Culinária Cubana

Delícias da ilha

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Poucas lembranças ficaram dos hábitos culinários anteriores à chegada dos espanhóis a Cuba. Talvez somente os tamales – presentes em grande parte das culturas indígenas da região – guardem traços daquele período: as folhas de bananeira, de milho ou do inhame, o fubá. No entanto, costumam vir acompanhados da carne de porco, que chegou à ilha com os espanhóis.

Ao longo de 400 anos, a cozinha cubana experimentou sabores que combinavam produtos e costumes de diferentes culturas. Não há como negar a importância da influência espanhola na culinária desta parte do Caribe, assim como o peso das sucessivas levas de escravos africanos. Com eles, vieram o quiabo e pratos característicos de todas as regiões da África.

Os africanos perpetuaram o gosto dos aborígines pela iúca, trouxeram seus ingredientes, criaram seus guisados.

Alguns deles se tornaram emblemáticos, como o “Mouros e cristãos”. Já com a denominação cubana, arroz congrí, a situação muda de figura. Feijão-preto ou feijão-vermelho guisados com arroz, pimentão, cebola e um pedaço de carne de porco compõem este prato.

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Tostones

A influência africana também se faz presente nos tostones –banana-verde cortada em rodelas, prensada e frita– ou no fufú –espécie de purê feito também com bananas verdes.

Melhor seria dizer que a África se revela nas muitas receitas que têm a banana como ingrediente –das mais simples às mais originais, como a sopa de banana-verde.

Merecem ainda destaque os chineses que, após a abolição do tráfico de escravos, também chegaram à ilha oferecendo sua mão-de-obra barata. Ao todo, quase 200 mil indivíduos perpetuarem ali seus usos culinários, acelerando o processo de mestiçagem.

Chama-se cozinha crioula a combinação da cozinha espanhola com os produtos mais característicos de Cuba.

O ajiaco é um bom exemplo: o tradicional cozido espanhol com um colorido cubano. Neste caso, cozinham-se as carnes com produtos da terra –como a batata, a iúca, o inhame, a batata-doce, a banana, a abóbora e o milho.

Também vale destacar a influência castelhana nos grelhados e leitões assados, recheados ou não, assim como da cozinha andaluza, em pratos inspirados no tradicional caldo de perro de Cádiz. Há também quem aponte estreita relação entre o cozido levantino e os ajiacos.

Portanto, nada mais natural que vejamos nos pratos, inicialmente tão exóticos, a mesma gênese da culinária brasileira. É o caso do moros y cristianos, um cozido cubano de feijão-preto com arroz branco, porco e condimentos, bem parecido com o nordestino baião-de-dois.

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Moros y cristianos

O primeiro dos países descritos por Belluzzo é a Cuba de Fidel, Hemingway e refrescantes mojitos. Influenciada principalmente por África e Espanha, Cuba tem como pilares de sua alimentação o feijão com arroz, as frituras, a carne de porco e doces bastante açucarados. Na lendária Jamaica dos piratas e contrabandistas de rum, o amálgama de várias influências étnicas é maior. Cada novo grupo que chegava às Antilhas (ingleses, africanos, chineses, indianos etc.) enriquecia o paladar dos ilhéus, que absorveram os novos ingredientes sem perder sua essência: em peixes, carnes e até doces, há que se usar pimenta. Muita pimenta!

“Mescla de sabores africanos, com o perfume das especiarias da Índia e o refinamento e as técnicas cubanas”, a culinária da Martinica agrada aos que apreciam peixes e crustáceos dos frios mares do Caribe e Atlântico. É o casodo court-bouillon, que só difere da versão da metrópole ao acrescentar espesso molho de tomates ao cozido de peixe branco.

Os sabores da Ilha

A história de um povo pode ser lida pela evolução de sua culinária. O que comemos, como preparamos e servimos os alimentos revelam nossos costumes e tradições Quem chega em Cuba vê na gastronomia da ilha traços marcantes da identidade de seu povo, como a miscigenação racial.

A cozinha típica cubana, conhecida como cozinha crioula, é uma combinação das tradições culinárias da Espanha – colonizadora da ilha – e da África – continente do qual vinham os escravos. Nela encontramos também traços dos aborígenes que já habitavam a ilha antes da chegada de Colombo, em 1492, e dos chineses que migraram para trabalhar nas lavouras.

Ao contrário dos europeus, que fazem das refeições sofisticados rituais divididos em várias etapas de pequenas porções, os cubanos preferem um farto prato único, como na cultura africana.

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Mojito

Para os brasileiros, a comida cubana não apresenta grandes mistérios. Muitos ingredientes são os mesmos. Cada região da ilha tem características diferentes quanto aos costumes alimentares e até variados pratos típicos, mas em geral a comida é bem simples. A parte sul da ilha costuma apresentar temperos mais fortes, picantes e utiliza mais especiarias. Os pratos cozidos e ensopados predominam em toda Cuba. A maioria deles é servida com arroz branco.

O solo da ilha é fértil e nele nascem diversos frutos e legumes subtropicais. A banana, o ananás, a laranja, a goiaba, a manga e o mamão são facilmente encontrados em qualquer estação do ano.

Os mares têm abundância de peixes e crustáceos, mas os cubanos médios não consomem muito esses alimentos.

As carnes mais utilizadas são de porcos e frangos. Elas geralmente são temperadas com suco de limão e alho várias horas antes do preparo para apurar o sabor. A banana também é consumida largamente, em receitas doces ou salgadas.

