Pierre-Simon Laplace (1749 – 1827)
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Imagine que você esteja parado na calçada e passe pela rua um ônibus com vários passageiros. Eles, sem dúvida, estão em movimento. Se estivermos, porém, dentro do ônibus e olharmos para os outros passageiros, diremos que eles estão parados ou em movimento? Nós os vemos parados, mas eles podem afirmar que estão em movimento.
Para resolver essa questão sem risco de engano, podemos dizer: em relação ao ônibus eles estão parados, mas em relação ao chão estão em movimento. Suponha que um avião, voando horizontalmente, solte uma bomba.
Se você observar a queda da bomba de dentro do avião, você verá que ela cai ao longo de uma reta vertical. Entretanto, se você estivesse parado sobre a superfície da Terra, observando a queda da bomba, você veria que ela, ao cair, descreveria uma trajetória curva. No primeiro caso, dizemos que o movimento da bomba estava sendo observado com o referencial no avião e, no segundo caso, com o referencial na Terra.
Este exemplo nos mostra que o movimento de um corpo, visto por um observador, depende do referencial no qual o observador está situado. Outro exemplo importante da dependência do movimento em relação ao referencial é o caso de se dizer que a Terra gira em torno do Sol. Isto é verdade se o referencial estiver no Sol, isto é, se o observador se imaginar situado no Sol, vendo a Terra se movimentar. Entretanto, para um observador na Terra (referencial na Terra), o Sol é que gira em torno dela. Assim, tanto faz dizer que a Terra gira em torno do Sol, ou que o Sol gira em torno da Terra, desde que se indique corretamente qual o referencial de observação.
O movimento de qualquer objeto sempre é observado em relação a algum ponto de referência. A escolha de um referencial é fundamental para a compreensão, de qualquer tipo de movimento. Esse referencial pode ser um objeto, uma estrela, uma pessoa etc.
Fonte: www.saladefisica.com.br
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