Instrumentos da Capoeira

Vários instrumentos da roda de Capoeira Angola

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Berimbau

O berimbau é um arco musical originado de outros arcos de regiões africanas com ocupação banto. A forma atual e o modo de tocar são construções dos afro-descendentes brasileiros.

Instrumentos da Capoeira

O instrumento é composto pela verga de biriba, corda de aço, cabaça raspada, courão e caro. O courão impede que a corda rache a biriba e o caro é o barbante que ajuda na amarração da corda.

É tocado com a baqueta e o dobrão (uma peça de metal, antigamente uma moeda), com acompanhamento do caxixi.

O Berimbau foi o último instrumento a fazer parte da capoeira, no final do século XIX. Hoje em dia é considerado o símbolo da capoeira por todos. Dizem que a capoeira e o Berimbau formam um casamento, ou seja, um precisa do outro para continuar existindo. O berimbau é um dos instrumentos mais antigos do mundo, originando-se a mais ou menos 15.000 anos antes de Cristo.

No continente Africano é conhecido como Berimbau de Barriga. É considerado o primeiro instrumento de percussão do mundo. Alguns historiadores escrevem que o Berimbau é derivado do arco do caçador, pois foi o som produzido pela corda do arco ao disparar a flecha que causou a invenção do nosso arco musical.

Instrumento cordofono, é o principal instrumento da capoeira. Pode até acompanhar sozinho o jogo. É um arco feito de madeira específica, ligado pelas extremidades por um fio de aço. Na ponta inferior do arco está amarrada uma cabaça ou cuia bem seca que funciona como aparelho de ressonância, aplicada contra o ventre nú do tocador.

O arame é percutido com uma vareta de madeira, chamada de vaqueta, que o tocador segura com a mão direita, juntamente com o caxixi, acentuando o ritmo através do chocalhar e modificando a intensidade do som com a aproximação ou afastamento da abertura da cabaça na barriga. A mão esquerda, que segura o arco e a moeda (dobrão) encosta ou se afasta do arame para obter os mais variados sons..

Berimbaus

Há três berimbaus na Capoeira Angola:

Instrumentos da Capoeira

O Gunga (de som mais grave, que faz a marcação do toque e rege a roda de capoeira), o Médio e o Viola (de som mais agudo).

Caxixi

Instrumentos da Capoeira

É um pequeno cesto com sementes. Tem, possivelmente, influências africanas e dos indígenas brasileiros em sua construção. Usado com o berimbau, dá um segundo momento no ritmo da baqueta no fio de aço.

Atabaque

Instrumentos da Capoeira

É um tambor de origem afro-brasileira com uso tradicional em rituais de candomblé. Na Capoeira Angola, é tocado só com as mãos e acompanha o berimbau Gunga na marcação do ritmo do jogo.

Pandeiro

Instrumentos da Capoeira

O pandeiro é de origem asiática e era usado pelos portugueses, em Portugal e no Brasil, em procissões. Depois passou a ser usado aqui em várias manifestações musicais.

Na roda de Capoeira Angola, a batida no pandeiro, com floreios, acompanha o som do caxixi.

Utilizado na velha Índia e Península Ibérica, na idade média, em festas de bodas, casamentos e outras cerimônias religiosas.Foi introduzido no Brasil também pelos portugueses e utilizado posteriormente em rodas de samba e pelos negros na roda de capoeira, sendo um instrumento de percussão geralmente mais agudo que o atabaque.

É instrumento de percurssão, composto de um aro circular de madeira, guarnecido de soalhos e sobre o qual se estica uma pele, de preferencia de cabra ou bode. Se tange batendo o compasso da dança com a mão. Acompanha o canto pela marcação do compasso.

Agogô

Instrumentos da Capoeira

É um instrumento de origem africana. Tem a função de ser um contraponto rítmico aos berimbaus e ao atabaque.

Reco-reco

Instrumentos da Capoeira

Instrumentos de percussão fina enriquecem um conjunto com detalhes e variedade sonora. Na Capoeira Angola, o reco-reco acrescenta esta variedade às vibrações únicas do agogô.

O reco-reco parece ter origem africana pois é encontrado em várias manifestações culturais afro-brasileiras.

Todos os grupos humanos possuem os seus próprios instrumentos musicais, mas também encontramos intercâmbios, influências e bases comuns. “Fazedores de barulho” harmônicos, como os reco-recos e chocalhos, são encontrados em muitos grupos, associados à alegria e às ligações espirituais.