Cada raça, uma contribuição

Entre as principais contribuições dos espanhóis estão o emprego da laranja ácida junto ao alho e a cebola, os pimentões, o orégano e a forte presença do açúcar nas sobremesas. Os negros africanos batizaram diversos pratos da culinária cubana e deixaram sua marca nos pratos com carne-seca. Deve-se às tradições religiosas dos escravos a forma de preparar e apresentar muitos alimentos da ilha: diversos pratos que os escravos preparavam para seus senhores eram inspirados nas oferendas para as divindades. Já a herança mais difundida dos chineses é o uso da fritura.

Os primeiros colonizadores espanhóis que chegaram à Cuba tiveram contato com os alimentos consumidos pelos navitos, como a mandioca, milho, feijões e pimenta. O casabe ou cazabí – espécie de pão feito de yuca, uma raiz parecida com a mandioca – é o alimento mais marcante desta época. O milho e a batata doce também eram muito consumidos no período pré-colombiano, assim como os pimentões e alguns tipos de raízes e frutas como o ananás e mamão

Dia de Festa

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Chicharrones

Os pratos típicos costumam ser servidos no Natal, Ano Novo e em festas familiares. Esses eventos geralmente começam com tira-gostos como chicharrones de puerco passados na manteiga. Normanmente, as mulheres preparam os o feijão preto (frijoles negros dormidos), mandioca com molho, bolinhos de milho, arroz branco em abundância, plátanos chatinos, salada de tomates com ervilhas.

Já os homens costumam se encarregar dos assados, como perna de porco ou porco inteiro coberto com folhas de goiaba e regado com suco de laranja ácida. Como o preparo é demorado, os homens ocupam-se bebendo cerveja.

Os cubanos gostam de comer em grandes grupos enquanto conversam animadamente. Como sobremesa serve-se marmelada de goiaba com lascas de queijo amarelo. A sobremesa é degustada com rum.

O que comem e bebem os cubanos

Pratos e petiscos

Moros y Cristianos– arroz e feijão preto cozidos na mesma panela com carne de porco.

Congrís– arroz e feijão vermelho cozidos na mesma panela.

Picadillo a la habanera– carne bovina ou de porco temperada com tomates, pimentão, azeitonas e uvas-passas. Pode ser servido com banana frita e arroz e ainda ovos.

Ajiaco– é o prato nacional. Guisado de vegetais feito de raiz de mandioca, nabos, cenoura, ervas, alho, cebola, pimentão verde. Pode ser feito com carnes de cedro.

Chicharrones de puerco– torresmos de porco.

Plátanos– bananas fritas cortadas bem finas.

Sobremesas

Guenguel –doce feito com milho moído, açúcar e canela.
Frutas frescas ou em calda– coco, goiaba, mamão papaya.
Sorvetes –baunilha e canela.
Arroz com leite
Pudim de leite
Goiabada com queijo

Bebidas

Champola– feita com guanábana, açúcar de cana e leite.

Guarapo– sumo da cana de açúcar com gelo. É comumente encontrado nas ruas da ilha, feito em pequenas prensas elétricas.

Pru– refresco originário do oriente do país feito a base de raízes. É digestivo e toma-se bem gelado.

Limonada– bebida feita e servida geralmente nas residências.

Café– servido em pouca quantidade e muito forte.

Sucos de fruta –preparados com água ou leite.

Bebidas alcóolicas

Rum– elaborado a partir do extrato da cana de açucar. O processo de envelhecimento é natural feito em tonéis de carvalho branco em ambiente com umidade e acidez controlados. O de maior prestígio internacional é o Havana Club, antes chamado Bacardí, fundado em 1878. Tem diversas categorias: Silver Dry, Anejo 3 años, Añejo 5 años, Añejo 7 años e Añejo Reserva.

Cerveja– as mais famosas são Bucanero e Cristal.

Daiquiri– feito com açúcar, suco de limão, gotas de marrasquino, rum branco, gelo picado. É servido em copo de champanhe.

Mojito– drinque feito de rum branco e seco, suco de limão, açúcar, gelo picado, soda e yerbabuena, uma erva parecida com hortelã (para decorar e dar sabor ao ser amassada). O escritor norteamericano Ernest Hemingway tornou a bebida famosa e a maioria dos turistas não deixa a ilha sem saborear este drink no bar preferido do escritor: La Bodeguita del Medio.

Cuba Libre– rum branco, cubos de gelo, refresco de cola, gotas de limão.

Fonte: www.emporiovillaborghese.com.br

Culinária Cubana

A cozinha crioula cubana é uma explosão de sabores cuja orígem está na mestiçagem de ingredientes e formas de cozinhar, próprio da Espanha, África, as Antilhas e, em medida menor, no longuíquo Oriente. Uma mistura enriquecida pelas aportações das diferentes regiões de Cuba. Este encontro gastronômico madurou nos últimos quatrocentos anos. Os espanhois aportaram os legumes, o arroz, os cítricos como laranja e limão, e a carne de vaca, enquanto os africanos trouxeram a presença de inhãme; e do Novo Mundo a mandioca, o milho, o boniato ou quimbombó.

Aconselhamos para experimentar o verdadeiro arroz à cubana com bananas, ovos, carne, cebola e outros ingredientes. Continuando com os arrozes, o arroz com frango acompanhado de queijo ralado, o congrí, preparado com feijão roxo ou o famoso arroz “mouros e critãos”, onde o comensal mistura os ingredientes à seu gosto. Todos eles são uma delícia.

Quanto á peixe, fucará surpreso que seu consumo não seja muito popular, pois os cubanos preferem carne. Os mais consumidos são o pargo e o cherne ou mero. Experimente a lagosta à borboleta na chapa acompanhada de uma deliciosa sopa de camarões e milho, cebola e mançã, entre outros ingredientes. Também poderá desfrutar de gostosos canguerejos.

