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Stock Car
O que é
A Stock Car é a modalidade de automobilismo mais assistida do Brasil. Com transmissões ao vivo em televisão aberta, atinge grande público e chama atenção de patrocinadores. O sucesso é tanto que já são realizadas provas no exterior, como a etapa de Buenos Aires.
Ela foi criada em 1979 – e seu nome fazia referência à categoria homônima muito famosa nos Estados Unidos. Essa categoria de carros de turismo foi uma grande novidade para o público de automobilismo brasileiro, apesar de não ter sido a primeira experiência do tipo.
Desde o início, a intenção dos organizadores da Stock Car sempre foi minimizar os custos e equilibrar os desempenhos. Assim, os carros foram preparados ou construídos de maneira similar todos esses anos. De 1994 a 1999, por exemplo, os veículos utilizados nas competições eram, na verdade, Omegas, modelo da General Motors – de rua, com modificações para competição.
No início, porém, os carros da Stock Car eram Opalas (outro modelo da General Motors), que dominaram a categoria de 1979 a 1986. Quando ao final deste ano a General Motors resolveu tirar o apoio da categoria, os organizadores decidiram descaracterizar o Opala aplicando-lhe diversos elementos de carroceria em plástico reforçado com fibra-de-vidro. O estilo não ficou dos melhores, mas a categoria continuou forte.
Em 1990 a organizadores resolveram voltar ao Opala de formas originais, mas ficou cada vez mais difícil usar o modelo, pois a versão cupê havia saído de linha em 1988, dificultando a reposição de monoblocos avariados em acidentes. Por não existir mais a versão, foi dado ao carro o nome de Protótipo Opala. Por isso, em 1994, como vimos, passou a ser utilizado o Omega.
O fato de o Omega nacional ter sido retirado de produção em meados de 1998 levou os organizadores da Stock Car a instituir o carro de chassi tubular único, inspirado na Nascar – categoria americana de turismo de muito sucesso, com carrocerias diferentes de modo a simbolizar marcas.
Atualmente, três marcas se fazem presentes na Stock Car por meio de carrocerias idênticas porém com visual dianteiro diferenciado: Chevrolet (Astra), Mitsubishi (Lancer) e Peugeot (307 Sedan). A Volkswagen participou com o modelo Bora em 2006 e 2007.
Confira os tipos de carros usados na Stock Car até hoje:
Período | Veículo |
1979 a 1986 | Opala |
1987 a 1989 | Carenagem Caio/Hidroplás |
1990 a 1993 | Protótipo Opala |
1994 a 1999 | Omega |
2000 a 2003 | Vectra* |
2004 | Astra Sedan |
2005 | Astra Sedan e Mitsubishi Lancer |
2006 | Astra Sedan, Mitsubishi Lancer e Volkswagen Bora |
2007 | Astra Sedan, Mitsubishi Lancer, Volkswagen Bora e Peugeot 307 Sedan |
* Este e todos a seguir com chassi tubular
Os motores da categoria também passaram por mudanças: em vez dos motores Chevrolet 4100 de seis cilindros em linha, a partir de 2004 os competidores passaram a usar o V8 GM de 5,7 litros importado, baseado nos motores utilizados na Nascar, de 450 cv, proporcionando desempenho bem melhor do que com o motor brasileiro, que chegava a 320 cv somente, ainda a carburador. O número de pilotos por prova é limitado a 38.
O campeonato inteiro de Stock Car, a partir de 2007 denominado Copa Nextel de Stock Car, tem 12 etapas, todas realizadas em autódromos.
A divisão de pontuação para os mais bem classificados de cada etapa acontece conforme a tabela:
Posição | Pontuação |
1° | 25 |
2° | 20 |
3° | 16 |
4° | 14 |
5° | 12 |
6° | 10 |
7° | 9 |
8° | 8 |
9° | 7 |
10° | 6 |
11° | 5 |
12° | 4 |
13° | 3 |
14° | 2 |
15° | 1 |
Depois da oitava etapa, os dez primeiros colocados da competição iniciam o play-off, que se disputa nas últimas quatro etapas para definir o campeão. Nestas provas, todos os participantes disputam as corridas, mas apenas os competidores do play-off concorrem ao título da temporada. Para que isso fique claro, são somados 200 pontos à classificação dos competidores até então. A pontuação das equipes é feita da mesma maneira, mas sem os playoffs.
A formação para a largada começa a ser feita um dia antes da prova, geralmente realizada aos domingos, embora haja tendência de passar para os sábados por ser mais conveniente para transmissão por tevê e também não coincidir com as corridas de Fórmula 1.