Fontes

Ernesto Veiga de Oliveira. Instrumentos musicais populares portugueses. Porto: Calouste Gulbenkian, 2000.
José Miguel Wisnik. O som e o sentido. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
Kay Shaffer. O berimbau-de-barriga e seus toques. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.
Kazadi wa Mukuna. Contribuição bantu na música popular brasileira: perspectivas etnomusicológicas. São Paulo: Terceira Margem, 2000.
Roger Bastide. O candomblé da Bahia. São Paulo: Companhia das Letras, 2001 (1a. edição em 1958).

Fonte: www.nzinga.org.br

Instrumentos da Capoeira

Instrumentos da Capoeira de Angola: Um berimbau gunga, um berimbau médio, um berimbau viola, dois pandeiros, um atabaque, um agogô e um reco-reco.

Instrumentos da Capoeira Regional: Um berimbau gunga, um berimbau médio, um berimbau viola, um pandeiro, um atabaque, um agogô e um reco-reco.

O Berimbau

É talvez um dos instrumentos musicais mais primitivos de que se tem informação.

Considerado instrumento de corda e encontrado em várias culturas do mundo, inclusive no Novo México (USA), Patagônia, África Central, África do Sul e Brasil.

Em geral, o berimbau é constituído de um pedaço de madeira roliço (pau-pereira, aricanga, beriba) ou qualquer outra madeira flexível, tensionado por um fio de arame de aço bem esticado, que lhe dá a forma de um arco, contém um tipo de caixa de ressonância que, na verdade, é uma cabaça ou um coité cortado no fundo e raspado por dentro para ficar oco e com o som bem puro.

É tocado a rápidas batidas de uma pequena vareta na corda de arame que vez por outra é presa pelo dobrão (moeda antiga de cobre ou uma pequena pedra de f undo de rio), acompanhada por um caxixi, que nada mais é que uma espécie de chocalho feito de vime e cheio de contas de lágrima (semente) ou conchas do mar bem pequenas, este caxixi é preso por uma alça ao dedo do tocador e faz um “fundo” de acompanhament o ao som da cabaça.

No Brasil, o berimbau chegou pelas mãos dos escravos africanos que vieram para cá traficados para serviços pesados nos engenhos, isto por volta do ano de 1538, século XVI, portanto.

O berimbau também é chamado por outros nomes como urucungo, puíta, quijenge, geguerê, quibundo, umbundo, dentre outros.

Estes nomes são derivados de palavras vindas do dialeto Bantu, correspondente aos países de Angola, Moçambique, Congo, Zaire e outros, mas alguns desses nomes aqui no Brasil se destinaram a designar outros instrumentos.

Por exemplo: a puíta é a nossa tradicional cuíca, feita de madeira e couro e com formato sextavado; o quijenge é o atabaque feito de madeira de lei e couro, de forma cil índrica.

O berimbau que conhecemos mais popularmente é o que normalmente é feito de madeira ou bambuí e que se compõe de sete partes distintas, ou seja: vêrga, cabaça, corda, caxixi, dobrão, baqueta e amarração da cabaça.

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Berimbau

O Berimbau de Barriga

É o berimbau comum que conhecemos. Porém, poucas pessoas sabem que ele também se chama berimbau de barriga por ser encostado ao abdomem da pessoa, ou seja na barriga do tocador.

O Berimbau de Beiço ou de Boca

Também conhecido como “marimbau” ou “marimba”, é um pequeno instrumento de metal arqueado em forma de diapasão sem cabo, que os escravos usavam preso aos dentes, com os quais faziam soar as pontas do metal. O formato de diapasão sem cabo é semelhante a u m grampo de cabelo, porém um pouco maior.

A caixa de ressonância é a própria boca do tocador.

Atualmente, o berimbau de boca não é mais usado, apesar de alguns mestres antigos, especialmente de Capoeira Angola ainda saberem tocá-lo. É uma peça raríssima, encontrada mais possivelmente em museus.

O Gunga, o Médio e o Violinha

A afinação dá o nome ao berimbau. É de acordo com a afinação da corda e o tamanho da cabaça que se chama o Gunga que tem o som mais grave e que faz a marcação do toque, tem uma cabaça maior e raramente executa uma virada durante a melodia; o Mé dio tem um som regulado entre o grave do Gunga e o agudo do Violinha, tem uma afinação mediana que permite ao tocador executar a melodia fazendo o solo da música. É permitido ao tocador de um médio a execução de algumas viradas e alguns toques de repi que. Porém, com moderação, para não abafar o Violinha e nem destoar do Gunga, pois o médio é que faz o apoio ao som do Gunga e a base do som do Violinha é ele que determina o toque que será feito para o jogo; o Violinha tem uma cabaça pequena e bem raspada por dentro para ficar bem fina, tem um som agudo e faz apenas o papel de executar as viradas e floreios dentro da melodia. Seu som é baseado ao som médio e do Gunga ao mesmo tempo, é o Violinha que “enfeita” a música da roda.

