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Kung Fu
O termo Kung Fu refere-se às artes marciais da China.
Kung Fu originado em um lugar chamado o Templo Shaolin, onde os monges praticavam Kung Fu para a saúde e auto-defesa durante a sua busca pela iluminação.
O primeiro templo de Shaolin foi um monastério budista construído em 377 AD na província de Henan, na China. Em 527 dC um príncipe budista, Bodhidharma, ou Da Mo em chinês, viajou ao templo para o ensino religioso, mas não encontrou os monges fracos e com a saúde debilitada. Para encontrar uma maneira de dar a força monges e vitalidade, Da Mo se trancou em um quarto para nove anos de meditação. Sua obra resultante, Yi Jin Jing, uma série de exercícios que se desenvolveram força, vitalidade e energia interna, é considerada a arte marcial Shaolin originais.
Historicamente, Kung Fu na China era uma parte integral na educação dos estudiosos e os líderes do governo. O povo chinês deu grande valor na prática do Kung Fu, porque eles sentiram que ensinou respeito, paciência, humildade e moralidade.
Muitos americanos acreditam que Kung Fu é um termo que descreve uma única arte marcial, assim como Taekwondo, Judô, ou Aikido. Na realidade, Kung Fu é um termo geral que inclui centenas de estilos de artes marciais chinesas. Alguns exemplos de estilos de Kung Fu são Punho Longo, Garra de Águia, e Taiji Quan.
Outro equívoco é que Kung Fu é um estilo “soft” em comparação com outros estilos de Karate ou “duras”.
Isto não é assim: cada estilo de Kung Fu contém ambas as técnicas duras e macias. Além disso, muitas pessoas acreditam que Kung Fu é um estilo externo e Taiji Quan é um estilo interno. Enquanto a maioria dos estilos de Kung Fu enfatizar o desenvolvimento externo, todos os estilos de Kung Fu conter componentes internos e externos.
Esporte
Kung Fu, um esporte popular na China antiga, tem uma história muito longa, durante a qual uma variedade de habilidades foram criados e massivamente melhorado.
Originado a partir dos caça e defesa necessidades na sociedade primitiva (mais de 1,7 milhões de anos atrás – 21 aC), em um primeiro momento só incluiu algumas habilidades básicas, como clivagem, cortar, e esfaqueamento.
Mais tarde, o sistema de Kung Fu foi formada e desenvolvida principalmente como as habilidades de luta da dinastia Xia (21 – do século 17 aC) à Dinastia Yuan (1271-1368), e atingiu o seu auge durante o Ming e Qing dinastias (1368-1911).
Origem
Originário do famoso Templo Shaolin na China, o Kung Fu é a mais antiga e diversificada arte marcial. Seu treinamento possibilita ao praticante o desenvolvimento de reflexos rápidos, incrível coordenação, equilíbro e a consciência mental e física para a defesa pessoal.
O Garra de Águia do Norte (Ying Zhao Chuan) é o estilo ensinado no Centro Cultural Chinês. Combinando velocidade e força com graça e beleza, através de movimentos fluídicos e circulares, permite a definição, tonificação e fortalecimento de todo o corpo.
A utilização de socos, golpes com palma, chutes e rasteiras é característica do estilo, bem como saltos e acrobacias. O sistema Garra de Águia é famoso por suas 108 técnicas de luta, que formam o seu coração. É baseado na técnica de chaves, agarramentos em pontos de pressão e imobilização das articulações, utilizando para este fim a teoria do Yin e Yang – força suave e dura. Isto habilita o praticante a defender sua integridade física, independentemente do tamanho ou força do oponente.
Também é desenvolvido um extenso trabalho com armas tradicionais chinesas (bastão, espada, lança, entre outras). Cada arma oferece uma contribuição diferente para a prática da defesa pessoal e para o desenvolvimento da coordenação corporal.
A história do Kung Fu é cheia de muitas lendas e ciladas que tornam qualquer tentativa séria de transmitir uma história compreensiva e puramente fatual quase impossível. A principal razão para isto é que a história de uma pessoa é a lenda de outra. Há muito poucas provas documentadas para sustentar qualquer história de Kung Fu, já que a maioria das histórias passam de pai para filho, oralmente, sem qualquer documentação escrita para comprovar.
Os Primórdios
Os primeiros registros fiéis de Kung Fu foram encontrados em ossos e cascos de tartarugas da dinastia Shang (1766-1122 a.C.), embora acredita-se que o Kung Fu se desenvolveu muito antes disso. Machados de pedra, facas e flechas foram desenterrados do período da China em recentes escavações. Na verdade, Huang-Ti, o terceiro dos Três Imperadores de Outono (embora alguns o considerem o primeiro imperador da China) usava espadas de cobre para o combate.
Ch’uan fa, ou estilo do punho, como era chamado o Kung Fu no começo, tornou-se muito popular, quando os guerreiros de Chou da China Ocidental derrotaram o monarca da dinastia Shang em 1122 a.C. Durante o período Chou, uma espécie de luta romana chamada jiaoli foi listada como um esporte militar juntamente com arco e flecha e corrida de carruagens. O período de 770-481 a.C. foi chamado de Era da Primavera e do Outono. Durante esta época, o Kung Fu foi chamado de ch’uan yung, e a arte começou a florescer.
O período dos Estados Guerreiros (480-221 a.C.) produziu muitos estrategistas que enfatizavam a importância do Kung Fu na construção de um forte exército. Conforme mencionado por Sun-tzu (A Arte da Guerra), “Exercícios de luta romana e ataque fortalecem o físico do guerreiro”. Dos notáveis mestres de Kung Fu em luta de espadas naquele tempo, muitos eram mulheres. Uma delas, Yuenu, foi convidada pelo Imperador Goujian, para expor suas teorias sobre a arte de esgrimista. O termo oficial para o Kung Fu naquela época era chi chi wu (os mesmos caracteres que os usados para o jujutsu japônes).
As dinastias Ch’in (221-206 a.C.) e Han (206 a.C. – 220 d.C.) presenciaram o crescimento de artes marcias como o shoubo (luta romana) e o jiaodi, uma contenda na qual os participantes se defrontam com chifres de boi nas cabeças. O Kung Fu passou a se chamar chi ch’iao. Várias novas armas foram incorporadas à arte, e o taoísmo começou a influenciar a filosofia de luta. Na dinastia Chin (265-439 d.C.) e nas dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.), um famoso médico e filósofo taoísta, integrou o Kung Fu com chi kung (execícios respiratórios, também chamados qigong). Suas teorias de poder interior e exterior ainda são respeitadas até hoje.
Ge Hong baseou-se muito na pesquisa de seu antecessor Hua T’o, que, durante o período dos Três Reinos (220-265 d.C.), criou um método de movimento e respiração chamado wu chien shi. Este incluía a imitação dos movimentos do pássaro, veado, urso, macaco e tigre. Dizia-se que Hua T’o recebeu ajuda de um sacerdote taoísta chamado Chin Ch’ien. As obras de Hua T’o e Ge Hong foram um marco do desenvolvimento de exercícios de Kung Fu.
O seguinte grande desenvolvimento da história do Kung Fu também veio durante as dinastias do Norte e do Sul: a chegada de Bodhidharma.
A lenda de Bodidharma
Durante as dinastias do Norte e do Sul, o principal regime começou a atacar a área central da China, e a ordem social foi rompida. Isto criou um crescente interesse no estudo religioso. Em conseqüência, muitas figuras religiosas entraram no país. Uma, em particular, foi Bodhidharma. Bodhidharma é uma figura obscura na história do budismo. As fontes mais fiéis para nosso conhecimento são Biographies of the High Priests (Biografias dos Altos Sacerdotes) do Sacerdote Taoh-suan (654 d.C.) e The Records of the Transmission of the Lamp (Os Registros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual) do Sacerdote Tao-yuan (1004 d.C.).
Apesar destas fontes aparentemente autênticas, os modernos estudiosos ou têm sido relutantes em aceitar qualquer versão da existência de Bodhidharma ou afirmam que Bodhidharma é uma lenda. Muitos historiadores budistas, contudo, denominaram Bodhidharma o 28º Patriarca do Budismo, dando provas de sua existência.
Bodhidharma (também conhecido como Ta Mo, Dharuma e Daruma Taishi) foi o terceiro filho do Rei Sugandha do sul da Índia, foi um membro dos kshatriya, ou casta guerreira, e passou sua infância em Conjeeveram (também Kanchipuram ou Kancheepuram), a pequena província budista do sul de Madras. Ele recebeu seu treinamento em meditação budista do mestre Prajnatara, que foi responsável pela mudança do nome do jovem discípulo de Bodhitara para Bodhidharma.
Bodhidharma foi um excelente discípulo e logo se sobressaiu entre os colegas. Na meia-idade já era considerado um mestre budista. Quando Prajnatara morreu, Bodhidharma zarpou para a China.
Duas razões existem para isso: foi um desejo de seu mestre, Prajnatara, no leito de morte; ou Bodhidharma ouviu falar dos religiosos na China e se entristeceu com o declínio da verdadeira filosofia budista lá.
Os relatos das atividades de Bodhidharma na China variam consideravelmente. O livro Biografias dos Altos Sacerdotes, de Tao-hsuan, afirma que Bodhidharma chegou à China durante a dinastia Sung (420-479 d.C.) e as dinastias do Norte e do Sul (420-581 d.C.) e mais tarde viajou para o norte para o reino de Wei.
Mas a data tradicional dada para a entrada de Bodhidharma, segundo o livro Biografias dos Altos Sacerdotes de Tao-hsuan que foi preciso em colocá-lo no templo Yung-ning em Lo-yang em 520 d.C. O livro ainda afirma posteriormente que um noviço budista chamado Seng-fu juntou-se aos seguidores de Bodhidharma, foi ordenado por Bodhidharma e então viajou para o sul da China, onde morreu com a idade de 61 anos. Um simples cálculo matemático nos diz que se Seng-fu estava de fato com 61 anos em 524 d.C. e possuíra a idade mínima aceitável para ordenação (20 anos), teria estado com 20 anos em 483 d.C., colocando o monge indiano na China mais cedo do que a data tradicional.
Uma variação no tema acima, encontrada em Os Resgistros da Transmissão da Fonte de Luz Espiritual, situa Bodhidharma em Cantão em 527 d.C. Após passar algum tempo lá, ele viajou para o norte, encontrando o Imperador Wu da dinastia Liang (502-557 d.C.) em Ching-ling (agora Nanquim).
Quando Wu viu Bodhidharma (diz a lenda), ele lhe perguntou: “Eu trouxe as escrituras de seu país para o meu. Construí templos de grande beleza e fiz com que todos abaixo de mim aprendessem as grandes doutrinas budistas. Que recompensas eu receberei na próxima vida por isso?
“Bodhidharma replicou: “Nenhuma!” (referindo-se à crença budista de que se você fizer alguma coisa esperando recompensa, pode esperar nada).O rei ficou tão furioso que baniu Bodhidharma do palácio. Bodhidharma novamente se dirigiu para o norte.
Viajou para a província Honan atravessando o rio Yuang-tse (diz a lenda) num bambu. Estabeleceu-se no monastério Shaolin (também chamado Sil-lum) no monte Shao-shih nas mostanhas Sung. Depois de chegar ao templo Shaolin, ele meditou em frente a uma parede por nove anos. Em sua meditação, fundou o budismo ch’an. A lenda diz que além de formar o ch’an, Bodhidharma também fundou o Kung Fu. Contudo, vimos que o Kung Fu já existia com muitos nomes diferentes por toda a história da China.
É mais provável que, sendo um mosteiro, Shaolin abrigasse muitos fugitivos da justiça, fugitivos que eram também guerreiros hábeis tornavam-se monges.
