30 de Outubro
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Comércio é toda ação que tem como objetivo principal a compra e revenda de mercadorias. Comércio é, portanto, o conjunto de atividades necessárias para tornar um produto disponível aos consumidores, em determinado lugar, no tempo solicitado e em quantidades e preços especificados.
PARA QUE TROCAR?
O fato de os países trocarem mercadorias e serviços entre si tem uma resposta simples: nenhuma nação é auto-suficiente, ou seja, nenhum país produz todos os bens de que precisa, por falta de condições ou por falta de interesse mesmo.
Daí os países buscarem produzir bens valorizados em outras regiões de consumo, fabricados ou gerados por eles com mais eficiência. O objetivo, obviamente, é conseguir vantagens no mercado internacional.
Um país de clima quente, nesse caso, será exportador em potencial de alimentos tropicais para locais de clima frio.
Nações desenvolvidas, como Estados Unidos, Alemanha e Japão, por sua vez, ao manter parques industriais, vão possibilitar a fabricação de produtos de alta tecnologia.
Isto demonstra a fundamental importância que o comércio adquiriu na economia de todos os países, tornando-se um ponto muito importante no processo de globalização, uma vez que cada nação irá se dedicar a setores considerados vantajosos em sua economia, excluindo os menos lucrativos.
TIPOS DE COMÉRCIO
A atividade comercial se subdivide em duas partes distintas: o comércio atacadista e o comércio varejista. O primeiro funciona basicamente como centro de distribuição de mercadorias para o próprio comércio varejista, para que este último atenda a sua finalidade específica que é fornecer ao público em geral os produtos necessários.
O comércio pode ainda ser classificado, segundo sua organização, em formal e informal. É dito formal quando a atividade comercial se realiza através de empresa juridicamente constituída para tal fim, com registro, razão social e endereço definidos, caso contrário diz-se informal. O melhor exemplo de comércio informal é aquele que é realizado através de camelôs.
O surgimento e o crescimento da atividade comercial estão diretamente relacionados ao surgimento e o grau de prosperidade das próprias cidades, daí ser caracterizada como uma atividade tipicamente urbana.
O Comércio no Mundo
Nossa data de destaque, desta vez, é o Dia do Comércio, um importante segmento da economia, não só no Brasil, mas no mundo todo.
E é por aí que nós vamos começar: pelo comércio internacional. Vamos voltar no tempo, recordar as aulas de história, sobre mercantilismo, para entender um pouco mais a atividade comercial. Desde a época da expansão marítima, quando os Estados mercantis da Europa foram buscar outros mercados em outros continentes, que as trocas mundiais aumentaram bastante. Entre meados do século XIX e a Primeira Guerra Mundial, a relação comercial entre os países cresceu ainda mais, e se intensificou depois da Segunda Grande Guerra. Para se ter uma idéia, o total de dinheiro arrecadado com o comércio no mundo passou de U$ 61 bilhões, em 1950, para U$ 5,61 trilhões, em 1999, de acordo com a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
Conforme dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o comércio vem crescendo mais que a produção mundial (PIB). De 1979 até 1988, a média anual do crescimento do comércio foi de 4,3%, enquanto o PIB teve uma taxa de 3,4%.
Agora compare com o período que vai de 1989 a 1998, no gráfico ao lado:
Como você pode notar, a porcentagem do comércio aumentou, enquanto o PIB se manteve no mesmo nível.
Esta comparação do comércio com o PIB mundial é sempre usada por organismos internacionais para calcular a taxa de crescimento comercial e quanto maior for a diferença entre os dois, maior terá sido o aumento das trocas.
O crescimento acelerado do comércio tem uma explicação. Ele se deve à diminuição das barreiras alfandegárias e ao desenvolvimento das telecomunicações e dos transportes. O maior acesso da população às novas tecnologias de comunicação, devido ao seu barateamento, permite a pesquisa de mercado e a realização de novos pólos de compra e venda. Já no caso da melhoria dos meios de transporte, a construção e o aperfeiçoamento de rodovias, ferrovias, portos marítimos e aeroportos, naturalmente, facilitam o deslocamento de produtos.
O Comércio na Economia Brasileira
A Pesquisa Anual de Comércio de 2000, realizada pelo IBGE, traz as informações mais atuais sobre o comércio nacional:
O número estimado de empresas comerciais constituídas no Brasil chegou a l milhão e 125 mil, o que significa uma variação de 65,4% em relação a 1990.