Um bom capoeira é “obrigado”a saber tocar os três tipos de berimbau e executar suas viradas quando possível. É o tocador do médio que ordena o toque e dá a senha para a saída do jogo. Numa roda de capoeira quando o jogo é de Angola, usa-se o trio complet o de berimbaus, juntamente com o atabaque e dois pandeiros.

É ao pé do berimbau médio, que fica no centro do trio que o capoiera se benze e espera agachado a senha para começar, ou para sair do jogo.

As variações do toque do berimbau

As variações musicais do berimbau são os vários toques executados pelo tocador para definir o tipo de jogo que será feito na roda. Um bom capoeirista deve, ou melhor, tem obrigação, saber o maior número de toques, bem como o significado e o tipo de jogo praticado em cada um desses toques.

Os toques mais conhecidos são:

Angola – São Bento Grande
São Bento Pequeno –
Angolinha
Iúna –
Lamento
Amazonas –
Cavalaria
Santa Maria –
Benguela
Idalina –
Maculelê
Samba de Roda –
Samba de Angola
São Bento Grande de Bimba –
Samango
Valsa –
Samba de Enredo
São Bento Corrido –
Choro

Para cada toque, um tipo de jogo

Estes são os toques mais usados, cada um deles tem um siginificado.

Vejamos:

1) TOQUE DE ANGOLA: É o toque específico do jogo de Angola. É um toque lento, cadenciado, bem batido no atabaque, tem um sentido triste. É feito para o jogo de dentro, jogo baixo, perigoso, rente ao chão, bem devagar.
2) ANGOLINHA:
É uma variação pouco mais rápida do toque de angola, serve para aumentar o ritmo quando vai mudar o jogo.
3) SÃO BENTO PEQUENO:
É o toque para jogo solto, ligeiro, ágil, jogo de exibição técnica. Também conhecida como ANGOLA INVERTIDA.
4) SÃO BENTO GRANDE:
É o toque mais original da capoeira Regional. É muito usado em apresentações públicas, rodas de rua, batizados e outros eventos e também nas rodas técnicas das academias para testar o nível de agilidade dos alunos.
5) TOQUE DE IÚNA:
É usado apenas para o jogo dos mestres. Neste toque, aluno é platéia, não joga nem bate palmas, jogam apenas os mestres e contra-mestres e algum instrutor, professor ou aluno graduado se, por ventura, seu mestre autorizar e lhe ce der a vez de jogar. No toque de Iúna não há canto.
6) LAMENTO:
É o toque fúnebre da capoeira. Usado apenas em funerais de mestres.
7) AMAZONAS:
É o toque festivo, usado para saudar mestres visitantes de outros lugares e seus respectivos alunos. É usado em batizados e encontros.
8) CAVALARIA:
É o toque de alerta máximo ao capoeirista. É usado para avisar o perigo no jogo, a violência e a discórdia na roda. Na época da escravidão, era usada para avisar aos negros capoeiras da chegada do feitor e na República, quando a capoe ira foi proibida, os capoeiristas usavam a “cavalaria” para chegar da chegada da polícia montada, ou seja, da cavalaria.
9) SANTA MARIA:
É o toque usado quando o jogador coloca a navalha no pé ou na mão. Inscita o jogo mas não incentiva a violência.
10) BENGUELA:
É o mais lento toque de capoeira regional, usado para acalmar os ânimos dos jogadores quando o combate aperta.
11) MACULELÊ:
É o toque usado para a “Dança do Maculelê”, ou para o jogo do porrete, faca ou facão.
12) IDALINA:
É um toque lento, mas de batida forte, que também é usado para o jogo de faca ou facão.
13) SÃO BENTO GRANDE DE BIMBA:
Como o nome já diz, é o toque de Bimba, pois é um tipo de variação diferente que mestre Bimba criou em cima do toque original de São Bento Grande. É o hino da Capoeira Regional Baiana.
14) SAMBA DE RODA:
É o toque original da roda de samba, geralmente feita depois da roda de capoeira, para descansar e descontrair o ambiente. É no Samba de Roda que o capoeira mostra que é bom de samba, bom de cintura e bom de olho em sua companhei ra.

