Zooplâncton

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Definição

zooplâncton é um tipo de plâncton heterotrófico que varia de organismos microscópicos a grandes espécies, como águas-vivas.

O zooplâncton é encontrado em grandes corpos d’água, incluindo oceanos e sistemas de água doce.

O zooplâncton está derivando de organismos ecologicamente importantes que são um componente integral da cadeia alimentar.

O Zooplâncton, inclui um número elevado de animais de dimensões e formas diversas, pertencentes aos mais variados grupos zoológicos.

Alguns são unicelulares ou seja, compostos por uma só célula.

Os crustáceos constituem uma parte importante do zooplâncton, de que fazem parte, nalguns casos durante toda a vida.

Noutros casos são planctônicos apenas durante o estado larvar, passado a fazer parte do nécton quando adultos, como por exemplo as lagostas, ou os caranguejos.

Os ovos e larvas da grande maioria dos peixes fazem parte do plâncton.

O que é o zooplâncton?

Zooplâncton são os animais microscópicos que vivem em massas de água livre, à deriva com as correntes ou nadando devagar demais para resistir a eles.

Eles são frequentemente definidos como pequenos animais e plantas a menos de 5 mm de comprimento (0,197), embora em algumas formas do oceano pode ser maior do que os humanos.

Plâncton são organismos microscópicos que flutuam livremente com as correntes oceânicas e em outros corpos de água. Plankton é composta de pequenas plantas (chamadas fitoplâncton) e pequenos animais (chamados de zooplâncton). A palavra plâncton vem da palavra grega “Planktos”, que significa “à deriva”.

Fitoplâncton: são os produtores primários (também chamados de autótrofos). Como a base da cadeia alimentar oceânica, uso fitoplâncton clorofila para converter a energia (a partir de luz solar), produtos químicos inorgânicos (como o nitrogênio), e dissolvido gás dióxido de carbono em hidratos de carbono.

Zooplâncton: são animais microscópicos que se alimentam de outros plânctons.

Zooplâncton
Zooplâncton

Em biologia marinha e limnologia chama-se zooplâncton ao conjunto dos organismos aquáticos que não têm capacidade fotossintética (heterotróficos) e que vivem dispersos na coluna de água, apresentando pouca capacidade de locomoção (são, em grande parte, arrastados pelas correntes oceânicas ou pelas águas dum rio).

Fazem parte deste grupo muitos animais – entre os quais os mais abundantes são crustáceos, principalmente os copépodes – e outros seres tradicionalmente considerados e estudados como tal, mas atualmente classificados em vários clades dos Protista.

Apesar de normalmente se considerar o plâncton como constituído de organismos microscópicos ou, pelo menos, muito pequenos, há alguns organismos planctônicos, como as salpas, que podem formar colônias com vários metros de comprimento.

Importância ecológica do zooplâncton

O zooplâncton é o segundo elo da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos: estes organismos alimentam-se do fitoplâncton e do bacterioplânton – são consumidores primários, apesar de haver neste grupo alguns predadores – e, por sua vez, servem de alimentação a organismos maiores.

Algumas espécies de baleias alimentam-se quase exclusivamente de “krill”, um pequeno camarão pelágico muito abundante em águas temperadas dos oceanos.

Apesar de se dizer que os zooplanctontes (tal como, em parte, muitos fitoplanctontes) têm pouca capacidade de locomoção, uma vez que apenas possuem cílios, flagelos ou barbatanas rudimentares, grande parte destes organismos tem a capacidade de realizar migrações verticais na coluna de água, alterando a sua densidade relativamente à da água.

Estas migrações permitem-lhes, não só escaparem dos predadores (afundando para águas profundas, portanto com menos luz, durante o dia e subindo para perto da superfície, onde têm mais alimento, à noite), mas também aproveitarem correntes de fundo para se deslocarem para regiões onde as condições ambientais lhes são mais favoráveis.

A comunidade zooplanctônica é constituída por organismos de tamanho reduzido que variam entre 20 micrômetros a 2 milímetros.

Os principais grupos em ecossistemas aquáticos continentais são os protozoários, principalmente representados por ciliados e flagelados, e os metazoários rotíferos, cladóceros e copépodos.

Formas e Cores

Zooplâncton
Plâncton

O único meio eficaz de defesa para os seres vivos que vivem em pleno oceano é tornarem-se invisíveis aos olhos dos predadores.

