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O que é a teoria do encaixe induzido?
A teoria do encaixe induzido foi proposta por Koshland e colaboradores em 1958 e diz que a interação entre a enzima e o substrato não é um processo rígido e inflexível, e demonstra a capacidade da enzima de se adaptar ao substrato, permitindo que atinja a forma necessária para que o processo catalítico ocorra.
Segundo essa teoria a enzima não é uma estrutura rígida e pode mudar quando interage com o substrato, mostrando que ligantes e receptores não são tão rígidos como se imaginava, garantindo um melhor ajuste entre o sítio ativo e o substrato.
Quando o substrato interage com o sítio ativo da enzima surgem ligações que induzem mudanças que permitem que mais ligações sejam estabelecidas e o reconhecimento do substrato ocorra. A modificação gerada na enzima pode ser passada para enzimas próximas, o que garante a eficiência do processo.
As enzimas são substâncias orgânicas proteicas de extrema importância para o funcionamento dos organismos vivos, atuando como catalisadoras das reações biológicas, acelerando a velocidade das mesmas sem interferir nos processos.
O substrato é um composto químico que sofre reação catalisada por uma enzima, ou seja, é o reagente sobre o qual uma determinada enzima age. O substrato liga-se a uma região específica da enzima denominada de sítio ativo, formando um complexo enzima-substrato e transformando-o em produto.
Considerava-se anteriormente que a enzima e o substrato complementavam-se de maneira rígida e, que a enzima encaixava-se perfeitamente em um substrato específico, o que garantia a especificidade de cada uma delas, não havendo nenhuma flexibilidade entre os mesmos.
Esse modelo é conhecido como “chave-fechadura” e, foi proposto por Emil Fischer em 1894, esse modelo ainda é apresentado em alguns livros didáticos, porém pesquisas mostram que a enzima não é uma estrutura rígida como descrito em tal modelo. Nas pesquisas acadêmicas, ocorre uma grande aceitação da teoria do encaixe induzido.
Camila Correia