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Akio Morita
A Sony é uma das empresas mais admiradas do mundo.
E o carismático Morita, falecido em 3 de outubro de 1999, foi um dos gestores mais marcantes deste século, mas a sua alma sobrevive em cada produto Sony consumido em qualquer parte do mundo. Juntamente com Masaru Ibuka, ele esteve na origem de uma das mais notáveis histórias empresariais do século.
Akio nasceu em 1921 com um destino predeterminado: ser o herdeiro do negócio de sakê da abastada família Morita. Contudo, entusiasmado pela música clássica ocidental, que ouvia regularmente, e pelas revistas eletrónicas nipônicas, de que era assinante assíduo, o jovem Morita desde cedo se começou a interessar pela eletrónica, e em particular pela alta fidelidade. Por isso, optou por estudar Física na Universidade Imperial de Osaka.
Após concluir a licenciatura, em 1944, com boas classificações, foi admitido como tenente na Marinha Imperial e iniciou a sua vida profissional no Centro de Pesquisa Naval Japonês. E foi aí que conheceu Masaru Ibuka, então engenheiro-chefe da Companhia de Instrumentos de Precisão do Japão. Ibuka era um apaixonado pela tecnologia e sonhava criar produtos inovadores, razão pela qual optou por estabelecer o seu própriolaboratório, alguns anos mais tarde. O primeiro projeto de Ibuza, uma máquina para cozer arroz, correu bastante mal. Mas o desenvolvimento de almofadas aquecedoras elétricas foi mais bem sucedido, o que permitiu equilibrar a situação financeira pouco desafogada do jovem empresário.
As origens da Sony
Ao tomar conhecimento desses projetos, Akio decidiu abandonar a carreira militar e associar-se ao amigo. Assim, em 1946 nascia a Tokyo Tsushin Kogyo (Empresa de Comunicações de Tóquio), que teve o apoio financeiro do pai de Morita. A primeira aposta foi o lançamento de um inovador leitor de fita magnética, concebido para o mercado emergente do ensino da língua inglesa, que teve uma enorme aceitação junto das escolas e universidades locais. Mas o mercado japonês ainda sofria os efeitos devastadores da guerra. Logo, a maioria dos consumidores não dispunha de meios financeiros para comprar eletrónica sofisticada. A alternativa foi a de avançar para o exterior em particular para os Estados Unidos. O que os levou a alterar a designação da empresa para Sony (do latim sonus, som).
Além da marca forte, faltava encontrar um produto revolucionário. O rádio transistorizado foi a arma escolhida para o ataque aos mercados internacionais.
A Sony licenciou um extraordinário invento dos laboratórios Bell, o transistor, e em 1954 tornou-se a primeira empresa de eletrónica de consumo a criar uma aplicação prática baseada na nova componente. Os pequenos e resistentes rádios portáteis da Sony depressa conquistaram os consumidores em todo o mundo e estabeleceram uma reputação de qualidade e de inovação para a empresa.
A comercialização dos rádios transistorizados também ficou a marcar o engenho de Morita para vender qualquer produto: percebendo que o principal argumento comercial para o novo aparelho era a sua portabilidade, colocava o rádio no bolso da camisa, para que todos vissem como era fácil de transportar. Mas como as dimensões do produto ultrapassavam ligeiramente o espaço do bolso, mandou fazer camisas com um bolso maior
Uma vez compreendida a fórmula do sucesso, não faltou imaginação para a reaplicar: em 1960 surgiu a primeira televisão transistorizada do mundo, em 1962 a primeira televisão miniaturizada, em 1968 a primeira televisão Trinitron, em 1969 o sistema de vídeo U-Matic, em 1975 o primeiro sistema de vídeo para o lar Betamax e em 1979 o famoso walkman. A história deste último produto, em particular, é bem reveladora da maneira de trabalhar na Sony e do caracter de Akio Morita.