Contudo, acredita-se que Bodhidharma tenha fundado uma série de exercícios que ajudavam a unir a mente e o corpo – exercícios que os monges guerreiros achavam benéficos a seu treinamento. Dois famosos clássicos, Sinew Change Classic e Washing Marrow são tidos como escritos por Bodhidharma ou seus seguidores baseados em seus ensinamentos. Destes clássicos vieram empregos da luta na forma do punho de pedra e das 18 mãos de lohan.
Durante esta época, as artes marciais da China separaram-se em duas formas distintas: boxe interno (nei-chia) e boxe externo (wai-chia).
O estilo Shaolin de Kung Fu começou sua segunda transição durante a dinastia Yuan (1206-1333 d.C.), quando um monge chamado Chueh Yuan (também chamado Hung Yun Szu) aperfeiçoou o sistema para reunir 72 formas ou técnicas. Mais tarde, os 72 movimentos foram estudados por Pai Yu-feng e Li Cheng da província Shansi. Além dos métodos de Chueh Yuan, eles também estudaram as 18 mãos de lohan de Bodhidharma e fundiram os métodos para inventar 170 técnicas. Estes 170 métodos formaram a base do atual estilo Shaolin, um estilo que é muito complexo em seus métodos e diversificação.
Pai Yu-feng ensinou que um homem tem cinco príncipios: força, ossos, espírito, tendões e ch’i (energia interior).
Seus 170 métodos continham a essência de cinco animais. Eram eles a serpente (she), o leopardo (pao), a garça azul (hao), o dragão (lung) e o tigre (hu). O tigre ensinou o método de força dos ossos; o dragão desenvolveu grande força do espírito; a garça azul ensinou o treinamento dos tendões; o estilo do leopardo representou extrema força e a serpente instruiu na capacidade de fluir o ch’i.
O sistema Shaolin desmembrou-se em cinco estilos distintos. Isto porque havia cinco templos Shaolin em vários distritos. O sistema original veio da província de Honan.
Os outros sistemas foram chamados de acordo com as províncias em que se situavam os templos: O-mei, Wu-tang, Fukien e Kwang-tung.
No sul (Cantão), as cinco variedades de Kung Fu Shaolin desenvolveram-se em sistemaas familiares: Hung, Lau, Choy, Li e Mo.
Cada uma dessas cinco famílias desenvolveu suas próprias artes:
Hung Gar: Da família Hung. Fundado por Hung Hei Gung. Usa a força externa e exercícios de tensão dinâminca e é excelente para desenvolver músculos e posturas fortes.
Lau Gar: Da família Lau. Fundado por Lau Soam Ngan, é um excelente sistema baseado em métodos manuais de médio alcance.
Choy Gar: Da família Choy. Fundado por Choy Gau Yee, este não é o sistema Choy Li Fut que é tão popular hoje. Embora tenha algumas semelhanças, a marca registrada de Choy Gar são seus métodos de ataque a longo alcance.
Li Gar: Da família Li. Fundado por Li Yao San, este sistema usa ataques de médio alcance com um murro poderoso de médio alcance.
Mok Gar: Da família Mok (ou Mo). Fundado por Mok Ching Giu, este sistema tem socos de curto alcance e métodos de chute muito poderosos.
O mais fascinante aspecto dos 170 métodos de Pai é seu fundamento nos movimentos dos animais, a saber, o tigre, o dragão, a garça azul, o leopardo e a serpente.
A garça azul (hao) é um estilo baseado em métodos e técnicas para fortalecer os tendões. Ele enfatiza o equilíbrio, o trabalho dos pés complexo e rápido, e um único movimento do punho chamado o bico da garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar. A marca registrada do estilo garça azul é sua postura de uma perna e um punho muito alongado (chang ch’uan). Além destas técnicas, a garça aul também usa um punho curto (tuan ch’uan), técnicas de armadilha com o pulso e uma variedade de chutes. O estilo do leopardo (pao) desenvolve poder, velocidade e força, especialmente na parte inferior do corpo.
O método do leopardo exibe golpes penetrantes e rápidos e uma atitude mental feroz.
A serpente (she) é talvez o aspecto mais interpretado dos cinco animais (wu-chia ch’uan), já que desenvolve a misteriosa energia intrínseca chamada ch’i. O estilo em si realça a elasticidade dos tendões e ligamentos, flexibilidade, movimentos diagonais defensivos e ofensivos e ataques velozes com os dedos. A mão da serpente usa às vezes dois dedos (o do meio e o indicador) ou os quatro dedos (que é o mais usado). O ataque com os dedos são aplicados nas partes moles do corpo do adversário, com movimentos circulares que açoitam, golpeiam de leve e saltam.
O dragão (lung), um animal mítico do folclore chinês, desenvolve autoconfiança. Movimentos técnicos são aplicados com fortes torções do corpo (como a torção e sacudidela violenta do corpo e rabo do dragão). O estilo do dragão também usa uma postura baixa e potente do cavalo e desenvolve espírito forte por meio da graça e flexibilidade. Muitos sistemas completos de Kung Fu se originaram dos movimentos do dragão. A maioria se destaca por seus movimentos fluentes, técnicas de mão abundantes (umas 12 danças do punho ou kuen), chutes fortes e rápidos, uma variedade de movimentos circulares de perna e umas 28 séries de armas.
O tigre (hu) desenvolve força por meio do uso de tensão dinâmica e usa esta força para resgatar poderosas técnicas de mão de posturas muito baixas. A técnica de mão básica que distingue este estilo dos outros é a garra do tigre. O estilo do tigre geralmente investe para cima. (Existem, contudo, exceções onde o estilo do tigre investe para fora horizontalmente.) Com o príncípio dos 170 métodos de Pai, o Kung Fu começou um novo período de crescimento. Contudo, o Kung Fu não começou no templo Shaolin, como muitos acreditam. Em vez disso, o Kung Fu começou a florescer através da influência de Shaolin. Por volta desta época, o Kung Fu passou a ser categorizado como estilos (métodos) do Norte e do Sul. O rio Yuangtze é tradicionalmente a demarcação entre o Norte (mandarim) e o Sul (cantonense).
Os sistemas do Norte destacam-se por suas técnicas de perna e seus padrões muito elegantes e extremamente trabalhados. Os métodos são ligeiros e graciosos. As técnicas do Norte adotaram esta especialização (de acordo com a lenda) por causa do terreno montanhoso que desenvolvia pernas fortes. Outros acreditam que o tempo inclemente forçava as pessoas a usar roupas pesadas. Isto exigia pernas fortes, já que a parte superior do corpo era difícil de se mover com rapidez.
Os estilos do Sul, por sua vez, não usam os métodos acrobáticos do Norte, e por causa disto muitos acham que são mais fáceis de se aprender. Os estilos do Sul usam posturas baixas, técnicas de mão potentes e chutes baixos rápidos. O povo cantonense, que pronuncia Kung Fu como Gung Fu, é mais baixo e mais atarracado e prefere usar métodos de mão. A lenda diz que como o Sul da China tem mais pântanos e água, o povo sulista remava mais, o que desenvolvia seus braços para técnicas de mão. Os praticantes do Gung Fu baseiam-se na velocidade, força, agilidade e resistência para executar seus ataques e defesas.
Os dois estilos mais singulares que se originaram do Kung Fu Shaolin são a palma de ferro (t’ieh chang) e a mão de veneno (dim mark). A palma de ferro refere-se ao método de condicionar externamente a mão para torná-la dura. A idéia é ter uma arma sempre disponível que consiga atacar com a força da morte.
Os praticantes da palma de ferro usam ungüento de ervas chamado dit da jow. Usando isto, as mãos não demonstram sinais da capacidade mortífera. A mão de veneno refere-se à capacidade de atingir centros nervosos para causar um ferimento antagônico. Os praticantes da mão de veneno usam mais o ch’i (energia interior) do que condicionamento físico. Quando utilizada, há poucos sinais de ferimentos externos; contudo, a energia destrutiva danífica os órgãos internos.
O Nascimento do Wushu
Com o Kung Fu Shaolin firmemente plantado no solo da China, a arte diversificou-se em milhares de estilos familiares distintos. Durante a dinastia Sung (960-1279 d.C.), houve um grande aparecimento da sociedade de Kung Fu, nem todas promovendo boas ações. Sociedades tais como os Dragões Negros ou as Tríades eram muito fechadas – quase como famílias. Seus objetivos iniciais não são claros, mas com o poder vem a corrupção, e muitas sociedades de Kung Fu voltaram-se para o crime. Não era raro encontrar um mestre de Kung Fu de uma determinada escola (kwoon) ou província vagando de vilarejo em vilarejo, testando sua habilidade. Muitas vezes havia duelos até a morte. Além de lutas mortais, havia muitas demonstrações públicas para atrair novos praticantes. De acordo com a crônica da capital de Kaifeng, estes “shows de rua” eram muito populares.
Na dinastia Ming (1368-1644 d.C.), o Kung Fu era conhecido historicamente como chi yung e a arte floresceu, especialmente no Sul da China. Os estilos de Shaolin do Sul concentravam-se no templo Shaolin, na província Fukien. Wang Lang da província de Shang-tung criou o famoso estilo Louva-a-Deus (Tang Lang), baseado nos movimentos do inseto de mesmo nome.
Os estilos da garça branca (pao-hoc) e do macaco (tsitsing pi qua) surgiram também. Talvez, o maior evento internacional durante este período tenha sido a introdução do Kung Fu no Japão. Ch’en Yuan-ping viajou ao Japão e introduziu o ch’in-na, uma forma de manipulação das juntas que acrescentou muito ao Jujutsu japonês. A maior documentação histórica desta era ocorreu quando Qi Jiguang, um conhecido general, compilou um livro tratando de 16 diferentes estilos de exercícios com as mãos desarmadas e umas 40 técnicas com lança e bastões de três partes. Ele criou também uma série completa de teorias e métodos de treinamento, dando assim grandes contribuições ao Kung Fu.
Quando os Manchus derrubaram a dinastia Ming em 1644, eles estabeleceram a dinastia Ch’ing, que caiu em 1911. O Kung Fu era chamado de pai ta, e 18 sistemas de armas para combate foram praticados. Sociedades secretas floresceram, especialmente a Sociedade da Lótus Branca, que era enfatizada no taoísmo. As sociedades da dinastia Ch’ing eram organizações que desejavam derrubar os Manchus ou afastar as influências européias ocidentasis de seu país.
Muitas sociedades ensinavam a seus membros que suas técnicas de Kung Fu os tornariam invencíveis, mesmo para balas de armas de fogo. Isto provocou a Rebelião dos Boxers (chamados “boxers” pelos estrangeiros, porque os chineses enfrantavam as balas desarmados). Naturalmente, mãos desarmadas não enfrentam balas, e a rebelião foi esmagada. Isto trouxe desrespeito para a validade do Kung Fu. Durante esta era, os métodos de Kung Fu interior (nei-chia) começaram a se tornar populares.
A era comunista foi introduzida depois da queda dos Manchus. O Kung Fu agora passava a chamar-se wushu ou kwo su. Poderosos chefes guerreiros, como Feng Yu-hsiang, treinavam seus soldados com Kung Fu, desenvolvendo muito respeito à arte. Em 1949, a República Popular da China foi fundada, e muito tem sido feito desde então para promover o Kung Fu. Velhos métodos de luta voltaram a ser usados, e novos foram criados. Grupos de mestres foram formados para combinar e restabelecer vários métodos antigos, e o Wushu nasceu. Só no final da década de 1960 que o Kung Fu começou a ser ensinado para os ocidentais, e arte se torna cada vez mais popular em todo o mundo.
O Termo “Kung Fu”
Kung Fu (Pin Yin:kung fu) , que tem a acepção de é uma palavra chinesa em forma coloquial que pode significar “Tempo e habilidade”, adquiridos através de esforço e Competência na luta corporal.
