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Se você já experimentou arriscar a dar uma “voltinha” um pouco mais longe e a bicicleta tornou-se um objeto totalmente desconfortável, e ainda na sua mente ocorrem os constantes pensamentos como: Ainda falta muito?
O que estou fazendo aqui? Isso não é para mim… Basta! vamos analisar todas as suas queixas e chegar a um diagnóstico.
Você comprou a bicicleta certa?
a sua bicicleta é correta para o seu tamanho?
Foi feito um ajuste da posição do seu selim?
Como está a distância do guidão para o selim?
Na checagem da altura do seu selim o resultado foi 155-160º?
Se você respondeu sim para pelo menos uma pergunta, algum ciclista experiente deu a você alguma dica.
POSIÇÃO DO SELIM
O selim da bicicleta deve estar totalmente horizontal em relação ao solo, pode-se até usar uma ferramenta de nível para aferir.
Isto é fundamental, pois se o selim está inclinado para frente, cansa demais os braços, provocando dores e se está inclinado para trás, causa irritação no ciático e até dormência nos órgãos genitais, pela má circulação causada pela posição.
ALTURA DO GUIDÃO
O guidão deve ficar cerca de 4 cm mais baixo que a linha horizontal do selim. Procure usar um guidão com mais de 40cm de largura, pois um guidão estreito dificultará a sua respiração. Deve ser levada também em consideração a largura dos ombros do ciclista para determinar se o guidão deve ser maior ou menor na largura.
AJUSTE ENTRE O SELIM E O GUIDÃO
Para verificar a distância entre o selim e o guidão, usa-se o seguinte artifício alternativo: com o antebraço, formando um ângulo de 90 graus com o braço, toque com o cotovelo na ponta do selim e o dedo médio deve tocar o guidão onde este se une ao avanço. (o selim sempre paralelo ao solo)
Não atentar para esse detalhe e usar uma distância maior que a recomendada, as conseqüências são graves: dores na parte lombar e cervical da coluna vertebral, pois você pedalando mais estendido o que vai provocar uma lordose cervical para levantar a cabeça.
ALTURA DO SELIM
Coloque o pedivela para baixo, na posição totalmente vertical e sentado na sua bicicleta. O calcanhar da perna que estiver estendida deve to car no pedal (faça a medida calçando tênis ou sapatilha). Com isso, a sua perna deve estar formando um ângulo de 155 a 160 graus.
Pedalar fora da medida correta impede um bom desempenho da força a ser aplicada no pedal e ainda provoca dores nos joelhos provocando lesões nos meniscos.
Aplique a força correta nos pedais
Para que se possa aplicar a força nos pedais de forma cor reta, é necessário que a ponta do selim esteja a 4 cm do centro da caixa central
Para as bicicletas usadas em contra-relógio e triatlon, a posição é mais avançada, o atleta apóia os cotovelos no guidão e segura no cliper mais a frente.
Fonte: geocities.yahoo.com.br
Ajuste da Bicicleta
Qualquer máquina necessita ser bem ajustada por diversas razões: bom funcionamento, durabilidade, prazer no uso e segurança. No caso da bicicleta, que é composta de um número bem reduzido de peças, os ajustes e as regulagens são mais que essenciais – são vitais para a segurança do ciclista.
O número de acidentes causados por falha mecânica da bicicleta é altíssimo e a responsabilidade não é de ninguém mais, além do próprio ciclista acidentado. Não adianta sequer jogar a culpa na bicicletaria. Na verdade, o ciclista é que não soube checar se a bicicleta voltou perfeita.
Por outro lado, há a diferença de se pedalar uma bicicleta bem regulada. Por mais que se tente descrever a diferença entre uma mal ajustada e outra regulada, é quase impossível fazer um ciclista leigo avaliar a mudança que um bom trabalho pode fazer numa mesma bicicleta.
Não temos a menor intenção de dar aqui um curso de mecânica. Só queremos indicar alguns procedimentos suficientes para uma grande diferença no desempenho da bicicleta. E também podem ajudar numa emergência.
