Clarividência

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Clarividência – Definição

Enquanto muitas pessoas acreditam que todo mundo tem algum grau de capacidade psíquica, este conjunto de habilidades pode tomar uma série de diferentes formas. Para algumas pessoas, capacidade psíquica manifesta-se sob a forma de clarividência.

Clarividência é a capacidade de ver as coisas que estão escondidos. Às vezes usado em visão remota, clarividência tem ocasionalmente sido creditado para as pessoas que buscam crianças desaparecidas e localizar objetos perdidos.

Enquanto não há nenhuma evidência científica de como a clarividência ocorre – bem como outras habilidades psíquicas – informalmente, existem muitas histórias de pessoas que acreditam que eles usaram a clarividência em uma variedade de maneiras.

O termo clarividência (do francês “claro” que significa “claro” e “voyance”, que significa “visão”) refere-se à capacidade de obter informações telepática visual sobre um objeto, pessoa, local ou evento físico através de outros meios que não os sentidos humanos conhecidos. É muitas vezes chamado de percepção extra-sensorial.

Clarividência – O que significa

A palavra Clarividência significa “visão clara” ou a habilidade de ver nos mundos invisíveis (para a visão física).

É uma faculdade latente em todos e será eventualmente possuída por todo ser humano no curso de seu desenvolvimento espiritual, a pessoa poderá, por si mesma, investigar assuntos como o estado do Espírito humano antes do nascimento, depois da morte, e a vida nos mundos invisíveis.

Embora cada um de nós possua esta faculdade, é necessário um esforço persistente para desenvolvê-la de uma maneira positiva, e isto parece ser um poderoso fator intimidativo. Se pudesse ser comprada, muitas pessoas pagariam um alto preço por ela. Poucas pessoas, porém, parecem desejosas de viver a vida que é requerida para despertá-la.

Esse despertar somente vem através de um esforço paciente e muita persistência.

Clarividência – O que é


Clarividência

Clarividência é uma forma de percepção visual além dos olhos físicos, que torna possível ver as bioenergias, ou aura, de uma pessoa por exemplo.

É possível também através da Clarividência observar eventos que acontecem em dimensões além desta onde vivemos. Muitos casos onde pessoas relatam ter visto um “espírito”, “fantasma” ou “guia espiritual” podem ter a sua explicação assentada na Clarividência.

Quando alguém vê uma entidade não-física, por exemplo, um parente que já faleceu, é bastante comum que este parente se apresente através de uma imagem semitransparente, frequentemente com cores menos intensas, todo em branco, ou em tons de cinza. Isso porque o estímulo visual da Clarividência é em geral mais fraco comparado com o estímulo visual físico.

Clarividência espontânea ocorre com muita frequência em momentos de relaxamento maior, em geral quando a pessoa relaxa um pouco mais de maneira a permitir que o seu corpo emocional (psicossoma) se expanda e receba com mais intensidade o estímulo visual não-físico (extrafísico) baseado em bioenergias.

Por outro lado, há relatos de Clarividência que ocorrem em casos de stresse ou onde não há nenhum relaxamento ou condição do corpo físico favorável.

Clarividência permite ao experimentador observar, por exemplo, os reflexos da bioenergia ao redor de uma outra pessoa. Estes reflexos da energia, popularmente conhecidos como aura, são a parte mais externa do nosso corpo energético (energossoma). Este reflexo das energias é dinâmico e muda de acordo com a intensidade e padrão dos nossos pensamentos e sentimentos.

O termo Clarividência foi usado historicamente de várias maneiras. Há autores que buscam abarcar dez ou mais fenómenos diferentes, como psicometria (leitura energética de um objeto ou pessoa), pré-cognição (ou premonição, prever o futuro) e outros, no termo Clarividência.

Em alguns contextos, o termo Clarividência é usado quase como sinônimo de parapsiquismo, como se fosse a resposta para tudo o que possa acontecer sem explicação baseada na dimensão física.