O termo não era muito popular até a segunda metade do século XX; por isso raramente é encontrado em textos modernos fora da China. Acredita-se que, no Ocidente, a palavra foi usada pela primeira vez no século XVIII, pelo missionário jesuíta francês Jean Joseph Marie Amiot. Com a imigração de chineses (cantoneses, em sua maioria) para a América, o termo começou a se difundir. Os chineses de Guang Dong (Cantão) costumavam a se referir treino das lutas corporais a atividade que requeria muito tempo de prática ou trabalho duro sob rigorosa supervisão de um mestre competente, e em seu dialeto usavam a expressão kung Fu.
Estilos de Kung Fu
Com o passar dos anos o kung fu propriamente dito foi se dividindo em vários estilos. Isso se deu principalmente em função de cada povo inserir novos movimentos e aprimorar outros já existentes tudo é claro, baseado nas condições geográficas e culturais do local além das características físicas dos praticantes.
A grande maioria dos estilos imita o movimento dos animais. Há, porém, alguns estilos que são mais inspirados em lutas e mitologias chinesas.
Os estilos dividem-se em dois grandes grupos os estilos do Norte e os estilos do Sul. A linha divisória entre o Norte e o Sul dentro das artes marciais chinesesas é o Rio Azul (rio Yangtze). Os estilos do sul enfatizam os chutes e suas posturas são mais duras com golpes diretos e fortes. É de onde surgiu o karatê, por exemplo.
Já os estilos do Norte possuem mais movimentos associados aos membros superiores e são mais fluidos e acrobáticos. Como principal exemplo podemos citar o tai chi chuan.
Conheça alguns dos principais estilos de kung fu:
Águia: baseado no movimento das águias, este estilo procura fortalecer os dedos e seus praticantes são especialistas em torções.
Bêbado: este é um dos estilos mais famosos e exige de seus praticantes muita flexibilidade e agilidade. Os praticantes posicionam suas mãos como se estivessem segurando um copo.
Dragão: neste estilo os movimentos são longos e contínuos e os praticantes costumam atacar com o cotovelo, joelho e tornozelo.
Garça Branca: estilo de movimentos ágeis que combinam chutes e torções.
Leopardo: os praticantes deste estilo utilizam o punho para atacar pontos vitais do adversário, como se o punho fosse um machado.
Louva-a-Deus: pode ser dividido em Louva-a-Deus do Norte e Louva-a-Deus do Sul. No estilo Louva-a-Deus do Norte os praticantes movimentam os pés de maneira complexa e são muito velozes. Já no estilo Louva-a-Deus do Sul os praticantes atacam com os braços e o combate é realizado a uma distância bem curta.
Macaco: neste estilo os praticantes desenvolvem principalmente força nas pernas para saltar de forma agressiva.
Shaolin Quan: as técnicas deste estilo foram desenvolvidas pelos monges do tradicional Templo Shaolin.
Alguns destes estilos usam armas enquanto em outros o uso é proibido.
Técnicas do Kung Fu
GARRA DE ÁGUIA
Este estilo é inspirado nos movimentos da Águia em ataques contra suas presas. Assim como o estilo do Tigre, possui um longo treinamento para o fortalecimento dos dedos, só que com ênfase no polegar, indicador, médio e anelar, que adiantam-se curvados, formando o que aparenta ser a garra de uma águia. Em suas técnicas o estilo da aguia é especialista em torções, que na maioria das vezes antecedem um quebramento.
HISTÓRIA DO ESTILO GARRA DE ÁGUIA
A História do Garra de Águia começa com um garoto, órfão de pai, criado pela mãe viúva, Seu nome era O Fei.
Quando pequeno, OFei tinha um padrinho e professor chamado Chow, com o qual estudava caligrafia, literatura, matemática; Enfim, estudos em geral. Este professor foi aluno dos monges do Templo Shao Lin e além de outras coisas aprendeu diversas técnicas de Kung Fu, dentre elas os movimentos de Águia.
Naquela época não existiam escolas primárias. As crianças aprendiam as coisas básicas com os pais. Depois era contratado um professor particular, que lhes ensinaria todas as matérias. OFei começou os estudos com a mãe e os terminou com Chow, que o ensinou também os movimentos de Águia que havia aprendido com os monges Shao Lin. Em outras palavras, o estilo Garra de Águia tem origem no Templo Shao Lin, e foi aperfeiçoado por OFei, a quem chamamos de Fundador do Estilo Garra de Águia.
Já adulto, por volta de 1123 d.C., OFei tornou-se um General do exército chinês e treinava seus oficiais na prática do Kung Fu para que estes, por sua vez, ensinassem aos seus soldados. OFei foi um General bem-sucedido, excelente guerreiro, inteligente, disciplinado e justo.Após O Fei, coube ao monge Lai Tchin a responsabilidade de preservar a arte.
Lai Tchin, transmitiu o estilo para o Monge Tao Tchai, que ensinou ao Monge Fa San, que aprimorou o treinamento, acrescentando saltos e técnicas de perna, e também foi o primeiro monge a ensinar o estilo Garra de Águia fora do Templo Shao Lin, após o tempo de OFei.
Sob outro império Fa San ensinou à Lau Si Chang, natural de Hon Wen, norte da China. Lau Si Chang foi um dos maiores divulgadores do estilo Garra de Águia, pois também era general, e esses ensinamentos chegaram até o Grão-Mestre Lau Fat Moun, que passou ao seu discipulo Li Wing Kay, representante do estilo no Brasil desde 1971 quando chqgou aqui. Começou a praticar Kung Fu com sete anos de idade.
BÊBADO
Essa técnica situa em como se o praticante estivesse embreagado. Combina movimentos como tropeçar, balançar e cair exatamente como um bêbado. As mãos se posicionam como se estivesse segurando uma chicara chinesa ou um copo em que os bêbados tomam suas bebidas. O estilo do bêbado exige muita habilidade, flexibilidade pois usa-se chutes, voadoras, semi-mortais, rolamentos para confundir o oponente.
O praticante têm que ser rápido e fingir defesa enquanto está tentando atacar e apontando em uma direção mas atacando em outro. Vários graus de embriaguez são demonstrados por gamas diferentes de movimentos e expressões no olho.
HISTÓRIA DO ESTILO DO BÊBADO
A lenda conta que existiam oito imortais que dedicavam o tempo á pratica da meditação. Combinavam as técnicas antigas de Yoga Chinesa (Kai Men / Chi Kung) obtendo habilidades extraordinárias.Com o passar do tempo eles aprenderam e desenvolveram técnicas avançadas como o estilo bêbado.Estes oito grandes mestres aprenderam a dominaram o controle da energia (Chi Kung em seu nível mais avançado).
Dentro deste grupo havia uma monja que era hábil no manejo de todas as técnicas de pernas que se desenvolveu através da Chi Kung marcial.
Este estilo foi levado ao templo Shaolin para ser ensinado aos alunos mais avançados. Após a destruição do Templo Shaolin vários monges escaparam e se esconderam em aldeias, e para não serem reconhecidos trocavam seus nomes e se vestiam como mendigos. Em cada aldeia deixavam ensinamentos que os aldeões os melhoravam adaptando a seus custumes e estruturas físicas. Nessas transformações surgiu o estilo do bêbado do sul da China, que não é tão vistoso e sim efetivo na luta, nesse momento nasce o bastão do mendigo do sul, nome dado em honra a um monge que caminhava pelas aldeias fazendo-se passar por mendigo cego e que manejava seu bastão com grande habilidade.
O estilo do bêbado com o tempo foi aperfeiçoando, mas perdia sua essência por ser um estilo difícil de aprender e executar. Todos estamos aptos para esta tarefa, mesmo sendo necessária uma preparação física, mental e espiritual muito refinada.
Este estilo se destaca pela habilidade de enganar o inimigo ultilizando o desequilíbrio, giros, saltos, esquivas e acrobacias, ultilizando a força do oponente confundindo-o.
As técnicas são ultilizadas com energia interna desde o Tan Tien, força do abdomem, quadris e ombros, que se combinam para lançar golpes de punhos e pernas seguidos de rasteiras.
A finalidade do estilo é manter o corpo em bom estado no plano físico para transformar e armazenar energia (Chi Kung) que é usada em níveis mais avançados.
À prática do estilo bêbado é um conjunto de técnicas altamente refinadas, e por isso é considerada como o limite máximo do plano físico dos lutadores .
HISTÓRIA DO CHIN ‘NA
Chin’Na é a arte de lutar agarrando e controlando o oponente. Suas raízes vêm do Tien Hsueh (ataque aos pontos vitais) e Shuai Chiao (luta que consiste em lançar o oponente), que datam de milhares de anos atrás – muito antes do moderno Aikido de hoje e do Jiu-Jitsu serem organizados na sociedade moderna.
Chin’Na Shaolin é a mãe de todas as artes que agarram. Desde que os monges de Shaolin se comprometeram com uma vida de não-violência as técnicas de Chin’Na eram uma forma importante de defesas para eles.Permitiria neutralizar o ataque de um oponente sem o golpear! Embora o Chin’Na tenha sido usado de uma forma ou de outra por muitos anos, os monges de Shaolin o transformaram numa arte ao invés de somente técnicas.
O Chin’Na é uma técnica altamente efetiva que é ensinada atualmente as polícias em todo o mundo. No início de 1600 os funcionários do governo buscaram métodos mais coercivos para subjugar os criminosos sem os matar. O Chin’ Na evoluiu em um sistema completo de capturar e deter, que foram desenvolvidos na dinastia Ch’ing (1644-1911 d.C.). Foi quando o Chin’Na se tornou parte do programa de treino básico para o exército chinês e policia da província.
O Shuai Chiao é uma forma de lutar na qual é combinada a força física com a técnica para lançar os oponentes de uma posição parada. O Chin’Na usa manipulação para lançar o oponente. Chin’Na é usado para imobilizar qualquer parte do corpo de uma posição em pé ou de uma posição no chão.
Ao contrário da convicção popular, o Chin’Na trabalha no chão. Na realidade é melhor no chão do que de pé porque não há como o oponente se esquivar, uma vez que suas articulações foram imobilizadas.
O Chin’Na não tem formas, só técnicas de apresamento básicas e avançadas (Tsouh Guu – deslocando os ossos) executadas com muitas variações. Acrescente a isso,técnicas de dividir o músculo/tendão (Fen Gin) impedindo a respiração (Bih Chi), impedindo ou bloqueando a veia/artéria (Duann Mie), pressionar a artéria, e pressionar as cavidades (Tien Hsueh), e você tem um sistema extremamente efetivo de controlar seu oponente. Na realidade, é um sistema muito científico baseado nos movimentos mecânicos.
Em geral, dividir o músculo/tendão, deslocar o osso e algumas técnicas de impedir a respiração são relativamente fáceis de aprender, e a teoria que os envolve é fácil de entender. Já bloquear a veia/artéria e cavidades são técnicas altamente avançadas que exigem conhecimento detalhado do local onde são aplicadas. Estas técnicas podem causar a morte, assim o instrutor deve ser muito cuidadoso a quem passar este conhecimento.
Chin’Na (“Chin” significa apresar, agarrar, Na significa controlar) é uma técnica Chinesa muito antiga, desenvolvida principalmente pelos monges Shaolin e aperfeiçoada posteriormente pelo famoso guerreiro Yeuh Fei, que visava principalmente o controle e domínio do adversário, sem ser necessário matá-lo
CHOY LAY FUT
Choy Lay Fut: Técnica conhecida por desferir de movimentos rápidos e flexíveis, com as pernas e mãos. Este estilo surgiu da união de três monges com quem Chan-Heung o aprendeu, e por isto ele deu o nome de seus Mestres ao estilo.
HISTÓRIA DO ESTILO CHOY LAY FUT
A mais de um século atrás, um jovem chamado Chan-Heung, que amava as artes marciais, já havia tido uma profunda formação nestas artes sob a paciente orientação de um monge Shaolin, Choy-Fok, que o apresentou para um famoso artista marcial chamado Lay Yau-Shan. Chan-Heung então o seguiu para aprender o kung fu de Lay-Kar Kung Fu, que era renomado por sua ferocidade na luta e movimentos rápidos.