As carnes de porco e vitela têm a maior demanda. O porco assado, acompanhado de feijão preto e arroz, ou o picadinho, com carne de boi cortada em troós e acompanhada de verduras, todos dois são uma delícia. Porém, o prato mais tradicional é o ajiaco, cuja preparação leva tempo pela quantidade de ingredientes. Para se fazer uma ideia, este prato consiste em carne de porco, toucino, boniato, malanga, mandioca ou cabaça, milho tenro, bananas, molho crioulo e um longo et-cétera. Tendo oportunidade, não deixe de experimentá-lo (geralmente tem de pedí-lo antecipadamente por encarrego).

Como acompanhante de muitos pratos encontrará os plátsanos chatinos ou tostones, bananas “machos” em fatias e o fufú, onde as bananas são amassadas com o punho e fritadas. Experimente o chicharrón, corteças de porco bem fritas, e os bobós, feitos com farinha de mandioca.

Para acabar, algo doce. As sobremesas cubanas destacam por ser deliciosa e diferentes. Pode começar com uma fruta como o coco, goiaba ou fruta bomba ou mamão (evite usar o termo “papaya” na região do Oriente, pois lá é referido aos genitais femininos). Continue com um delicioso sorvete preparado com baunilha e canela ou tente o arroz com leite, o bonatilho de coco ou os pudins

Bebidas

Quanto às bebidas, recomendamos para beber água engarrafada. Vinhos podem-se conseguir nos restaurantes de luxo, por serem de importação. Aconselhamos-lhe para copstumar com a boa cerveja cubana. Entre as marcas mais populares encontra-se a Hatuey, de maior gradação e a Cristal. Porém, se prefere pode amarrarse nos sucos, que provocam um prazer ao bebê-los. Em Cuba chamam-se jugos, como em muitas outras zonas da América Latina. Quanto ao café, costuma beber em goles pèquenos ou “buchitos”. Costuma server-se bem açucarado.

Quanto às bebidas espiritosas, o rei é o rum, o álcool mais consumido no mundo, só, com gelo ou em um cuba livre (com refresco de cola). Além disso, com rum são preparados a maioria dos cocteles cubanos e não pode abandonar a ilha sem ter degostado um verddeiro mojito preparado com Hjabana Ccclub branco. Continue com um delicioso daiquirí, com rum seco, suco de limão e gelo picado, e termine com o Eespecial Hemingway, preparado com uma culher de suco de pomelo, marasquino, limão e gelo.

Onde Comer

Quanto à restaurantes em La Habana, recomendamos La Bodeguita del Medio, um dos mais famosos de Cuba, onde desfilram personagens como Ernest Hemingway, Nicolás Guillén o Ava Gardner. Encontra-se na Habana Vieja, rua empedrado No. 207. Não pode abandonar o lugar sem ter provado um dos mojitos melhor preparados em toda a ilha.

O restaurante El Barracón no Hotel Habana Libre, L e 23 em Vedado, com boa cuzinha crioula; o restaurante El Floridita, Obispo esquinha Montserrate, para mariscos; o restaurante La Divina Pastora, no Parque el Morro-Cabaña, que destaca pela arquitetura, os espetáculos afro-cubanos, a música e as espléndidas vistas à La Habana Vieja.

Na parte Nova pode ir no Tocororo, calle 18, entre 3a. y 5a. em Miramar, com uma decoração muito especial entre plantas tropicais. A comida é excelente.

O restaurante El Patio, no mesmo palácio do Marqués de Aguas Claras, em La Habana Vieja. O lugar é excepcional e se especializam em peixe e mariscos.

Na capital encontrará restaurantes que servem especialidades italianas, árabes, chinesas ou francesas. Em Varadero recomendamos Las Américas, na estrada do mesmo nome, o mais popular da zona; El Retiro Josone (Avenida 1a. entre 56 e 59), um complexo de restaurantes para todos os gostos; El Bodegón Criollo (Ave. de la Playa e calle 40) para comidas crioulas; La Patana, na lagõa de Paso Malo, especializado em peixes e mariscos ou o Albacora em 59 e Mar, entre os clássicos.

Em Pinar del Río, La Casa de Don Tomás (Salvador Cisnero No. 141, Viñales), que destaca pelos preços e bom serviço.

Em Santiago de Cuba, o San Juan na estrada de Siboney e Ave. Manduley com pratos crioulos e internacionais.

Em Cayo Largo, o restaurante El Corderito, calle 39 e 24, para os que gostarem desta especialidade e o Río, na calle 32 e Río Nueva Gerona, especializado em peixes e mariscos.

Em Camagüey, El Ovejito, calle Hermanos Aguero No. 280, em una antiga casa colonial (precisa reservar com anticepação).

Fonte: www.rumbo.com.br

Culinária Cubana

A culinária típica cubana é resultado da interação de influencias espanholas, africanas e asiáticas. Os espanhóis levaram a ilha os vegetais, arroz, laranjas, limões e gado. Os africanos incorporaram alimentos como o ñame (um tipo de tubérculo), que foi adicionado a pratos da ilha como o iúca, sopa de hibisco, batata doce e milho. Todos esses ingredientes foram misturados com o passar do tempo e é o que forma hoje a cozinha cubana.

Atualmente, os produtos básicos na elaboração dos pratos típicos são arroz, feijão, iúca, milho, banana e carne de porco, assim como uma enorme variedade de frutas tropicais.

O prato típico de Cuba é o ajiaco, uma sopa de carne e vianda. A carne de bezerro e de porco são as de maior demanda. É comum cozinharo porco no espeto, assar na fornalha, após tirar intestino e pelos. Também se consome muito peixe, principalmente nas cidades. O mais apreciado é o pargo, no entanto, consome-se também uma grande quantidade de camarões, lagostas e outros mariscos.

A cozinha cubana tem muitos pratos creóle, como o arroz com frango e os romeritos, preparados com farinha branca e levedo.