No contexto da Projeciologia, ciência que estuda a manifestação da consciência além do corpo físico e desta dimensão, aClarividência é um fenômeno específico onde se percebe visualmente algo do presente, tipicamente em dimensões extrafísicas, mas diferente de fenómenos onde a informação não é visual ou é proveniente de outras fontes, como a memória de vidas passadas.

O fato de que a Clarividência é um modo de percepção visual, análogo à visão física, a torna muito interessante. A experiência visual física já é algo impressionante. Pense na experiência de ver uma paisagem ampla, ou os detalhes dos mecanismos de um relógio. Pensar que esta riqueza de percepção pode ser estendida para outras dimensões é por si só um motivador para desenvolvê-la.

Talvez por isso o impacto do desenvolvimento da Clarividência é em geral muito positivo em termos de crescimento pessoal. O experimentador, de olhos abertos, lúcido, pode ver através da Clarividência uma realidade extrafísica, próxima e nítida, com clareza.

O benefício principal da Clarividência é portanto permitir ao experimentador a percepção de que existem dimensões além desta, através de experiência pessoal.

Claro que tal afirmação soa simples, mas a diferença entre acreditar que temos um corpo energético e ver que temos um corpo energético é bastante grande.

A acessibilidade e o aspecto pessoal e direto deste fenómeno são outras vantagens. Não é preciso entrar em um estado alterado da consciência mais profundo, que talvez exigisse mais dedicação e treinamento, mas sim é possível ter Clarividência com os olhos abertos, de pé ou sentado, em qualquer ambiente ou situação da vida quotidiana. Esta possibilidade é o que ajuda ao indivíduo a começar a experimentar – e buscar entender – o que ocorre ao seu redor incluindo variáveis além desta dimensão.

Há muitos mitos em relação à Clarividência : um deles é que é muito difícil ou impossível desenvolvê-la, e que somente as pessoas que já nascem com este “dom” terão esta experiência.

Outro mito similar é que somente as pessoas que passam por alguma experiência marcante, como a experiência de quase-morte, é que podem desenvolver esta habilidade. Contudo, vê-se que com um pouco de informação e técnica, aliados à força da vontade e relaxamento, podem produzir Clarividência a curto prazo.

A conclusão portanto é que a Clarividência é uma excelente porta de entrada para o desenvolvimento das várias formas de parapsiquismo.

Pode ajudar a substituir a crença em outras dimensões com o conhecimento baseado em experiência direta e pessoal. Vamos substituir o “ver para crer” com o clarividenciar para experimentar.

Clarividência – Fenômeno

Clarividência é o fenômeno parapsicológico que permite a percepção visual de objetos por meios paranormais.

Este nome também é dado, em certas escolas de ocultismo, à chamada “visão espiritual”, que permite enxergar objetos e pessoas fora do meio físico.

Difere da telepatia pelo meio através do qual é adquirida a informação: enquanto na telepatia a informação provém da mente de outra pessoa, a clarividência provém de objetos.

Percepção extra-sensorial, em parapsicologia, é a aparente habilidade de certos indivíduos, chamados “sensitivos” ou “psíquicos”, para perceber fenômenos e objetos independentemente de seus órgãos sensoriais.

O termo foi cunhado por Joseph Banks Rhine.

Para fins de estudo e pesquisa, as percepções extra-sensoriais tem sido divididas nas seguintes categorias gerais:

Clarividência – Conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais sensoriais conhecidos.
Telepatia –
 A consciência dos pensamentos de outrem, sem utilização de canais sensoriais conhecidos.
Precognição –
 Conhecimento sobre um futuro evento, ser ou objeto.
Simulcognição –
 A Simulcognição é o conhecimento da realidade presente.
Radiestesia – 
Radiestesia ou radioestesia é uma hipotética sensibilidade a determinadas radiações, como energias emitidas por seres vivos e elementos da natureza.
Psicometria –
 Capacidade de obter informações sobre uma pessoa ou um lugar ao tocar um objeto físico.
Retrocognição – 
Fenômeno parapsíquico espontâneo ou induzido no qual o indivíduo lembraria espontaneamente de lugares, fatos ou pessoas relativos a experiências passadas, sejam elas vidas ou períodos entre vidas.