No treino classificatório, os carros podem entrar na pista quando quiserem para as tomadas de tempo, mas não devem exceder o limite de 16 voltas. Os donos dos dez melhores tempos dessa etapa têm direito à Super Classificação. Nesta fase, os pilotos têm dez minutos para fazer voltas rápidas, e a formação de largada será feita de acordo com esses resultados.
Antes do início da competição, os carros dão uma volta de apresentação. Ao final, recebem bandeira verde do diretor de prova para a largada lançada (em movimento). O número de voltas e a distância a ser percorrida varia de acordo com a etapa.
O maior vencedor da história da Stock Car é Ingo Hoffmann, com nada menos que 12 conquistas, contra quatro de Paulo Gomes e três de Chico Serra. Confira lista completa dos campeões da categoria:
Ano | Campeão |
1979 | Paulo Gomes |
1980 | Ingo Hoffmann |
1981 | Affonso Giaffone Jr. |
1982 | Alencar Jr. |
1983 | Paulo Gomes |
1984 | Paulo Gomes |
1985 | Ingo Hoffmann |
1986 | Marcos Gracia |
1987 | Zeca Giaffone |
1988 | Fábio Sotto Mayor |
1989 | Ingo Hoffmann |
1990 | Ingo Hoffmann |
1991 | Ingo Hoffmann e Angelo Giombelli |
1992 | Ricardo Maurício |
Veja as principais características dos carros:
Marcas representadas: Chevrolet (Astra), Peugeot (307 Sedan) e Mitsubishi (Lancer).
Chassi: tubular padronizado.
Motor: V8 de 5,7 litros, 450 cv, especialmente desenvolvido para a categoria
Combustível: gasolina especial sem álcool da Petrobrás
Transmissão: câmbio manual sequencial de 6 marchas, padronizado pela organização.
Suspensão: independente nas quatro rodas, ancoradas na estrutura tubular principal.
Freios: a disco nas quatro rodas, duplo circuito hidráulico obrigatório para atuação em pelo menos duas rodas em caso de falha em um circuito.
Direção: assistida, hidráulica
Bandeiras
Por que há tantas bandeiras diferentes na corrida? O que eles querem dizer?
Significado das Bandeiras da Stock Car
Verde – Largada, relargada e pista livre. A bandeira de partida, e o sinal de início da corrida, ou se foi interrompido, o sinal para reiniciar a corrida.
Amarelo – Prova Interrompida: os pilotos devem ir para os boxes. Cuidado, cuidado; algo está errado na pista. Este poderia ser um acidente, naufrágio, óleo na pista, um carro parado, tempo, ou qualquer outra condição insegura.
Preto – Acompanhada de uma placa com o número do carro, anuncia que o piloto foi desclassificado. Retire para os boxes, seu carro não é seguro, você não está começando até uma velocidade rápida o suficiente, ou você quebrou as regras de corrida e você está sendo penalizado.
Preto e Branco Cruzados – Você não está mais sendo marcado, porque você não está obedecendo a bandeira preta, essencialmente, você está fora da corrida.Vermelha – Cada motorista deve parar seu carro. A corrida foi interrompida, muitas vezes por causa de condições meteorológicas ou um acidente grave. Em condições de bandeiravermelha, as equipes geralmente não são permitidos para pit e trabalhar nos carros de corrida.
Azul com Linha Amarela – Você precisa passar e deixar os carros mais rápidos passar por você, você está, aparentemente, vai desacelerar e mantendo-se no campo.
Amarelo com Linha Vermelha – A pista tem óleo ou algum tipo de líquido na pista e abrandar.
Branca – Quando a bandeira branca é mostrada, existe apenas uma volta esquerda para a corrida.
Xadrez – Final da prova. O final da corrida, esta é a bandeira os drivers foram a correr para, geralmente durante várias voltas ou horas … Uma visão bem-vinda para o líder.
Stock Car – Brasil
O dia 22 de abril de 1979 pode ser considerado um marco na história do automobilismo brasileiro. Nesta data aconteceu a primeira prova do Campeonato Brasileiro de Stock Car, realizada no Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul.
A criação da categoria foi a melhor resposta a um antigo anseio de uma comunidade apaixonada por carros de corrida: uma categoria de Turismo que unisse, para os padrões da época, desempenho e sofisticação.
