PUBLICIDADE
Homem encantado.
Tem cabelos e barbas avermelhados, ruivos.
Costuma aquecer-se ao sol, deitado na areia da lagoa.
Quando sai da água, apresenta barba, unhas e peito cobertos de lodo e lama.
Gosta de pegar mulheres para abraçar e beijar.
Não faz mal a ninguém.
Vive na lagoa de Paranaguá, no Piauí.
O Barba Ruiva – Magia
Conta-se que de tão pequena (a lagoa), era quase uma fonte e que cresceu por encanto.
Tal magia aconteceu mais ou menos assim:
Na Salinas, ponta leste do povoado de Paranaguá, vivia uma viúva muito pobre com três filhas. Certo dia, a sua filha mais nova adoeceu sem que ninguém conseguisse o fato que produzira tal moléstia. Permaneceu triste e pensativa até que descobriu que esperava um menino de seu namorado que morrera, sem ter tido a oportunidade de levá-la ao altar.
Chegando ao tempo de dar à luz ao bebê, a moça embrenhou-se nos matos, porém, arrependida, resolveu abandonar a criança. Deitou o filhinho em um tacho de cobre e colocou-o dentro da lagoa. O tacho afundou, mas foi trazido à tona pela Iara, que tremia de raiva e amaldiçoou a moça que chorava à beira da lagoa.
Enraivecida, a Iara provocou o crescimento das águas, que em uma enchente sem fim, alagavam, encharcavam e aumentavam sem cessar. “Tomou toda a várzea, passando por cima das carnaubeiras e buritis, dando onda como maré de enchente na lua”, nos conta Câmara Cascudo. Desde então, a lagoa tornou-se um lugar mágico, onde se ouvem estranhas vozes e observam-se luzes de origem desconhecida.
Todos os que já se atreveram a morar às margens da lagoa, tiveram que fugir assustados, pois durante à noite, ouviam o choro de um bebê, procedente do fundo das águas, como que solicitando o peito da mãe para alimentar-se. Mas, com o passar dos anos, o choro cessou.
Conta ainda a lenda, que às vezes surge das águas um ser humano que pela manhã é um menino, ao meio-dia um rapaz de barbas ruivas e, pela noite, um velho de barbas brancas.
Muito tímido, foge dos homens quando é visto, porém aproxima-se das moças bonitas para observá-las e depois foge. Este é um dos motivos pelas quais as mulheres evitam de lavar roupas sozinhas.
O Barba Ruiva, como ficou conhecido, é tido como filho de Iara, a Sereia. Pacífico, a entidade não fere e não maltrata ninguém e é tido como um duende bom.
A sina à qual está preso, só terminará quando uma mulher atirar sobre sua cabeça algumas gotas de água benta e algumas contas de um rosário, para convertê-lo então, ao cristianismo.
O Barba Ruiva – Lenda
Barba Ruiva
Eis uma lenda sobre a Lagoa de Paranaguá no Piauí. Dizem que ela era pequena, quase uma fonte, e cresceu por encanto.
Foi assim:
Vivia uma viúva com tês filhas. Um dia, a mais moça das filhas dela adoeceu, ficando triste e pensativa. Estava esperando menino e o namorado morrera sem ter tempo de casar com ela. Com vergonha, descansou a moça nos matos e, deitou o filhinho num tacho de cobre e sacudiu-o dentro da pequna fonte de água. O tacho desceu e subiu logo, trazido por uma Mãe-d’agua, que com raiva, Amaldiçoou a moça que chorava na beira.
As águas foram subindo e correndo, numa enchente sem fim, dia e noite, alagando tudo, cumprindo uma ordem misteriosa. Ficou a lagoa encantada, cheia de luzes e de vozes. Ninguém podia morar na beira porque, a noite inteira, subia do fundo dágua um choro de criança. O choro parou e, vez por outra, aparecia um homem moço, muito claro, com barbas ruivas ao meio dia e com a barba branca ao anoitecer.
Muita gente o viu e tem visto. Foge dos homens e procura as mulheres que vão bater roupa. Agarra-as só para abraçar e beijar. Depois, corre e pula na lagoa, desaparecendo.
Nenhuma mulher bate roupa ou toma banho sozinha, com medo do barba ruiva. Se um Homem o encontra, fica desorientado. Mas o Barba Ruiva não ofende ninguém.
Se uma mulher atirar na cabeça dele água benta e um rosário sacramentado, ele será desencantado. Barba Ruiva é pagão, e deixa de ser encantado sendo cristão.
Como ainda não nasceu essa mulher valente para desencantar o Barba Ruiva, ele cumpre sua sina nas águas da lagoa.
O Barba Ruiva – História
Há muito tempo, no estado do Piauí, uma mulher querendo se livrar de seu filho recém-nascido o colocou em uma cesta e a jogou em um rio.
O bebê acabaria se afogando, mas foi salvo e adotado por um espírito da água, às vezes chamado de Iara.
Tanto ele quanto o rio ficaram encantados, e a Lagoa de Parnaguá da vida real foi criada.
A partir daí, as lavadeiras teriam avistado uma pessoa misteriosa nas margens da lagoa: de manhã, é um bebê; à tarde, um homem adulto de barba ruiva, tentando freneticamente abraçar e pedir beijos; e à noite, um velho de barba branca.
Era o bebê abandonado na lagoa, e a única maneira de ele se libertar do encantamento seria fazer uma mulher corajosa derramar água benta em sua testa.
O Barba Ruiva – Conto
Barba Ruiva
Conta que uma moça, solteira, teve um filho. Envergonhada e querendo esconder o fato, colocou a criança num tacho de cobre e jogou-a num poço de uma fonte.
Neste poço morava uma mãe-d’água que, condoída, resolveu salvar o pequeno. No momento em que o tacho com o menino foi retirado da água, esta começou a aumentar de tal maneira que foi cobrindo tudo em volta, bosques, florestas, vilarejos e tudo mais, transformando-se o local, então, na lagoa Paranaguá.
Coisas estranhas como vozes e ruídos desconhecidos começaram a acontecer ali e todos ficaram sabendo que a lagoa era encantada.
Em certas ocasiões, um homem branco, alto, forte, com cabelos brancos e imensa barba ruiva, surgia da água. Não atacava ninguém, mas sempre procurava abraçar e beijar as mulheres que iam lavar roupa nas margens da lagoa.
Muitas vezes, este estranho personagem foi encontrado cochilando, limitava-se, ao acordar, a mergulhar silenciosamente nas águas mais profundas, sem uma só palavra ou gesto.
Outra versão corrente conta que este personagem, pela manhã, é um menino; ao meio dia é um belo rapaz com sua barba ruiva; e, à noite, um velho já com a abarba totalmente branca.
Fonte: ifolclore.vilabol.uol.com.br/www.rosanevolpatto.trd.br/sitededicas.uol.com.br/www.abrasoffa.org.br
Redes Sociais