Outros toques que não foram citados são toques mais usados para florear, enfeitar o jogo, dar andamento à roda, geralmente são usados em eventos e festas de capoeira para esticar a duração do jogo quando se preparam outras atrações durante o aconteciment o da roda.

É essencial a um bom capoeira que ele domine com perfeição todos os toques que conseguir e que pratique o ritmo dos três berimbaus ou seja, que ele toque o Gonga tão bem quanto o Médio e este tão bem quanto o Violinha.

O Atabaque

Instrumentos da Capoeira

Instrumento de origem árabe, que foi introduzido na África por mercadores que entravam no continente através dos países do norte, como o Egito.

É geralmente feito de madeira de lei como o jacarandá, cedro ou mogno cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros que, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior, a mais larga, são colocadas “travas” que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado. É o atabaque que marca o ritmo das batidas do jogo. Juntamente com o pandeiro é ele que acompanha o solo do berimbau.

O termo atabaque é de origem árabe, sendo aceito por unanimidade pelos arabistas atimalogistas.

O atabaque é um instrumento oriental muito antigo, sendo utilizado como recurso de comunicação e foi mais divulgado no continente Africano. Embora os africanos já conhecessem o atabaque e até tenham trazido da África alguns tipos, quando chegaram ao Brasil já o encontraram vindo por mãos portuguesas, para ser usado em festas e procissões religiosas em circunstâncias idênticas ao pandeiro e o adufe.

De origem africana, são tambores primários, cobertos com pele de animal, distendida em uma estrutura de madeira com formato de cone vazado na extremidade superior. São utilizados para marcar com as mãos o ritmo da dança.

Segundo Geoffrey Gorer, é a base da música negra: “The nase of negro is music is the drum, which is very probably a negro invention”.

Segundo Artur Ramos, os atabaques foram trazidos ao Brasil por negros sudaneses e bantús.

O atabaque também é bastante usado no candomblé e nas danças religiosas e populares de origem africana.

O Pandeiro

Instrumentos da Capoeira

Instrumento de percussão, de origem indiana, feito de couro de cabra e madeira, de forma arredondada, foi introduzido no Brasil pelos portugueses, que o usavam para acompanhar as procissões religiosas que faziam. É o som cadenciado do pandeiro que acompa nha o som do caxixi do berimbau, dando “molejo” ao som da roda. Ao tocador de pandeiro é permitido executar floreios e viradas para enfeitar a música.

O Caxixi

Instrumentos da Capoeira

Instrumento em forma de pequena cesta de vime com alça, usado como chocalho pelo tocador de berimbau, o qual segura a peça com a mão direita, juntamente com a vaqueta, executando o toque e marcando o ritmo.

O Reco-Reco

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Instrumento de percussão composto de uma espécie de cano de metal, coberto por duas ou três molas de aço, levemente esticadas e, que para produzirem o som são friccionadas por um “palito” comprido de metal, um ferrinho. É usado em rodas de capoeira Angol a na Bahia, em outros estados seu uso é eventual.

Reco-reco é um termo genérico dos instrumentos idiófonos que produzem som por atrito. A forma mais comum é constituída de um gomo de bambu ou uma pequena ripa de madeira com talhos transversais. A fricção de um pauzinho sobre os talhos produz um som de raspagem. Também chamado de raspador, caracaxá ou querequexé.

O Agogô

Instrumentos da Capoeira

Instrumento de origem africana composto de um pequeno arco, uma alça de metal com um cone metálico em cada uma das pontas, estes cones são de tamanhos diferentes, portanto produzindo sons diferentes que também são produzidos com o auxílio de um ferrinho que é batido nos cones. Também faz parte da “BATERIA” da roda de capoeira Angola na Bahia.

Instrumento de percurssão de origem africana é formado por duas campânulas de ferro, que são percutidas com uma vareta do mesmo metal, produzindo dois sons, um de cada campânula. O nome é da lingua gegenagô. É também usado nos candomblés, baterias de escola de samba, maracatu, conjuntos musicais e grupos folclóricos.

O “eventual” Violão

É normalmente usado em gravações de músicas de capoeira em discos, CD’s e fitas. Na roda é muito difícil ver um violão acompanhando a música. Em uma das poucas vezes que tive oportunidade de ouvir um violão tocar em conjunto com berimbaus, atabaques e pa ndeiros foi numa gravação do Mestre Mestrinho do grupo de capoeira Iúna, na música “Lamento de um Berimbau”, na verdade, não era bem um violão com afinação clássica que proporcionou um efeito sonoro de extremo bom gosto.