A Escola de Bicicleta não vê com bons olhos a preocupação obsessiva com perfeição. O que recomendamos é que a bicicleta esteja ajustada e regulada da melhor maneira possível, e de preferência limpa. Mas afirmamos que não é bom ficar desmontando e montando tudo, toda a vez que a bicicleta rodar na rua ou até mesmo na terra. Uma boa bicicleta não necessita disso, muito pelo contrário.
Se uma bicicleta exigir constante regulagem e ajuste é porque tem um problema crônico ou é muito ruim.
Pensar corretamente um ajuste
O que ensinamos aqui são procedimentos muito simples que estão ao alcance de qualquer um. Basta ter calma.
antes de qualquer ação olhe com calma a peça a ser ajustada;
caso não entenda como funciona, pergunte a um mecânico;
sempre marque a posição inicial e final da chave;
sempre pense o giro de uma porca ou parafuso em uma volta, 1/2 volta, 1/4, e finalmente 1/8 de volta – que é o ajuste fino;
se necessário, faça uma marca de referência na porca e contra-porca;
caso não haja um ponto exato de ajuste (muito comum em peças de segunda linha) é melhor que o ajuste final seja dado mais para o lado de uma pequena folga do que para de um sistema de rolamento muito preso. Nestes casos, volte a fazer o ajuste depois de um certo tempo de uso, e então você conseguirá um bom resultado.
Segredo sem preço
Começou a ficar irritado com a situação? Largue o que está fazendo e vá fazer qualquer outra coisa que o relaxe. Todo mundo enlouquece de vez em quando na vida e isso não vale a pena.
O segredo do bom ajuste
Forma de trabalho com parafusos convencionais
Apertar: sentido horário / soltar: sentido anti-horário
Cuidado: o pedal esquerdo tem a rosca invertida, ou seja: aperta no sentido anti-horário e solta no sentido horário.
Manual de instalação
Toda peça de boa qualidade vem com manual de instalação e ajuste. As mais simples não, mas as regras costumam ser muito parecidas. Já as de má qualidade não têm jeito.
Ferramenta correta
As bicicletas modernas precisam de um conjunto bem reduzido de ferramentas – pelo menos no que diz respeito aos ajustes e regulagens, dentro da capacidade da maioria.
A ferramenta tem que atender as seguintes normas:
- deve encaixar perfeitamente no parafuso ou porca
- não pode haver folga no encaixe, e isto vale também e principalmente para chaves de fenda e chaves Phillips
- certifique-se de que a ferramenta abraçou ou entrou completamente no parafuso ou porca
- o parafuso deve estar perfeitamente alinhado com a chave
- a porca deve estar alinhada, ou a 90° com a chave
- as chaves alen devem penetrar completamente no parafuso
Força correta ao apertar
Outro problema para o pretenso mecânico é a síndrome do parafuso solto ou espanado.
Como saber a força que se deve aplicar?
- a força de aperto provavelmente é menor que a princípio um leigo imagina
- evite pegar na ponta da ferramenta onde a alavanca de força aplicada sempre será maior
- aperte aos poucos e teste até chegar ao aperto que prenda, mas não espane
Força ao soltar um parafuso ou porca
Caso o parafuso esteja muito preso você tem duas opções: ou lubrifica com óleo apropriado, e deixa um tempo para completa lubrificação, ou dá algumas “suaves” batidas sobre a chave, parafuso ou porca. Mas preste atenção: aconselhamos “suaves” batidas.
Ajuste de porca e contra-porca
Todo e qualquer sistema de ajuste de rolamento que utilize porca e contra-porca segue o mesmo procedimento de ajuste. É fácil, mas é preciso um pouco de paciência, porque não raro é necessário repetir o procedimento algumas vezes, até que o ajuste preciso e definitivo seja alcançado.
É importante notar que, normalmente, entre a porca e a contra-porca há uma arruela de pressão ou dentada. Se houver necessidade de desmontar o sistema, não se esqueça de recolocar a arruela (ou arruelas), tomando cuidado com sua posição correta de trabalho, caso haja uma. Evite que durante o aperto das porcas a ferramenta usada encoste na arruela.
Qualquer rosca – eixo, parafuso, porca ou mesmo arruela – deve trabalhar engraxada. Levemente engraxado. Empastelado ou lambuzado nunca.