Na rica e variada cozinha afro-cubana, os pratos mantiveram os nomes africanos.

O mais tradicional é o congri. Esse prato tem duas variedades: arroz com feijão vermelho, chamado Congo, ou com feijão preto, conhecido como “Mouros e Cristãos”. Outra especialidade gastronômica é a zambrilla, com fatias de banana fritas e amassadas; porco crepitado e carne moída conhecida como picadillo habanero.

Entre as sobremesas a melhor é a guenguel, um doce feito com grãos de milho, açúcar e canela, e entre as bebidas, a champola, com gunábana, cana de açúcar e leite. O suco da cana e o melado servem para preparar bebidas doces. Entre os alcoólicos, os melhores são o rum e a cerveja, no entanto a estrela absoluta dos bares é o daiquiri, um bebida feita com rum branco e seco, suco de limão, açúcar a gelo picado, e tornou-se famosa pela fascinação que o escritor americano Ernest Hemingway sentia por ela.

Fonte: www.sprachcaffe-cuba.com

Culinária Cubana

Cuba é a maior ilha do Caribe, um país como um enorme potencial cultural, económico e sobretudo humano. O seu desenvolvimento está no entanto, limitado por um embargo que dura há 40 anos.

Política e ideologia à parte, percebe-se um pouco por todo o lado a secular herança africana, que lhe atribui muitos aspectos de outras culturas sul americanas: o gosto pelos sons ritmados e pela dança, patente na salsa, no mambo e no bolero, a religião, onde observamos o culto da Santería, muito semelhante às crenças nos Orixás brasileiros, ou mesmo a culinária, onde existe uma utilização sistemática dos sabores e cores exóticos locais sobre uma base culinária de influência europeia.

A culinária da Ilha Grande é, sem dúvida, o resultado de um encontro de culturas das mais diversas origens: nela encontramos influências espanholas, africanas, norte-americanas , indígenas , francesas por intermédio do Haiti e até chinesas.

Entre os pratos típicos mais conhecidos, os preferidos pelos cubanos e escolhidos como de eleição pelos turistas são, sem dúvida, o Pollo Al Algibe, o Congrí ou Moros y Cristianos (Feijão Preto com Arroz Branco), os Camarões à Caribenha, os Tostones (fatias finas de banana verde fritas), etc.

No Natal são reis o Porco Assado, o Pavo Relleno (Peru Recheado) e os Frijoles con Ron y Miel (Feijão Preto com Rum e Mel). As sobremesas favoritas são o Majarete (sobremesa à base de milho verde) e os variadíssimos Cake (lê-se “kei” – bolos elaborados com coberturas de cremes coloridos), de influência claramente norte-americana.

Os cubanos não amam apenas a comida, sendo muito orgulhosos em relação ao seu Rum. Como tal, na Ilha Grande podemos encontrar todo o tipo de aplicações para esta etílica bebida: os cubanos consomem o rum de todas as maneiras e feitios – puro, on the rocks, em cocktails (Mojito, Cuba Libre, Daikiri) ou incluído nas preparações culinárias!

Fonte: www.comezainas.com

Culinária Cubana

Cozinha Cubana

Bacalhau à Cubana

Ingredientes

1 colher (café) de farinha de rôsca
1 colher de salsa picada
1 boa pitada de açafrão
500 gramas de bacalhau
200 gramas de azeite
2 dentes de alho
2 pimentões
batatas
1 cebola

Modo de Preparar

Tirar o sal do bacalhau; preparar um molho de azeite e os condimentos mencionados acima; aquecer bem e juntar os pedaços de bacalhau, cobrindo com caldo ou água; acrescentar as batatas e o açafrão; ao servir, ligar o molho com a farinha de rôsca.

Flan de Leite à Cubana

Ingredientes

1 colher (chá) de baunilha em pó
1 embalagem de queijo creme
1 lata de leite condensado
1 pitada de sal
500 ml leite
3 ovos

Modo de Preparar

Bater todos os ingredientes (à excepção do caramelo) no copo misturador ou com a varinha mágica. Passar uma forma de flan (de metal) por água fria, escorrer bem (sem limpar) e cobrir o fundo com caramelo. Despejar a mistura dos ingredientes para dentro da forma e colocar a forma em banho-maria (dentro de água) na panela de pressão durante 10 minutos aproximadamente. Deixar arrefecer e desenformar cuidadosamente.

Frango Al Algibe

2 colheres (sopa) de óleo de girassol
3 dentes de alho
1 frango
3 laranjas
sal grosso

Modo de Preparar

Lavar e amanhe o frango. Colocar um pouco de sal no interior do frango e esfregar a pele com mais sal. Esfregar em seguida com óleo e levar ao forno a temperatura muito elevada até dourar, diminuindo a temperatura para 250º C e deixando assar por ½ hora. À parte, misturar o sumo de laranja acabado de espremer e o alho bem picado. Levar ao fogo num tachinho e mexer bem. Deixar engrossar um pouco, mexendo sempre. Cobrir o frango com este molho e servir acompanhado de Moros y Cristianos (Feijão Preto e Arroz Branco) e Banana Frita.

Majarete – Doce de Milho à Cubana

Ingredientes

6 milho verde (maçaroca)
200 gramas de açúcar
1 pau de canela
500 ml de leite
1 limão (casca)
1 pitada de sal
canela em pó

Modo de Preparar

Lavar bem as maçarocas, eliminando a casca. Ralar ou moer o milho. Numa tigela, juntar ao milho ralado o leite, misturar bem e coar para dentro de uma panela. Juntar o açúcar, o pau de canela, a casca do limão e uma pitada de sal. Vá mexendo, em fogo brando, até engrossar. Eliminar a casca de limão e o pau de canela. Despejar em tacinhas e deixar arrefecer. Polvilhar com canela em pó (quando estiver frio) e servir.