Por oito anos Chan-Heung aprendeu os fundamentos daquele estilo. Como Choy-Fok e Lay Yau-Shan estavam satisfeitos com seu progresso e suas conquistas, e como tinham mente aberta, eles o encorajaram a percorrer um longo caminho para a montanha Bak-Pai que ficava na China central, para seguir um monge chamado “Monge Grama Verde” para aprender o sofisticado estilo “Palmas de Buda” e seu astuto e poderoso golpe com a palma da mão.
Depois de pedir muito, Chan-Heung foi aceito pelo Monge Grama Verde, e sob as suas instruções adquiriu mais conhecimentos sobre arte marcial.Quando Chan-Heung voltou para casa, de Bak-Pai, suas habilidades no Kung Fu eram soberbas e seu talento começou a ser admirado.
Como a arte de Chan-Heung englobava o ensinamentos de seus três professores e também suas próprias descobertas e experiências, ele estabeleceu um novo estilo de arte marcial que era único e completo. Para popularizar sua nova arte torná-la fácil de se identificar, Chan-Heung a chamou de “Choy Lay Fut”.
Porque ele escolheu este nome?
A principal razão foi que Chan-Heung queria expressar o seu respeito e gratidão aos seus professores. Era exatamente este o espírito de “respeito por seu professor” que era sempre enfatizado no Kung Fu Chinês.
Chan pegou o primeiro nome de seu primeiro e segundo professor: “Choy” e “Lay” respectivamente como as duas primeiras palavras, já que o seu terceiro professor, “Moge Grama Verde”, tinha abandonado seu nome original devido, a sua devoção ao monastério e Chan usou a palavra “Buddha” (Fut) que era a religião que o monge pregava e a colocou como a terceira palavra do nome de usa arte. As três palavras, “Choy”, “Lay” e “Fut” juntas se tornaram um estilo de Kung Fu chinês que veio para o presente e se tornou o mais popular estilo entre os praticantes.
DRAGÃO
O Dragão é um animal mistico com poderes incríveis sobre o céu e a terra. É conhecido por suas formas de ataques e defesas fechadas e pegadas muito perigosas e destrutivas, como ataques ao joelho, tornozelo, juntas e cotovelo. Os movimentos são longos, contínuos e coerentes.
HISTÓRIA DO ESTILO DO DRAGÃO
A origem deste estilo enigmático é freqüentemente questionado, muitos estudiosos dizem que o estilo teve origem nos anos 1750 – 1800 e foi desenvolvido pelo monge Budista tailandês – Yuk.
Durante um festival chamado Yue Shen, para qual vinha lutadores de Kung Fu de toda a China, Yuk conheceu Lan Yiu Kwai que fazia demonstrações neste festival. Yuk lhe diisse que o seu Kung Fu era bonito mas não tinha uso pratico. A Monja Lan ao ouvir isso ordenou que 11 estudantes o atacassem, mas os mesmos não foram capazes nem de tocar Yuk.
Impressionada ela própria o ataca e ordenou também que seus estudantes atacassem novamente. Mas desta vez Yuk derruba todos os estudantes menos Lan.
Diante desta pura demonstração de Kung Fu a monja Lan cai ao pé de Yuk e pede que a aceite como discípulo.
Yuk aceitou e começou a ensinar a Monja que se tornou um dos “5 tigres de Cantão” e Yuk ficou conhecido como um Mestre de Dragão. Este estilo é conhecido por defesas e ataques fechados e “Mok Kiu” (entrelaçar os braços).
Possui cinco formas que mostram o poder do Dragão, que são conhecidas como: NGAN (olhos), SUN, (mente), SAU ( palma), YIU (cintura), MA (posição de cavalo).
O praticante precisa dominar estas cinco formas que correpondem externamente a Oração, Ar, Fogo, Água e Terra e internamente ínicio, espirito, respiração(Chi), fluência e estabilidade interior.
Quando o praticante domina estas cinco formas associadas externa e internamente ele está apto a perceber o poder do Dragão.
TREINAMENTO
O treinamento deste estilo é complexo, pois utiliza diversas transições de posições. Em aprendendo os movimentos, o estudante golpeará duro em bloco,fazendo com que o seu corpo fique fortalecido. Este estilo tende a desenvolver exaustivamente o Chi (Energia Interna).
FEI HOK PHAI
O Fei Hok Phai, o Estilo da Garça Voando, é caracterizado na linha Shaolin do Sul pelos movimentos da Garça, que são ágeis, harmoniosos e perigosos. Nesse estilo também são realizados movimentos do dragão, serpente, tigre , elefante, leão, macaco, leopardo e raposa
HISTÓRIA DO ESTILO FEI HOK PHAI
Para chegar a origem do estilo Fei Hok Phai temos que retornar ao século XVII em meados do ano 1650, com a invasão Manchu já concretizada e a dinastia Ming expurgada e a dinastia Ching instalada. A cultura e a religião chinesas foram mantidas nos mosteiros, principalmente o mosteiro Shaolin na província de Honan, que se transformou também em foco de rebelde que lutavam pela restauração da dinastia Ming.
Graças a um informante, o imperador Manchu Kang-hsi descobriu essa conspiração e mandou um exército destruir o templo shaolin deste morticínio escaparam cinco monges que foram responsáveis pela restauração do templo shaolin e das suas técnicas.
Destes monges dois são de grande importância para nós: Fong Si Yui e Hung Hei Kun.
Foi por intermédio destes monges que surgiram os estilos da garça e do tigre: Hok Phai e Hung Gar.
Alguns anos depois, em Kwantung (Cantão), encontramos Hung Kei Kun (herói do cantão). Ele foi um dos maiores lutadores que a china conheceu.
Criador do estilo Hung, Hung Kei Kun se notabilizou por inúmeros campeonatos vencidos e lutadores derrotados, Hung Kei Kun ensinou sete discípulos especializando-os numa determinada técnica, destas sete técnicas, cinco são muito importantes para nós, são elas:
Hung ká
Lao ká
Choi ká
Lei ká
Mo ká
Estas cinco técnicas foram aprendidas por um chinês de cantão, que após imigrar para Hong-Kong se transformou num dos grandes expoentes desta nobre arte do Kung Fu. Esse chinês é Chiu Ping Lok (Lope Chiu) foi o introdutor destas cinco técnicas compiladas num único estilo denominado Fei Hok Phai.
Mestre Lope, também aprendeu a arte de Tai Chi Chuan e Hatha Yoga, dessa forma no Fei Hok Phai há uma mistura da escola interna Nei Chia com a escola externa Wai Chia.
GARÇA BRANCA
Garça Branca conhecido por seus movimentos ágeis de chutes, torções e ataques perigosos.
HISTÓRIA DO ESTILO DA GARÇA BRANCA
O sistema Pai Ho de Kung Fu (Garça Branca) foi originado na Dinastia Ming (1368-1644), por um lama Tibetano, Adato (Orddoto, Atatuojun, Ah Dat Ta, etc.), nascido em 1.426 antes de Cristo no começo do reino Hsun Chung na dinastia Ming. Adato estava meditando pacificamente no outro lado da montanha do Tibete, e durante sua meditação ele, avistou uma elegante Garça Branca, aquecendo-se ao sol quando, subitamente, um macaco selvagem apareceu da floresta próxima e atacou a Garça agarrando-a pelas asas.
O pássaro estava assustado, mas este fugiu do ataque do macaco e vingou-se usando seu longo bico para bica-lo.Seguiu-se uma batalha violenta. O macaco que era normalmente considerado ativo e ágil não era par para a Garça. Adato observou a luta muito atentamente.
Ele estava fascinado pela esperteza exibida pelos dois animais. A luta terminou completamente por um tempo e o macaco estava começando a demonstrar sinais de cansaço quando subitamente, como um raio, o bico da Garça golpeia um dos olhos do macaco que proferiu um grito agudo de dor enquanto o sangue fluía do olho danificado.
O macaco começou a saltar e fugiu para o abrigo na floresta de onde havia saído.
No início da luta, Adato apenas observou mas não pensou muito sobre ela. Porém, quando ele observou mais atentamente, começou a notar que os dois animais usavam métodos diferentes de luta e que suas técnicas eram sistemáticas e meticulosas. Os movimentos da Garça Branca eram particularmente evasivos, anulando cada movimento de ataque do macaco, não importando a velocidade em que eram desferidos.
Depois de observar os movimentos de luta dos dois animais, Adato formou um sistema de técnicas de punhos e pernas em sua mente. Como resultado de muita experimentação e prática, o Kung Fu Garça Branca começou a se formar.
Após terminada a pesquisa e analise, foram criadas 8 (oito) técnicas fundamentais dos movimentos naturais da Garça Branca e adotado alguns jogos dos pés do macaco. Adato incorporou as técnicas novas ao arsenal marcial que ele havia aprendido no templo e a isto deu o nome de “O rugir do leão”, mais tarde o estilo foi renomeado para Kung Fu Pai Ho ou Pak Hok no dialeto cantonês.
O Kung Fu da Garça Branca é conhecido como a arte Imperial durante a dinastia Ching (1644-1912), porque os guardas reais treinaram o Kung Fu Garça Branca para proteger a família real. Também é considerado como um dos mais elegantes e bonitos estilos do Kung Fu Chinês.
Com o passar dos séculos, o Kung Fu Garça Branca teve muitos mestres famosos que o desenvolveram em vários sistemas diferentes: Lama Pai, Hop Gar, o Rugido de Leão, Pak Hok, Si Jih Hao, Garça Branca e Lama Kung Fu.
Nos anos entre 1.850 e 1.865 durante a dinastia Ching, o grande Monge Hsing Lung Lo Jung, um dos primeiros discípulos de Adato, viajou para o sul da China com seus quatro discípulos monges Ta Chi, Ta Wei, Ta Yuan e Ta Chueh. Eles começaram a propagar as técnicas de mãos da estrela cadente e estilo do norte de Kung Fu segundo seu atual título de estilo “Pai Ho”.
O grande Hsing Lung e seus quatro discípulos estavam enclausurados no mosteiro Lótus, na montanha Ting Hu, do distrito de Chao Ching, Kwang Tung. Foi lá que o Monge Hsing Lung aceitou quatro alunos, os quais não eram monges, e passou para eles os segredos do Kung Fu Pai Ho. Esses quatro discípulos eram Wong Yan Lam, Chan Yun, Chou Heung Yuen e Chu Chi Yiu. Depois um outro, chamado Wong Lam Hoi, se juntou aos quatro. Wong Lam Hoi era irmão de sangue de Wong Yan Lam e era de Nan Hai distrito de Kwang Tung.
Eles foram os cinco grão-mestres que ficaram responsáveis pela propagação do Kung Fu Pai Ho no Sul da China, logo após sua criação. Os seguidores acima mencionados como os cinco grão-mestres, haviam nomeado Ng Siu Chung como o principal expoente do estilo Pai Ho.
Uma estatueta do Buda feita de ouro foi dada juntamente por Wong Yan Lam e Chu Chi Yiu à Ng Siu Chung. Esta estatueta foi herança do estilo Pai Ho e somente o grão-mestre do estilo estava incumbido da responsabilidade de guardá-la. Naquele tempo, Ng Siu Chung tornou-se o guardião ou timoneiro do estilo Pai Ho de Kung Fu. Os grão-mestres Chan Yun e Chou Heung Yuen morreram cedo. A tarefa de propagação da arte marcial Pai Ho estava principalmente sobre Wong Yan Lam e Chu Chi Yiu.
Chan Hak Fu (Chen Ke Fu): Um dos mestres mais famosos de Kung Fu Garça Branca, apresentou ao mundo sua organização: a Federação Internacional de Kung Fu Pak Hok (White Crane) na Austrália em 1972. Ele abriu suas escolas em Hong Kong, Macau, Austrália e vários locais nos Estados Unidos, como Nova Iorque, Califórnia, San Francisco etc.