O caso walkman
Em 1977 a Sony tinha lançado o Pressman, um pequeno gravador portátil mono-oral vocacionado para utilizações jornalísticas. Devido às suas reduzidas dimensões, não era possível incorporar ascomponentes do som estereofônico no aparelho, pelo que a qualidade sonora nunca conseguiu respeitar os elevados padrões de exigência dos técnicos da empresa.
As freqüentes tentativas de compatibilizar um som de melhor qualidade com a capacidade de gravação teimavam em não dar frutos. Por feliz coincidência, Masaru Ibuka, no decurso de uma conversa com os seus engenheiros, reparou no aparelho incompleto e lembrou-se de outro dispositivo que estava a ser desenvolvido em simultâneo pela Sony, os auscultadores portáteis.
A combinação do leitor de cassetes sem capacidade de gravação com os auscultadores portáteis deu origem a um novo produto, que permitia a uma só pessoa ouvir som de alta qualidade. Curiosamente, este conceito inovador pareceu disparatado a todos os membros da divisão áudio da Sony. A noção de música individualizada contrariava os hábitos de audição da época e não era claro que o mercado estivesse receptivo a um produto tão diferente. Desafiando os colaboradores, Ibuka decidiu submeter o aparelho à apreciação de Akio Morita, que depressa ficou convencido dos méritos da idéia.
Apesar da oposição de alguns departamentos da empresa, que consideravam a ausência da capacidade de gravação uma grave insuficiência, os dois fundadores da Sony decidiram avançar com um projeto para o desenvolvimento do walkman. Na fase inicial, muitos engenheiros colaboraram no programa sem qualquer entusiasmo, limitando-se a cumprir as ordens, mas, à medida que se foram apercebendo do apoio incondicional e do elevado interesse que Morita e Ibuka depositavam neste produto, passaram a empenhar-se com maior motivação e os resultados começaram finalmente a aparecer na forma de protótipos tecnicamente satisfatórios.
Estratégia de marketing
Persistia, no entanto, uma questão polêmica: Morita insistia em posicionar o aparelho para o segmento dos jovens e adolescentes, o que implicava estabelecer um preço de venda inferior a 35 mil ienes. Só que a produção do protótipo custava 50 mil ienes. E como a divisão áudio era avaliada em função dos lucros, todos se opunham às intenções do líder. Após várias discussões entre Morita e os engenheiros de produção, acordou-se o preço final de 33 mil ienes (cerca de 30 contos), de forma a coincidir com o 33.ºaniversário da Sony.
Para tornar o walkman acessível ao segmento-alvo foi ainda decidido simplificar o seu design e manter as despesas promocionais sob controlo, com vista a reduzir os custos fabris e comerciais. A data de lançamento foi fixada para o dia 1 de Julho de 1979 quatro meses depois da reunião. Para qualquer outra empresa, este prazo seria impossível de cumprir, mas os engenheiros da Sony já estavam habituados a lidar com situações de extrema pressão e souberam dar conta do recado. O elevado grau de descentralização operacional da Sony foi algo decisivo.
A expectativa de vendas mais optimista de Morita era de 60 mil unidades. Mas o responsável pela produção, antecipando um fraco desempenho comercial, limitou a produção inicial a 30 mil unidades.
Por outro lado, foi atribuído um orçamento de marketing bastante reduzido, pelo que a campanha de lançamento do walkman se baseou em ações de relações públicas coordenadas por Akio Morita: foram oferecidos aparelhos às principais celebridades da música, arte e desporto locais, as informações para a imprensa foram difundidas em cassetes, em vez de papel, e foram desenvolvidas cações de promoção nos principais parques de Tóquio. A originalidade das diversas iniciativas levadas a cabo conseguiu, de fato, conquistar a imprensa local e proporcionou à Sony uma extraordinária cobertura jornalística.