Qualidade da rosca e seu ajuste
Há uma diferença muito grande entre fazer ajustes em um sistema de rolamento de qualidade e outro comum. No sistema de qualidade, a usinagem das roscas é precisa, não há folgas, e basta dar o ajuste (até com os dedos), para então dar o aperto único final com a contra-porca, sem grandes segredos ou problema.
Mas a maioria apresenta folga entre roscas. Por isso só ganham estabilidade quando a contra-porca é apertada e o sistema está preso. Para alcançar o ajuste correto, talvez seja necessário repetir o ajuste algumas vezes.
Outro problema com sistemas de ajuste com porca e contra-porca de baixa precisão é que boa parte não é perfeitamente centrado. É comum que quando girados prendam um pouco em um ponto e em outro apresentem certa folga. O ajuste deve ser dado buscando um meio termo entre o ponto preso e o ponto de folga. Não há outra forma. Aliás há: evitar comprar coisas ruins. O barato sai caro!
Realizando um ajuste em um sistema de porca e contra-porca
Sempre com a ferramenta exata para o serviço
1. encaixe a chave na porca mais próxima do rolamento e aperte até começar sentir que os rolamentos foram tocados;
2. sem tirar esta primeira chave do lugar, coloque a segunda chave na contra-porca e aperte até que ela prenda a (1ª) porca. Dê um leve aperto; mas não dê ainda o aperto definitivo;
3. retire as duas chaves e gire o sistema para ver como está o ajuste;
4. faça qualquer ajuste – apertar ou soltar o sistema – soltando a contra-porca e dando ¼ de volta na porca. Repita a operação até chegar ao ajuste ideal, sempre girando não mais que ¼ de volta a chave. A paciência será necessária, mas amiga;
5. uma boa forma para simplificar o ajuste é fazer uma marca de alinhamento, tanto na porca como na contra-porca, e guiar o ajuste fino por esta marca;
6. só quando chegar ao ajuste correto é que se deve dar o aperto final, girando as duas chaves uma de encontro a outra;
7. em sistemas que usam eixo com rebaixo especial para arruela dentada é bom que o último ajuste seja o de girar a porca no sentido anti-horário, para aumentar a pressão sobre a contra-porca;
8. É recomendável que depois deste último ajuste seja feito um último teste para ver se o ajuste ficou realmente bom. Gire o sistema com a mão e dê uma chacoalhada para sentir como ficou.
Caixa de direção
Quando ajustar?
Com a bicicleta entre as pernas e os pés no chão acione o freio dianteiro e chacoalhe a bicicleta para frente e para trás. Se ouvir um pequeno clic clic, ou notar que a caixa de direção se movimenta ao mesmo tempo, é hora de ajuste.
Tipos de caixa de direção
Há dois tipos de caixa de direção que permitem ajuste:
1. com rosca, que é facilmente identificada por ter uma área sextavada e uma contra-porca;
2. sem rosca, que equipa as bicicletas mais modernas e é a tendência do futuro, onde os parafusos de ajuste se encontram no avanço de guidão.
A diferença técnica entre os sistemas é que o novo, sem rosca, é mais simples de ajustar, e não necessita de ferramentas especiais. É também, em muitos casos, mais leve e menos sujeito a perda de ajuste do que a tradicional caixa de direção com rosca.
Sempre ajuste a caixa de direção com calma
Regulagem
Caixa de direção com rosca
Ferramentas necessárias: chave de caixa de direção na medida correta (é bem fina para encaixar na bacia de rolamento) e chave para a contra-porca. Evite usar grifo ou alicate. Há alguns modelos de caixa de direção em que o cônico de rolamentos não tem área sextavada e o ajuste é feito com a mão ou com um alicate especial, mas estes são cada dia mais raros.
