PUBLICIDADE
É verdade que a Igreja católica tem uma lista de livros que não podem ser lidos pelos fiéis?
Edição de 1948 do Index, livro com a lista de títulos proibidos pelo Vaticano
Tinha. O Index, como era chamada a lista, foi abolido em 1962 pelo papa João XXIII, no Concílio Vaticano Segundo. Desde o início do cristianismo, a Igreja, de alguma forma, tentava censurar o que não devia ser lido pelos fiéis.
No Livro dos Apóstolos, na Bíblia, há frases recomendando a queima dos manuscritos supersticiosos.
Os papas também se encarregaram de desaconselhar escritos tidos como nocivos. No século XVI, o pontífice Pio V instituiu a Sagrada Congregação do Índice (Index), que elaborou uma lista organizada das obras proibidas. A partir de então, ela passou a ser atualizada periodicamente. Foram publicados, no total, 42 índices.
Do século XIV ao século XX, os livros só podiam ser impressos depois de passarem por um censor indicado por um bispo, que lia a obra e julgava se ela tinha algo que impedisse a publicação.
Não podemos julgar a cultura de outras épocas com os critérios da nossa, mas não há como justificar o fato de o Index ter sido mantido por tanto tempo, diz o antropólogo Benedito Miguel Gil, da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, da USP.
Eram vetadas as publicações que propusessem qualquer tipo de heresia, superstição ou magia, que defendessem questões polêmicas como duelos e obscenidades, ou que tratassem de assuntos religiosos sem respeito.
O prólogo do Index publicado em 1930 dizia que os livros irreligiosos e imorais estão, às vezes, redigidos em estilo atraente e tratam com frequência de assuntos que afagam as paixões carnais e lisonjeiam o orgulho do espírito.
Faziam parte da lista clássicos literários e científicos da cultura ocidental como O Espírito das Leis e Cartas Persas, de Montesquieu, Notre-Dame de Paris, de Victor Hugo, e A Origem das Espécies, de Charles Darwin.
Index Librorum Prohibitorum – Índice de Livros Proibidos
A primeira lista de Livros Proibidos foi adotada no V Concílio de Latrão em 1515, então confirmada no Concílio de Trento em 1546 e sua primeira edição data do ano de 1557 como Index Librorum Prohibitorum e oficializada em 1559 pelo Papa Paulo IV, um homem considerado controverso e restritivo. A 32ª Edição publicada em 1948 incluía quatro mil títulos censurados.
O Index Librorum Prohibitorum é uma lista de publicações proibidas que foram consideradas heréticas pela Igreja Católica Romana, no ano de 1559 no Concílio de Trento (foi o mais longo da história da Igreja: é chamado Concílio da Contra-Reforma 1545-1563), o Papa Paulo IV (1555-1559) em seu último ano de pontífice instituiu oficialmente na Sagrada Congregação da Inquisição a censura das publicações, não há surpresa alguma em relação à censura, visto que a Igreja sempre perseguiu qualquer linha de pensamento divergente desde o início do cristianismo, o que realmente surpreende é a relação dos nomes citados nesse Índice de Livros Proibidos.
Os Índices eram regras aceitas como um guia para o Censor Oficial que julgava se a obra tinha algo fora dos critérios da Igreja Católica, qualquer manifestação de deficiência moral, sexualidade explícita, incorreção política, superstição, paixões carnais, heresias enfim…Era imediatamente punida, ou seja, seu autor era prontamente um candidato para a Lista Negra, tendo sua obra proibida, queimada.
Existia também a opção de no caso o autor refazer toda sua obra omitindo alguns ou todos os fatos de acordo com os ideais da Santa Igreja. Era decisivamente proibido publicar qualquer livro sem a revisão e permissão oficial do Papa. Até mesmo em 1910, o Papa Pio X emitiu duas cartas seculares proibindo qualquer estudo que tivesse a pretensão de examinar as origens e a história do cristianismo.
Eis o que reza a doutrina da Igreja, uma verdadeira metafísica religiosa, quer dizer, uma interpretação da história a partir dessa determinada ótica religiosa! Acreditamos que o ser humano não possa jamais viver assim, o ser humano não pode viver nas sombras, ele precisa de Luz para guiá-lo em seu caminho, precisa de amparo, de verdades e não de mentiras e hipocrisias, mascarando com uma vida bela o que em verdade não é realidade, o mundo precisa ser visto em preto e branco.
Muitas vezes só enxergamos o que queremos ou o que querem que vejamos, ou o que nos faz bem aos olhos, uma fantasia.
