PUBLICIDADE
O Socialismo utópico ou francês ganhou a designação de utópico por dois motivos:
1: baseado na obra Utopia, de Thomas Morus;
2: devido ao fato de esses teóricos terem proposto uma sociedade ideal, perfeita, mas não apontaram os meios para que ela fosse alcançada. Objetivam, no limite, reformar a sociedade com a ajuda de todos tanto burguesia quanto proletariado.
Pensadores do Socialismo Utópico
– Saint-Simon (1760 – 1825): a sociedade é uma espécie de fábrica dirigida pelos produtores (classe operária e burguesia) visando o progresso social;
– François Marie Charles Fourier (1772-1837): Crítico feroz do sistema capitalista e conhecido pela criação dos falanstérios, uma espécie de organização comunitária onde haveria a propriedade coletiva dos meios de produção. Todavia, Aranha e Martins chamam atenção para o cuidado em não associar tais falanstérios a uma proposta comunista;
– Pierre-Joseph Proudhon (1809-1865): Diferente de Simon e Fourier, Proudhon reconhece o antagonismo ideológico entre burguesia e proletariado e enfatiza a necessidade da tomada de consciência da classe operária na luta contra a exploração e dominação de classe do capitalismo.
– Robert Owen (1771 – 1858): Entende o trabalho como gerador de riquezas que são expropriadas dos operários pelo capitalista e defendia a propriedade coletiva dos meios de produção visando acabar com a alienação do trabalho da classe operária. Suas propostas comunistas não obtiveram êxito.
Crítica Marxista ao Socialismo Utópico
Karl Marx ao referir-se aos socialistas utópicos parabeniza-os ao mesmo tempo que lhes impunha uma faca nas costas. Calma que explicarei esse uso metafórico da linguagem. A ver do filósofo alemão, os socialistas utópicos merecem ser parabenizados por terem detectado os problemas da sociedade e terem iniciado o processo de conscientização da classe operária da realidade de exploração e dominação burguesa a que vivem.
Entretanto, pararam nisso. Foram incapazes de apontar uma saída efetiva para os problemas que assolam o antagonismo das classes, isto é, não apontaram saída conclusiva para eliminar de uma vez por todas a exploração do proletariado. Aqui merece destaque a preocupação de Marx com a práxis para além de qualquer mero idealismo. Pois, somente com a mudança concreta da realidade é possível eliminar a alienação.
Fábio Guimarães de Castro
Referência Bibliográfica
ARANHA, Maria L.; MARTIN, Maria H. P. Filosofando: Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 2009 (p. 319 – 326).
Redes Sociais