As Palmas de Madeira

É comum ver nas rodas de capoeira, todos os participantes batendo palmas para acompanhar a música e dar mais calor ao jogo.

Normalmente, se bate palmas com as mãos, é o lógico!

Mas, você já pensou num tipo de palmas de madeira que se usa até hoje em muit as rodas de capoeira?

É isso mesmo. São pequenos pedaços de tábua bem lixada e fina, porém, de madeira pura, que não racha fácil. Nestes pedaços de tábua são colocados tiras de couro para que se possa passá-lo por cima das mãos, deixando a parte de tábua embaixo da palma da mão. O efeito sonoro destas palmas de madeira é algo incrível, dá um barulho quase ensurdecedor na roda e incentiva mais os jogadores e a platéia. Além do que, evita aqueles calos doloridos na palma das mãos.

Fonte: capoeira_regional.vilabol.uol.com.br

Instrumentos da Capoeira

BERIMBAU

Até o século XIX, jogava-se capoeira apenas ao som dos atabaques. Numa publicação de 1834, Jean-Baptiste Debret  refere-se ao Berimbau, como instrumento tocado por ambulantes para atrair a atenção de seus fregueses.

O Berimbau também era usado como arma, os capoeiras colocavam uma faca na ponta do instrumento e atacavam os policiais que os perseguiam.

Existem três tipos de Berimbau: Viola(agudo), Médio(solo), Berra-boi(grave), determinados pelo tamanho da cabaça.

As partes de um berimbau são:

CAXIXI – Cesta de palha, com fundo de couro, usada como chocalho. De 10 a 15 centímetros de altura, cerca de 6 centímetros de diâmetro na base e um recheio de sementes ou pedrinhas.
DOBRÃO
 – Baseado na moeda de 40 réis, é uma peça de cobre com 5 centímetros de diâmetro. No entanto, utiliza-se também pedra-sabão ao invés do dobrão.
BAQUETA
 -Vaqueta como alguns a chamam, é uma vara de madeira com 40 centímetros de comprimento.
CABAÇA
 – Feita com o fruto da Cabaceira, árvore comum no Norte e no Nordeste do Brasil, pode ser oval (coité) ou ser formada por duas partes, quase que arredondadas ou interligadas.
CORDA
 – A corda já foi um cipó, um fio de latão, um arame de cerca e mais recentemente, fios de aço retirados de pneus. O mais comum, é usar o aço vendido em carretéis.

PANDEIRO

O pandeiro é um dos instrumentos Africanos vindos para o Brasil. Mas sua origem pode estar entre os hindus, uma vez que o pandeiro é um dos mais antigos instrumentos musicais da “Velha Índia”.

ATABAQUE

Tem origem Árabe, o Atabaque já era usado na poética medieval, e era um dos instrumentos preferidos dos reis. Foi muito difundido na África, mas, foi trazido para o Brasil por “mãos Portuguesas”.

Feito de madeira de lei como o Jacarandá, Cedro ou Mogno cortada em ripas largas e presas umas às outras com arcos de ferro de diferentes diâmetros, de baixo para cima dão ao instrumento uma forma cônico-cilíndrica, na parte superior e mais larga, são colocadas “travas” que prendem um pedaço de couro de boi bem curtido e muito bem esticado que ajudam na produção do som.

RECO-RECO

Utilizado na Capoeira Angolana. O reco-reco de antigamente não é como os de hoje, era feito com o fruto da cabaceira, das que fossem cumpridas, era serrado, na superfície, fazendo-se vários cortes, não muito profundos, um do lado do outro, onde era esfregado a baqueta. Hoje são feitos de gomos de Bambu ou de madeira.

AGOGÔ

Instrumento de origem Africana composto de um pequeno arco, uma alça de metal com um “cone” metálico em cada uma das pontas, estes são de tamanhos diferentes, portanto produzindo sons distintos.

GANZA

Instrumentos da Capoeira

O ganzá é classificado como um idiofone executado por agitação. É um tipo de chocalho, geralmente feito de um tubo de metal ou plástico em formato cilíndrico, preenchido com areia ou grãos de cereais. O comprimento do tubo pode variar de quinze até mais de 50 centímetros. Os tubos podem ser duplos e até triplos.

Fonte: capoeira.esporte.esp.br

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