Através das diferentes técnicas de regressão pode-se acessar fatos ocorridos durante a vida adulta, a adolescência, a infância, o nascimento, a vida intra-uterina, e até mesmo experiências ocorridas em outras vivências que ainda afetam o dia-a-dia.

Clarividência – Visão


Clarividência

Ao contrário do que muitos acreditam a Clarividência não é um dom limitado a poucos escolhidos, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida por todos que desejarem e se dedicarem. É claro que a “nitidez” da percepção, poderá variar de coração para coração.

Para entendermos melhor o que é Clarividência, é preciso desmistificar certos conceitos e desvinculá-la do que chamam de sexto sentido. A Clarividência é apenas o sentido da visão livre de bloqueios.

Costumo dizer que o ser humano é a criação mais perfeita de Deus. Entretanto, ao se afastar de sua essência e perfeição, acabou perdendo suas habilidades plenas e o livre fluxo dos seus sentidos.

Isso é bem claro em nossos cursos de Reiki, quando fazemos uma prática de relaxamento, desbloqueio de tensões musculares e concentração. Nossos alunos começam a “ver” o fluxo energético que flui por entre seus dedos das mãos. Até mesmo pessoas que se dizem céticas conseguem perceber a energia, o que prova que a crença não é necessária ao processo.

Todos os cinco sentidos podem ser desenvolvidos por meio das práticas regulares, o que fará a diferença será o grau de refinamento da mente que decodifica as experiências sensoriais. Por esse motivo, trabalhar apenas com técnicas e negligenciar a consciência unificada do ser, formará um clarividente sem muita utilidade.

Poderíamos explicar a intuição como a captação das informações por meio dos sentidos desenvolvidos. Nesse caso, a intuição pode se manifestar como um “flash”, uma imagem, pode ser percebida como um aroma, uma voz interior, enfim, pela decodificação consciente ou inconsciente dos sentidos.

E por que, ainda hoje, é tão raro conhecermos pessoas que conseguem fazer essa decodificação?

Eu prefiro corrigir esse questionamento colocando um parêntesis – Por que no ocidente é tão raro e em países do oriente, como a Índia, o Tibete, a China e o Japão, esses “fenômenos” são mais comuns?

A resposta é simples: uma questão cultural.

No ocidente, a cultura é voltada para o desenvolvimento das faculdades intelectuais, a memória, o rápido processamento matemático, a habilidade em fazer 100 coisas ao mesmo tempo.

Todo esse processo gera um estresse mental e a sobrecarga do hemisfério cerebral esquerdo (racional). Se aquietassem a mente e liberassem as tensões, poderiam então “ouvir” as respostas que solucionariam seus problemas e angústias. É por isso que no oriente, onde a prática habitual da meditação é mais difundida e o hemisfério cerebral direito (intuitivo) mais exercitado, ocorrem mais facilmente os chamados “fenômenos paranormais” do que no ocidente.

É a guerra da intuição e sensibilidade, com o intelecto e a razão que promove a separação. Quando conseguirmos novamente reunificar os hemisférios cerebrais e alcançarmos o equilíbrio, não haverá mais tanto sofrimento.

Com o mundo cada vez mais globalizado, onde se mesclam facilmente as culturas ocidentais e orientais, temos a oportunidade de usufruir o melhor dos dois mundos, o que agrega imenso valor às nossas vidas.

Agora cabe a nós o esforço e a dedicação para retomarmos nossa verdadeira essência unificada, dispondo de sentidos plenamente desenvolvidos, junto à habilidade intelectual e que assim possamos contribuir de maneira decisiva para o desenvolvimento de uma nova geração.