1. encaixe a chave de caixa de direção na bacia de rolamento e aperte até sentir que o movimento da chave começou a endurecer;
2. sem tirar esta primeira chave do lugar, coloque a segunda na contra-porca e aperte até que ela firme na bacia de rolamento. Dê um leve aperto; NÃO dê ainda o aperto definitivo;
3. retire as duas chaves da caixa de direção;
4. com a bicicleta entre as pernas e os pés no chão acione o freio dianteiro e chacoalhe a bicicleta para frente e para trás. Se ouvir um pequeno clic clic, ou notar que a caixa de direção também se movimenta, é necessário ajustar um pouco mais o conjunto. Repita as primeiras 4 operações;
5. levante a roda do chão e gire o guidão. Caso a caixa esteja muito presa, afrouxe a contra-porca e em seguida solte (sentido anti-horário) ¼ de volta a da caixa de direção. Dê um leve encosto da contra-porca na bacia de rolamentos para fazer novo teste de ajuste;
6. só quando chegar ao ajuste correto faça o aperto final da bacia de rolamento com a contra-porca, girando uma chave no sentido contrário da outra;
7. faça o último teste para certificar-se que está tudo bem: freie e chacoalhe; tire a roda do chão e gire o guidão….
8. Parabéns!
Caixa de direção sem rosca
Necessário: chave alen 6mm e 4mm.
Para entender como funciona: o sistema funciona com dois níveis de parafusos: o que está na tampa sobre o avanço de guidão e tem a função de tirar a folga da caixa de direção; e os parafusos que ficam no mesmo avanço e servem como fixação do ajuste.
É simples fazer o ajuste
1. solte um pouco os parafusos do avanço de guidão, o suficiente para o avanço girar para os lados sem esforço, mas também não completamente solto;
2. aperte ¼ de volta o parafuso de folga que está no meio da tampa sobre o avanço. Faça o ajuste dando ¼ de volta por vez;
3. alinhe o guidão com relação ao eixo da roda;
4. aperte com cuidado, sem muita força, os parafusos do avanço;
5. faça um teste: com a bicicleta entre as pernas e os pés no chão acione o freio dianteiro e chacoalhe a bicicleta para frente e para trás. Se ouvir um pequeno clic clic, ver ou sentir que a caixa de direção se mexe, é necessário apertar mais ¼ de volta o conjunto. Repita as 4 primeiras operações já realizadas até conseguir o ajuste correto;
6. quando alcançar o ajuste correto, dê o aperto final nos parafusos do avanço, mas cuidado para não espanar a rosca;
7. como teste da pressão correta de aperto dos parafusos de fixação do avanço, prenda a roda entre as pernas tente girar o guidão dando um tranco na manopla do guidão;
8. não é mais necessário qualquer trabalho no parafuso de folga da caixa de direção sobre o avanço.
Nunca dê aperto no parafuso de ajuste, sem antes ter soltado os parafusos de fixação que estão no avanço de guidão
Cubo de roda
Abaixo uma visão explodida dos cubos de rodas
Dianteiro
Traseiro
Legenda das peças do cubo traseiro
1 – Blocante completo 168 mm (6-5/8″)
2 – Eixo de cubo completo 146 mm (5-3/4″)
3 – Porca travante 4.5 mm (?)
4 – Arruela 3.2 mm
5- Capa guarda-pó ou capa de proteção
6 – Espaçador de eixo e anel de vedação
7 – Espaçador de eixo 3.7 mm
8 – Anel de vedação
9 – Cônico M10 x 9 mm
10 – Eixo de cubo 146 mm
11 – Cônico M10 x 16mm com guarda-pó
12 – Espaçador de eixo 8 mm
13 – Espaçador de eixo 3 mm
14 – Borracha de vedação
15 – Pino de fixação
16 – Esferas de aço (1/4″)18 peças
17 – Corpo completo de roda livre com guarda-pó
18 – Arruela do corpo de roda livre
Eixo de roda Antes do ajuste
- eixo dianteiro e eixo traseiro têm medidas específicas. Nunca corte um traseiro para fazer um dianteiro;
- certifique-se que as duas pontas de eixo – que servem de apoio da roda nas gancheiras – estejam do mesmo tamanho. Conte o número de fios de rosca ou use uma régua;
- a medida da abertura das contra-porcas deve ser a mesma medida que a abertura entre gancheiras, (variação de folga máxima para a medida do eixo de 1mm);
- a abertura das gancheiras traseiras varia conforme o número de marchas. A do garfo normalmente é a mesma para todas as rodas;
- é necessário ter cuidado para não iniciar o ajuste da porca e contra-porca sem que a porca e contra-porca da outra ponta do eixo esteja com aperto correto, ou você nunca conseguirá o ajuste final (aperta aqui, solta ali…; aliás uma bobagem comum);
- o ideal é que o ajuste seja feito com o eixo da roda preso pela contra-porca numa morsa;
- cuidado com a arruela dentada para que ela não gire no aperto. Se isto acontecer é bom trocar esta arruela;
- a definição do ajuste final é feita girando o eixo com a ponta dos dedos: giro livre, sem folgas.