Por esta razão, a maior parte dos organismos que formam o plâncton são transparentes, sendo muito difícil detectá-los dentro de água.

Algumas espécies são bioluminescentes, ou seja, brilham na escuridão das profundezas, utilizando esta capacidade para afugentarem predadores ou atraírem parceiros sexuais.

Movimentos Verticais

As comunidades de plâncton flutuam passivamente nos oceanos, sendo arrastadas pelas correntes e outros movimentos da massa de água, registando assim movimentos laterais passivos.

No entanto, o Plâncton realiza movimentos ou migrações verticais ativas, diariamente ou sazonalmente.

Na realidade, ao entardecer uma grande quantidade de animais planctônicos sobe das profundezas onde vive normalmente (entre os 200 m e os 500 m) e sobe até à superfície, para se alimentar do fitoplâncton que aí vive.

Ao amanhecer regressam à profundidade, permanecendo na escuridão ou penumbra.

Pensa-se que esta é uma forma de proteção contra os predadores que abundam à superfície durante o dia.

Cadeia Alimentar

O fitoplâncton constitui a principal fonte de produção de matéria orgânica na água, dele dependendo todos os outros animais (herbívoros ou carnívoros).

Constitui na realidade a Base da Vida.

O zooplâncton, por sua vez, constitui o elo principal entre o fitoplâncton e os animais marinhos de maiores dimensões.

Na realidade o fitoplâncton serve de alimento ao zooplâncton; este por sua vez vai ser comido por animais de maiores dimensões (peixes, crustáceos, etc…), os quais serão ingeridos por animais ainda maiores.

Estabelece-se assim uma Cadeia Alimentar baseada em complexas relações alimentares entre os diferentes animais e plantas.

As grandes baleias oceânicas por exemplo alimentam-se diretamente de zooplâncton que retiram da água por filtração, com a ajuda das suas longas barbas.

Ecologia do zooplâncton

Constituição

O Zooplâncton ou fração animal do plâncton é constituído pelos organismos planctônicos heterotróficos.

No seio do Zooplâncton marinho e estuarino podem reconhecer-se organismos pertencentes à grande maioria dos Phyla do reino animal.

Os Taxa mais representativos do Holoplâncton e do Meroplâncton foram já anteriormente referidos.

O ecossistema neustónico é formado por duas entidades cenóticas distintas: o Pleuston e o Neuston. O Pleuston agrupa os animais e vegetais cujas deslocações são fundamentalmente asseguradas pelo vento.

Geralmente os organismos pleustónicos possuem flutuadores de tal modo que parte do seu corpo se encontra emersa (Phylum Cnidaria, Classe Hydrozoa, Subordem Rhizophysaliae, Physalia, Subordem Chongrophorae, Porpita, Velella). Os organismos neustónicos são aqueles que vivem nas camadas superficiais das massas de água (primeiros centímetros).

Usualmente distinguem-se no seu seio duas categorias distintas: os organismos epineustónicos e os organismos hiponeustónicos. Os primeiros, essencialmente insetos, encontram-se sobretudo nas regiões tropicais ocorrendo na interface ar/água (Phylum Arthropoda, Classe Insecta, Heteroptera, Gerridae, Halobates).

Os segundos são particularmente abundantes e diversificados em todas as latitudes. Compreendem os vegetais e animais que habitam os primeiros 10 cm da coluna de água.

O estudo do Neuston (Neustonologia) é relativamente recente. Alguns autores reconhecem a existência de um verdadeiro ecossistema neustónico e uma neustonosfera.

A pirâmide trófica do Neuston é essencialmente constituída pelo bactérioneuston, fitoneuston e hiponeuston animal.

A fração animal do hiponeuston é extremamente diversificada e é a mais característica. Os organismos que passam todo o seu ciclo vital no seio do neuston, isto é nos primeiros centímetros da coluna de água, constituem o holohiponeuston ou hiponeuston permanente. Outros organismos ocorrem unicamente durante parte do ciclo vital no domínio neustônico constituindo o merohiponeuston ou hiponeuston temporário.

O holohiponeuston é essencialmente constituído por Copépodes da Família Pontellidae (Pontella), que têm uma larga repartição.

O merohiponeuston é constituído por formas larvares e juvenis de numerosos Taxa planctónicos (Copepoda, Euphauseacea, Decapoda), bentónicos (Decapoda, Polychaeta, Mollusca, Echinodermata, Cirripedia) e ainda pelos ovos e estados larvares planctónicos de numerosos peixes (ictioneuston).