Em simultâneo, os walkman foram postos à venda em todos os retalhistas tradicionais de produtos de eletrónica de consumo, ou seja, em canais onde a Sony já comercializava os seus produtos. Reposicionamento do produto. Apesar deste conjunto de esforços, no final do primeiro mês de vendas (Julho) nem um único walkman tinha sido comprado. O mês seguinte confirmou este panorama desolador.
Foi preciso esperar por Setembro para a procura explodir: as 30 mil unidades desapareceram das lojas! A análise ao insucesso inicial do walkman permitiu concluir que o segmento-alvo escolhido não era o mais correto. Quem estava a adquirir os walkman não eram os jovens, para quem toda a comunicação tinha sido dirigida, mas sim os yuppies (young urban professional profissional jovem urbano). Eles já eram grandes consumidores de cassetes e, graças ao seu elevado poder de compra, estavam dispostos a pagar um preço acrescido para possuir a mais recente tecnologia de som.
Além disso, como os yuppies estavam sempre à procura de novas maneiras para se destacarem dos restantes colegas, mostravam-se muito receptivos à idéia de possuir um aparelho individualizado. Perante esta constatação, Akio Morita optou por reposicionar rapidamente a publicidade do walkman para os yuppies, na esperança de atingir, por arrastamento, a generalidade dos jovens. Esta decisão veio a revelar-se acertada. Só em Fevereiro de 1981, um ano e O fenômeno de vendas do walkman rapidamente chamou a atenção da concorrência, que começou a fazer aparelhos em tudo idênticos ao inovador produto da Sony.
Em resposta, a empresa lançou o walkman II, um aparelho ainda mais sofisticado cujo tamanho era de tal modo reduzido, que apenas ultrapassava ligeiramente as dimensões de uma cassete. Foram também efetuadas melhorias no sistema de som, no design dos auscultadores e na duração das pilhas, preservando desta forma a liderança tecnológica no setor. A completa renovação do produto no breve espaço de um ano revelou a grande visão comercial de Morita, que rapidamente tornou obsoleta as ofertas da concorrência.
Mais tarde, foram introduzidos novos modelos com atributos adicionais, como o MegaBass, a impermeabilidade, o rádio, o controlo sonoro nos auscultadores, a proteção antichoque, os auscultadores sem fios e até a capacidade de gravação a tal característica que tinha escapado aos engenheiros desde o princípio.
Em paralelo, a Sony passou a segmentar a sua gama de walkman, criando versões para desportistas, para a neve, para a água ou para crianças, em diversas cores e formatos. Os sucessivos modelos eram sempre mais leves, mais compactos, mais atraentes, mais duráveis e, sempre que possível, mais baratos. Assim se compreende que, em 1995, o modelo básico do walkman, mais pequeno e de melhor qualidade que o original, custasse 10 mil ienes, enquanto as versões mais avançadas variavam entre 20 e 40 mil ienes.
Expansão internacional
O passo seguinte foi a expansão internacional. Em Outubro de 1979 o walkman foi introduzido nas filiais da Europa, América e Austrália. Por razões comerciais, optou-se por criar nomes diferentes para cada mercado. Foi inicialmente designado por soundabout nos Estados Unidos e stowaway no Reino Unido. Perante o insucesso da adaptação dos nomes, Morita acabou por impor a designação walkman em todo o mundo. Curiosamente, a aceitação universal desta palavra levou os responsáveis da Enciclopédia Britânica a incluí-la na sua edição revista e atualizada, um feito único para uma empresa japonesa.
Através da renovação dos seus produtos e da expansão internacional, a Sony não só conseguiu diferenciar-se dos competidores como também fez crescer o mercado mundial para níveis inimagináveis. O principal problema da empresa depressa deixou de ser a conquista dos consumidores, mas sim o aumento da capacidade fabril para acompanhar o crescimento da procura. Entre 1980 e 1981, a produção de walkman aumentou de 30 mil para 250 mil unidades por mês.
Naturalmente, este acréscimo radical do nível de fabrico obrigou imediata revisão de todo o processo operacional, à contratação de novos fornecedores e ao recrutamento de novos trabalhadores, mas, mesmo assim, durante algum tempo não foi possível evitar as rupturas de stock.