O desenvolvimento de amplos sentidos pelos terapeutas, médicos e profissionais da área da saúde será de valor incalculável para a ciência. Não existe no mundo equipamento que se compare com a máquina humana.

Com o pleno controle de nosso corpo e mente e de nossas faculdades psíquicas, aliado à ciência e à tecnologia que nos auxilia, poderíamos ampliar largamente nossa qualidade de vida, sendo capazes, inclusive, de intervir em doenças potenciais, antes mesmo que elas se instaurassem em nossos corpos. Teríamos, com certeza, um mundo muito mais saudável.

Acredito que um bom clarividente não pode ser apenas uma pessoa que consiga ver além da matéria densa, mas uma pessoa que tenha um coração intencionado em ser útil, que consiga enxergar a dor da alma e assim ajudar em seu processo de libertação.

Mas nós que estamos no processo de desenvolvimento ainda temos um grande desafio: eliminar a interferência do ego e isso não acontece de um dia para o outro. Somente pelo desenvolvimento de um propósito cada vez mais elevado é que a verdadeira faculdade começa a aflorar.

É a partir desse ponto que as técnicas vão se tornando cada vez menos necessárias e a Clarividência e a intuição consciente começam a ser um dom natural.

Existem dois tipos de Clarividência

Clarividência positiva, voluntária, é quando o indivíduo é capaz, à sua vontade, de ver e investigar os mundos internos, onde é senhor de si mesmo e sabe o que está fazendo.

Este tipo de Clarividência é desenvolvida através de uma vida pura e de serviço, e a pessoa precisa ser cuidadosamente treinada para saber usá-la, para que ela seja verdadeiramente eficaz e útil.

Clarividência involuntária, negativa, é quando as visões dos mundos internos são apresentadas a uma pessoa independente de sua vontade; ela vê o que lhe é dado ver e não pode, de maneira alguma, controlar esta visão. Esta Clarividência é perigosa, deixando a pessoa aberta para ser dominada por entidades desencarnadas que, se puderem, fazem com que a vida da pessoa, neste mundo e no próximo, não lhe pertença inteiramente.

No cérebro existem dois pequenos órgãos chamados corpo pituitário e glândula pineal. A ciência médica conhece muito pouco sobre eles, e chama a glândula pineal de “terceiro olho atrofiado”, embora nem ela nem o corpo pituitário estejam atrofiados. Isto é muito desconcertante para os cientistas, pois a Natureza nada retém de inútil.

Por todo o corpo encontramos órgãos que estão em processo de atrofia ou de desenvolvimento.

O corpo pituitário e a glândula pineal pertencem, no entanto, a uma outra classe de órgãos que, presentemente, não estão nem evoluindo nem degenerando, mas estão dormentes. No passado longínquo, quando o homem estava em contato com os mundos internos, estes órgãos eram o meio de ingressar neles, e novamente servirão para este fim em um estágio mais adiante.

Eles estavam ligados ao sistema nervoso simpático ou involuntário. Antigamente – durante o Período Lunar, e na última parte da Época Lemúrica e início da Época Atlante – o homem podia ver os mundos internos; quadros apresentavam-se a ele totalmente independentes da sua vontade. Os centros sensíveis do seu corpo de desejos giravam em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio, (seguindo negativamente o movimento da Terra que gira sobre seu eixo naquela direção) como os centros sensitivos dos médiuns fazem hoje. Na maior parte das pessoas, estes centros sensitivos estão inativos, mas o verdadeiro desenvolvimento os fará girar no sentido dos ponteiros do relógio. Esta é a característica principal no desenvolvimento da Clarividência positiva.

O desenvolvimento da Clarividência negativa ou mediunidade é muito mais fácil, pois é meramente uma revivificação da função igual a do espelho, que o homem possuía no passado distante, pela qual o mundo externo era refletido involuntariamente nele. Esta função foi, mais tarde, retida pela procriação. Com médiuns atuais este poder é intermitente, isto é, algumas vezes podem “ver” e outras vezes, sem nenhuma razão aparente, falham totalmente.