Movimento central
Antes do ajuste
Há dois tipos de eixo de movimento central: o selado (sem ajuste) e os tradicionais.
Selado
Conjunto com eixo e rolamentos fechados (selados) num cilindro, o que não permite ajustes; mais dois cônicos para fixação na caixa de movimento central. Necessita de ferramenta especial. É a tendência do futuro.
Tradicionais
Eixo, esferas de rolamentos ou rolamentos, 2 bacias, 1 contra-porca.
Outras informações importantes
- a medida do eixo do movimento central varia conforme o tipo de pé de vela ou a medida da caixa de movimento central;
- a ponta mais curta geralmente é a do lado onde vão as coroas;
- atualmente está padronizado um tipo de rosca, mas é preciso ter um pouco de cuidado com bicicletas antigas ou estranhas, onde se pode encontrar um sem-número de desenhos de rosca no movimento central;
- há ainda algumas bicicletas mais baratas nas quais o eixo é embuchado, portanto, não tem rosca e não pode ser ajustado.
Freios
Freio modelo VBrake
A maioria das bicicletas roda por ai com freios mal regulados ou, pior, simplesmente sem freios, o que é um absurdo total. Regular freios corretamente é a base de uma bicicleta segura. É também um diferencial entre bons e maus mecânicos. Não é só alinhar corretamente as sapatas. É preciso que o sistema esteja ajustado às necessidades do ciclista.
É praticamente impossível fazer o sistema de freio funcionar bem, quando suas peças e componentes são de baixa qualidade. E aqui fica nossa primeira recomendação para que o freio funcione minimamente bem e você pedale seguro:
NÃO RECOMENDAMOS
1. manetes de plástico
2. cabos de freio baratos, pouco flexíveis ou de baixa qualidade (você dobra e ele fica na posição que foi dobrado)
EVITE
1. freios fabricados em chapa de aço
2. freios fabricados em alumínio fundido
3. aros de aço
4. comprar componentes do sistema de freio em separado porque podem não ser compatíveis entre si
RECOMENDADO
1. manetes de alumínio forjado
2. que os manetes tenham ajuste de curso
3. cabos, conduites e sapatas para reposição que sejam da mesma marca do original
4. cabos de freio com vários filamentos, que sejam bem flexíveis ou importados (o bom cabo tende sempre a retornar para uma linha reta, mesmo depois de ser dobrado)
5. que os freios tenham ajuste de pressão de mola
Há vários sistemas de freio, uns com maior ou menor poder de frenagem. É vital que o sistema funcione bem e não quebre no momento de emergência, fato muito comum com freios e componentes de má qualidade.
O importante é que a bicicleta pare com precisão, sem trancos e sem que a roda trave e arraste no chão. O ciclista deve sempre parar a tempo sem ser cuspido da bicicleta.
Regulagem
Antes de regular os freios
Checar a roda
1. a roda deve estar perfeitamente alinhada e centrada no quadro ou garfo
2. o aro não pode ter deformações
3. o aro deve estar seco; não pode estar engordurado
Cabo e conduite
1. os cabos devem estar em perfeitas condições em ambas as extremidades, mesmo assim sempre leve em consideração que cabos novos são uma ótima garantia.
2. conduites mal cortados (muito comum) ficam com rebarba nas pontas que corta o cabo. Deixe as pontas planas e sem pontas.
3. caso tenha que trocar o cabo, só o faça depois que ter instalado as sapatas novas
Sapatas de freio
1. toda sapata de freio tem rebaixos na borracha que servem como marca de desgaste. Quando estes rebaixos estão prestes a desaparecer, é porque está na hora de trocar a sapata.
2. caso a regulagem anterior tenha deformado a sapata de freio, recomendamos a troca mesmo ainda tenha uma certa vida útil.
Pivôs de freio
Todo freio mecânico trabalha sobre um pivô ou um eixo. Normalmente este pivô contém uma mola de retorno do freio necessária para que a sapata não fique constantemente encostada no aro.