Zooplâncton

Pleuston e epineuston:
a- Physalia;
b- Velella;
c- Halobates

Zooplâncton
Organismos hiponeustónicos associados a Sargassos:
a- Antennarius marmoratus;
b- Syngnathus pelagicus;
c- Scyllaea pelágica;
d- Portunus sayi

Zooplâncton
Exemplos de organismos hiponeustónicos:
a- larva de Carangidae;
b – larva de Engraulidae;
c- larva de Blenniidae;
d- Megalopa de Malacostraca;
e- Pontellidae;
f- larva de Belonidae;
g – larva de Callionymidae;
h- larva de Soleidae;
i- larva de Belonidae

Durante o período noturno é por vezes possível encontrar no seio do nêuston numerosas espécies que são bentônicas durante o período diurno e que efetuam importantes migrações verticais (benthohiponeuston).

É possível reconhecer no seio do hiponeuston diversas categorias ecológicas:

i) Euneuston – organismos que permanecem nas proximidades da superfície das águas (primeiros 10 a 15 cm) durante o ciclo diário.
ii) Nêuston facultativo – organismos que ocorrem próximo da superfície das águas durante parte do ciclo diário, usualmente durante o período noturno.
iii) Pseudoneuston – 
organismos cujas máximas concentrações ocorrem abaixo da superfície das águas, mas que podem surgir no seio do hiponeuston pelo menos durante parte do ciclo diário.

Os organismos hiponeustónicos exibem adaptações particulares, nomeadamente:

Diminuição do peso específico do corpo (e.g. enriquecimento em vitelo de alguns ovos de Osteichthyes).
Aumento da flutuabilidade (e.g. aumento da superfície relativamente ao volume do organismo, existência de espinhos e apêndices plumosos, desenvolvimento de flutuadores).
Desenvolvimento de uma coloração intensa (usualmente azulada ou esverdeada). Proteção relativamente às radiações ultravioletas letais para outros planctontes e camuflagem relativamente a potenciais predadores.
Mimetismo (particularmente nalgumas larvas ictioneustônicas).

O zooplâncton estuarino é constituído por formas holo- e meroplanctônicas. As formas holoplanctônicas são sobretudo dominadas pelos copépodes. Alguns gêneros de copépodes são tipicamente estuarinos (e.g. Eurytemora, Acartia, Pseudodiaptomus, Tortanus). Nas zonas a jusante do estuário podem dominar espécies marinhas ou eurihalinas (e.g. Paracalanus, Centropages, Oithona, Pseudocalanus, Temora, Eutrepina, Harpaticus).

Além dos copépodes outros taxa podem representar igualmente uma fração importante do holoplâncton estuarino (Ctenophora, Chaetognatha, Misidacea, etc.).

As formas meroplanctónicas podem em certas épocas do ano dominar o zooplâncton estuarino (formas larvares de Crustacea Decapoda, Polychaeta, Mollusca, Hydrozoa, ovos e estados larvares de peixes).

Nos períodos primaveril e estival as larvas de invertebrados bentónicos são quase sempre as formas mais abundantes (Zoea e Mysis de Malacostraca, Zoea e Megalopa de Brachyura, Veliger de Mollusca, etc.), assim com as fases planctônicas (ovos e estados larvares) de algumas espécies de Osteichthyes.

Na maioria dos sistemas estuarinos a diversidade específica é geralmente mais elevada nas regiões a jusante do estuário. Diversas espécies marinhas podem ocorrer nestas áreas.

A diversidade específica tende a diminuir nas regiões intermédias e a montante, sofrendo um ligeiro aumento próximo do limite superior do estuário devido sobretudo à ocorrência de espécies dulciaquícolas.

A abundância do zooplâncton estuarino é geralmente limitada por dois fatores principais.

Em primeiro lugar a turbidez funciona como um fator limitante da produção fitoplanctônica e consequentemente da produção secundária.

Em segundo lugar em muitos sistemas estuarinos as correntes prevalecentes tendem a transportar os zooplanctontes para o domínio marinho.

Muitos zooplanctontes estuarinos exibem estratégias próprias de retenção no interior do estuário, nomeadamente utilizando as correntes de entrada e de saída de água nos estuários parcialmente ou altamente estratificados.

Zooplâncton – Protozoários Testácea

O Zooplâncton é composto por um grupo de diferentes organismos que vivem flutuando em águas abertas ou associadas às plantas aquáticas nas margens de lagos e rios.