A região Sudeste, onde está a maior parcela da população brasileira e onde também é mais elevado o nível de desenvolvimento econômico, reúne mais da metade dos estabelecimentos comerciais do país o número de empresas varejistas (87,1% do total) é maior do que as atacadistas (6,7%), com 77,6% da mão-de-obra empregada contra 14% no comércio atacadista o número de empresas atacadistas cresceu 25,95% , nesses dez anos (de 1990 a 2000) a década de 90 registrou um aumento da receita total no segmento de hiper/supermercados. Em 2000, a receita total dos 5000 maiores hiper/supermercados foi de R$ 48 533 bilhões, enquanto em 1990 essa receita era de R$23,5 milhões.
A atividade comercial brasileira passou por dois momentos distintos. Uma fase de expressivo crescimento (em 1994 e 1995), proporcionado pelo ganho real de salários, com a estabilização da inflação; e um período de forte diminuição (com início em 1996 e aprofundamento a partir de 1997), em função das medidas de ajuste econômico necessárias perante a possibilidade do desequilíbrio das contas externas do país (o que poderia ocasionar a volta da inflação).
Os aumentos das taxas de juros e do desemprego, a redução dos gastos públicos e do salário médio real e, por último, a forte desvalorização da moeda, resultantes da política de ajustamento econômico do período, afetaram a atividade econômica em geral e, naturalmente, o setor comercial. A retração do setor, registrada até 1997, manteve-se no período até 1999.
História
É necessário que os jovens comerciários de hoje entendam que as nossas conquistas, nossos direitos, e até mesmo nossos deveres, não nos foram dados de graça, foram conquistados por todos com muita luta e sacrifício.
A história dos Comerciários começa a ser construída em 1908 por Turíbio da Rosa Garcia e alguns outros grandes companheiros, que criaram a União dos Empregados no Comércio do Rio de Janeiro. Naqueles duros anos, a exploração e os abusos praticados pelas empresas retratavam condições de trabalho praticamente escravo. Muitos chegavam a dormir no emprego, sem tempo para voltar para casa após jornadas de mais de 16 horas diárias.
Foi onde os Caixeiros, Escriturários, Guarda Livros e outros uniram-se para se defenderem dos abusos e da escravização a que eram submetidos.
Humberto de Campos em suas Memórias transcreveu:
“Era meia noite, no alto de uma escada arrumava as prateleiras da Transmontana – Mercearia de Secos e Molhados.
O murmúrio da rua chegava até os meus ouvidos, quando espocados os foguetes eu parei por um momento para ouvir aquela cantoria. Era a VIRADA DO SÉCULO – 1900!! O português dono da Mercearia gritava lá de baixo: Oi ! menino porque estás parado? Prossiga”.
Humberto de Campos era o menino que o português chamava, a Mercearia de Secos e Molhados é o que hoje chamamos de SUPERMERCADO. O que mudou de lá pra cá? Muita coisa. Então, a esses homens que fizeram essa mudança é dedicado o mês de Outubro.
Em 29 de outubro de 1932, às 10 horas da manhã, alguns companheiros Caixeiros da Rua da Carioca, Gonçalves Dias, Largo de São Francisco, Rua do Ouvidor e adjacências aglomeraram-se no Largo da Carioca onde havia a Galeria Cruzeiro e organizaram a histórica Passeata dos 5.000 até o Palácio do Catete, que era a sede do Governo Federal.
O então Presidente da República Getúlio Vargas recebeu da massa de trabalhadores na sacada do palácio, suas reivindicações, que eram entre outras a Redução da Jornada de Trabalho e o Direito ao Descanso Semanal Remunerado aos Domingos.
Prontamente o Presidente da República ordenou que naquele mesmo dia memorável fosse assinada a REDUÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO de 12 horas para 8 horas pelo Dr. Pedro Ernesto que foi a primeira lei em nosso benefício (Decreto-Lei nº 4.042 de 29/10/1932), e que também regulamentou o funcionamento do Comércio.
A partir daí, o Comerciário (Balconistas, os Vendedores antigamente denominados de Caixeiros) não precisariam dormir nos seus empregos, como fazia Humberto de Campos, quando trabalhou na MERCEARIA TRANSMONTANA.
Devemos aos eminentes Getúlio Vargas, Lindolpho Collor e Pedro Ernesto essa nova situação, pois os Caixeiros deixaram de ser “cachorros”, e passaram a ser trabalhadores.
A partir dessa data, a Jornada de Trabalho passou a ser “três oitos”: 08 HORAS PARA O TRABALHO, 08 HORAS PARA O LAZER E 08 HORAS PARA DESCANSO. Em 29 de Outubro foi a grande passeata, e no dia 30 de outubro foi a publicação no Diário Oficial dos direitos dos Comerciários.
Por isso, 30 DE OUTUBRO é o consagrado “Dia do Comerciário no Brasil”.
Comércio solidário, comércio equo-solidário, comércio justo e solidário, fair trade, todas são expressões ou palavras para falar de uma forma ética de fazer comércio.