Um regulamento foi criado para limitar os custos, procurando equilíbrio, sem comprometer as performances dignas das competições internacionais. A primeira prova contou com a presença de 19 carros, todos do modelo Opala com motores de seis cilindros. A pole position da estreia foi do carioca José Carlos Palhares, o Capeta. Ele fez o tempo de 1min23s00. A prova foi vencida por Affonso Giaffone.
Na época, Ingo Hoffmann retornava ao automobilismo brasileiro depois de uma passagem pela Fórmula-1, onde defendeu a equipe Copersucar-Fittipaldi. O piloto, doze vezes campeão da Stock, passou a dominar a categoria no final da década de oitenta, quando conquistou os títulos de 1989 a 1995.
Nestas temporadas tivemos um sem número de ultrapassagens, grandes duelos e festas repletas de emoção. Nesses anos todos, foram centenas de corridas pelos autódromos do Brasil. A grande consagração da categoria foi em 1982, quando duas provas foram realizadas no Autódromo de Estoril, em Portugal.
A partir de 2000, a Stock Car entrou em uma nova era. Com administração da Vicar, a categoria passou a se profissionalizar, dentro e fora das pistas, dando os primeiros passos até se tornar a principal categoria do automobilismo nacional. A parceria com a Rede Globo também impulsionou o sucesso da Stock Car, que passou a atrair mais pilotos, equipes e patrocinadores. Com isso, o evento tornou-se uma importante ferramenta de marketing de relacionamento para as mais de 90 empresas envolvidas.
A temporada de 2005 também entrou para a história da Stock Car. Além de a categoria ter se tornado multimarca pela primeira vez os Mitsubishi-Lancer correram ao lado dos Chevrolet-Astra, no dia 30 de outubro, 40 carros da Stock Car V8 realizaram uma inédita etapa fora do Brasil, valendo pontos para o campeonato. Foi uma rodada ao lado da TC2000, a principal categoria argentina que no mês de julho tinha corrido em Curitiba. O Autódromo Oscar Gálvez recebeu um público de 70 mil pessoas. Giuliano Losacco foi o vencedor da prova com Mateus Greipel em segundo e Luciano Burti em terceiro lugar.
Em 2006, além de a corrida da Argentina ter sido mantida no calendário, a Stock Car V8 recebeu a terceira marca. O Volkswagen-Bora passou a ser a carenagem de dez carros da principal categoria do automobilismo da América Latina. O veterano Ingo Hoffman venceu a última etapa do ano em Interlagos e completou cem vitórias na carreira. O piloto Cacá Bueno conquistou seu primeiro título na categoria, após três vices-campeonatos seguidos.
O ano de 2007 ficou marcado pela concretização de um sonho: a entrada da quarta marca, a Peugeot com seu 307 sedan. Além disso, a Stock Car ganhou um novo nome.
Nasceu a Copa Nextel Stock Car com uma premiação milionária: R$ 3,5 milhões em prêmios distribuídos para as três categorias ao longo da temporada.
A Nextel, patrocinadora oficial do evento, também introduziu o Prêmio Velocidade para o piloto que fizesse a volta mais rápida. Cacá Bueno sagrou-se bicampeão da categoria com uma etapa de antecedência em uma temporada emocionante.
Dois mil e oito ficou marcado pela realização da Corrida do Um Milhão de Dólares, premiação inédita no automobilismo nacional. Visando a segurança, o grid de largada teve uma diminuição no número de participantes, passou de 38 para 34 carros alinhados. Outra novidade foi a chegada da Goodyear como fornecedora oficial dos pneus da Copa Nextel Stock Car, que até 2007 eram fornecidos pela Pirelli. Ricardo Maurício sagrou-se o grande campeão, Marcos Gomes disputou o campeonato até a última etapa e terminou como vice.
E, 2009, a implantação do novo carro foi o destaque da Copa Nextel Stock Car. O modelo JL G-09 representa muito mais tecnologia, competitividade e segurança para a principal categoria do automobilismo nacional. Outra novidade foi a participação de apenas 32 carros no grid de largada, ou seja, a participação de apenas 16 equipes na divisão principal, dando ainda mais importância aos seus participantes.
Em 2010 a categoria inicia sua 32ª temporada cheia de novidades. Novo motor com injeção eletrônica Bosch, utilização do etanol Esso como combustível, do novo pneu da Goodyear e do push-to-pass, para tornar as provas ainda mais emocionantes na parte técnica. A competição também tem nova assinatura, passando a se chamar Copa Caixa Stock Car, reforçaram as mudanças feitas nos últimos anos e que têm contribuído para manter a Stock Car como uma das melhores disputas do mundo.