O monge Ah Dat Ta, eventualmente, ensinou o estilo a outro monge do templo esse monge era o grande Sing Lung o qual, mais tarde, ampliou o sistema criando as técnicas de mãos da estrela cadente (Lau Sing Kuen). Muitas técnicas dentro da forma Fei Hok Sau (mãos de garça voadora) estavam extremamente avançadas para principiantes e assim a divisão “punhos da estrela cadente” foi criada para conter as formas mais básicas.
Elas são: Luk Lek Kuen (Forma das seis forças), Chuit Yap Bo Kuen (Forma avançar e recuar o passo), Tit Lin Kuen (Forma da cadeia de ferro), Siu Ng Ying Kuen (Forma dos cinco pequenos animais), Tin Gong Kuen (Forma da ursa maior), Lo Han Kuen (Forma de Bodhisattva, Santo Budista), Siu Kam Kongo Kuen (Forma do pequeno diamante), Tai Kam Kongo Kuen, (Forma do maior diamante), Tai Ng Ying Kuen (Forma dos cinco grandes animais), Kun Na Sau Kuen (Forma de agarramento com as mãos), Tsui Ba Hsien Kuen (Forma dos oito imortais bêbedos), Tsui Lo Han Kuen (Forma de Bodhisattva bêbedo), Lo Han Chut Dong Kuen (Forma Bodhisattva encerra a caverna), Kuai Jih Kuen (Forma do Bandoleiro), Lo Han Yi Sap Sei Jang Kuen (Forma de vinte e quatro cotovelos de Bodhisattva) e Tsui Kam Kongo Kuen (Forma de diamante bêbedo).
Os movimentos das formas acima são principalmente circulares e muito compactos. Porém, essas são, portanto, as principais formas do estilo.
As técnicas mais avançadas são as formas:
Mui Fa Kuen (Forma da flor de ameixa), a execução dessa forma simboliza a flor de ameixa abrindo suas pétalas, mostrando sua beleza (conhecimento) e perfume (Chi), e incorpora a essência dos movimentos da garça combinados com o Kung Fu clássico.
Fei Hok Sau (Mão de garça voadora), essa forma foi dedicada a todo o nível fundamental das técnicas de luta do sistema Pai Ho e estava composta de ambos os golpes de punhos e técnicas de mãos abertas.
Nei Lah Sau, essa forma foi dedicada às técnicas de luta avançadas e estava composta de agarramento e técnicas de torções. Com especialização em combate nos pontos vitais do oponente.
Dou Lo Sau, essa forma é fundamental no Kung Fu Pai Ho e está inclusa na forma intitulada “Agulha envolvida no algodão”.
Min Loi Jam Kuen (Forma agulha envolvida no algodão), essa forma é um pouco do Kung Fu estático que enfatiza a função da mente. A mente controla os movimentos do corpo e membros. De modo que a forma “agulha envolvida em algodão” pode ser considerada, de certa forma, Kung Fu interno o qual é o ponto de partida para os mais altos estágios de trabalho interno chamado “trabalho interno Pai Ho”. Aquele que é bastante preparado para praticar estes trabalhos internos será capaz de usar sua mente para controlar não só a respiração mas também a circulação sangüínea e o metabolismo do corpo, executando, dessa forma, em perfeita harmonia com o universo.
Além das formas mencionadas acima são realizados movimentos como técnicas complementares das formas do macaco (Hou Chuen), do tigre (Fu Jiao), do leopardo (Pao Ch’uan), do dragão (Long Chuen) e da serpente (She Chuen).
O estilo Pai Ho (garça branca) também utiliza armas em suas formas. No total são mais de 10 (dez) as principais armas ensinada no estilo Pai Ho.
São elas: Bastão normal (Shang Kuan Shu), Nunchaku de duas partes (Lan Tih Kuan), Facão de gume simples (Tan Tao Kuen), Faca de borboleta (Wu Tip Tao), Lança de uma ponta ou uma cabeça (Tan Tou Ch’iang), Gancho orelha ou cabeça de tigre (Hu Tou Kou), Facão em forma de meia-lua ou facão de Kwan Kun (Kuan Tao), Nunchaku de três partes (San Tih Kuan), Punhal duplo (Erh Pi Shou), Garfo de três pontas – tridente com bastão (San Ch’a Kuan) e espada simples e dupla (Chien Tao).
AS OITO CARACTERISTICAS DO ESTILO PAK HOK
O espirito ou filosofia do estilo Pai Ho (Pak Hok) de Kung Fu Shaolin está baseado em 8 (oito) características: Chan, Shang, Chuan, Tsieh, Hok Pu, Hok Chuei, Hok Sau e Hok Kou Sau.
A primeira característica, Chan, significa literalmente forma de crueldade. Entendemos que o objetivo fundamental das artes marciais é a auto-defesa. Para fazer isso, é necessário estar mentalmente preparado. O praticante precisa ter um espírito de lutador para o qual não há limite, seja qual for o estilo de arte marcial, será de alguma ajuda.
A segunda característica, Shang, significa literalmente formas de esquivas, inclui movimentos rápidos de esquerda e direita, avançando e recuando, pulando e esquivando. Em resumo, deve-se evitar o uso de força brusca para enfrentar o golpe do oponente. A idéia é a de que se o oponente é mais forte do que você é, e você tentar interceptar ou bloquear seu golpe com força brusca, você não estará na melhor posição.
Mas se você desviar ou esquivar, então não importa o quanto seja violento ou forte o golpe do oponente, ele perderá seu impacto quando alcançar o pico deste momento. Você estará em vantagem em fração de segundos para revidar.
A terceira característica, Chuan, são formas de perfuração e penetração. A idéia é a de ataque no momento e no ponto onde o oponente menos espera. Essas características significam o espírito da perfuração ou penetração através de um espaço de tempo.
A quarta característica, Tsieh, são formas de interceptar. Há quatro maneiras de interceptação, duas são rígidas e flexíveis e duas são de mãos e de pernas. A interceptação rígida é para deter o golpe do oponente antes ou após ele tê-lo lançado de maneira que o oponente não possa golpear o alvo. Interceptação flexível é para anular o impacto do golpe do oponente por desviar o curso do impacto e fazer o oponente perder o seu equilíbrio, se possível.
Interceptar com as mãos dificulta o ataque do seu oponente em todos os planos (superior, médio e inferior). O oponente está, deste modo, em um dilema e ele provavelmente precisará retirar-se. Sob essas circunstâncias você empurra para frente ao avança a postura e tem seu oponente sobre controle. A vitória não tardará se você estiver decidido.
A quinta característica, Hok T’ui Bu, que significa postura da garça sobre uma só perna, essa postura seria derivada do Muy Far Chong (um termo cantonês), que é um sistema de treinamento em cima de tocos de madeira. Essa técnica exige um maior grau de habilidade pela dificuldade em se manter o equilíbrio e se baseia em métodos e técnicas para fortalecer os tendões.
A sexta característica, Hok Chuei, corresponde ao golpe mais poderoso do Kung Fu Pai Ho: o bico de garça, no qual todos os dedos se unem na ponta para aplicar ações de bicar nas partes vulneráveis do oponente, principalmente os olhos.
A sétima característica, Hok Sau, quer dizer bloqueio rápido executado com as palmas das mãos abertas no formato das asas da garça.
A oitava característica, Hok Kou Sau, é baseada no ataque, bloqueio e esquiva reunindo força e agilidade, executados com o pulso em forma de gancho ou pescoço da garça.
HUNG GAR
Hung Gar é um dos principais estilos de Kung Fu.
O estilo Hung Gar é formado por cinco técnicas principais: dragão, serpente, tigre, leopardo e garça. O estilo é caracterizado com base de pernas e mãos fortes. Sua pricinpal característica é a utilização do ataques e defesas ao mesmo tempo.
HISTÓRIA DO HUNG GAR
Surgiu na Dinastia Ching, no ano de 1734, época em que o imperador Yung Jing Ordenou a destruição dos Templos Shaolin .
Depois da destruição dos templos, somente cinco monges sobreviveram ao massacre, sendo eles: NQ Mui, Gee Sin, Pak Mei, Miu Hin, Fung To Tak.
Desses sobreviventes, o monge Gee Sin teve como discípulo um rapaz de nome Hung Hei Kun, que mais tarde construiu um novo templo Shaolin onde ensinava o Kung Fu nos moldes tradicionais, sendo o seu estilo conhecido mais tarde como Hung Gar (Familia Hung).
Nos ultimos cem anos em Cantão, região Sul da China, existiram dez mestres que se destacaram por sua habilidade inigualavel.
Por alcançarem grande fama, chegando a ser conhecidos como os Dez Tigres de Cantão.
Dentre eles, cinco eram eram mestres de Hung Gar: Tii Kiu San, Sou Rak Fuú, Wong Fei Hung.
O introdutor do estilo na America do Sul e Brasil, foi o Mestre Lee Hon Kay(Li Hon Ki).
KUNG FU SHAOLIN
Kung Fu Shaolin é conhecido por movimentos tanto rígidos, suaves, compactos, rápidos e sólidos. São todos realizados em posturas naturais e flexiveis juntamente com o trabalho de pernas firme e leve.
No Shaolin Kung Fu, é necessário ser: hábil, discreto, corajoso, rápido e prático.
SOBRE O ESTILO SHAOLIN KUNG FU
O Kung Fu Shaolin é assim chamado em virtude de ter sido criado no Monastério Shaolin nas montanhas Song (Songshan), no munícipio de Degfeng, na província de Henan. Ao redor destas montanhas existem muitos lugares de interesse histórico como túmulos antigos, pagodes, placas de pedra com inscrições de templos construidos em diferentes épocas. Dentre as muitas relíquias, o Monastério Shaolin é parcialmente preservado e o mais famoso.
O Monstastério Shaolin teve uma história turbulenta. Foi seriamente afetado por incêndios em três guerras, sendo o primeiro incêndio na Dinastia Sui, o segundo na Dinastia Qing e o terceiro e catastrofico em 1928, quando o fogo destruiu valiosos documentos que relatavam o estudo do desenvolvimento do Shaolin Kung Fu
Não há evidências conclusivas de quem criou o Shaolin Kung Fu, nem quando foi criado. Algumas pessoas dizem que foi desenvolvida por Bodhidharma, um monge indiano que veio a China 30 anos depois de Batuo, outros dizem que a prática iniciou-se antes de Bodhidharma. Mas estudiosos dizem que o Shaolin Kung Fu não deve ser atribuido a uma só pessoa, pois foi criado e desenvolvido pelos monges do monastério ao longo dos anos, com base em formas populares antigas.
LOUVA A DEUS
O inseto cuja aparência é de maior devoto do mundo, tem que ser o Louva-a-Deus. Com as patas dianteiras costumeiramente posicionadas de forma a sugerir as mãos juntas de um devoto, ele se tornou o inseto mais referido em todas as artes marciais. Esse inseto se tornou tão venerado, não por causa da sua aparente aura de religiosidade, mas por causa de sua reconhecida ferocidade, combatividade e tenacidade de vida. Há trezentos e cinqüenta anos um mestre de luta, Wang Lang, exaltava a pequena mas ativa criatura, criando o estilo Louva-a-Deus de auto defesa.
SOBRE O ESTILO LOUVA A DEUS
Wang um notável guerreio que tinha habilidades com espada foi ao Templo Shaolin e publicou um desafio aos monges para testar suas habilidades contra ele em duelo amigável. Devido á sua insistência, o monge mestre permitiu a Wang que um monge novato foi enviado para lutar contra ele.
Para a surpresa e vexame de Wang, ele foi decisivamente derrotado por um noviço. Se isolando nas montanhas Wang estava determinado a provar suas habilidades aos monges.