Inovações recentes
Após o sucesso do walkman, a Sony continuou a inovar, introduzindo constantemente novos conceitos nos mercados globais: câmaras de vídeo de pequena dimensão, o DAT (digital áudio tape cassete áudio digital), o CD (compact disc disco compacto), o minidisc, o DVD (digital vídeo disc disco de vídeo digital) e, mais recentemente, o RIO (leitor de músicas gravadas em MP3 a partir de downloads gratuitos na Internet). Mas, de todas as inovações da Sony, a que mais êxito alcançou junto dos consumidores, à escala mundial, foi, sem dúvida, o walkman.
Os números falam por si: em 1998 as vendas ultrapassavam 50 milhões de unidades.
Em resultado da sua enorme notoriedade à escala global e das suas sucessivas inovações, as vendas globais da Sony, maioritariamente realizadas fora do Japão, ascendem a 10,6 mil milhões de contos. A empresa emprega cerca de 170 mil trabalhadores, que são oriundos de todos os continentes do planeta.
Masaru Ibuka e Akio Morita já não estão conosco, mas o seu legado é eterno.
Nos bastidores da Sony
O livro Made in Japan Akio Morita and Sony (1986, Penguin Books) foi um dos maiores best-sellers de sempre. O timing de lançamento foi perfeito. A comunidade empresarial estava ávida de mais informações sobre o «milagre industrial japonês». Por outro lado, Akio Morita era o mais mediático dos gestores nipônicos da sua geração, cuja esmagadora maioria primava por uma desconcertante modéstia e discrição. Neste livro, Morita vai além da mera autobiografia. Se os primeiros capítulos versam as origens da empresa e o papel dos fundadores, os últimos são um manifesto ideológico sobre as diferenças dos estilos de gestão entre americanos e nipônicos e o futuro das relações comerciais entre os dois gigantes.
RICO, aqui o autor não menciona o fracasso de Morita numa panela de pressão que desenvolveu para cozinhar arroz, os japoneses não aprovaram sei invento.
Essa história também consta do livro “Made In Japan” que eu possuo.
Ainda mais polêmico é o livro The Japan That Can Say No, de que Morita é co-autor. Defende, por exemplo, que o Japão deveria ter um papel mais ativo como potência militar, ideia obviamente mal recebida nos Estados Unidos.
Foi lançado em 1986, ano em que a Sony comprou a Columbia Pictures e a Tristar (a Newsweek chamou-lhe «o dia em que o Japão invadiu Hollywood») e a Mitsubishi comprou o lendário Rockefeller Center, no coração de Manathan.
Em Outubro de 1999 foi lançado Sony The Private Life, escrito por John Nathan, professor de Estudos Culturais Japoneses na Universidade da Califórnia.
A obra é uma investigação detalhada sobre a história da Sony e os seus protagonistas. Recorda os sucessos (caso do walkman, da compra da CBS Records ou da Playstation) mas também os fracassos (desde a teimosia em fazer vingar o modelo Betamax como o padrão para o vídeo até s tentativas falhadas de compra em Hollywood e os resultados decepcionantes do investimento na Columbia Pictures).
Hoje a Sony já não é uma empresa de eletrónica de consumo, mas sim uma das gigantes mundiais do entretenimento.
Fonte: www.gamevicio.com.br
História da Sony
Em 1947, os Laboratórios Bell anunciaram ao mundo a invenção do transistor, um componente que viria a substituir a válvula de vácuo, especialmente na linha eletrônica de consumo, como o rádio e a televisão. De acordo com Peter Drucker, todos os fabricantes americanos sabiam disso, mas não deram importância, pois imaginavam que a utilização do transistor seria consolidada somente por volta de 1970, vinte anos depois.