NESSES ANOS TODOS ACONTECERAM VÁRIAS TROCAS DE CARENAGENS.
Veja as mudanças da Categoria desde o início:
Opala 1979 a 1986
Carenagem Caio/Hidroplas 1987 a 1989
Protótipo Opala 1990 a 1993
Omega 1994 a 1999
Vectra 2000 a 2003
Astra Sedan 2004
Astra Sedan e Mitsubishi Lancer 2005
Astra Sedan, Mitsubishi Lancer e Volkswagen Bora 2006
Astra Sedan, Mitsubishi Lancer, Volkswagen Bora e Peugeot 307 Sedan 2007
Astra Sedan, Mitsubishi Lancer, Peugeot 307 Sedan 2008
Vectra, Peugeot 307 Sedan 2009
STOCK CAR LIGHT, COPA VICAR E AGORA COPA CHEVROLET MONTANA
Em 1993, foi criada a Stock Car Light com o objetivo de facilitar o acesso dos estreantes à Stock Car.
Alguns pilotos passaram pela categoria, entre eles: Giuliano Losacco, Cacá Bueno, Thiago Marques, Carlos Col (da Vicar, organizadora da Stock Car), Mateus Greipel, Luis Carreira Jr., Diogo Pachenki, Pedro Gomes, Guto Negrão, Alceu Feldmann, Nonô Figueiredo, David Muffato, entre outros.
Em 2003, aconteceu a troca dos Ômegas pelos mais modernos Astra.
Na temporada de 2004, os Stock Light ganharam os motores V8 com menos potência do que os Stock da categoria principal: 350 cavalos contra 450 HP. Em 2008, a categoria foi renomeada para Copa Vicar.
Em 2010, nova mudança na divisão de acesso. A fusão entre a Copa Vicar e a Pick Up Racing resultou na criação da Copa Chevrolet Montana, com motorização da primeira e visual das pick-ups. Forte e reunindo equipes e pilotos de destaque no país, a divisão chegou forte em busca de seu espaço no cenário automobilístico nacional.
História
Entre 1973 e 1977, ocorreram homéricas batalhas na Divisão 1, em corridas de longa distância, protagonizadas pelo Chevrolet Opala e Ford Maverick. Entre 73 e 75 o Ford levou clara vantagem sobre o Opala, em 76 as coisas ficaram parelhas entre os dois modelos, e de 1977 em diante, a vantagem ficou com o Opala.
Em 78, as provas já não eram de longa distância, pois estas haviam sido proibidas pelo governo federal, e os grids eram basicamente formados de Opala. Poucos eram os Mavericks, e certamente não ocupavam as primeiras posições. Ou seja, a Divisão 1 estava em vias de se tornar outra categoria monomarca, como tantas que dominavam o cenário brasileiro já naquela época.
Antes que se tornasse de fato uma monomarca, a GM deu a volta por cima, e criou a categoria Stock Car para a temporada de 1979.
O nome foi um golpe de mestre: além de emular o nome da famosa categoria americana, desviava a atenção de que era uma monomarca. Mas monomarca era, foi, e provavelmente, sempre será.
A Stock car já começou bem.
Com um calendário de quatorze corridas, recorde absoluto na época, teve um grupo de pilotos de primeira desde a temporada inicial: Ingo Hoffmann, que voltava ao Brasil, depois de competir 4 anos na Europa, com sucesso relativo; Paulo Melo Gomes, que também tinha experiência no exterior, e já era consagrado piloto de carros turismo; os irmãos Giaffone, entusiastas das corridas de D-1; Raul Boesel, estreante paranaense que prometia muito; Alencar Junior, goiano que já dera trabalho nas corridas de D-1, Reinaldo Campello, e muitos outros.
As corridas eram bem disputadas, e logo a categoria se tornou popular com os patrocinadores, pois carros de turismo grandes têm mais área para colocação de adesivos do que os monopostos. O fã de automobilismo brasileiro sempre gostou de carros de grande cilindrada, haja visto o sucesso dos especiais da Gávea, das carreteiras e carros de mecânica continental, desde a década de 30. E com o iminente desaparecimento do Maverick e do Dodge Dart, o Opala seria o único carro de grande cilindrada produzido no Brasil na época.
A categoria também foi para frente por que a GM investiu bastante em premiação e promoção, e logo um bom público passou a frequentar as corridas de Stock Car, lembrando os bons tempos da Formula Super Ve.