Mojito – Long Drink com álcool

Ingredientes

1 colher (sopa) de concentrado de limão
1 colher (chá) de açúcar
3 gotas de molho inglês
1 ramo de hortelã
1 dose de rum
7up ou Sprite

Modo de Preparar

Esta bebida tipicamente cubana prepara-se do seguinte modo: começar por colocar o ramo de hortelã lavado no interior do copo alto, acrescentar o açúcar e pisar um pouco com o auxílio de um misturador. Acrescentar o concentrado de limão, o rum, as gotas de molho inglês e o gelo. Por fim, encher o copo com 7up ou Sprite e misturar bem.

Mojo – Molho Cubano

1 colher (chá) de cominhos em pó
2 e ½ xícara de sumo de limão
½ xícara de azeite
16 dentes de alho
pimenta preta
sal

Modo de Preparar

Aquecer o azeite numa frigideira alta. Juntar o alho picado e deixar ferver durante aproximadamente 30 segundos, em fogo médio. Juntar o sumo de limão acabado de espremer e temperar com os cominhos moídos, sal e pimenta. Não se admire se houver salpicos, pois o azeite estará muito quente. Usar um avental e afastar um pouco do fogão quando juntar o sumo à frigideira. Mexer bem e retirar do fogo, deixando arrefecer totalmente antes de servir. Aguardar sempre algumas horas antes de servir o molho, que pode ser guardado até três dias na geladeira, em recipiente fechado.

Moros y Cristianos – Feijão Preto e Arroz Branco

Ingredientes

4 colheres (sopa) de azeite
1 xícara de caldo de galinha
1 xícara de água
1 xícara de arroz
250 gramas de chouriço
2 latas de feijão preto
1 pimento encarnado
2 folhas de louro
1 lata de tomate
4 dentes de alho
2 cebolas
pimenta
sal

Modo de Preparar

O feijão fica melhor se preparado de véspera: picar metade da cebola e do alho. Levar ao fogo a refogar em metade do azeite com o louro. Assim que começar a alourar juntar o chouriço picado e metade da lata de tomate, picado. Deixar apurar um pouco, temperando com sal e pimenta e juntar o feijão. Mexer bem e deixar apurar até ferver durante 10 minutos em fogo brando, aproximadamente. Mexer frequentemente mas com cuidado, para não desfazer o feijão. Preparar o arroz no dia seguinte: picar a restante cebola, o pimento lavado, picado e sem sementes, e o restante alho. Levar tudo a refogar no restante azeite, até dourar. Juntar o restante tomate (picado) e o caldo de galinha. Vá mexendo e deixar apurar até começar a ferver. Juntar o arroz cru e a água, tampar a panela e deixar cozinhar em fogo brando durante aproximadamente 15 minutos. Juntar mais água a ferver, se necessário. Temperar com sal e pimenta e servir lado a lado com o feijão, que entretanto aqueceu numa panela à parte.

Moros y Cristianos

Ingredientes

1 colher (sopa) de açúcar mascavo
1colher (café) de pimenta cayena
2 colheres (sopa) de azeite
2 xícaras de arroz branco cozido
4 xícaras de caldo de frango
1 xícara de feijão preto
100 gramas de presunto defumado
100 gramas de paio ou choriço
50 gramas de toucinho
1 cebola média picada
1 dente de alho picado
Suco de meio limão
1 tomate maduro
1 folha de louro
Pitada de cominho
sal

Modo de Preparar

Colocar o feijão de molho em 4 xícaras de água fria, deixar de molho por cerca de 8 horas ou por uma noite e escorrer. Cozinhar o arroz branco como de costume. Picar finamente o toucinho, cortar o chouriço em fatias e o presunto em cubos de 1 cm. Colocar em uma panela o toucinho e o azeite de oliva. Levar ao fogo baixo e dourar. Acrescentar as fatias de chouriço e os cubos de presunto. Refogar por 5 minutos e acrescentar a cebola picada, alho e folha de louro e o açúcar mascavo. Misturar bem e deixar refogar por mais 5 minutos. Ralar ou picar finamente o tomate e acrescentar à panela, salpicar com o cominho e acrescentcar o feijão escorrido e a pimenta cayena. Refogar por 1 minuto e acrescentar o caldo de frango. Tampar parcialmente a panela e cozinhar por cerca de 1 hora e ½ ou até o feijão estar macio. Temperar com sal e pimenta-do-reino. Deve restar cerca de 1 e ½ xícaras do caldo. Se necessário, completar com um pouco mais de caldo. Nesse momento, acrescentar o suco do limão e 2 xícaras do arroz branco já cozido e misturar bem. Servir acompanhado de gomos de limão.

Pernil à moda cubana

Ingredientes

1 colher (chá) de pimenta-do-reino em grãos
2 colheres (chá) de sementes de cominho
3 colheres (sobremesa) de suco de limão
3 colheres (sobremesa) de azeite
2 colheres (chá) de sal
½ xícara de suco de laranja
1/3 xícara de rum
2 quilos de pernil de porco
4 dentes de alho

Modo de Preparar

Em uma frigideira, aquecer as sementes de cominho e de pimenta-do-reino. Passar para um pilão e amassar com os dentes de alho e o sal. Transferir para uma travessa e acrescentar o suco de laranja, o rum, o suco limão e o azeite. Mexer até incorporar. Envolver o pernil nessa mistura, deixar marinando por até 2 dias e levar ao forno para assar. Primeiro em forno alto para dourar e depois baixo para assar por dentro.