Ao microscópio, podem ser vistos protozoários, pequenos crustáceos, rotíferos e larvas de insetos e, com menor freqüência, vermes e larvas de moluscos.

O zooplâncton compõe um importante elo na cadeia alimentar aquática, sendo alimento para animais maiores, como os peixes e, por outro lado, consumindo algas e bactérias. A partir daí, representam uma fonte alimentar essencial nos ambientes aquáticos.

Muitos organismos do zooplâncton, porém, realizam migrações verticais diárias, apresentando, assim, algum controle de sua ocorrência vertical, mas são incapazes de controlar suas distribuições horizontais, que é determinada pela dinâmica da movimentação das massas de água.

O estudo e o reconhecimento desses pequenos organismos flutuantes são relevantes, especialmente em reservatórios urbanos. Esses organismos se reproduzem de forma contínua e, geralmente, sem interrupção, e a maioria apresenta um ciclo de vida curto, de horas/dias a algumas semanas. Devido a esse comportamento, torna-se possível uma resposta rápida dos organismos frente às alterações do ambiente aquático, inclusive às de qualidade de água.

Os protozoários Testáceas são organismos primeiramente de água doce, podendo também ser encontrado em ambientes aquáticos salobras e em solos úmidos.

O grupo de Testácea é formado por um conjunto heterogêneo de amebas rizópodes onde a característica comum é a exibição de carapaças rígidas (também chamadas teças, testas, conchas) e um pseudostoma (abertura bucal) bem definido, característica única para cada espécie.

A maioria das amebas Testáceas é aquática e podem ser encontradas em quase todas as águas continentais, desde rios e lagos profundo até temporários, não exibindo, assim, uma boa evidência de que tenham uma biogeografia.

Os protozoários planctônicos apresentam regime alimentar diversificado, podendo ser bacteriófagos, detritívoros, herbívoros, carnívoros (inclusive canibais).

A maioria dos Testáceas constrói suas carapaças a partir de partículas (sílica) preexistentes, apresentando-se como um dos mais ativos agentes de corrosão biogenética.

Em geral pode-se diferenciar 4 tipos de carapaças (aglutinadas, silicosas, calcárias e proteicas), todas secretam uma matriz orgânica cimentante. Essas carapaças variam na forma e na estrutura, podendo apresentar-se finas, com nas espécies de Arcella ou de Centropyxis; compostos por elementos encontrados no ambiente, aglutinados por uma matriz orgânica cimentante, como em Diffugia ou serem formados por placas ou escamas silicosas, originados no endoplasma nos vacúolos citoplasmáticos (TrinrmaEuglypha, Quadrullela, dentre outros).

Cada família possui característica própria para o grupo.

Esse grupo é caracterizado como cosmopolita ou circuntropical, tendo sido coletado em diversos habitats de diferentes localidades geográficas, o que confere certa facilidade na sua identificação, principalmente pela vasta literatura sistemática publicada, que permite comparar a autoecologia das espécies regionais com as de outros continentes.

O grupo de protozoários rizópodes possui uma série de vantagens que o torna interessante nas investigações ecológicas. As amebas com carapaça são abundantes na maioria dos ecossistemas aquáticos, apresentam uma produção de biomassa e o seu tamanho e tempo de geração permite investigações sobre processos demográficos, tanto em escala espacial quanto temporal.

É incontestável a grande importância do estudo de grupos fisiológicos microbianos nos corpos d’água, principalmente em virtude do “turn-over” da biomassa vegetal produzida e do input de matéria orgânica alóctone.

O papel dos microrganismos na remineralização dos nutrientes e na sua dinâmica representa, segundo alguns autores, mais do que 50% da atividade energética que ocorre nos sistemas aquáticos.

Alia-se a esses fatores o potencial de grupos ou espécies para indicação de qualidade da água e do ambiente podendo, então, ser utilizados como bioindicadores.

Cada vez mais se torna incontestável a importância do estudo dos Testacea rizópodas em conjunto com outros organismos aquáticos, para conhecimento da diversidade local ou ainda, para utilizá-lo como possíveis indicadores ecológicos.

Fonte: www.portalmeioambiente.org/www.astrosurf.com/biologydictionary.net/marinebio.org/www.imas.utas.edu.au

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Um comentário

  1. Cláudia Elisabete Duarte de Oliveira

    texto muito útil e bem elaborado.

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