O primeiro campeão da Stockcar foi Paulo Gomes, embora Affonso Giaffone Jr. tenha sido o piloto que ganhou mais provas nesse primeiro ano. Este último também teve o privilégio de vencer a primeira prova da categoria, realizada em Tarumã em 22/4/1979. Outros vitoriosos nesse primeiro ano foram Jose Giaffone, Alencar Junior e Raul Boesel, além de Paulão.O calendário de 14 corridas (nota: sem etapas duplas, em 14 datas diferentes!) incluiu uma rara prova em Fortaleza, autódromo geralmente excluído das competições nacionais.
O segundo ano da categoria continuou com um calendário robusto, embora a experiência de Fortaleza tenha sido posta de lado (até hoje). E foi o ano do primeiro campeonato ganho por Ingo Hoffmann, piloto que viria a dominar as corridas da categoria até recentemente. Os grids continuavam imensos, e diversos pilotos de outras eras do automobilismo, se contentavam em ser meros protagonistas desse novo momento do esporte motor brasileiro. Nos próximos anos, pilotos do calibre de Wilson Fittipaldi Jr (que eventualmente ganhou corridas na categoria), Lian Duarte, Luis Pereira Bueno, Antonio Carlos Avallone, entre outros, vieram engrossar as fileiras da Stock car.
O calendário de 1981 fora bem mais enxuto do que os dois primeiros anos: só oito provas, mas ainda um número razoável para os padrões da época, onde campeonatos de 6 provas ou menos eram a norma. O ano de 1981 foi um ano difícil para a economia brasileira, de certo tendo um impacto negativo no automobilismo, dependente de verbas publicitárias (e não prioritárias) das empresas. O campeonato foi bem equilibrado, e Affonso Giaffone Jr., que não ganhou nenhuma corrida, sagrou-se campeão, para desgosto dos cinco que ganharam provas.
O calendário teve uma recuperação numérica em 82, com 11 provas, embora cinco tenham sido realizadas em Interlagos e três no Rio. Mas não foi nem um paulista, nem um carioca, quem ganhou o título. O goiano Alencar Junior ganhou 4 corridas, todas na segunda metade de campeonato, e já surgiam nomes novos, por exemplo, o também goiano Marco Gracia, revelados na própria Stock car. E nesse ano, a Stockcar foi convidada a fazer duas provas de exibição no autódromo do Estoril, Portugal. Nessa época, o piloto português Pequepê já participava das competições da Stockcar.
Em 83 iniciou-se um breve período de domínio de Paulo Gomes na categoria. Paulo ganhou oito provas em 83 e 84, e os dois campeonatos. Nesse ano também surgia um novo nome entre o rol de vencedores, Fabio Sotto Mayor, já veterano em corridas turismo, que viria a ter um impacto importante na categoria.
Nos primeiros 6 anos da Stock-cars, Paulo Gomes aparecia como o papão da categoria. Ganhou metade dos campeonatos, e muitas corridas. Outros pilotos se destacavam, inclusive Ingo Hoffman, que nessa fase inicial havia ganho um único campeonato, o de 1980. Foi a partir de 1985 que Ingo passou a dominar a categoria, ganhando o campeonato e 5 das oito provas. E embora Marco Gracia tenha levado o caneco em 1986, foi Ingo quem venceu mais corridas naquele ano, 3.
Em 87, a história foi a mesma de 86: o campeão foi Zeca Giaffone, sem vitórias, e Ingo ganhou três provas. Esse ano foi importante para a Stockcars pois a GM havia retirado seu apoio no final de 1986, e ainda assim a categoria sobreviveu. Para não dar moleza à GM, os carros permaneceram com a mecânica Opala, mas ganharam uma feiosa carenagem de fiberglass, fabricada pela Caio/Hidroplas, que descaracterizava os carros como Opalas. Saiba mais. Nada mais justo que Zeca Giaffone, um dos que mais contribuiram para a sobrevivência da categoria, tivesse ganho o campeonato.
O ano de 1988 foi indubitavelmente de Fabio Sotto Mayor, que levou 6 das 9 corridas. Um fato negativo foi que somente uma prova foi realizada fora de Interlagos. Além de monomarca, a categoria parecia se tornar mono-autódromo. Do lado positivo, Chico Serra, outro ex piloto de F-1, começava a sua longa carreira de vitórias na Stock-Cars.