Na época, a Sony era praticamente desconhecida fora do Japão. Aliás, a empresa foi fundada em 1946 por Masaru Ibuka e Akio Morita com o nome de TTK (Tokyo Tshushin Kyogu) mediante um empréstimo de 530 dólares. Em 1953, Morita leu sobre o transistor nos jornais e, por conta disso, viajou para os Estados Unidos a fim de adquirir uma licença de uso dos Laboratórios Bell por apenas 25 mil dólares, uma quantia ridícula considerando o resultado proporcionado posteriormente. Essa foi a primeira grande visão de Akio Morita.
Dois anos depois, a Sony lançou o primeiro rádio transistor, o modelo TR-55, em quantidade limitada e com produção restrita ao Japão. O rádio pesava menos de um quinto dos rádios com válvulas comparáveis existentes no mercado e um custava menos de um terço do que os concorrentes.
Três anos depois, a Sony dominava o mercado de rádios de baixo custo nos Estados Unidos e, cinco anos mais tarde, os japoneses dominavam o mercado mundial de rádios transistorizados.
O primeiro rádio da TTK para exportação foi o modelo TR-63, produzido em 1957. O TR-63 tinha um design genuinamente inovador e era comercializado em embalagem de presente, dentro de um estojo de couro macio, com flanela antiestática e acompanhado de um moderníssimo fone de ouvido. Era tudo o que o consumidor estrangeiro poderia desejar numa época em que mais por menos fazia muita diferença.
Em 1958, já consolidado no mercado norte-americano, Akio Morita fez com que o nome da empresa fosse mudado. Como defensor entusiasmado da globalização, Morita percebeu que o nome Tokyo Tshushin Kyogu seria um grande obstáculo para a conquista de novos mercados, portanto, precisava de algo que fosse reconhecido em qualquer lugar do mundo, de fácil pronúncia em qualquer língua.
A mudança do nome para Sony foi a segunda grande visão de Morita.
A palavra Sony era uma combinação da palavra sonus que em latim significa som, e do termo coloquial sonny atribuído ao jovem americano da época.
Tempos depois, quando perguntaram aos comerciantes norte-americanos, durante uma pesquisa, se eles já haviam comercializado rádios japoneses, a resposta foi um sonoro não.
Entretanto, quando perguntados se já haviam comercializado rádios Sony, a resposta foi um inequívoco sim. A estratégia de Morita funcionou.
Ao longo do tempo, a Sony produziu um fluxo constante de produtos eletrônicos inovadores: na década de 1950, criou o rádio de bolso e o gravador, seu primeiro produto mais importante fabricado no Japão; na década de 1960, produziu a primeira televisão totalmente transistorizada do mundo e a primeira videocâmera.
Na década de 1980, ao tomar conhecimento de que as vendas do primeiro toca-fitas portátil haviam fracassado, Morita utilizou o fato como desculpa e mudou o nome do produto para Walkman no mundo inteiro. A partir de uma nova visão de negócio, a palavra Walkman tornou-se sinônimo de qualidade e de praticidade.
Ao lado de Masaru Ibuka, Akio Morita construiu uma das maiores empresas do mundo, famosa por seus produtos sofisticados em miniatura. Apesar de não ter inventado o transistor, os japoneses fizeram dele o impulso para projetar o país no mundo da eletrônica e o restante é história. Entretanto, a maior contribuição de Akio Morita foi demonstrar aos empreendedores que uma visão de negócio é uma virtude extremamente importante para o sucesso de qualquer empreendimento. Quando o negócio estiver claro na mente, o sucesso será apenas uma questão de tempo.
Fonte: www.jeronimos.com.br
História da Sony
Akio Morita – O homem que fez a Sony
A Sony tornou-se uma das primeiras empresas globais pela mão de Akio Morita.
A sua estratégia foi, desde sempre, a de pensar e atuar a um nível global Akio Morita nasceu a 26 de Janeiro de 1921 na cidade de Nagoya, Japão, no seio de uma abastada família de destiladores de saké.
