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A distanásia é a utilização de todos os meios, quer sejam ou não fornecido para prolongar a vida artificialmente e, assim, atrasar o aparecimento de morte em pacientes na fase terminal de vida, embora que não há esperança de cura.
A distanásia é o oposto da eutanásia.
Tanto os Estados quanto as várias faculdades de médicos e enfermeiros desenvolveram leis ou códigos que regulam quando uma ação médica pode ser considerada crueldade.
Os fatores a serem levados em conta são os seguintes:
O desejo do paciente e os seus parentes (a escritura do testamento vivo recomenda-se )
A opinião dos médicos especialistas (lex artis)
A proporcionalidade das médias em relação ao resultado
Pode-se afirmar que é moral continuar os tratamentos normais para aliviar a dor, mas pode-se renunciar a tratamentos que procurem apenas um prolongamento precário da vida.
A distanásia é o termo para tratamento inútil, que não beneficia um paciente terminal. É um processo através do qual se estende apenas o processo de morrer e não a vida em si. Consequentemente, os pacientes têm uma morte prolongada e lenta, frequentemente acompanhada de sofrimento, dor e angústia. Quando se investe na cura de um paciente que não tem chance de cura, ele está minando a dignidade da pessoa. Medidas avançadas e seus limites devem ser avaliados para beneficiar o paciente e não para manter a ciência como um fim em si.
A eutanásia é atualmente conceituada como uma ação que visa acabar com a vida de um ser humano levando em conta considerações humanistas em relação à pessoa ou à sociedade; é antiético e ilegal no Brasil. Os enfermeiros devem estar cientes de seu código ético, o que proíbe claramente (artigo 29): “Promover a eutanásia ou participar de práticas destinadas a facilitar a morte do paciente”.
Ortotanásia refere-se à arte de promover uma morte humana e correta, não submetendo os pacientes à mistanásia ou distanásia e não abreviando a morte, ou seja, sujeitando-os à eutanásia. Seu grande desafio é possibilitar que os pacientes terminais mantenham sua dignidade, onde existe um compromisso com o bem estar dos pacientes na fase final de uma doença.
Os fundamentos da prática profissional fundamentam-se em quatro princípios bioéticos do modelo principialista e corroboram a promoção do bem-estar das pessoas em processo de morrer: autonomia, justiça, beneficência e não maleficência e devem orientar as práticas, reflexões e atitudes dos profissionais.
A promoção da saúde e a bioética se unem para a defesa da vida e têm como objetivo comum a melhoria da qualidade de vida e o respeito à dignidade humana. Morrer com dignidade é uma consequência de viver com dignidade e não apenas sobreviver com o sofrimento. A vida deve ser vivida com dignidade e o processo de morrer, que é parte integrante da vida humana, deve ocorrer com dignidade. Portanto, devemos exigir o direito a uma morte respeitosa, inclusive refletindo sobre métodos terapêuticos excessivos. Nessa perspectiva, os enfermeiros são fundamentais para a preservação da dignidade do paciente.
Não discutir essas questões resulta em mais sofrimento para as vítimas de distanásia e resulta em sua dignidade sendo prejudicada no processo de morrer. Haverá uma contradição no comportamento dos profissionais, onde há um grande investimento em pacientes sem chance de recuperação, ao passo que esses recursos poderiam ser usados para salvar vidas com chances reais de recuperação, gerando dúvidas sobre os critérios utilizados nas UTIs.
A participação do enfermeiro nesses processos é essencial para identificar situações em que os princípios e os direitos bioéticos dos pacientes não estão sendo considerados, de modo a intervir quando necessário, garantindo a humanização e a segurança geral do paciente. Para atingir esse objetivo, é inquestionável que os enfermeiros precisam ter conhecimento adequado dos conceitos de distanásia, eutanásia e ortotanásia.
Uma quantidade considerável de pesquisa é encontrada na América Latina, abordando pacientes terminais. No entanto, há escassez de publicações sobre práticas, processos de tomada de decisão, envolvimento de familiares e pacientes, ou mudanças nos tratamentos baseados na consciência e responsabilidade demandadas pela bioética.
Todos os profissionais de enfermagem, incluindo aqueles em posições de liderança e com pós-graduação, também são responsáveis por buscar e adotar medidas respeitosas, éticas e responsáveis, além de humanizar o processo de prestação de cuidados para proporcionar o maior benefício possível aos pacientes
Fonte: es.wikipedia.org/www.scielo.br
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