Em 1907, a Inquisição lançou um decreto atacando os modernistas por questionarem a doutrina da Igreja, a veracidade sobre os textos sagrados (bíblicos) e claro a autoridade papal; e isso custou caro para os modernistas, pois em setembro do mesmo ano a igreja declarou-os hereges e todo o movimento foi oficialmente banido.
Estamos nesse mundo só de passagem, entretanto temos sim a capacidade de nos tornar grandes, solidários pensando um pouco mais no próximo, seja com palavras, com um ato. Pois não importa de que forma é feita essa caridade, faça a seu modo, esse é o verdadeiro sentido de religião, será essa a história construtiva que será contada nas próximas gerações e de alguma forma você será lembrado, acreditamos que seguindo bons princípios vivemos eternamente.
Não poderíamos deixar de citar Martin Luther (Martinho Lutero) com suas 95 Teses, que em nenhum momento fraquejou diante do Poder Político da Igreja Católica!
Qualquer pessoa que demonstrasse interesse em ler ou manter um Livro Proibido por qualquer razão, estava cometendo um pecado lastimoso e conseqüentemente era castigada de acordo com a discrição do bispo.
Bispos e Inquisidores possuíam todo um critério para inspecionar as impressões e todas as lojas de livros e etc., livros autorizados eram impressos com um “imprimatur” oficial (“que seja publicado). Na Espanha em 1558, foi introduzida a pena de morte para quem importasse livros estrangeiros.
Em áreas tão diversas como Portugal, Polônia, Quebec e até aqui no Brasil, essas famosas regras tiveram um grande efeito, na época era demasiadamente difícil encontrar cópias de Livros incluídos na Lista Negra (Index Librorum Prohibitorum), atualmente ainda existem alguns que se tornaram obras raras e famosas por terem participado do Índice de Livros Proibidos.
Index Librorum Prohibitorum
Livro com a “Lista dos Livros Proibidos”.
O Index Librorum Prohibitorum ou Index Librorvm Prohibithorvm (“Índice dos Livros Proibidos” ou “Lista dos Livros Proibidos” em português) foi uma lista de publicações proibidas pela Igreja Católica, de “livros perniciosos” contendo ainda as regras da igreja relativamente a livros.
História
O objetivo do Index Librorvm Prohibithorvm inicialmente era reagir contra o avanço do protestantismo, sendo criado em 1559 no Concílio de Trento (1545-1563), e ficando sob a administração da Inquisição ou Santo Ofício. Esta lista continha os livros ou de obras que se opusessem a doutrina da Igreja Católica e deste modo “prevenir a corrupção dos fiéis”.
O índice foi atualizado regularmente até a trigésima-segunda edição, em 1948, tendo os livros sido escolhidos pelo Santo Ofício ou pelo papa. A lista não era simplesmente reativa, os autores eram encorajados a defender os seus trabalhos. Em certos casos eles podiam re-publicar com omissões se pretendessem evitar a interdição. A censura prévia era encorajada.
A trigésima-segunda edição, publicada em 1948, continha 4.000 títulos censurados por várias razões: heresia, deficiência moral, sexualidade explícita, incorreção política, etc. A escassez dos meios de comunicação da época dificultava e até impossibilitava que a Igreja pudesse se defender em tempo útil. Assim como a igreja católica, membros de outras religiões também exerceram ou continuam a exercer tal censura, embora não tenham um livro explícito para isso.
O que é notável é que obras de cientistas, filósofos, enciclopedistas ou pensadores como Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Nicolau Maquiavel, Erasmo de Roterdão, Baruch de Espinosa, John Locke, Berkeley, Denis Diderot, Blaise Pascal, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau, Montesquieu, David Hume ou Immanuel Kant tenham pertencido a esta lista.
Alguns famosos romancistas ou poetas incluídos na lista são: Laurence Sterne, Heinrich Heine, John Milton, Alexandre Dumas (pai e filho), Voltaire, Jonathan Swift, Daniel Defoe, Giordano Bruno Vitor Hugo, Emile Zola, Stendhal, Gustave Flaubert, Anatole France, Honoré de Balzac, Jean-Paul Sartre, ou o sexologista holandês Theodor Hendrik van de Velde, autor do manual sexual “The Perfect Marriage”.
Teve um grande efeito por todo o mundo católico. Por muitos anos, em áreas tão diversas como o Quebec, Portugal, Brasil ou a Polonia, era muito difícil de encontrar cópias de livros banidos, especialmente fora das grandes cidades.
O índice foi aboliado em 1966 pelo Papa Paulo VI,sendo anunciado formalmente em 15 de junho de 1966 no jornal do Vaticano, L’Osservatore Romano, através de um documento chamado de “Notificação” escrito no dia anterior.
Fonte: super.abril.uol.com.br/ www.misteriosantigos.com/saber.sapo.ao
Redes Sociais