No corpo de desejos do clarividente voluntário e adequadamente treinado, as correntes de desejos giram no sentido dos ponteiros do relógio, brilhando com extraordinário esplendor, superando, em muito, a brilhante luminosidade do corpo de desejos comum. Os centros de percepção no corpo de desejos, ao redor do qual estas correntes giram, suprem o clarividente voluntário com os meios de percepção no Mundo do Desejo, e ele vê e investiga à vontade. A pessoa cujos centros giram em sentido inverso ao movimento dos ponteiros do relógio, é como um espelho, refletindo somente o que se passa diante dela. Tal pessoa é incapaz de alcançar alguma informação.

Esta é uma das diferenças fundamentais entre um médium e um clarividente adequadamente treinado.

É impossível para a maioria das pessoas diferenciar os dois; porém, existe uma regra infalível que pode ser seguida por qualquer um: nenhum vidente genuinamente desenvolvido exercerá esta faculdade por dinheiro ou algo equivalente: nunca usará isto para satisfazer a curiosidade, mas somente para ajudar a humanidade.

O grande perigo para a sociedade poderia advir do uso indiscriminado do indivíduo que, indigno do poder de um clarividente voluntário, quisesse investigar e “ver’ à vontade, e isto pode ser facilmente compreendido.

Ele seria capaz de ler o pensamento mais secreto. Portanto, o aspirante à verdadeira visão e introspecção espiritual deve, antes de tudo, dar provas de altruísmo.

O Iniciado está obrigado pelos votos mais solenes a nunca usar este poder para servir seu interesse individual, por menor que este seja.

Clarividência treinada é usada para investigar fatos ocultos e é a única que serve para este propósito. Portanto, o aspirante precisa sentir, não um desejo de satisfazer uma simples curiosidade, mas um desejo santo e altruísta de ajudar a humanidade. Enquanto não existir este desejo, nenhum progresso pode ser feito para a obtenção de uma Clarividência positiva.

Para readquirir o contato com os mundos internos é necessário estabelecer a conexão da glândula pineal e do corpo pituitário com o sistema nervoso cérebro-espinhal, e despertar novamente essas glândulas.

Quando isto for conseguido, o homem possuirá de novo a faculdade de percepção nos mundos superiores, mas em uma escala maior do que no passado distante, porque estará em conexão com o sistema nervoso voluntário e, portanto, sob o controle de sua vontade. Através desta faculdade perceptiva interna, todos os caminhos de conhecimento estarão abertos para ele e terá a seu favor um meio para adquirir informações, e isto fará com que todos os outros métodos de investigação pareçam brincadeiras infantis.

O despertar destes órgãos é conseguido pelo treinamento esotérico. Na maioria das pessoas, grande parte da força sexual que pode ser usada legitimamente através dos órgãos criadores, é gasta para satisfação dos sentidos. Quando o aspirante à vida superior começa a moderar estes excessos e a dedicar atenção a pensamentos e esforços espirituais, a força sexual não usada começa a se elevar. Sobe, em volume cada vez maior, atravessa o coração e a laringe, ou a medula espinhal e a laringe, ou ambas, e depois passa diretamente entre o corpo pituitário e a glândula pineal em direção ao ponto da raiz do nariz onde o Espírito tem seu assento.

Esta corrente, não importa o quanto seja volumosa, deve ser cultivada antes que o verdadeiro treinamento esotérico possa começar, o que corresponde a um pré-requisito para o trabalho auto-consciente nos mundos internos. Assim, uma vida dentro da moralidade e devotada ao pensamento espiritual, deve ser vivida pelo aspirante antes que comece o trabalho que lhe dará conhecimento dos reinos supra-físicos e o capacitará a tornar-se, no sentido mais amplo, um auxiliar da humanidade.