1. veja se não há uma folga muito grande ou se freio está preso e não gira no pivô.
2. se há folga, aperte o parafuso de fixação do freio, porém, sem travá-lo. No caso de freio ferradura, aperte a porca e trave-a com a contra-porca, tirando a folga do sistema, mas sem travar o livre funcionamento do freio.
O sistema de freio está pronto para receber uma boa regulagem. Só cheque de novo se a roda estiver bem centrada e presa no quadro e garfo: do contrário as sapatas acabarão reguladas fora da posição correta.
Trocando as sapatas de freio
1. coloque as duas sapatas no freio e só aperte a porca o suficiente para que a sapata não caia no chão;
2. a posição correta da sapata é em paralelo com a parede e a borda inferior do aro;
3. com um dedo pressione suavemente a sapata contra o aro para evitar que saia da posição paralela ao aro;
4. aperte um pouco a porca de um lado e depois do outro;
5. as duas alavancas de freios devem ter, de preferência, o mesmo ângulo de inclinação nos dois lados, formando um “V” perfeito (aberto para cima, exatamente como a letra V);
6. a sapata de freio deve guardar distância do seu freio igual ou próxima da sapata que fica do outro lado do aro. É a única maneira de se conseguir o “V” perfeito no sistema de freio. Isto é importante principalmente no freio cantilever.
As sapatas dos freios, em especial as de um cantilever, sofrem tendência de movimentar-se no sentido do centro da roda quando acionados com a bicicleta em movimento. Portanto, evite regular as sapatas com seus eixos posicionados na horizontal ou apontando para o centro da roda.
Freio modelo cantilever
Ajuste final
1. cheque mais uma vez para ver se as sapatas se encontram perfeitamente em paralelo com o aro;
2. aperte suavemente a porca de fixação da sapata, segurando-a com os dedos para que não saia de posição na hora do aperto;
3. acione o sistema de freio para checar se as duas sapatas encostam no aro em posição semelhante. As sapatas devem ser ajustadas com a mesma distância do aro, tornando assim a frenagem mais eficiente.
4. Dê o último aperto nas sapatas e faça a última checagem para certificar se está tudo bem.
Câmbios
Câmbio traseiro – ajuste de curso:
Há dois parafusos de ajuste de curso do câmbio traseiro. Um está marcado com “H” (do inglês – high: alto) e o outro com “L” (do inglês – low: baixo). Servem para limitar o curso do câmbio.
Olhando por trás do câmbio
1. ajuste o parafuso “H” até que a roldana superior do câmbio esteja perfeitamente alinhada com a menor coroa (marcha mais dura ou rápida) da catraca
2. ajuste o parafuso “L” até que a roldana inferior do câmbio esteja perfeitamente alinhada com a maior coroa (marcha mais mole ou lenta) da catraca.
Ajustar as mudanças de marcha
1. ajuste o parafuso “L”
2. Colocar a corrente na menor engrenagem da catraca.
3. acionar a alavanca de câmbio para subir uma única marcha
4. caso a corrente não tenha mudado de marcha, esticar o cabo no parafuso do câmbio até que ela mude de marcha
5. acionar de novo a alavanca de câmbio para subir mais uma marcha.
6. com a corrente nesta marcha, olhar por trás do câmbio e ver a distância entre a corrente e a próxima engrenagem: esta não deve exceder 1 mm.
7. quanto mais próximo a corrente estiver em relação a coroa, mais rápido será o engate para amolecer a pedalada. Quanto mais longe estiver mais lento será, mas em compensação mais rápido será a mudança de marcha para endurecer a pedalada. Ao gosto do freguês
Câmbio dianteiro
Câmbio dianteiro
1. a guia externa do câmbio dianteiro deve estar perfeitamente paralela com a maior coroa do pé de vela – olhe por cima e alinhe
2. a distância entre o câmbio dianteiro e a coroa maior deve ser aproximadamente de 3 mm.
3. estique o cabo na alavanca de câmbio até que o indexado esteja subindo e descendo bem a corrente.
4. troque a marcha e coloque a corrente na coroa do meio.