O comércio solidário nasceu na Europa entre as décadas de sessenta e setenta, quando algumas organizações não-governamentais começaram a importar dos países do terceiro mundo pequenas quantidades de artesanato para que fossem comercializadas nos encontros e em alguns pontos específicos de vendas. A proposta foi sendo desenvolvida até que chegou hoje a uma maneira bem clara e definida de pensamento.
Os princípios básicos podem ser resumidos da seguinte forma:
Justiça social
Transparência
Preço justo
Solidariedade
Desenvolvimento sustentável
Respeito ao meio-ambiente
Promoção da mulher
Defesa dos direitos das crianças
Transferência de tecnologia
Empoderamento dos indivíduos
Neste tipo de comércio os consumidores são sensibilizados a escolher sempre, no momento das compras, um produto do comércio justo que tenha um compromisso com o desenvolvimento de comunidades ou grupos de pequenos produtores pobres. Em alguns casos, consegue-se um preço acima do que seria pago no mercado convencional, é o que chamamos de prêmio price, este valor retorna para a comunidade que deve discutir sua utilização para o bem comum de todos.
FUNCIONAMENTO DO MERCADO DE COMÉRCIO JUSTO
O Mercado de comércio solidário está muito bem organizado e, resumidamente, organiza-se da seguinte maneira:
a) Grupos produtores
b) ONGs de apoio e assessoria aos produtores
c) Organizações de importadores
d) Organizações de certificação
e) Organizações de sensibilização do mercado e defesa de direitos dos pequenos produtores
f) Organizações de pontos de venda de comércio solidário
Há diversos comitês de discussão onde estão representados os grupos que fazem do comércio solidário sua primeira linha de atuação. Nestes comitês são discutidos os critérios de certificação, as dificuldades dos produtores, a situação do mercado internacional e das políticas de comércio exterior.
O que é
O comércio é a atividade que movimenta diferentes produtos, com uma finalidade lucrativa, através da troca, da venda ou da compra de mercadorias.
Para que possa funcionar dentro das normas da lei, é importante que o comerciante cadastre sua empresa nos órgãos da prefeitura de sua cidade, onde receberá um número de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica). Com esse registro sua atividade comercial fica regularizada, devendo cumprir com o pagamento de impostos ao governo.
Podemos encontrar vários tipos de estabelecimentos comerciais, como lojas, shoppings, postos de combustíveis, salões de beleza, restaurantes, farmácias, padarias, dentre outros, cada um mantendo um tipo diferente de atividade.
Os donos dos comércios são mais conhecidos como comerciantes e os empregados desse ramo são chamados de comerciários.
Existem vários setores que abastecem uns aos outros. A zona rural ou campo abastece a zona urbana (cidades) de produtos agrícolas, como frutas, verduras e vegetais; com produtos da pecuária, como as carnes e os minérios.
Por outro lado, os moradores da zona rural compram os produtos industrializados nas cidades como roupas, sapatos, remédios e vários outros.
As relações comerciais foram crescendo tanto que hoje em dia podem ser do tipo exportação ou de importação.
Exportação é quando vendemos nossas mercadorias para outros países e importação quando adquirimos ou compramos produtos de outras nações. Existem órgãos e entidades que auxiliam os países na venda de seus produtos, como o Mercosul (Mercado Comum do Sul), o Nafta (Acordo de Livre-Comércio Norte-Americano), a União Européia, etc.
O comércio pode ser também do tipo atacadista, vendendo um mesmo produto em grandes quantidades, nesse caso o comerciante reduz o preço das mercadorias como forma de premiar o comprador, em razão do tamanho da venda. Existe também o comércio varejista, que é onde compramos nossas coisas.
Nesse tipo de comércio são vendidos produtos em pequenas quantidades e, portanto, sem a diminuição do preço.
Nos bairros podemos encontrar, uma vez por semana, as feiras livres, com barracas e feirantes vendendo vários tipos de alimentos (frutas, verduras, legumes, queijos, doces, salgados, pipocas, carnes defumadas, etc.), outros oferecendo serviços de venda de peças de utensílios domésticos ou consertos de liquidificador, consertos de cabos e tampas de panelas. Nas feiras existem ainda as barraquinhas que vendem roupas, peças de enxoval, enfim, uma grande variedade de produtos.
Outra forma de comércio são os camelôs ou vendedores ambulantes. Normalmente ficam estabelecidos nos centros das cidades, oferecendo diversos produtos, desde os nacionais aos importados. Esses comerciantes também devem ter a autorização da prefeitura de sua cidade para poder vender seus produtos, como uma forma correta de trabalho, atendendo bem a população e recolhendo seus impostos.
Fonte: geocities.com/Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/ www.observatoriosocial.org.br/www.escolakids.com/
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