Quando o candidato viveu tal vida durante um tempo suficiente para estabelecer a corrente da força espiritual e é considerado digno e está qualificado para receber instrução esotérica, certos exercícios ser-lhe-ão ensinados para colocar o corpo pituitário em vibração. Esta vibração fará com que o corpo pituitário se choque com a linha de força mais próxima e, ao desviar-se ligeiramente dela, choca-se, por sua vez, sobre a linha seguinte e assim o processo continuará até que a força de vibração tenha sido gasta.

Quando estas linhas de força forem suficientemente desviadas para alcançar a glândula pineal, o objetivo foi alcançado: a distância entre os dois órgãos foi eliminada, existe agora uma ponte entre o Mundo do Sentido e o Mundo do Desejo. A partir do momento em que ela é construída, o homem torna-se clarividente e é capaz de dirigir seu olhar para onde desejar.

Objetos sólidos são vistos tanto interna quanto externamente. Espaço e Solidez, como obstáculos à observação, cessaram de existir.

Ele não é ainda um clarividente treinado, mas é um clarividente à sua vontade, um clarividente voluntário. Sua faculdade é muito diferente daquela possuída pelo médium.

A pessoa na qual esta ponte é uma vez construída, estará sempre em contato seguro com os mundos internos, pois a conexão é feita e desfeita à sua vontade. Aos poucos, o observador aprende a controlar a vibração do corpo pituitário, de forma a capacitá-lo a entrar em contato com qualquer das regiões dos mundos internos que deseje visitar.

A faculdade está completamente sob o controle de sua vontade. Não é necessário entrar em transe ou fazer algo anormal para elevar sua consciência ao Mundo do Desejo. Simplesmente quer ver e vê.

Tendo alcançado esta faculdade, o neófito precisa agora aprender a compreender o que ele vê no Mundo do Desejo. Muitos pensam que, uma vez que a pessoa é clarividente, toda a verdade abre-se para ela e porque pode “ver”, logo “sabe tudo” sobre os mundos superiores. Este é um grande erro. Sabemos que nós, que somos capazes de ver coisas no Mundo Físico, estamos longe de ter um conhecimento universal sobre tudo o que existe.

Muito estudo e dedicação são necessários para conhecer até mesmo uma pequena parte das coisas físicas com as quais lidamos em nossas vidas diárias.

No Mundo Físico, os objetos são densos, sólidos e não mudam num piscar de olhos. No Mundo do Desejo, eles mudam da maneira mais estranha. Isto é uma fonte de confusão interminável para o clarividente negativo, involuntário, e mesmo para o neófito que está sob a orientação de um mestre. Porém, o ensinamento que o neófito recebe, leva-o logo a um ponto onde pode perceber a Vida que causa a mudança da Forma e passa a conhecer isso pelo que isso é realmente, apesar de todas as mudanças possíveis e embaraçosas.

Dessa maneira os clarividentes são treinados antes que suas observações tenham algum valor real, e quanto mais hábeis eles se tornam, mais modestos são em contar o que vêem. Muitas vezes, divergem das versões dos outros, sabendo o quanto há para aprender, percebendo o pouco que um investigador, sozinho, pode entender de todos os detalhes referentes às suas investigações.

Isto também diz respeito às variadas versões dos mundos superiores que são, para pessoas superficiais, um argumento contra a existência destes mundos. Eles afirmam que se estes mundos existem, os investigadores devem necessariamente trazer até nós descrições idênticas. Mas da mesma forma que no Mundo Físico, se vinte pessoas partissem para descrever uma cidade, haveriam vinte versões diferentes, assim também acontece quanto aos relatos feitos pelos investigadores dos mundos superiores. Cada um tem seu próprio modo de ver as coisas e pode descrever o que vê a partir de seu ponto de vista particular.

O relato que ele faz pode diferir do dos outros, embora todos possam ser igualmente verdadeiros, de acordo com a visão e o ângulo de cada observador.

