave e Sonora, SW de Madagáscar
* Continentais- interior de continentes extensos (América do Norte e Ásia)- clima muito rude, com Inverno muito frio* Complexos- Gobi é um deserto continental mas também de abrigo- Sára central é um deserto zona mas também continental
Impacto do homem
Faz-se sentir sobretudo nas regiões semi-áridas que permitem agricultura, com populações sedentárias
Más práticas agrícolas que conduzem à salinização do solo
O sobre-pastoreio tornou-se um problema, pois alterou o coberto vegetal (as gramíneas são substituídas por plantas não comestíveis e por arbustos espinhosos) e o solo é praticamente deixado a nu e portanto altamente susceptível à erosão pelo vento e pela água
Desertificação – nas regiões mais áridas a presença humana não é tão forte, com populações nômadas; os povos nômadas, que se dedicavam sobre tudo ao pastoreio, migravam, de acordo com as chuvas; o gado encontrava-se bem adaptado às duras condições do deserto
História dos desertos
É falsa a ideia de que os desertos são tão velhos como o mundo.Pelo contrário, o clima desértico é relativamente recente em termos da idade da Terra.Muitas das regiões atualmente sujeitas a condições áridas estiveram sujeitas, num passado não muito longínquo, a precipitações mais elevadas. Por exemplo, há 6000-8000 anos o clima no norte de África era bastante mais úmido, tendo existido hipopótamos, girafas, crocodilos e muitos outros animais no centro do que hoje é o deserto do Sára. A comprová-lo existem pinturas rupestres nas paredes rochosas dos maciços montanhosos.Muitos desertos possuem uma rede hidrológica “perfeita”, herança de climas passados muito mais chuvosos. Certas formas dos desertos também foram modeladas pela água.
Desertos e Regiões Áridas – Chuvas
As chuvas, em regiões áridas são normalmente de curta duração mas de grande intensidade.
Estas chuvas espraiam-se rapidamente, chegando a causar a morte de viajantes abrigados em oásis que se localizam nas baixadas, onde o acúmulo das águas é mais rápido. Estas verdadeiras trombas-dágua levam consigo grande quantidade de detritos, que se acumulam quase que simultaneamente, dada a rapidez do transporte, que impede a seleção dos tamanhos, não havendo também tempo suficiente para efetuar-se o arredondamento. Com grande rapidez a água infiltra-se solo adentro e evapora-se. Em condições favoráveis, podem formar-se lagos temporários que, depois de secos, deixam uma película branca de halita, gipsita ou outros sais, dependendo dos sais lixiviados das rochas da região.
Outro aspecto característico é a presença de escarpas. São freqüentes nos desertos ainda em fase de juventude, onde os bordos das partes altas ainda não foram atingidos pelo efeito erosivo das chuvas e ventos.
A paisagem desértica também apresenta o seu ciclo de desenvolvimento, com estágios caracterizados por feições que dizem respeito à idade e ao grau de evolução: o estágio jovem caracteriza-se por uma elevação abrupta do terreno, que se apresenta muito escarpado. Após as mudanças climáticas ocorrerem, desviando os ventos úmidos, a região se torna árida. Numa fase seguinte a erosão já desgastou grande parte das rochas, amainando o relevo e aumentando o tamanho das bacias sedimentares, constituindo a fase de maturidade. Na fase final, que é de senilidade, haverá uma grande área de deposição, restando rochas mais resistentes à erosão.
Fonte: www.slideshare.net/www.ensino.uevora.pt/www.bio2000.hpg.ig.com.br
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