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Tanatose – Definição
Alguns animais respondem ao ataque de um predador fingindo-se de mortos, um comportamento conhecido como tanatose (do deus grego da morte Thanatos).
Tanatose é um comportamento observado em uma grande variedade de animais que assumem a aparência de estar morto.
Esta forma de enganar outros animais é um comportamento adaptativo conhecido tanto como imobilidade tônica, ou tanatose.
Tanatose é a capacidade de morte falsa, a fim de escapar a um predador ou qualquer outra intromissão indesejável.
Tanatose – O que é
É uma arriscada e teatral tática defensiva utilizada por alguns animais que consiste em fingirem-se mortos. Muitos predadores não se arriscam a comer carne putrefata, pelo que a estratégia é eficaz. Cada “ator” encena o seu próprio óbito.
A sarigueia, por exemplo, permanece imóvel e retrai os lábios, numa ótima imitação do risco da morte.
Sarigueia (Didelphis virginiana) sentido-se ameaçada finge que está morta
A inofensiva cobra-aquática-de-colar, Natrix natrix, imita como ninguém os sinais clínicos do óbito: introduz ar no ventre com os músculos descontraídos, para parecer que está inchada devido aos gases produzidos pela decomposição e a língua fica pendurada da boca entreaberta.
Além disso, vira as pupilas para baixo e faz sair gotas de sangue da boca. Sem dúvida, merece o Oscar de melhor atriz.
Cobra-aquática-de-colar (Natrix natrix)
Tanatose – Fingir-se de morto
Tanatose é uma estratégia antipredatória utilizada por algumas espécies, que se fingem de mortas com a finalidade de escapar do ataque do predador.
Geralmente, ao perceberem o perigo, essas espécies cessam teporariamente seus movimentos via sistema nervoso central.
Tanatose é a capacidade do animal de se fingir de morto para afastar predadores. Este comportamento é muito comum em anfíbios anuros, principalmente da subfamília Phyllomedusinae (Hylidae).
Normalmente o animal exibe o ventre (ou outras partes do corpo, como a região inguinal), mostrando uma coloração chamativa (aposemática) permanecendo estático por alguns minutos. Isto faz com que o predador (principalmente aqueles orientados por movimento) pense que o animal está morto.
Outro animal que se destaca por essa capacidade é o gambá. Ele fica imóvel e exala um cheiro ruim, afastando seus predadores.
FINGIR DE MORTO (TANATOSE)
Imagine que você é um predador e está perseguindo uma presa. Agora mentalize que ao alcançar o animal para devorá-lo esse animal caísse morto na sua frente.
Você se alimentaria desse animal sem ao menos saber o motivo de sua morte? Será que ele pode ter morrido de alguma doença?
Muitos anuros quando ameaçados fingem-se de morto com a finalidade de enganar seus predadores (que acabam perdendo a vontade de comê-los). O predador não se alimenta do animal aparentemente morto, pois não sabe do que ele morreu e comê-lo poderia causar algum mal à sua saúde.
CURIOSIDADE: Mas porque este comportamento se chama tanatose?
O deus grego da morte se chama Thanatos e por isso o comportamento de simular ou fingir a morte recebeu o nome de tanatose.
Tanatose – Simulação de morte
Tanatose
Quando fisicamente contidos, muitos animais adotam um estado relativamente imóvel que pode durar depois que a restrição foi liberada.
A falta de movimento é sugerida para inibir o ataque posterior do predador e reduzir a necessidade percebida do predador de continuar a atacar ou restringir a presa.
Esse fenômeno tem sido denominado de simulação de morte, hipnose animal, imobilidade tônica e fingimento de morto.
No entanto, usaremos o termo em torno do qual a literatura científica parece estar se aglutinando: tanatose.
A tanatose é distinta da imobilidade usada para reduzir o risco de detecção ou rastreamento por um predador, uma vez que atua posteriormente na sequência de um evento de predação (geralmente após a presa ser detectada e contatada pelo predador).
Embora alguns casos de tanatose sejam fortemente sugestivos de mimetismo de morte, alguns são menos, e há potencial para a tanatose oferecer proteção contra predadores por meio de outros mecanismos além da simulação de morte.
No entanto, exceto para algumas situações muito específicas consideradas brevemente aqui, a função da tanatose parece ser empregada como um meio de proteção contra predadores.
A tanatose é amplamente distribuída taxonomicamente e é bem conhecida há muito tempo, mas apenas recentemente recebeu um estudo específico.
Tanatose – Resumo
A Tanatose é um dos comportamentos, em invertebrados, dos mais interessantes, sob o aspecto de que podem ser rapidamente observados na natureza e intuídos com relativa precisão em fósseis.
Mas todos esses casos não são seguramente detectados no registro fossilífero. Não se pode afirmar que o fóssil estava realmente morto ou estava se valendo de uma estratégia no momento em que foi preservado, mas existem casos incontestáveis de derivações de tanatose em fósseis, como é o caso do enrolamento.
Tal enrolamento poderia ser causado por um distúrbio ambiental ou como uma forma de proteção de predadores. Há outros possíveis casos de Paleotanatose, como aqueles observados na paleoartropodofauna da Formação Santana (Cretáceo Inferior da Bacia do Araripe). Uma interessante peculiaridade tafonômica da paleoartropodofauna desta Formação é o efeito cinema, isto é, todos os estágios do processo de morte de um organismo preservados no mesmo sítio deposicional.
A Tanatose é um dos comportamentos, em invertebrados, dos mais interessantes, sob o aspecto de que podem ser rapidamente observados na natureza e intuídos com relativa precisão em fósseis.
De protozoários até moluscos, várias espécies possuem mecanismos que, em situação de perigo, acionam o sistema nervoso do animal, cessando temporariamente qualquer tipo de movimento.
Esses mecanismos podem ser cílios com terminações nervosas dos protozoários, probóscides de equiuros, platelmintos e asquelmintos e até os tentáculos de moluscos.
Há também o retraimento, comum nos gastrópodes terrestres. Estes se retraem totalmente para dentro de suas conchas; na ausência destas, esses animais enrijecem-se.
Numa situação real de perigo, os insetos, por reflexo, saltam ou voam. Outros rapidamente correm, como as baratas. Mas algumas espécies de coleópteros se especializaram no comportamento de morte simulada.
Essa simulação inclui desde movimentos errantes, simulando agonia, até postarem-se de costas para o substrato, com os membros encolhidos (posição típica de uma situação real post-mortem), ficando assim paralisados por vários minutos.
Outros simplesmente recolhem suas partes vitais (cabeça e membros), se encolhendo até que se restabeleça sua segurança. Esta estratégia pode salva-los, por exemplo, quando presos em uma teia de aranha.
Normalmente, insetos predadores utilizam estímulos visuais para a captura, e com esse tipo de comportamento, as presas acabam por serem rejeitadas. Alguns crustáceos, acuados, impedidos de atacar ou fugir, se encolhem dentro de suas carapaças, aguardando até que as situações lhes sejam favoráveis.
Mas todos esses casos não são seguramente detectados no registro fossilífero. Não se pode afirmar que o fóssil estava realmente morto ou estava se valendo de uma estratégia no momento em que foi preservado.
Mas existem casos incontestáveis de derivações de tanatose em fósseis, como é o caso do enrolamento.
Diversos artrópodes, como miriápodes, diplópodes e isópodes, possuem essa faculdade, protegendo assim importantes e vitais partes do corpo, permanecendo imóveis até o total desaparecimento da situação que gerou tal comportamento.
Fonte: www.tripod.com/www.portaleducacao.com.br/www.cell.com/oxford.universitypressscholarship.com