Ele treinou diligentemente seu estilo “Caminho da Espada” (Tsien Tao) enquanto constantemente se exercitava e fortalecia seu corpo. Ele voltou ao monastério convencido que estava pronto a mostrar aos monges sua superioridade. Os monges aceitaram mais uma vez o convite para testar suas habilidades.
Novamente ele enfrentou o monge mais novo. Com um sentimento de entusiasmo ele venceu o jovem monge principiante. Derrotou ainda outro monge, de baixa graduação, e outro de categoria mais elevada. Wang estava começando a sentir confiança em sua invencibilidade, até que enfrentou o monge mestre. Com a ordem Shaolin observando, Wang não foi capaz de tocar o mestre. Novamente, para tratar de seu corpo e do seu orgulho ferido, Wang desapareceu na floresta para contemplação. Um dia, enquanto descansava debaixo de uma árvore, Wang ouviu a longa nota aguda de uma cigarra em um galho baixo no arbusto acima dele. Olhando para o alto, Wang reparou em um frágil e com aparência quase quebradiça Louva-a-Deus engajado em uma luta de vida ou morte com a grande cigarra.
A cigarra estava fazendo o máximo. Sua cabeça contra o Louva-a-Deus quase o imobilizava com sua tenacidade. Foi quando o Louva-a-Deus reagiu com ferocidade usando sua forte virada de patas e mordendo a boca para agarrar a robusta cigarra e desfaze-la da posição em que estava.
O carnívoro Louva-a-Deus consumiu a sua vítima. Altamente impressionado com o que vira Wang decidiu capturar o inseto vitorioso e então observar os seus movimentos defensivos e ofensivos. Usando um graveto de pequeno comprimento ele cutucava e provocava o Louva-a-Deus em todas as direções. Invariavelmente o Louva-a-Deus, com sua cabeça capaz de virar para qualquer direção, se defendia quando provocado de frente ou de costas. O perseverante inseto tornou-se a inspiração de Wang para o seu novo sistema de combate.
Com cuidado meticuloso, ele ordenava os movimentos defensivos e ofensivos do inseto em umaarte de luta humana.
Ele a dividiu em três principais categorias: Peng Pu, método importante de bater ou tirar o antagonista de seu balanço; Lan Tseh, usado para restringir ou reduzir a força do oponente; e Pa Tsou, a defesa “oito cotovelos”.
Depois de sua preparação pessoal, ele finalmente acreditou que estava pronto para testar seu novo estilo de luta contra o mestre dos monges. Armado com seus movimentos inspirados no Louva-a-Deus, Wang extraordinariamente derrotou o mestre dos monges com suas táticas de inseto selvagem nunca antes usadas por um homem.
Os monges aceitaram respeitosamente a sua derrota, mesmo com surpresa, e procuraram aprender o novo e estranho sistema. A palavra de sua vitória se espalhou pelas províncias. Wang Lang era o novo herói das artes marciais. Sendo logo rodeado por discípulos. O sonho das artes marciais de Wang Lang foi finalmente realizado. Sua escola de auto defesa do Louva-a-Deus se tornou extremamente proeminente no Nordeste da China, considerada por alguns como sendo a maior durante seu tempo de vida.
O venerável Wang morreu anos mais tarde, feliz e famoso mestre de luta. De qualquer forma, sua cuidadosa herança do estilo Louva-a-Deus se dividiu na dinastia Ching quando quatro discípulos, cada um desejando fazer inovações e se desligaram da escola fundadora. O Mestre Louva-a-Deus disse então que seus desejos poderiam ser satisfeitos com uma condição, que cada discípulo nomeasse seu sistema individualmente, de acordo com as marcas das costas de um Louva-a-Deus capturado por cada um.
Um tinha a aparência do símbolo Yin-Yang (Tai Tsi), outro parecia com uma flor de ameixa (Mei Hua) e no outro um conjunto de marcas que tinham a aparência de sete estrelas (Tsi Tsing) .
Houve um Louva-a-Deus que não tinha marca aparente. Este estilo ficou conhecido como estilo despido (estilo sem marca – Kwong Pan).
LOU HAN
O estilo Louhan Quan foi criado por monges no Templo de Shaolin a partir da observação das diferentes posturas e expressões das estátuas do Templo e da meditação. Eles acrescentaram a essas posturas as habilidades de combate. No período contemporâneo vivia Mestre Miao Xing,que tinha sido chamado “Ouro Arhat “. Ele era um nativo de Dengfeng na Província de Henan, e soube das habilidades de combate como também estando apaixonado por artes literais, especialmente Budismo.
Ele trabalhava e praticava a o budismo e artes marciais. Depois ele viajou ao longo do país e reuniu muitos mestres de Wushu. Desse modo ele dominou as artes marciais de estilos diferentes. Vários anos depois Miao Xing raspou a cabeça para se tornar monge do Templo de Shaolin, mas continuou a praticar a arte marcial no tempo excedente.
Uma vez ele foi visto praticando a arte marcial pelo abade do templo que o elogiou e lhe ensinou o Shaolin. O abade também ensinou para Miao Xing o estilo de Lou Han.
Sempre que surgiam desafiantes para enfrentar as artes marciais de Shaolin, o abade designaria Miao Xing para enfrentar. E sempre Miao era o vencedor, assim foi ganhando o respeito entre outros monges. Eventualmente Miao foi promovido a supervisor do templo e foi requisitado que ensinasse as artes marciais a outros monges. Depois da morte do abade, Miao Xing o sucedeu e também serviu como o chefe de Shaolin. Ele teve uns 5.000 discípulos monges e 200 discípulos leigos. Em 1939, Mestre Miao Xing faleceu com a idade de 58 anos.
CARACTERÍSTICAS DO ESTILO LOU HAN
Bodhidharma foi o introdutor da filosofia Cha`n (Zen) e transmitiu técnicas de exercícios internos e respiratórios além de métodos inéditos de artes marciais aos monges que viviam no Monastério Shaolin. Com os conceitos do Wu De (virtude marcial) ele deu um novo rumo às artes de guerra do oriente, utilizando-as também para a elevação espiritual dos seus praticantes.
O Templo Shaolin foi o berço de praticamente todos os estilos de luta originários do oriente, bem como um dos maiores centros de desenvolvimento do budismo na China. Nele se originaram todos os estilos de Wushu Chinês que se espalharam por todo o território da antiga China, inclusive o sistema Lou Han (guardião de Buda).
O Shaolin Wushu tem características únicas, e resíduos de seus movimentos podem ser encontrados em praticamente todos os estilos de Wushu. Suas origens provém da tradições budistas do Monastério, religião que exige dos seus praticantes grande disciplina e controle físico e emocional.
Os monges também obtiveram suas experiências em campos de batalha e o Shaolin Wushu obteve características militares. A forma embrionária do Shaolin Wushu são as 18 mãos de Lo Han, técnica criada pelo patriarca Bodidarma e batizada em homenagem aos seus dezoito principais discípulos, sendo que 16 deles eram indianos e somente dois chineses.
Seus movimentos são lineares, compactos, poderosos, simples, com técnicas voltadas para o combate real. Em todo o momento é trabalhada a energia interna Chi, projetando a força para a frente e utilizando-se da do adversário.
LEOPARDO / PANTERA
Leopardo: O principal golpe do leopardo é um punho veloz e penetrante, semelhante a uma machadada, para atacar pontos vitais e costelas. Sua técnica desenvolve a força muscular e a velocidade. Os movimentos são rápidos, poderosos e procuram a imobilização.
SOBRE O ESTILO DO LEOPARDO / PANTERA
Desenvolvido pelo monge Mot, o estilo do leopadro vem da familia do estilo do tigre e é usado para desenvolver velocidade e força. Esse estilo tem movimentos não ortodoxos, ritmo quebrado, e técnicas rápidas. Sua característica principal é o ataque com o punho de maneira rápida e veloz.
MACACO
Macaco: Estilo do norte de Kungfu chinês e é considerado por muitos ser um dos estilos mais incomuns e não ortodoxos das artes marciais. É composto dos movimentos, características, e o espírito dos macacos. Este estilo é muito forte nas pernas e saltos.
SOBRE O ESTILO DO MACACO
A história de Ta Sheng Homens, ou Kung Fu de Macaco começa próximo ao fim da Dinastia Ching (1644-1911), quando um lutador do norte da China, Kou Sze estava preso por matar um aldeão. O castigo para esse crime era morte ou prisão perpétua. Para salvar Kou Sze de qualquer penalidade um amigo íntimo e influente conseguiu subornar o juiz para reduzir a pena de Kou Sze a oito anos de prisão. Para Kou Sze, a prisão se tornou uma bênção.
A prisão ficava situada em uma floresta nos arredores de cidade. Por um estranho destino a janela da cela dava de frente para um bosque de árvores altas que abrigaram uma colônia de macacos tagarelando brincando e balançando de árvore em árvore.
Fascinado pelas artimanhas brincalhonas dos macacos entre a árvore, Kou Sze gastou horas os observando todos os dias no hábitat natural deles. Ele cuidadosamente estudou o comportamento deles em situações diferentes, e depois de longos anos era capaz de distinguir as características diferentes dos macacos.
Depois de categorizar cada macaco por sua habilidade e técnicas, Kou Sze percebeu que estas ações eram compatíveis com o Tei Tong , um Kung Fu que ele tinha aprendido de infância. Kou Sze decidiu combinar então este o Tei Tong com os movimentos de macaco.
O fim do termo de prisão dele marcou o verdadeiro começo da arte de Ta Sheng (o Grande Salva). Kou Sze nomeou este macaco especial que luta em honra de Sol Wu Kung, o Rei de Macaco legendário na Viagem de folclore “chinesa para o Oeste “. Kou Sze fundou a arte de Ta Sheng em vários princípios de manobras que incluem agilidade, agarrar, cair e saltar.
Através do estudo cuidadoso dos hábitos do macaco Kou Sze pôde destiguir as reações dos macacos e os categoriza-los em cinco personalidades diferentes, criando as cinco formas do macaco:
O Macaco alto
O Macaco de madeira
O Macaco Perdido
O Macaco de Pedra
O Macaco Bêbedo
Esse estilo foi passado de geração em geração até que o Mestre Chat de Cho Ling decidiu passar no inteiro Arte de Pekkwar e todas as cinco formas do macaco e ensinou a Paulie Zink que passou ao seu amigo intimo Mestre Michael Matsuda.
Um grande mestre tambem que conheceu esta arte do Macaco foi Wang Lang, criador do sistema Louva-a-Deus, que aproveitou algumas características do macaco para aperfeiçoar o seu estilo.
SHAOLIN DO NORTE
Shaolin do Norte – Pek Siu Lum ou Bei Shaolin – é um estilo de Kung-Fu originário do mosteiro budista de Shaolin (“Floresta Jovem”), no norte da China.
Segundo os registros históricos, é um dos mais completos dentre os estilos originários do mosteiro.
Este estilo enfatiza técnicas avanços rápidos e retiradas, posições largas, chutes altos, rapidez, agilidade e ataques agressivos.
SOBRE O ESTILO SHAOLIN DO NORTE
Os movimentos do Shaolin do Norte foram criados com base nos animais e elementos da natureza.
O Estilo Shaolin do norte é composto de onze katis, divididos em dois grupos: cinco curtos e seis longos. Sua prática que todas as partes do corpo, foram desenvolvidas para aumentar a resistência, força, velocidade, equilibrio e elasticidade, além de aprimorar a capacidade de concentração e respiração. O estilo também envolve o combate livre e técnicas de quebramento, possibilitando uma evolução maior do praticante através de exercicios altamente elaborados e de eficiência logamente comprovada.
O Shaolin do Norte foi “trazido” ao século XX pelo grão-mestre Ku Nei Chang (também conhecido como Ku Lu Zan ou Ku Yu Cheung), herdeiro direto das técnicas ensinadas aos monges desde o século VI d.C.