Desde muito cedo educado para se tornar o herdeiro do negócio da família, Morita prefere, no entanto, dedicar-se a outras atividades, sobretudo relacionadas com a eletrônica. Estudou Física na Universidade Imperial de Osaka, tendo depois ingressado nas fileiras do exército, numa época em que o Japão se encontrava envolvido na Guerra do Pacífico.
Aqui, em 1944, conheceu Masaru Ibuka e em 1946 fundaram juntos a Tokyo Tsushin Kogyo K.K., uma empresa de engenharia de telecomunicações. A grande oportunidade da empresa surgiu quando compraram uma licença para fazer transistors. Com estes, fizeram rádios portáteis, os primeiros numa longa linha de produtos que desafiaram a realidade convencional da época.
A este respeito Akio Morita disse, numa entrevista à revista Time, em 1971: Eu sabia que precisava de uma arma para entrar no mercado americano e tinha de ser algo diferente, algo que mais ninguém fizesse.
Morita foi decisivo em conduzir a Sony nas áreas do marketing, finanças e recursos humanos, tendo contribuído grandemente para a gestão global da empresa.
Deste modo, a globalização da companhia é, em grande parte, resultado da sua decisão em mudar o nome corporativo da empresa para Sony, em 1958. Esta decisão não foi inicialmente bem recebida, mas Morita acentuou a necessidade de mudar o nome para algo que fosse mais fácil de pronunciar e de lembrar, para que a empresa crescesse e implementasse a sua presença a um nível global.
Em 1960, decidiu mudar-se para os E.U.A. com a sua família, revelando-se esta uma atitude brilhante. Deste modo, conseguiria compreender tanto a cultura Oriental como a Ocidental e combinar o melhor delas. Em 1968, fruto da sua ânsia em diversificar as áreas de atuação da Sony para além da eletrônica, entra no negócio de software para música. Em 1979 funda, no Japão, a Sony Prudential Life Insurance Co, Ltd., tendo mais tarde adquirido a CBS Records Inc., a editora da CBS. Em 1989 compra a Columbia Pitures Entertainment, Inc ., transformando, desta maneira, a Sony numa extensa companhia de entretenimento.
A inovação foi uma das grandes paixões do criador da Sony e é por isso que o sucesso de muitos dos produtos que foram lançados ao longo da história da empresa pode ser atribuído à sua criatividade, dando origem a estilos de vida e culturas completamente novos. Exemplos emblemáticos são o Walkman e o Compat Disc, produtos que hão de marcar para sempre a imagem da marca.
Morita esforçou-se sempre por cultivar a imagem corporativa da Sony assente numa filosofia de liberdade e abertura de espírito, e na vontade de aceitar desafios conseguindo, desta forma, em 1998, que a Sony fosse a marca nº 1 para os consumidores americanos, à frente, por exemplo, da Coca-Cola.
A Sony é hoje uma das marcas globais mais populares
Os produtos da Sony são conhecidos pela sua qualidade e inovação no design. Desde a invenção do Walkman, ao desenvolvimento constante das tecnologias digitais da nova geração, que o nome da Sony é sinônimo de inovação na comunicação audiovisual.
Ao entrarmos no novo milênio, a estratégia da Sony tem-se desenvolvido para tornar-se numa empresa de liderança do século XXI graças s atividades abrangentes no setor on-line, da música, do cinema e dos jogos.
Fonte: www.mktonline.net
História da Sony
Físico AKIO MORITA: Fundador da SONY (1921 – 1999)
Logo da Sony
A trajetória de Akio Morita (1921-1999) é uma parábola perfeita da história do Japão neste século. Sua carreira nasceu das cinzas do pós-guerra, cresceu quando as empresas japonesas pareciam prestes a dominar o mundo e terminou na hora em que o Japão afundava na pior recessão econômica de sua história.
Morita foi um dos principais responsáveis pela reinvenção do Japão nas últimas décadas. Ao morrer em outubro de 1999 ele havia realizado uma obra espantosa.