Há, também, outra importante distinção a ser feita. O poder que capacita uma pessoa a perceber os objetos em um mundo, não é idêntico ao poder de entrar naquele mundo e funcionar lá. O clarividente voluntário, embora tenha recebido algum treinamento e esteja apto a distinguir o verdadeiro do falso no Mundo do Desejo, está praticamente na mesma relação com esse mundo como um prisioneiro atrás das grades de uma janela – ele pode ver o mundo exterior mas não pode funcionar nele. Portanto, no momento oportuno, exercícios adicionais são dados ao aspirante para provê-lo com um veículo no qual ele possa funcionar nos mundos internos de uma maneira perfeitamente auto-consciente.

A faculdade da Clarividência indica uma conexão frouxa entre os corpos vital e o denso. Nas várias épocas de nossa Terra, quando todos os homens eram clarividentes involuntários, foi o afrouxamento desta conexão que os tornou clarividentes. Desde aqueles tempos, o corpo vital tornou-se mais firmemente entrelaçado com o corpo denso na maioria das pessoas, mas em todos os sensitivos esta ligação é frouxa. Este afrouxamento constitui a diferença entre o médium e a pessoa comum que está inconsciente de tudo, e que só sente as vibrações por meio dos cinco sentidos.

Todos os seres humanos têm que passar por este período de íntima conexão dos veículos e experimentar a conseqüente limitação da consciência.

Existem, portanto, duas classes de sensitivos: aqueles que não foram envolvidos no assunto ( como as raças menos evoluídas e aqueles que praticam a endogamia ) e aqueles que estão emergindo do ponto mais alto da materialidade e são novamente divisíveis em dois tipos: voluntários e involuntários.

Quando a conexão entre o corpo vital e o corpo denso de um homem está um pouco frouxa, ele será sensível às vibrações espirituais, e, se é positivo, ele desenvolverá por sua própria vontade, suas faculdades espirituais. Viverá uma vida espiritual e, com o tempo, receberá o ensinamento necessário para tornar-se um clarividente treinado e senhor de sua faculdade em todos os momentos, livre para exercê-la ou não, como quiser.

Se uma pessoa possui este leve afrouxamento entre os corpos vital e o de desejos e é de um temperamento negativo, ela está sujeita a tornar-se vítima de espíritos desencarnados, como médium.

Quando a conexão entre os corpos vital e denso está muito frouxa, e o homem é positivo, ele pode tornar-se um Auxiliar Invisível, capaz de levar os dois éteres superiores para fora de seu corpo denso quando quiser e usá-los como veículos para a percepção sensorial e a memória. Então, pode funcionar conscientemente no Mundo Espiritual e recordar-se de tudo que fez lá. Quando ele deixa seu corpo à noite, orienta-se nos Mundos Invisíveis de maneira totalmente consciente, como fazemos aqui ou quando acabamos de desempenhar nossos deveres mundanos.

Quando uma pessoa tem esta conexão frouxa entre o corpo vital e o corpo denso, e é de um temperamento negativo, entidades que estão apegadas à Terra e procuram manifestar-se aqui, podem retirar o corpo vital do médium por meio do baço e usar temporariamente o éter do qual é composto para materializar formas de espíritos, retornando o éter para o médium depois que a sessão acaba.

Uma vez que o corpo vital é o veículo por onde as correntes solares, que dão-nos vitalidade, são especializadas, o corpo do médium, no momento da materialização, algumas vezes encolhe até quase a metade de seu tamanho normal porque foi privado do princípio vitalizante. Sua carne torna-se flácida e a centelha de vida queima fracamente. Quando a sessão termina, o médium é despertado para a consciência normal e experimenta um sentimento da mais terrível exaustão.

O perigo da mediunidade foi tratado, em detalhe, em outra literatura da Fraternidade Rosacruz. Repetimos aqui, que é extremamente maléfico para qualquer indivíduo permitir tornar-se tão negativo que seus veículos e suas faculdades possam ser possuídas por uma entidade desencarnada.