Mestre Ku, foi viajou ao longo do norte da China para aprender o máximo dos sistemas de Kung Fu do Norte, e aprendendo estes estilos ele o organizou e fez com que o estilo fique conhecido como é hoje.
Mestre Ku Nei Chang foi professor de Yang Sheung Mo. que por sua vez teve como seu principal aluno Chan Kowk Way, introdutor do estilo no Brasil (1960).
SERPENTE DIVINA
O estilo Shen She Chuen (serpente divina) originou-se na província de Fujien quando um Monge do Templo do Bambu ministrou a Hsu Yin Fong uma técnica particular do templo chamada Hok She Tchu (união da Garça e da Serpente).
SOBRE O ESTILO DA SERPENTE DIVINA
Após a morte do Monge Hsu estas técnicas foram aprimoradas e em homenagem ao Monge, o estilo foi batizado de Shen She Chuen, que significa “Punho da Serpente Divina”, uma vez que o Ideograma “Shen” para os chineses significa Deus.
Consiste em defesa e trabalha movimentos ofensivos com apunhalar e movimentos de espada cortantes. Há foco na velocidade dos giros e movimentos de corpo contínuos.
O estilo Shen She Chuen é executado com as mãos esculpindo a cabeça de uma serpente em uma mistura de “duro” e “suave”. Contando com movimentos lentos e suaves, o adversário pode surpreender-se com sua flexibilidade, velocidade e força, desde que bem concentrado chi (Energia Interior).Seu objetivo nos ataques é a busca dos pontos vitais como olhos, garganta, plexos, vão entre as côxas e abdômem.
O estilo chegou ao Brasil em 1980 sob supervisão do Mestre Hu Chao Tien, discipulo e filho do Mestre Hu Shi Wen. Hoje o estilo tem a supervisão do Mestre Dani Hu (Hu Chao Hsil), filho do Mestre Hu Chao Tien.
“O Punho da Serpente” possui seis fases afim de desenvolver os cinco conceitos do estilo, que são:
Velocidade: atacar com batidas rápidas e inesperadas, usando passos rápidos, ágeis e leves;
Envolvimento: a curta distância, envolver os membros do oponente confundindo suas posturas e usando-as a seu favor. Quando a longa distância, aguardar a abertura de uma postura adequadamente contida;
Surpresa: atacar em diferentes ângulos continuamente;
Saltos: para trás ou para os lados, evitando ataques desnecessários e não comprometendo os membros principais para locomoção e equilíbrio;
Fuga: quebrando o contato e escapando quando o golpe não obtiver a penetração adequada;
É representado no Brasil por Dani Hu que começou a praticar o estilo com seis anos de idade em Macao, um porto territorio português no Mar da China.
SHUAI CHIAO
O Shuai Chiao é considerado a forma mais velha de kungfu chinês. É mencionado como “Chiao Ti” em textos que se referem mais de 3000 anos atrás.
O lutadores de Shuai Chiao necessitavam usar capacetes grandes, e também de movimentos de braço abertos e rápidos. Isso fez o estilo se tonar poderoso.
Shuai Chiao foi usado como treino básico para soldados na China por milhares de anos. A arte é projetada para sobrevivência nos caos do campo de batalha.
Nesta arte são usados lançamentos poderosos, projeções e lutas de chão.
Durante os séculos, o Shuai Chiao se manteve fiel as suas raízes, e ganhou sofisticação. O Shuai Chiao moderno é chamado freqüentemente de “aplicação de Tai Chi Chuan” com as mesmas técnicas evasivas misturando e superando então, a força de um ataque. A ênfase para o iniciane é nos métodos de lançamentos.
Os estudantes de Shuai Chiao também praticam chutes e perfuração do oponente. A maioria dos lançamentos clássicos é seguido de uma perfuraração, ou seja, agarrando um ataque ou chute e usando um ponto de partida para o contra-ataque. O Shuai Chiao ainda combina um pouco de “chi-na “, e estas características fazem está arte antiga, um forma muito efetiva de autodefesa em tempos modernos.
WING TSUN
O Wing Chun tem sua origem como um sistema de arte marcial chinesa durante a dinastia Ching, e cujas as idéias básicas foram formuladas pela monja budista do templo Siu Lum (Shao Lim), Ng Mui.
SOBRE O ESTILO WING CHUN
Com bastante experiência em todos os tipos de pugilismo da época, Ng Mui era reputada como lutador número um do templo e famosa por sua grande habilidade no mui fah jong, aparelho de treino utilizado para aperfeiçoar a postura e o equilíbrio. O sistema em desenvolvimento que seria chamado mais tarde de Wing Chun não fora ensinado ou mostrado por Ng Mui a outros monjes ou possíveis alunos do templo. Acredita-se na possibilidade de Ng Mui criar este estilo para que fossem treinados rebeldes em um espaço de tempo mais curto que os demais estilos do templo.
Ng Mui incorporou características da garça e da serpente, tais como a agressividade de maneira precisa e o emboscar para a captura da presa. Ng Mui viajou no anonimato, trabalhou como simples membro de uma companhia de ópera chinesa até chegar ao mosteiro Tai Lung, onde se fixou.
Nesse mosteiro continuou sua prática, e conheceu uma jovem chamada Yim Wing Chun que havia aprendido algumas artes marciais Siu Lum, por ter seu pai treinado num templo próximo a Cantão, local que tivera que deixar devido a problemas com o império de Ching. Yim por ser uma mulher bela, chamava a anteção, até que um dia Wong, exigiu casar-se com ela, que já comprometida recusou-se.
Wong não gostando disso travou uma luta com o pai de Yim machucando-o muito. Foi então que Yim Wing Chun buscou auxílio com Ng Mui e esta decidiu ensinar-lhe o sistema de luta que havia criado. Yim Wing Chun passou a treinar sem descanso. No dia em que Wong apareceu para levá-la, Yim Wing Chun o desafiou para uma luta. Rindo, Wong lhe disse para dar o primeiro ataque.
A jovem lutadora sem ficar intimidada, desferiu então um único soco no peito de Wong e este caiu por terra. Registrou-se que mais tarde o tirano faleceria em consequência do ferimento interno causado por aquele soco.
Mais tarde, Yim Wing Chun casou-se com quem estava comprometida, Leung Bok Chau. Este praticava artes marciais, porém achou que a habilidade que a mulher apresentava era muito superior aos estilos conhecidos e quis praticar o sistema ao qual deu o nome de “Wing Chun” em homenagem à esposa.
HISTÓRIA DO WU SHU MODERNO
Liu Yu, nascida na China, foi membro da equipe profissional Jiangsu Wushu. Ela se graduou na Universidade de Educação Física de Beijing e tem bacharelado em artes marciais chinesas. Hoje é árbitro qualificada internacionalmente, certificada pela Federação Internacional de Wushu (IWuF na sigla em inglês) e sétimo Dan de Wushu, certificada pela CWF. Ela foi treinadora da equipe americana de Wushu de 1997 a 1999 e arbitrou no Campeonado Mundial de Wushu em 1995. Atualmente Liu Yu é a Presidente do Wushu Taichi Center em San Lius Obispo, California.
Muitas pessoas, inclusive que praticam artes marciais chinesas, ainda se perguntam o que é Wushu. Wushu é a palavra mandarim para artes marciais, e é a expressão usada na China. Os ocidentais estão mais familiarizados com o termo Kungfu que na verdade se traduz literal e simplificadamente como habilidade.
Wushu é um esporte tradicional chinês que se atenta tanto para exercícios externos como internos, com movimentos de luta e seus principais conteúdos. O Wushu inclui o Taolu (rotinas de exercícios) e Sanshou (luta).
O Wushu Moderno, ou o que as pessoas chamam de Wushu Contemporâneo, é baseado nas artes marciais chinesas tradicionais. Entretanto o Wushu Moderno só foi criado nos anos 1950. O Presidente Mao determinou que o velho deveria servir ao novo e instruiu os mestres tradicionais de Wushu a criar um esporte novo para a sociedade socialista moderna.
Armas do Kung Fu
Existem basicamente 18 armas chinesas principais, tais como: bastão, espada, lança, etc. Na realidade existem muitas outras.
Podemos classificar as armas nas seguintes categorias:
1) tamanho: curtas, médias e longas.
2) forma: articuladas ou não-articuladas.
3) número: simples e duplas
Ao todo temos mais de 400 tipos diferentes de armas nos vários estilos de kung fu, não podendo se esquecer da utilização dessas armas nas escolas chamadas internas, como o Tai Chi Chuan. Muitas delas são objetos de uso diário que podem ser utilizadas para fins bélicos quando necessário.
Algumas das principais armas chinesas utilizadas no kung fu são as seguintes:
KWÂN (BASTÃO)
O Bastão, sendo o instrumento mais fundamental de defesa, é conhecido como o pai de todas as armas.
Tai mei kwân: bastão normal tem a altura até a sombrancelha do praticante.
Sam ti kwân: bastão articulado em três partes; três pequenos bastões interligados com correntes. É uma das armas arquetípicas de kungfu. Sua criação é atribuída para o Primeiro Imperador de Song.
De acordo com a lenda, o imperador tinha um bastão favorito que foi quebrado em três partes durante a batalha. Mas mesmo assim ele continuou a lutar e bater nos oponentes com os pedaços quebrados juntos.
O San Tie Kan hoje é feito de três cabos firmados junto através de ligações de corrente. Os cabos normalmente têm rolamentos e borracha de espuma para facilitar a prática.
Lean ti kwân: bastão de duas partes, podendo ser de dois tipos: dois pequenos bastões interligados por uma corrente (conhecido como nunchaco), ou então um bastão maior e outro menor, interligados também por uma corrente.
Si mei kwân: bastão bastante longo (com aproximadamente três metros de comprimento), chamado de bastão rabo de rato, sendo que uma das extremidades é mais grossa que a outra.
TCHAN (LANÇA)
A lança é chamada de a rainha de todas as armas. É a principal arma longa de Wushu. A lança era a arma militar mais utilizada antigamente, e com isso sua técnica foi desenvolvida. As características principais da lança são flexibilidade junto com movimentos de corpo, leveza e agilidade, rapidez e firmeza em saltos e cambalhotas. Os movimentos são claros e os truques são práticos. A lança é comparada ao ” dragão ” voador. Praticar com lança é muito difícil, mas tem um grande efeito no fortalecimento físico.
As técnicas básicas de lança incluem estocar, empurrar, circular, bloquear, apontar, cutucar. Quando se pratica é aconselhável segurar a lança firmemente e flexibilidade dando estocadas rápidas e focadas nos pontos vitais. Este é um das habilidades básicas importantes da lança. Quando segurar a lança, ela deve estar perto de sua cintura para melhor apoio de forma que se possa executar os movimentos mais facilmente.
Tan tau tchan: lança de uma ponta ou uma cabeça.
Chan tau tchan: lança de duas pontas ou cabeça dupla.
Sei jen tchan: lança de ponta de cobre.
Gi nga tchan: lança meia lua.
KIM (ESPADA) A espada imperial (espada reta) é chamada de o “cavalheiro de todas as armas”. É amplamente usada e sua influência vai além do Wushu.
Toda escola de Wushu usa a espada como a arma básica para treinamento rigoroso. As espadas foram usadas originalmente na China em sacrifícios a deuses ou antepassados. No período dos estados combatentes a espada imperial foi muito utilizada por toda a sociedade chinesa. A espada hoje em dia está ágil, elegante, fácil e graciosa. Os seus movimentos são flexíveis e variáveis e completam um ao outro. As técnicas principais incluem bater, perfurar, girar, erguer, saltar, cortar e lutar bloqueando e atacando..
Tan kim: espada simples.
Sheang kim: espada dupla.
Tuim kim / pei sao: espada curta ou punhal.
Keq: espada grossa, cheia de espinhos.
TOU (FACÃO)
O Facão é chamado o marechal de todas as armas. Ele é vigoroso, e rápido em defesa e ataque assim é comparado a um “tigre feroz”.