A Sony fatura hoje cerca de US$ 60 bilhões, em negócios que vão da produção de eletroeletrônicos à venda de seguros.
Akio nasceu em 1921 com um destino predeterminado: ser o herdeiro do negócio de saquê da abastada família Morita. Contudo, entusiasmado pela música clássica ocidental, que ouvia regularmente, e pelas revistas eletrônicas nipônicas, de que era assinante assíduo, o jovem Morita desde cedo começou a se interessar pela eletrônica, e em particular pela alta fidelidade. Por isso, optou por estudar Física na Universidade Imperial de Osaka. Anos mais tarde, conheceu aquele que viria a ser seu sócio, Masaru Ibuka, um apaixonado por tecnologia que sonhava com produtos inovadores. Em 1946, com apenas US$ 500 doados pelo pai de Morita, nascia a Tokyo Tsushin Kogyo, que logo viria a se transformar em Sony (do latim sonus, som) na intenção de avançar para o mercado externo.
O rádio transistorizado foi a primeira arma escolhida
Os pequenos e resistentes rádios portáteis da Sony depressa conquistaram consumidores em todo o mundo e estabeleceram uma reputação de qualidade e de inovação para a empresa. Mas a genialidade de Morita transparece de fato na criação do walkman. A noção de música individualizada contrariava os hábitos da época e não era claro que o mercado estivesse tão receptivo a um produto tão diferente. Desafiando a posição geral, Morita foi em frente implantando uma estratégia de marketing genial. No lançamento, foram oferecidos aparelhos às principais celebridades da música, arte e esportes, as informações para imprensa foram difundidas em cassetes e ações promocionais foram desenvolvidas nos principais parques de Tóquio.
O sucesso foi imediato O criador da Sony foi um gênio dos negócios, e o primeiro entre os japoneses a perceber que teria de se voltar para os Estados Unidos se quisesse crescer.
Muito do fascínio exercido por Morita se deve à maneira como ele conquistou o Ocidente.
Para vender a imagem da Sony e de seu país, ele mudou-se com a família para os Estados Unidos, aprendeu a falar inglês e agir como um homem de negócios ocidental. Virou um embaixador informal da economia japonesa, e um símbolo da arrancada do Japão nos anos 80. Hoje, seus produtos fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo inteiro. Tudo resultado da união da criatividade do engenheiro Ibuka com o talento de vendedor de Morita.
8 conselhos de Akio Morita, fundador da Sony
Alguns ensinamentos de Akio Morita, co-fundador da Sony, cujo sucesso empresarial foi baseada na tecnologia avançada e no prestígio da sua marca. Ele faleceu em 1999, aos 78 anos.
1. Acreditar em si mesmo
Não deixe que as pessoas acabem com suas expectativas de como você deve agir. Akio rompeu com a tradição familiar para iniciar o seu negócio, sua família era uma das mais antigas e aristocrática produtora de saquê, e o resultado é uma das mais reconhecidas marcas na história.
2. Comece pequeno
O investimento inicial para criar Sony foi 350 dólares.
Sua sede: um edifício semi-destruído pelos bombardeios da II Guerra Mundial.
Morita recomenda: não se detenha pela falta de dinheiro ou aos presságios nefastos ao negócio: encontre sempre uma saída.
3. Escolher um bom nome
O nome original da Sony: Tokyo Tsushin Kogyo Kabushiki Kaisha (Tokyo Telecommunications Engineering Corporation). Demasiado longo para o ideário americano de quem pretendia inserir seus produtos no mercado. Rebatizou a empresa com uma combinação de sonus (som, em latim) e Sonny (um apelido usual no E.U.A.). Mais sonoro, mais claro e mais curto. Uma marca memorável, em diversas ocasiões, fazem toda diferença.
4. Confie no seu instinto
O sucesso inicial da Sony não foi por causa de uma pesquisa de mercado, se não a uma máxima de Morita: Observe atentamente o modo como as pessoas vivem, obtenha um senso intuitivo do que eles podem e querem ter para ela.