A locomotiva Ingo Hoffman deslanchou em 1989. Dessa vez Ingo ganhara o campeonato, mas não o maior número de provas. Chico Serra ganhara cinco das onze provas, e mais importante, o calendário voltara a ter aparência de campeonato verdadeiramente nacional.
O campeonato de 1990 começou em agosto, ou seja, quase não houve. Esse foi o ano do Plano Collor, que arruinou muitas vidas no Brasil, inclusive o automobilismo. Apesar dos pesares, ocorreu o campeonato, e Ingo levou quatro corridas e a taça. A carenagem Caio/Hidroplas fora abandonada, e uma outra, denominada Protótipo Opala, foi adotada até 1993.
A partir de 1991, e durante os próximos três anos, Ingo resolvera compartilhar a sua glória com Angelo Giombelli. Foram três campeonatos seguidos, treze vitórias em vinte e seis corridas, ou seja, um aproveitamento de 50% em corridas, e 100% em campeonatos.
Se o domínio de Ingo trazia um certo tédio à categoria, foi nesse período que surgiram diversos novos vencedores na stock, além do próprio Giombelli: Adalberto Jardim, Wilson Fittipaldi Jr, Roberto Amaral, Paulo de Tarso Marques, Leandro de Almeida e Luiz Fernando Baptista. Outro fato importante foi a criação da Stock Light, para pilotos estreantes.
A dupla Ingo e Giombelli foi desfeita em 1994, e quem continuou ganhando foi obviamente Ingo. Mais importante, o Opala foi finalmente abandonado, e adotado o Chevrolet Omega. Paulo Gomes também voltou a conhecer o gosto da vitória, e um dos vencedores das 11 provas foi Djalma Fogaça, que voltava da Europa, onde obteve certo sucesso na Formula Opel.
Paulo Gomes já dava mostra do seu potencial renovado em 1994, e em 95, não só ganhou o campeonato, como cinco provas. Ingo não ganhou nenhuma corrida nesse ano, fato raro. E também houve dois novos vencedores, Xandy Negrão, um já veterano das épocas da Divisão 1 e Carlos Alves.
Em 1996 iniciou-se outro período de hegemonia de Ingo Hoffmann. Embora Paulo Gomes tenha voltado a ser um grande adversário, Ingo ganhou 14 etapas nos próximos três anos, vencendo três campeonatos seguidos. É bem verdade que Paulo Gomes levou 11 corridas nesse período, e outros pilotos brilharam, especialmente Xandy Negrão.
O ano de 1998 contou com uma novidade, importada dos campeonatos europeus de turismo: cada etapa passou a contar com duas baterias, e cada bateria contava como uma corrida independente. Assim que o inflado calendário de 1998 contou com vinte corridas, mas realizadas em dez datas diferentes. O autódromo de Londrina também passou a sediar corridas da Stock car. Ingo ganhou 7 provas, empatando com Paulo Gomes em número de vitórias.
O último ano do milênio não trouxe muitas novidades, exceto um campeão novo, Chico Serra.
O calendário continuou inflado, mas os vencedores ainda eram os mesmos: Serra, Ingo, Paulão, Jardim e Xandy. Em termos numéricos, foi Chico Serra o maior vencedor ao ano, 7 corridas.
Em 2000, grande novidade: o Omega foi substituído pelo Vectra. Além disso, somente as corridas de Goiânia e do Rio em julho e de Interlagos em novembro foram etapas duplas. As outras corridas voltaram a ser baterias únicas. Chico Serra continuou a mostrar sua classe, ganhando as primeiras quatro etapas do ano, em quatro estados diferentes, e ganhando mais duas corridas, sagrando-se campeão.
2001 foi um ano importante, não por que Chico Serra ganhou mais um título, mas por que parecia estar havendo uma mudança da guarda na Stock car. Os pilotos mais experientes, como Paulão e Ingo, ganhavam com menos frequência, e começavam a despontar pilotos como Nonô Figueiredo e Beto Giorgi, que pareeciam ter chegado para ficar. A primeira prova do ano foi realizada no circuito oval do autódromo de Curitiba, e mais duas provas foram realizadas em ovais, em Brasilia e Rio. Mas Ingo provou que ganhava também em ovais!!
Ingo voltou a sagrar-se campeão em 2002, seu primeiro campeonato do novo milênio, mas o maior vencedor de corridas foi de novo Chico Serra, com quatro provas. E surgia um outro nome no rol dos vencedores, Cacá Bueno, que definitivamente fará parte do futuro da Stock car nos próximos anos. O autódromo de Campo Grande também passou a figurar no campeonato.