As técnicas principais do Facão incluem mudança, corte, furar, erguer, perfurar, bloquear, empurrar e bater. Quando você tem prática de facão à cooperação entre o facão e as mãos são muito importantes e ambas as mãos têm que estar coordenadas para manter o equilíbrio. O Facão exige treinamento rigoroso e constante prática. O facão e o corpo também devem ser consistentes. O facão necessita sempre estar ao redor seu corpo, e suas mãos, pés, ombros, e braços viram junto com ele.
Tan tou: facão simples. Arma muito utilizada devido à sua eficácia nos golpes cortantes.
Sheang tou: facão duplo
Tai ma tou: facão grande de cabo curvo, muito utilizado à cavalo
Wu tip tou: facão duplo borboleta, facão mais curto que o tan tou, usado normalmente aos pares e muito eficaz contra armas maiores como a lança. É colocada ao lado do tambor nas festividades.
Kan van tou: facão de nove argolas
Kwan tou: facão do Kwan Kun, arma tradicional chinesa, ensinada a alunos especiais.
PA (TRIDENTE)
Arma longa, é um bastão de madeira com um tridente na ponta; no Norte da China esta arma é menor e mais fina, no Sul ela é mais grossa e mais pesada.
NGÂU (GANCHO)
Aarma mais utilizada entre os estilos do norte da China
Tan ngâu: gancho simples
Sheang ngâu: gancho duplo
Fu tao ngâu: gancho cabeça de tigre
PIN (CORRENTE OU CHICOTE)
Arma muito perigosa, que exige grande habilidade.
Tan pin: corrente simples
Sheang pin: corrente dupla, usada uma em cada mão
Fu mei pin: corrente rabo de tigre, constituída de sete pedaços
Fun von pin: chicote de pavão, constituída de nove pedaços
GI GA TCHAN (PÁ MEIA LUA)
Arma muito antiga, utilizada pelos monges.
FEI TO
É uma ponta de lança amarrada à uma corda, usada como se fosse uma corrente, com o objetivo de atacar inimigos à distância.
FU (MACHADO)
TCH’OI (MARTELO)
PÁ SIN (LEQUE)
O lutador possuía seu leque com varetas de bambu ou ferro e sua utilização era bem parecida com a do punhal.
SIN (FLAUTA)
Muito utilizada por músicos, podia ser confeccionada de bambu ou ferro, como se fosse um bastão pequeno.
KWAI TCHAN (BENGALA)
Muito usada pelos anciãos e por pessoas com problemas físicos.
GI SAN (GUARDA CHUVA)
Instrumento de uso diário dos chineses, muito popular.
TCHEAN TAN (PEQUENO BANCO COMPRIDO)
Constituído por uma tábua e quatro pés, também é muito popular na China. Para os ocidentais pode parecer estranho o uso desses tipos de armas, mas na China elas são normais.
KUN TIN (ARCO E FLECHA)
AM REI (ARMA ESCONDIDA)
No ocidente ela é conhecida como “Suriken”, pequena estrela que é arremessada à distância.
TAN PAI (ESCUDO DE VIME)
LANÇA DE DUAS PONTAS:
CHAN TAN TCHAN – lança de duas pontas ou de duas cabeças. Arma de manejo difícil e extremamente perigosa, inclusive para o praticante, que deve ter bastante agilidade na hora de girá-la, para que não pegue em seu próprio corpo. Antigamente, era muito usada no teatro. Nas peças teatrais, havia sempre a participação de um mestre em armas marciais e todos os artistas eram verdadeiros praticantes, pois durante as viagens eram constantemente atacados.
Esta é uma arma que desenvolve a velocidade do praticante e que, antigamente, era muito considerada. É especial porque na China ela é composta por duas partes, que o praticante pode desencaixar de acordo com a necessidade e utilizar como duas lanças curtas.
Templos de Shao-Lin
Shaolin é a mais famosa escola de Quanshu (A Arte das Mãos livres).
Tendo origem das Dinastias do Norte e do Sul (420-589) e apogeu nas Dinastias Sui (581-618) e Tang (618-907), sofreu numerosa variações em eras subseqüentes.
Shaolin Kung-fu é assim chamado em virtude de Ter sido criado no Monastério Shaolin nas montanhas Song (Songshan), no município de Dengfeng, na Província de Henan. Ao redor destas montanhas existem muitos lugares de interesse histórico – túmulos antigos, pagodes, placas de pedra com inscrições e templos construídos em diferentes épocas.
Dentre as muitas relíquias, o parcialmente preservado Monastério Shaolin é o mais famoso.
Em 495, um monge indiano chamado Batuo veio à China para pregar o Budismo. Como um devoto seguidor da religião, o Imperador Xiao Wen ordenou a construção do monastério para o monge visitante nas montanhas Song. O monastério foi chamado Shaolin por estar localizado numa floresta (Lin, em chinês) sob o lado sombrio da cadeia de montanhas Shaoshi, que compõe um dos lados de Songshan.
O Monastério Shaolin teve uma história turbulenta. Foi seriamente afetado por incêndios em três guerras, sendo o primeiro na Dinastia Sui, o segundo na Dinastia Qing (1644-1911) e o terceiro o mais catastrófico de todos em 1928, quando o fogo destruiu templos e valiosos documentos, que relatavam o estudo do desenvolvimento do Shaolin Kung-fu, por mais de 40 dias.
As estruturas arquitetônicas que sobreviveram à destruição incluem a Entrada da Frente, o Salão de Convidados, o Pavilhão Bodhidharma, o Salão do Mento Branco, a Câmara dos Mil Budas e a Floresta das Placas de Pedra.
Não evidências conclusivas de quem crio o Shaolin Kung-fu, nem quando foi criado.algumas pessoas dizem que esta arte foi desenvolvida por Bodhidharma, um monge indiano que veio à China 30 anos depois de Batuo.
Outra fonte diz que a prática da arte marcial no Monostério Shaolin iniciou-se artes de Bodhidharma através de dois discípulos de batuo, Hui Guang e Seng Chou.
Atualmente, estudiosos e pesquisadores compartilham a idéia de que a origem do Shaolin Kung-fu não deve ser atribuída a uma só pessoa ou a uma simples escola do Monastério Shaolin.
Eles sustentam que o Wushu de Shaolin foi criado e desenvolvido pelos monges do monastério ao longo dos anos, com bases em formas populares antigas.
Shaolin Kung-fu serviu, pela primeira vez, para propósitos militares na Dinastia Tang, quando o primeiro imperador, Taizong, pediu auxílio ao Monastério Shaolin para combater Wang Shichong, que queria estabelecer um regime separado em Louyang. Trabalhando em conjunto com as tropas imperiais, os monges-guerreiros Shaolin capturam Wang vivo. Treze deles foram condecorados por serviços prestados, incluindo o Monge Tan Zong que recebeu o título de General. Além disso, o monastério recebeu 400 mu (1 = 1/6 acres) de terra e apoio para o treinamento marcial dos monges. Em seu apogeu, Shaolin possuía um contingente de cinco mil monges guerreiros e era conhecido como O Monastério Nº 1 sob o Céu.
Além dos exercícios Shaolin de mãos livres , os monges também praticavam qigong (exercícios respiratórios), montaria e combate com armas. De fato, eles tornaram-se um destacamento especial do Exército Imperial.
Na metade da Dinastia Ming (1368-1644), a costa da China sofria freqüentes saques dos Japoneses. Em 1522, o Monge Yue Kong liderou um grupo de elite de 40 monges Shaolin na região do rio Songjiang, na província de Zhejiang, contra os invasores. Usando bastões de ferro como armas, eles combateram com bravura e venceram muitas batalhas antes de patrioticamente perderem suas vidas.
Com ligação direta com a corte, os monges-guerreiros shaolin não ficaram isentos de ser utilizados como elementos de repressão. Em 1341, eles atacaram os Turbantes vermelhos, um exército de camponeses rebeldes. A batalha foi retratada no mural da Câmara do Manto Branco.
Supõe-se que um monge leve uma vida reclusa, mas os de Shaolin, sendo versados em artes marciais, estavam freqüentemente envolvidos em questões políticas.
Mesmo utilizando os monges para seus fins, a classe dominante temia o seu poderio militar. Durante a Dinastia Qing, os monges Shaolin foram proibidos de praticar artes marciais. Em 1723, quando o monastério estava sendo reformado, a planta da construção teve que ser submetida a exame pelo imperador, que decretou que os monges passariam a ser supervisionados por um monge superior apontado pela corte.
Por outro lado, como resultado do patronato imperial, o Shaolin Kung-fu cresceu de maneira sólidaem termos de prestígio e popularidade. Numerosos peritos em Wushu foram a Shaolin aprender a arte, enquanto auxiliavam a aperfeiçoá-la.
Conta-se que, antes de ocupar o trono, o primeiro imperador da Dinastia Song (960-1279) fez um estudo intensivo do Shaolin kung-fu e, baseado em seus padrões básicos, desenvolveu 36 formas de Changquan (Punho longo) que, mais tarde, derivou numa escola com seu nome.
Durante as Dinastias Jin e Yuan (1115-1368), um perito em Shaolin Kung-fu chamado Bai Yufeng, baseado na essência do tradicional Wuqinxi (Jogo dos cinco animais), criou seu próprio Cinco Exercícios de Mãos Livres, imitando os movimentos do Dragão, Tigre, Leopardo, Serpente e Garça. Seu contemporâneo Velho Li, que era versado em diferentes escolas de Shaolin Kung-fu, trabalhou para disseminá-lo em vastas áreas das Províncias de Henan, Shannxi e sichuan.
Foi a partir deste momento que o Shaolin Kung-fu saiu dos limites dos círculos budistas e estabeleceu-se como uma escola independente de wushu. Este fato permitiu que inúmeras variações surgissem, o que possibilitou uma crescente influência sobre outras escolas.
Dois afrescos na Câmara do Manto Branco do Monastério Shaolin mostram monges se exercitando. Pintados em 1662, o do muro norte retrata exercícios de combate de Liuhequan e o do muro sul ilustra combates armados, ambos destacando claramente movimentos de braços, pernas, olhos e corpo da Escola Shaolin.
Equilibrando força e graça, ou rigidez com suavidade, os movimentos de Shaolin Kung-fu são simples e compactos, rápidos e sólidos, e são todos realizados em posturas naturais e flexíveis juntamente com um trabalho de pernas firme e leve. Os socos são como ondas, com os braços que parecem não estar flexionados nem completamente estendidos. Os olhos estão fixados no adversário, lendo suas intenções. Em combate, o mestre de Shaolin Kung-fu tem aparência impetuosa, mas permanece internamente calmo.
Longe de ser uma arte de demonstração, Shaolin Kung-fu possui definidos propósitos práticos. Uma vez que foi desenvolvido para o combate a curta distância, pode ser praticado em espaços pequenos.
Há seis princípios básicos para o Shaolin Kung-fu:
Seja hábil. Os movimentos devem ser variados, não telegrafados e flexíveis.
Seja discreto. Derrote seu oponente utilizando sua própria força, assim, você poderá derrubar uma pessoa que pesa 100kg, usando uma força que move 0,5kg.
Seja corajoso. Ataque sem hesitação, toda vez que houver oportunidade.
Seja rápido. O oponente pode ver sua mão, mas não seu soco.
Seja impetuoso. Golpeie os pontos vitais.
Seja prático. Todos os movimentos possuem um fim estratégico.
Todas as técnicas devem ser aperfeiçoadas para que se alcance o máximo de eficácia. Naturalmente, isto envolve longos anos de prática, como está evidenciado nas cavidades encontradas no solo de bloco de pedra do Templo dos Mil Budas do Monastério Shaolin. É dito que estas depressões tiveram origem em decorrência dos intensos treinamentos dos monges, ao longo de inúmeras gerações.
Fonte: www.pittsburghkungfu.com/www.brunocherobin.hpg.com.br
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