Um exemplo: Morita recusou-se a mudar o nome do Walkman para Soundabout, uma marca ainda reconhecível. Nem sempre a razão parte dos experts.
5. Não tenha medo de cometer erros
mas não cometa o mesmo erro duas vezes. Quanto mais erros cometer, mais sábio será e, assim, acumulará mais experiências para romper novas fronteiras.
6. Produzir Qualidade
A publicidade e promoção não sustentam um produto ruim ou inadequado.
7. Ser diferente
Apesar do fim da II Guerra Mundial ser recente, quando abriu a primeira loja da Sony nos Estados Unidos, a entrada da loja foi decorada com uma bandeira japonesa. O resultado? Comentários, expectativas e muitos jornalistas. A originalidade e riscos produzem publicidade gratuita.
Muitos não sabem, mas Akio foi um grande estrategista de Marketing.
8. Crie seu mercado
O triunfo acontece especialmente em nichos onde não há concorrência estabelecida.
Morita criou produtos para mercados inexistentes e que foi a chave para o seu sucesso: Cria uma necessidade e satisfaça.
Certa vez ele disse: A curiosidade é a chave para a criatividade.
SE ATRAVESSARMOS NOSSAS VIDAS CONVENCIDOS DE QUE A NOSSA É A MELHOR FORMA DE AGIR NO MUNDO , VAMOS ACABAR DEIXANDO PASSAR TODAS AS NOVAS IDÉIAS QUE APARECEM DIARIAMENTE.
Fonte: www.berlitzlife.com/estrategiaempresarial.com
História da Sony
Dois homens estão por trás do incrível sucesso da Sony: Masaru Ibuka e Akio Morita
Masaru Ibuka e Akio Morita
Nascimento de uma marca global
Masaru Ibuka era engenheiro e Akio Morita era físico quando decidiram criar uma empresa de reparação e construção de equipamento eletrônico.
Origem da palavra “Sony”
Em 1955, a empresa decidiu utilizar o logotipo SONY em produtos Totsuko e três anos mais tarde mudou o seu nome para Sony Corporation.
Foram combinados dois conceitos para criar o nome “Sony“.
Um foi a palavra do Latim “sonus”, que é a raiz de palavras como “som” e “sônico”. O outro foi “sonny boy”, uma expressão utilizada no Japão na altura para descrever um jovem com um espírito livre e pioneiro. O nome encerrava na perfeição o espírito da empresa como um grupo de jovens com a energia e paixão por criação sem limites.
Marcos
Em 1950, a Totsuko lançou a “Soni-Tape”, a primeira cassete de gravação feita de papel revestido a magnetite. Este evento foi rapidamente seguido pelo lançamento do primeiro gravador de cassetes magnético do Japão, o G-Type.
Em 1954, a empresa ganhou uma licença para fabricar transistores, uma nova tecnologia inventada na América que ainda não tinha sido aplicada a rádios, que continuavam a ser aparelhos enormes movidos por válvulas. Em Maio desse ano, a Totsuko lançou o primeiro transistor do Japão e, em 1955, apresentou ao mundo o primeiro rádio transistor.
Desenvolvimentos inovadores e marcos da Sony incluem o primeiro televisor a cores Trinitron® em 1968, o leitor de cassetes de vídeo a cores em 1971, o gravador de cassetes de vídeo Betamax em 1975, o WALKMAN® em 1979, o primeiro leitor de CDs do mundo em 1982, a câmara de vídeo de 8 mm com base num padrão universal em 1985, a primeira câmara de vídeo digital para uso do consumidor em 1995, o disco óptico de alta capacidade de próxima geração gravador de “Blu-ray Disc™” em 2003, e a primeira câmara de vídeo HD digital para uso do consumidor do mundo, em conformidade com os padrões HDV em 2004.
Fonte: www.sony.pt
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