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Essa curva foi o resultado de medidas feitas, nos anos 20, pelos pesquisadores do navio americano Carnegie. Ela mede a variação média do campo elétrico em uma posição qualquer da Terra, durante um dia típico, de tempo bom.
Embora tenha sido obtida com medidas feitas apenas no oceano, ela serve, acochambrando um pouco, para posições nos continentes.
A abcissa indica a hora em Londres (hora de Greenwich) e a ordenada mostra o valor do campo elétrico em outro ponto qualquer do planeta. Quer dizer: em um local qualquer do globo, o campo elétrico atinge um valor máximo quando são 7 horas da noite em Londres! E é mínimo quando são 4 horas da madrugada em Londres.
Esse resultado parece muito misterioso, mas, não é tanto assim. Basta lembrar que o capacitor planetário de Kelvin é um modelo global.
Variações de potencial entre as “placas” só podem ocorrer globalmente, pois a boa condutividade na ionosfera (a “placa positiva”) se encarrega de distribuir rapidamente qualquer acúmulo local de cargas.
“Certo”, você pode dizer, “mas, por que logo 7 horas da noite? Por que não outra hora qualquer”? Boa pergunta. Isso ninguém sabe explicar direito.
Talvez você mesmo, algum dia, possa responder essa pergunta para nós.
Por enquanto, o que importa é que essa curva serviu para ajudar a identificar o gerador que mantém a diferença de potencial entre a ionosfera e o solo. Esse gerador são as tempestades, como veremos a seguir.
Fonte: www.fisica.ufc.br
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