PUBLICIDADE
Nascido na Itália, Cardin, cujo verdadeiro nome é Pierre Cardin, cresceu em Saint-Étienne (França) e estudou arquitetura em Paris. Colaborador de Christian Dior desde 1947, no início dos anos 50 fundou seu próprio ateliê de costura e em 1953 apresentou sua primeira coleção de alta-costura feminina.
Sua projeção internacional iniciou-se em 1954 com a criação dos robes bulles, vestidos inspirados nas formas esféricas, a que se seguiu em 1958 a moda unissex, que rompeu com o estilo tradicional da alta-costura.
Em 1959, Cardin tornou-se o primeiro estilista a permitir que seus modelos fossem vendidos com seu próprio nome nas cadeias de grandes armazéns (Printemps em França, Hertie na Alemanha) e foi, também, pioneiro no negócio dos acessórios (incluindo perfumes), que representam grande parte do montante de vendas das grandes casas de moda. Atualmente dirige uma grande companhia de alcance mundial.
Desde 1981, é proprietário do conhecido restaurante de estética belle époque Maxim’s e, em 1983, inaugurou sucursais em Pequim e em Moscou.
Homem de negócios
Homem de todos os instrumentos da moda, ele acumula todos os papéis há quarenta e três anos: estilista visionário, homem de negócios incansável, ele é célebre a ponto de ser confundido na China com o presidente da República Francesa! Pegando em 1957 o vôo inaugural da linha Paris-Tóquio e sendo o primeiro costureiro a lançar uma linha de prêt-à-porter, ele sempre precedeu seus pares na conquista do mundo.
Em busca do tempo futuro, o que não inventou ele em sua corrida incansável? O “cosmo-corpo (uma roupa composta de um vestido tipo batina sobre um pulôver colado à pele e uma meia, desenhando uma “silhueta espacial) (1965), os casacos de pele trabalhados em preto e branco, as meias coloridas, os “pantalons à roulettes , conjuntos de calças compridas com rodelas presas à calça por botões… “Com ele eu aprendi que se podia fazer um chapéu com uma cadeira”, declara um de seus antigos assistentes, um certo Jean-Paul Gaultier… Primeiro a se diversificar, ele compra perto dos Champs Elysées o antigo Théâtre des Ambassadeurs, que transforma em sala de espetáculos, o Espaço Cardin, em 1970. Em 1978, ele assina contratos de fabricação com a URSS. Em 1985, abre o primeiro restaurante ocidental na China: O Maxims.
À frente de um verdadeiro império, Pierre Cardin joga com os contrastes, preferindo apresentar suas coleções de alta costura a apenas um círculo privilegiado de clientes, desde 1994.
As contradições não o assustam. Recebido no exterior como um verdadeiro chefe de Estado, ele dorme numa célula monástica com vista para o Palácio do Elysée. Ele é um futurista que detesta os computadores. Esse ex-empregado da maison Dior, onde cortava os tecidos, é um dos magnatas da “moda-indústria”.
Ele nunca pegou emprestado em banco sequer um franco. Auto-financia-se, não faz publicidade (salvo para os perfumes) e reinveste seus lucros em pedras preciosas. “O dinheiro é apenas um meio”, declara ele, “meu modo de vida é o mesmo de há vinte anos atrás…”
COM CONCEITOS DE MODERNIDADE E PRATICIDADE, O CRIADOR DO PRÊT-À-PORTER REVOLUCIONOU A MODA E OS COSTUMES
Nunca a combinação criador de moda/homem de negócios foi tão bem-sucedida quanto no caso de Pierre Cardin. Criativo, polêmico e introdutor de novos conceitos na alta-costura, como a modernidade e a praticidade, o estilista tem sido, ao longo de 50 anos de carreira, um dos grandes revolucionários em sua classe.
Afinal, qual estilista pode se dar ao luxo de fazer com que mais de vinte milhões de pessoas já tenham usado qualquer um dos 500 itens que levam a sua própria marca, desde os famosos Beatles até pessoas comuns?
Mas o mérito de Cardin não está somente no fato de popularizar a alta-costura com o pret-à-porter, transformando o “vestir com qualidade” em um produto (mais) acessível. Historicamente, o estilista antecipou na roupa as mudanças e os comportamentos sociais de cada década, trazendo a moda para as ruas, revigorando o estilo masculino de vestir, sempre com um pé no futuro.
Em 1959, Cardin resolveu vender sua primeira coleção feminina de alta-costura na Printemps, a famosa loja de departamentos de Paris. Como resultado de tamanha ousadia, foi expulso do Chambre Syndicale (o órgão dos grandes criadores e do qual dez anos depois ele se tornaria presidente).
Também gerou polêmica em 1993, quando seus perfumes passaram a ser vendidos na rede de supermercados Carrefour a preços 30% menores que os das lojas especializadas.
Não é de admirar que conseguisse sua independência financeira sem ter sócios ou grandes grupos como seus financiadores. Como único dono de sua marca, autofinancia seus próprios investimentos e reinveste tudo em centenas de franquias espalhadas em mais de cem países – não só de roupas, mas de acessórios, móveis, colchões, vinhos, snooker, caviar, chocolates, louças sanitárias e até aeronaves e carros de tiragem limitada.
A grife Cardin gera 200 mil empregos no mundo, 3 mil deles só no Brasil, onde Pierre Cardin está desde 1968.
Produtos Pierre Cardin
jaquetas sem colarinho e sem lapela versão feminina do terno gola-capuz bodysuits (macacão justo com mangas compridas, fechado com zíper ou botões do umbigo até o pescoço. Também conhecido como catsuit) modelos curtos na alta-costura coleções de primavera corte enviesado formas geométricas malhas modeladoras
Fonte: www2.uol.com.br/ www.klickeducacao.com.br/www.ambafrance.org.br
Redes Sociais