Cascavel, no Paraná, tem a distinção de ter sido o primeiro autódromo de cidade do interior no Brasil. Passou a figurar nos calendários brasileiros a partir de 1973. Curiosamente, nos 25 anos de história da Stock car, muito poucas etapas foram realizadas em Cascavel, de fato só 5. Entretanto, Angelo Giombelli, o parceiro de Ingo de 1991 a 1993, é de Cascavel. E o campeão de 2003, David Muffato, também. David é filho de Pedro Muffato, entre outras coisas, empresário de sucesso, ex-prefeito de Cascavel, ex-construtor de monopostos (o Muffatão da F-2), o piloto com mais participações na F-3 Sul-Americana, e bom piloto. David despontou como o grande nome de 2003. Ganhou quatro etapas, foi disciplinado no meio do campeonato, mas ainda assim venceu.
É a nova guarda que chegou para ficar: os veteranos, representados por Ingo e Chico Serra, ganharam 2 das 12 etapas. A gurizada, 10. Entre os novos, Giuliano Losacco, Antonio Jorge Neto e Guto Negrão, além de David Muffato.
Após 25 anos, a Stock car bate o recorde como a categoria que mais tempo durou no Brasil até hoje. Conseguiu sobreviver a retirada de apoio de um fabricante, diversas crises econômicas, calendários pequenos, trocas de regulamentos, mas continua firme. É certo que está longe de ser uma NASCAR, e nem pretende sê-la. A categoria permanece um exemplo a ser seguido no automobilismo brasileiro, até hoje caracterizado pela inconstância.
Para 2004, outra mudança de carro: agora foi adotado o Astra Sedan.
Fonte: esporte.hsw.uol.com.br/Stock Car
Stock Car
Como ser um piloto da Stock Car
O sonho de ser um piloto de Stock Car exige talento, esforço e muita determinação para ter sucesso na carreira. O site oficial da Stock Car correu atrás de tudo o que é necessário para se dar bem nessa profissão.
O Primeiro Passo
A porta de entrada do mundo da pilotagem é geralmente o kart, já que permite que os pilotos iniciem cedo a carreira.
Vitor Chiarella, professor de pilotagem no Kartódromo Internacional Granja Viana em São Paulo, explica a importância do curso que mescla teoria e prática: Fazemos todas as correções, de traçado, frenagem, tudo o que for necessário aprimorar. Para Vitor, a maior satisfação de ensinar é ver um ex-aluno ganhando uma corrida ou entrando em categorias como a Stock Car.
Mas ser um piloto de kart não é garantia de obtenção da mesma permissão para pilotar na categoria de automóveis. A vantagem de correr desde cedo no kart é que a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) reconhece essa experiência e o piloto tem a chance de partir para o automobilismo aos 16 anos. Já o piloto que comece sem essa experiência, só pode iniciar sua carreira aos 18 anos quando está autorizado a entrar em uma escola de automobilismo.
Daniel Serra, da Red Bull Racing, é um caso de sucesso que começou no kart. Serra iniciou as aulas de kart com Vitor Chiarella aos 11 anos e considera a categoria uma escola que foi fundamental na sua trajetória.
Para os futuros pilotos, Daniel dá a sua dica: Tem que se dedicar, correr muito atrás, já que tem muita gente querendo chegar ao pódio.
Além de competir, Daniel viveu a experiência de dar aulas no Centro de Pilotagem Roberto Manzini, que possui filiais em Brasília e em São Paulo. O piloto considera a experiência válida, É muito legal ensinar o que a gente sabe, acredita. Para o diretor do Centro Roberto Manzini, que correu de Stock Car em 2006, a principal característica da categoria é a competitividade. Além disso, em sua opinião o papel do patrocinador mudou muito a dinâmica da categoria.
Hoje em dia não adianta apenas guiar bem para ser um bom piloto de Stock Car, o piloto tem que ser completo e um bom elo entre o patrocinador e as corridas, explica.
As exigências de cada Categoria
As categorias Stock Car Copa Montana, Stock Jr. e a V8 tem cada qual suas especificidades para aceitar os pilotos.
Stock Car V8
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMOBILISMO
CONSELHO TÉCNICO DESPORTIVO NACIONAL
CAMPEONATO BRASILEIRO DE STOCK CAR
Da Participação dos Pilotos
As inscrições dos pilotos em qualquer prova do Campeonato deverão ser analisadas pela CBA a qualquer momento, pelos Comissários Desportivos. Os pilotos deverão, obrigatoriamente, possuir contrato de participação com o promotor e fornecedor de motores. Devendo estar em dia com todas as obrigações neles contidas, sob pena de ter sua inscrição rejeitada para o evento em questão.