Romeritos Cubanos

Ingredientes

1 colher (café) de rosmaninho picado
300 gramas de camarões sem casca
200 gramas de massa de pastel
150 gramas de farinha de trigo
15 gramas de fermento
50 gramas de manteiga
4 ovos
1 limão

Modo de Preparar

Fazer uma massa com a farinha e água morna, juntando o fermento e deixando descansar ao calor, durante 1 hora; retomar a massa, juntando os ovos batidos e a manteiga derretida, trabalhando fortemente com as mãos; condimentar com o rosmaninho, o limão, sal e pimenta-do-reino, misturando os camarões à massa; em uma frigideira besuntada de manteiga, dourar os crepes de massa, grossos de 2 centimetros.

Tostones – Snacks de Banana Frita Cubanos

Ingredientes

óleo de girassol
banana verde
sal

Modo de Preparar

Descascar e cortar as bananas verdes em rodelas muito finas. Fritar em óleo a ferver durante 2 minutos aproximadamente, ou até que fiquem douradas e escorrer bem, passando depois por papel absorvente. Temperar com sal fino e servir. Podem ser servidas como snack aperitivo ou como acompanhamento de pratos diversos.

Majarete (doce de milho à cubana)

Ingredientes

200 gr de açúcar
01 pau de canela
canela em pó – a gosto
05 copos de leite
casca de 01 limão
06 espigas de milho

Modo de Preparar

Lave bem as espigas, retirando as cascas. Rale ou moa o milho. Numa tigela, junte ao milho ralado o leite, misture bem e coe em um tacho. Junte o açúcar, o pau de canela, a casca do limão e uma pitada de sal. Vá mexendo, em fogo brando, até engrossar. Retire a casca de limão e o pau de canela. Despeje em tacinhas e deixe esfriar. Polvilhe com canela em pó (quando estiver frio) e sirva.

Dica

Como testar o milho?

Ao comprar maçarocas/espigas, crave uma unha na espiga. Se penetrar facilmente e aparecer um pouco de líquido, é sinal de que a espiga é boa.

Mojito (tintim ao verdadeiro espírito unbuttoned cubano)

Ingredientes

1 dose rum branco
1 limão/lima
1 colher (chá) de açúcar em pó
Club Soda
4 folhas de hortelã

Modo de Preparar

1) Amassar a hortelã e o açúcar.
2) Cortar o limão/lima em 4 gomos.
3) Espremer os 4 gomos e adicioná-los ao preparo juntamente com o sumo.
4) Encher o copo com gelo quebrado.
5) Adicionar o rum
6) Completar com Club Soda.
7) Servir com canudo e mexedor.

Ingredientes típicos

Hortelã, açúcar em pó, limão/lima, rum branco, água gaseificada.

Cuba é a lendária ilha de Fidel no Caribe, um país que atrai muitos turistas curiosos pelo seu potencial cultural e sobretudo humano. Cuba teve seu desenvolvimento econômico limitado por um embargo que já dura 4 décadas, resultante de sua resistência comunista que divide opiniões em todo mundo.

Questões políticas a parte, meu propósito aqui é falar um pouco mais sobre a riqueza cultural inegável da ilha. Uma de suas fortes maneiras de expressão cultural reside na alimentação, influenciada por diferentes povos e que resulta em um cardápio com sabores fortes, marcantes, onde predominam o uso de pimenta, feijão, milho e banana.

As principais influências:

Espanholas

Consumo de vinho, arroz, carnes de porco e vaca, e gordura

Africanas

Uso de quiabos, inhame, aves, molhos e grãos

Norte-americanas

Assados, ovos, bacon e outras carnes frias, abóboras

Indígenas

Utilização do milho, amendoim, pimentos, graviola, a chirimoya, ata, mamey, caju, etc.

Francesas por intermédio do Haiti

Mistura de arroz com grãos, nomeadamente o feijão, utilização de banana na confecção do pratos principais

Chinesas

Arroz frito, maripositas e o conceito de pequena casa de refeições para o público – as fondas

Com relação às bebidas, os cubanos utilizam sistematicamente o Rum, que pode ser servido de diversas formas: puro, on the rocks ou ainda em cocktails como o famoso Mojito, o preferido do escritor Hemingway ou na preparação de Cuba Libre, Daikiri e diversos outros. O Rum também é utilizado nos pratos culinários.

Fonte: www.latinoamericano.jor.br

Culinária Cubana

Aculinária cubanaé resultado da interação de influências espanholas, africanas e asiáticas.

Dos ingredientes de cada região é que nasceram pratos famosos como nhame,iúca, sopa de hibisco e batata doce e milho. Hoje em dia um prato básico e tipicamente cubano tem arroz, feijão, iúca, milho, banana e carne de porco, assim como uma enorme variedade de frutas tropicais. Em Cuba também se consome muito peixe, principalmente nas cidades.

Depois da refeição, é a vez das sobremesas. A mais famosa é a guenguel, um doce feito com grãos de milho, açúcar e canela.

Bebidas

As bebidas são um unbuttonismo à parte. Daiquiri, Cuba-Libre, Creme de Vie, Rum e Mojitos são só alguns exemplos. Este último, o Mojito, teria sido criado por um inglês em alto-mar. A diferença, nesse caso, é que a história deste drinque era contada nos bares cubanos por ninguém menos que o escritor americano Ernest Hemingway. Segundo ele, o almirante e aventureiro inglês Francis Drake, o primeiro homem branco a aportar em inúmeras ilhas do Pacífico Sul, apaixonado pelos aromas da hortelã, teria sido o primeiro a misturar a planta com boas doses de rum.

Fonte: www.inspiracao2009.com.br

Culinária Cubana

Os sabores da Ilha

A história de um povo pode ser lida pela evolução de sua culinária. O que comemos, como preparamos e servimos os alimentos revelam nossos costumes e tradições Quem chega em Cuba vê na gastronomia da ilha traços marcantes da identidade de seu povo, como a miscigenação racial.