5. troque as marchas do câmbio de trás até que a corrente fique na menor engrenagem da catraca. Certifique-se que a corrente não está raspando na parte interna do câmbio dianteiro
Os parafusos de limite – em cima do câmbio dianteiro – fazem com que a corrente não caia para fora ou para dentro.
Centragem de roda
Pontos básicos
A roda da bicicleta é construída por raios. Se você aperta os raios em um lado ela vai mudar de forma em outro ponto. É preciso pensar sempre na roda como um todo e ir trabalhando com calma.
Um aro está fora de centro quando:
1) Há uma variação radial
2) Há uma variação de seu alinhamento lateral.
A roda perfeita é aquela que todos seus raios tem tensão igual.
A roda centrada tem a distância entre o aro e a porca do eixo (o lado que encosta no quadro) igual dos dois lados do quadro da bicicleta. Ou seja, se você virar a roda ao contrário não haverá diferença de alinhamento com relação ao quadro.
A roda traseira tem o que se chama de “guarda-chuva”, ou seja, uma diferença de tensão entre os raios de dentro e os de fora. Isto acontece para que a roda possa receber as engrenagens das marchas e mesmo assim a roda fique centrada.
Dicas para centrar uma roda
Use sempre o buraco da válvula como referência.
Sempre comece o trabalho girando a roda num único sentido. Quando o aro estiver mais centrado, com diferenças menores que 2mm. passe a trabalhar a roda dando duas voltas num sentido e dois no sentido contrário.
Centrar uma roda demanda calma, observação constante, e atenção.
Recomendamos que a roda seja trabalhada por estágios.
Sempre dê uma parada no trabalho para descansar e para voltar com uma observação mais apurada do que está sendo feito.
Utilizando um centrador de rodas
Um centrador tem duas guias: a de centro radial e de centro lateral.
Vá ajustando as guias aos poucos, até chegar ao ponto que elas estarão praticamente encostadas no aro.
Para saber se a roda está bem centrada (em relação ao eixo e a posição ideal para o quadro) gire a roda no centrador mantendo a posição das guias.
Antes de começar o trabalho de centragem, com a roda montada no centrador e com os pontos de referência e alinhamento aproximados do aro (mais ou menos 1mm):
Antes de começar o trabalho descubra o que acontece com o alinhamento do aro quando você aperta um único niple ou quando você solta este mesmo niple. O aro irá se movimentar para um lado e para outro com alguma variação no sentido radial.
Descubra também o que acontece quando você aperta os dois niples opostos. Ou quando os solta. O aro irá se movimentar no sentido radial, para cima e para baixo sem variação lateral.
Por fim aperte uma volta um niple de um lado do aro, e depois solte meia volta o niple anterior e o posterior do outro lado da roda. O aro irá se movimentar no sentido lateral (do niple apertado) sem ter variação radial.
Antes de iniciar o trabalho de centragem gire lentamente o aro para ver onde ele está fora de centro e quais são as suas variações radiais e laterais.
Comece trabalhando na variação radial e depois vá para a variação lateral.
Centrar uma roda recém enraiada
Com os raios completamente soltos inicie o trabalho apertando todos os niples 2 voltas. Lembre-se de sempre iniciar e terminar um ciclo de aperto de niples tendo como referência o buraco da válvula.
A partir do momento que os raios estiverem presos, mas ainda não tensos, passe a apertar os niples 1 volta por vez.
Centrar uma roda que tem seus raios tensos, mas está fora de centro:
Trabalhe os niples girando no máximo 1 volta por vez
Assim que a diferença passe a menos de 1mm passe a trabalhar os niples ½ volta por vez
Quando a diferença for menor que 1mm, começe a tencionar a roda com as mãos: Aperte com os dedos dois raios paralelos, em toda a roda, dos dois lados. Faça isto um giro completo e depois reveja o estado da roda.
Pensar em conjuntos de raios:
Trabalhe sempre pensando no conjunto de raios que vai acertar uma deformidade do aro.
O conjunto de raios a ser trabalhado é aquele que vai do primeiro raio onde se inicia a deformidade até o último raio onde termina a deformidade.
Trabalhe primeiro o conjunto de raios que está relacionada a maior deformidade da roda
Conforme a deformidade vai diminuindo, diminui também o conjunto de raios a ser trabalhado.
Fonte: www.escoladebicicleta.com.br
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