Pilotos Convidados: A Empresa Promotora do Campeonato poderá, a seu critério, convidar pilotos, inclusive estrangeiros, para participarem de eventos do campeonato, desde que os mesmos possuam licença internacional, emitidas pelas ADN de origem, válidas para 2010. Pilotos convidados não pontuarão para o campeonato, porém farão jus ao pódio, inclusive troféus.
Stock Car Copa Montana
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMOBILISMO
CONSELHO TÉCNICO DESPORTIVO NACIONAL
CAMPEONATO BRASILEIRO STOCK CAR COPA MONTANA
Da Participação dos Pilotos
As inscrições dos pilotos em qualquer prova do Campeonato poderão ser analisadas pela CBA a qualquer momento, a critério dos Comissários Desportivos.
Parágrafo Primeiro: Não poderão participar do Campeonato Brasileiro de Stock Car 2010 os Pilotos Campeões do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8 dos últimos três anos.
Parágrafo Segundo: Não marcarão pontos, somente para o Campeonato de Equipes, do Campeonato Brasileiro de Stock Car 2010, os veículos conduzidos por pilotos que estiverem participando do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8, na temporada de 2010. Os pilotos deverão, obrigatoriamente, possuir contrato de participação com o promotor e fornecedor de motores.
Mini-Challenge
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE AUTOMOBILISMO
CONSELHO TÉCNICO DESPORTIVO NACIONAL
CAMPEONATO BRASILEIRO Mini-Challenge
Licenças: Todos os pilotos participantes do Campeonato Brasileiro Mini Challenge, deverão possuir e apresentar Licenças da CBA / PGCB e PGCA 2010, atendendo ainda o disposto no Art. 19.
10 curiosidades sobre a história da Stock Car
Não é novidade pra ninguém que a Stock Car é uma das maiores paixões nacionais, um grande exemplo disso é o sucesso que o GP Bahia de Stock Car tem feito em Salvador. A cada nova edição da corrida, os baianos se interessam mais pelo evento e lotam o circuito Ayrton Senna no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Mas se você pensa que essa é uma paixão recente está muito enganado, pois o Campeonato Brasileiro de Stock Car acontece há mais de 30 anos, e pra você ficar por dentro da história da Stock separamos dez curiosidades bem interessantes, confira abaixo:
No dia 22 de abril de 1979 aconteceu a primeira prova do Campeonato Brasileiro de Stock Car, realizada no Autódromo de Tarumã, RS;
Todos os carros da primeira corrida eram do modelo Opala com motores de seis cilindros, e apesar do piloto carioca José Carlos Palhares ficar com a Pole Position, foi o piloto Affonso Giaffone quem venceu a primeira prova;
De 1989 a 1995, a Stock Car teve um único vencedor, o piloto Ingo Hoffmann, que na época havia acabado de voltar da Fórmula 1;
Em 1982 o Campeonato Brasileiro de Stock Car desembarcou em Portugal, mais precisamente no Autódromo de Estoril;
A partir de 2000, vários fatores ligados à nova administração do campeonato, como a parceria com a Rede Globo, elevou a Stock Car à principal categoria automobilística do Brasil;
Na temporada de 2005, a Stock desembarcou na terra dos nossos hermanos argentinos, no Autódromo Oscar Gálvez, onde cerca de 70 mil pessoas viram o piloto Giuliano Lossaco vencer a prova;
Em 2006, a marca Volkswagen-Bora entrou para o time da Stock Car, e enquanto o veterano Ingo Hoffmann chegava a sua centésima vitória, Cacá Bueno vencia seu primeiro campeonato;
Em 2007, Cacá Bueno consagrou-se como bicampeão e a Stock ganhou um novo patrocinador que também passou a dar nome ao campeonato, que agora passava a ser Copa Nextel Stock Car;
Na temporada de 2008, o campeonato ganhou a emocionante Corrida do Milhão e o piloto Ricardo Maurício foi consagrado como grande campeão;
Nos dois últimos anos, a Stock Car teve mudanças nos modelos dos carros, que ficaram mais tecnológicos e seguros, e na quantidade de carros por corrida; que passou a ser de 32. Além disso, o campeonato foi rebatizado para a atual Copa Caixa Stock Car.
Fonte: stockcar.globo.com/blog.lmtransportes.com.br
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