A cozinha típica cubana, conhecida como cozinha crioula, é uma combinação das tradições culinárias da Espanha – colonizadora da ilha – e da África – continente do qual vinham os escravos. Nela encontramos também traços dos aborígenes que já habitavam a ilha antes da chegada de Colombo, em 1492, e dos chineses que migraram para trabalhar nas lavouras.

Ao contrário dos europeus, que fazem das refeições sofisticados rituais divididos em várias etapas de pequenas porções, os cubanos preferem um farto prato único, como na cultura africana.

Para os brasileiros, acomida cubananão apresenta grandes mistérios. Muitos ingredientes são os mesmos. Cada região da ilha tem características diferentes quanto aos costumes alimentares e até variados pratos típicos, mas em geral a comida é bem simples. A parte sul da ilha costuma apresentar temperos mais fortes, picantes e utiliza mais especiarias. Os pratos cozidos e ensopados predominam em toda Cuba. A maioria deles é servida com arroz branco.

O solo da ilha é fértil e nele nascem diversos frutos e legumes subtropicais. A banana, o ananás, a laranja, a goiaba, a manga e o mamão são facilmente encontrados em qualquer estação do ano.

Os mares têm abundância de peixes e crustáceos, mas os cubanos médios não consomem muito esses alimentos. As carnes mais utilizadas são de porcos e frangos. Elas geralmente são temperadas com suco de limão e alho várias horas antes do preparo para apurar o sabor. A banana também é consumida largamente, em receitas doces ou salgadas.

Culinária Cubana
Mujeres en el Río, de Antonio Gattorno

“Comer solo es un robo, un placer robado al comensal ausente”

José Martí, segundo sua amiga Blanche Zacharie

Cada raça, uma contribuição

Entre as principais contribuições dos espanhóis estão o emprego da laranja ácida junto ao alho e a cebola, os pimentões, o orégano e a forte presença do açúcar nas sobremesas. Os negros africanos batizaram diversos pratos da culinária cubana e deixaram sua marca nos pratos com carne-seca. Deve-se às tradições religiosas dos escravos a forma de preparar e apresentar muitos alimentos da ilha: diversos pratos que os escravos preparavam para seus senhores eram inspirados nas oferendas para as divindades. Já a herança mais difundida dos chineses é o uso da fritura.

Os primeiros colonizadores espanhóis que chegaram à Cuba tiveram contato com os alimentos consumidos pelos navitos, como a mandioca, milho, feijões e pimenta. O casabe ou cazabí – espécie de pão feito de yuca, uma raiz parecida com a mandioca – é o alimento mais marcante desta época. O milho e a batata doce também eram muito consumidos no período pré-colombiano, assim como os pimentões e alguns tipos de raízes e frutas como o ananás e mamão.

Culinária Cubana
Los Dulces Valores, de Arturo Montoto

Restaurantes e Paladares

Em Cuba existem diversos restaurantes de culinária internacional e também de comida típica de outros países, como espanhóis, italianos, árabes e asiáticos. Mas se o turista deseja realmente partilhar dos hábitos gastronômicos dos cubanos o mais indicado são os chamados Paladares. São restaurantes pequenos, cerca de doze lugares, em residências de cubanos, onde come-se bem e paga-se pouco. Começaram a proliferar na década de noventa, quando a ajuda da antiga URSS diminuiu e a população enfrentou uma severa crise financeira.

O governo permitiu que fossem abertos esses empreendimentos, mas exige que tenham uma estrutura familiar para evitar a relação patrão-empregado. O nome Paladar é uma homenagem ao restaurante que a protagonista da telenovela global Vale Tudo – que era veiculada na ilha esta época – monta para ganhar a vida.

El Floridita, em Havana Velha, é um dos restaurantes mais famosos de Cuba. Fundado em 1817, serve os Daiquiris mais tradicionais da ilha. Entre seus freqüentadores ilustres está o escritor norte-americano Ernest Hemingway, que também era visto assiduamente no La Bodeguita Del Médio.

Conhecido internacionalmente por seus Mojitos, a Bodeguita é uma visita quase obrigatória para os turistas. Em uma das ruas mais belas de Havana Velha, o Café Del Oriente é um ótimo restaurante, que também tem uma cafeteria que serve refeições. Para quem deseja aproveitar para apreciar a belíssima vista de Havana, o Sierra Maestra, no 25º andar no Hotel Havana Livre, em Vedado, é a melhor opção. Serve pratos cubanos e culinária internacional.

Também no Vedado, o bar temático Habana Café recebe muitos turistas. A decoração é inspiradas nos anos 50, com carros antigos e um pequeno avião que fica pendurado no teto. No mesmo bairro, também fica a sorveteria mais famosa da ilha, a Coppelia, que serviu se cenário para o filme Morango e Chocolate. Nos finais de semana a sorveteria geralmente tem enormes filas. Um detalhe: os preços são menores para os cubanos, mas os turistas não enfrentam filas.

Culinária Cubana
La Bodeguita del Medio
por Alberto Korda

Culinária Cubana
Frase do escritor Ernest Hemingway na parede de La Bodeguita del Medio

Para quem está no Brasil mas tem saudades da comida e dos drink cubanos, as melhores opções estão em São Paulo. Lá pode-se visitar o Havana Club, dentro do Hotel Renaissance, na Alameda Santos. O Rey Castro, na Vila Olímpia, é uma boa opção de gastronomia cubana contemporânea. A decoração do bar latino é uma réplica das casas coloniais de Cuba e tem música latina. No Itaim Bibi a opção é o Azucar, com o mesmo tipo de decoração, é um dos mais antigos da cidade e também tem música latina. Em diversos estados pode-se encontrar pratos da culinária cubana, como o Picadillo a la Habanera em restaurantes de cozinha internacional.