A entidade pode exercer tal controle sobre a pessoa, que esta não consegue mais exercer a livre escolha sobre nenhum assunto, mas vive somente como a entidade deseja que ela viva.

Este controle pode continuar até depois da morte, quando seu corpo de desejos pode ser possuído pela entidade. É extremamente difícil desligar-se da entidade, uma vez isto acontecido.

Todas as crianças são clarividentes, pelo menos durante o primeiro ano de vida. Por quanto tempo a criança vai manter esta faculdade, dependerá da sua espiritualidade e também de seu meio-ambiente, pois a maioria das crianças comunica aos mais velhos tudo o que elas vêem e a faculdade de Clarividência é afetada pela atitude destes. Freqüentemente as crianças são ridicularizadas por contarem coisas que, segundo os mais velhos, só podem ser o resultado de “imaginação”. Assim, elas aprendem a calar-se para não gerar aborrecimentos ou, no mínimo, guardam estas coisas para elas mesmas.

Embora existam tanto clarividentes positivos como negativos, sabemos que é somente com a Clarividência positiva que um indivíduo pode ver e investigar acuradamente os mundos internos e adiantar-se no caminho evolutivo.

Clarividência negativa não pode ser vista como um instrumento confiável de investigação.

Muitas vezes causa a indesejável situação de controle pessoal vindo de uma fonte exterior, e pode, pelo menos entre povos do Mundo Ocidental, causar à pessoa, uma regressão evolucionária.

Clarividência – Resumo

faculdade da clarividência, a suposta capacidade paranormal de ver pessoas e eventos distantes no tempo ou no espaço.

clarividência pode ser dividida aproximadamente em três classes – retrocognição e premonição; perceber eventos passados e futuros; e percepção de eventos contemporâneos acontecendo à distância ou fora do alcance da visão normal.

clarividência pode incluir psicometria, segunda visão e contemplação de cristais.

A profecia é uma forma de clarividência que remonta à antiguidade, e a segunda visão também é uma forma antiga. É notável que o Espiritismo na Grã-Bretanha tenha sido anunciado diretamente, por volta da terceira década do século XIX, por um surto de clarividência. Entre os clarividentes desse período estava Alexis Didier, cujos fenômenos sugeriam que a telepatia pelo menos fazia parte de suas façanhas, que incluíam a leitura de cartas fechadas em pacotes lacrados, o jogo de écarté com os olhos vendados e outros de natureza semelhante.

clarividência continua sendo uma característica proeminente da sessão espírita.

Embora exista uma quantidade de evidências, recolhidas por membros da Sociedade de Pesquisa Psíquica e outros investigadores científicos, que parecem apoiar a teoria da visão supranormal, deve-se reconhecer que muitos casos de clarividência se prestam a uma explicação mais mundana. Por exemplo, foi demonstrado que é quase impossível enfaixar os olhos de um médium, de modo que a pessoa não possa fazer algum uso de sua visão normal. A possibilidade de hiperestesia durante o transe também deve ser levada em conta, assim como a telepatia, que pode possivelmente desempenhar um papel nas performances clarividentes.

Uma agência de detetives particulares também poderia ser uma possível fonte de parte do conhecimento demonstrado pelo clarividente profissional. O cristal é, como foi indicado, um modo favorito de exercício da faculdade clarividente, presumivelmente porque o estado hipnótico é favorável ao desenvolvimento da visão supranormal; entretanto, também pode ser que a condição assim induzida favoreça a ascensão, para a consciência superior, do conhecimento previamente armazenado no subconsciente.

termo clarividência também é usado para descrever o poder de ver espíritos desencarnados e é aplicado à mediunidade em geral.

Fonte: www.ganesha.jor.br/www1.goramblers.org/discovered.ed.ac.uk/www.fraternidaderosacruz.com.br/paganwiccan.about.com/www.oxfordreference.com

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