Receitas

Mojito

1 dose de rum branco
Suco de 1 limão
1 colher (chá) de açúcar
Club soda para completar o copo
4 folhas de yerbabuena ou hortelã

Amassar levemente as folhas e o açúcar com um amassador. Acrescentar o suco de limão e encher o copo com gelo picado. Adicionar o rum e completar com a soda. Decorar com um ramo da folha e servir com canudo e mexedor. Servir em copo long drink.

Picadillo a la Habanera

116 gramas de carne de Segunda
1,5 gramas de sal
1,5 gramas de alho
9 gramas de cebola
9 gramas de pimentão
5 gramas de vinho seco
9 gramas de tomate fresco
15 gramas de extrato de tomate
10 gramas de azeite de oliva
5 folhas de louro
2 colheres de alcaparras
1 ramo de uva-passa sem semente

Limpar a carne e retirar os nervos. Picar e temperar com sal e pimenta. Refogar até ficar dourada e acrescentar os demais ingredientes. Tampar e deixar cozinhar por quarenta minutos em pouca água, mexendo e acrescentando água quando necessário. Servir com arroz branco e mandioca frita. A carne deve estar bem macia.

Perdonad al poeta

desdoblado en gastrónomo… Mas quiero
que me digáis si allá (junto al puchero,
la fabada tal vez o la munyeta)
lograsteis decorar vuestros manteles
con blanco arroz y oscuro picadillo,
orondos huevos fritos con tomate,
el solemne aguacate
y el rubicundo plátano amarillo.
¿O por ser más sencillos,
el chicharrón de puerco con su masa,
dándole el brazo al siboney casabe
la mesa presidió de vuestra casa?
Y del bronco lechón el frágil cuero
dorado en púa ¿no alumbró algún día
bajo esos puros cielos españoles
el amable ostracismo? ¿Hallar pudisteis,
tal vez al cabo de mortal porfía,
en olas navegando,
en rubias olas de cerveza fría,
nuestros negros frijoles,
para los cuales toda gula es poca,
gordo tasajo y cristalina yuca,
de esa que llaman en Brasil mandioca?
El maíz, oro fino
En sagradas pepitas,
quizá vuestros ayunos
a perturbar con su riqueza vino.
¡Basta! Os recuerdo el postre. Para eso
no más que el blanco queso
el blanco queso que el montuno alaba
en pareja con cascos de guayaba.
Y al final, buen remate a tanto diente,
una taza pequeña
de café carretero bien caliente.

Trecho de uma extensa carta do poeta cubano Nicolás Guillén a duas amigas cubanas que estavam em Mallorca. O poeta supunha que estavam com saudades da culinária de sua terra natal e escreveu um texto repleto de referências a pratos cubanos.

Fonte: www.guantanamera.org.br

Culinária Cubana

A culinária cubana faz os brasileiros se sentirem em casa. Mandioca cozida, salada de pepino, carne de porco cozida e o arroz com feijão preto –estes preparados na mesma panela. Essa é a refeição do dia-a-dia cubano. De sobremesa, quem diria, arroz-doce.

O arroz com feijão lembra muito o nordestino baião-de-dois. A diferença é que o cubano é mais seco e solto. O segredo: usar pouca água para cozinhar o arroz.

Nos restaurantes de comida cubana, uma refeição completa, como a descrita acima, sai por cerca de US$ 4, sem as bebidas.

Apesar de já ser possível encontrar restaurantes que oferecem carne bovina, esta não faz parte do cardápio cubano. As carnes mais consumidas ali são as de porco e de frango.

Mas não é só de arroz e feijão que vive a gastronomia em Havana. Há restaurantes árabes, asiáticos, espanhóis e italianos.

No restaurante Polinesio, que fica no hotel Tryp Habana Libre e cuja decoração transporta o comensal à região que batiza a casa, um prato com tiras de frango e legumes sai por US$ 8.

O hall do hotel Tryp Habana Libre guarda um painel com fotos e a história da época em que Fidel e Che Guevara chegaram a Havana. Numa delas, os revolucionários estão sentados no chão do hall momentos após a tomada do hotel. No mesmo hall, hoje, ironicamente, há uma butique bem luxuosa.

Os “paladares”, que funcionam em casas de famílias, já foram as melhores opções para comer na cidade, mas hoje têm preços parecidos com os dos restaurantes do governo. A não ser no caso dos pratos de frutos do mar, ainda baratos. Como prova da influência das novelas brasileiras em Cuba, o nome “paladar” foi inspirado em “Vale Tudo” (Globo).

Rum e refrigerante

É possível beber Coca-Cola em Cuba, mas não é tão fácil assim. Nos restaurantes de Havana, a bebida geralmente é encontrada. A versão light é artigo raro.

Já nas cidades praianas, como Varadero, e nas ilhas de Jardines del Rey, dificilmente se acha o refrigerante. Nesses lugares, bebe-se a cubana Tu-Cola.

O rum é servido em todos os cantos. Os coquetéis mais famosos da ilha, como o mojito, o daiquiri e a cuba libre, levam a bebida e estão em todos os cardápios.

Vale passar no bar La Bodeguita del Medio para provar o mais famoso mojito de Cuba. O barman Eddi, que trabalha lá há 14 anos, faz cerca de 400 deles por dia. Apesar de o drinque custar US$ 4, o dobro dos outros lugares, a tradição justifica o preço. Já o daiquiri mais famoso é o servido no El Floridita, também em Havana Velha, e custa US$ 6. Ambos os bares eram freqüentados pelo escritor Ernest Hemingway.

Para quem não dispensa cerveja, as cubanas são muito boas. Experimente a Bucanero e a Cristal.

Fonte: www1.folha.uol.com.br

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