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Sistemática – O que é
A sistemática é uma ciência que estuda através do agrupamento de determinados grupos e espécies baseado nas novidades evolutivas que são compartilhadas pelas mesmas, ou seja, descrever a biodiversidade e compreender as relações entre os organismos. Base de toda biologia comparada, é o ponto de partida de qualquer estudo em biologia.
Em síntese, a sistemática é o ramo da biologia que lida com os (estudos de) sistemas de classificação e nomenclatura de organismos.
A história da sistemática começa em 340 a.C com Aristóteles que inventou a história natural e afirmou existir uma gradação na natureza, foi ele quem percebeu a complexidade dos organismos e, que existem espécies mais simples e outras mais complexas. Porém foi efetivamente criada por Willi Hennig e difundida a partir dos anos 1970.
A sistemática inclui a taxonomia que é a ciência da descoberta, descrição e classificação dos grupos e espécies e, também incluía filogenia que são as relações evolutivas entre os organismos, ou seja, sistemática é a classificação dos diversos seres vivos de acordo com suas características.
No mundo estão descritas mais de 1,5 milhões de espécies das mais diversas, desde micro-organismos como bactérias à macroscópicos como sapo, borboleta, porém a estimativa é de um número ainda maior entre 5 a 100 milhões de espécies ainda para serem descobertas.
Primeiramente é organizada da seguinte maneira: Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie. Produz cladogramas ou árvores filogenéticas, que é o principal objetivo que a sistemática irá produzir, ou seja, os gráficos que demonstram o grau de parentesco entre as diferentes espécies.
Outra questão importante para a sistemática é a definição de Sinapomorfias que significa sin = junto; apo=depois e morfo = forma, ou seja, forma mais evoluída que reúne dois ou mais indivíduos, são novidades evolutivas que irão ser compartilhadas entre vários organismos, reunindo-os em um grupo.
Outro ponto importante da sistemática são os tipos de agrupamentos que são divididos em:
Monofilético: Todos os descendentes de um ancestral.
Parafilético: Todos os descendentes exceto um grupo.
Polifilético: Todos os descendentes exceto dois ou mais grupos.
Sistemática – Espécies
É um ramo da ciência biológica que estuda as características distintivas das espécies e como elas se relacionam com outras espécies ao longo do tempo. Assim, é a base usada para entender a evolução da vida.
Seus principais objetivos são fornecer nomes científicos para organismos, descrever organismos, preservar coleções de organismos, fornecer e aplicar sistemas de classificação, ajudar a identificar organismos, determinar a distribuição de organismos, investigar as histórias evolutivas de organismos e estudar as adaptações ambientais dos organismos.
A sistemática é às vezes usada de forma intercambiável com a taxonomia.
Isso ocorre porque a taxonomia é um ramo da ciência preocupado também em encontrar, descrever, classificar e nomear organismos, incluindo o estudo das relações entre os táxons e os princípios subjacentes a tal classificação.
No entanto, a sistemática é mais abrangente do que a taxonomia. Este último não inclui o estudo das histórias evolutivas e as adaptações ambientais dos organismos.
A sistemática é comumente definida como o estudo da diversidade biológica e das relações entre os organismos.
A taxonomia, o componente da sistemática que se concentra especificamente na teoria e na prática da classificação, não é claramente separável e ambas são freqüentemente usadas indistintamente por biólogos.
Importância da Sistemática
Hierarquia de classificação biológica
A sistemática desempenha um papel central na biologia, fornecendo os meios para caracterizar os organismos que estudamos.
Por meio da produção de classificações que refletem as relações evolutivas, também permite previsões e hipóteses testáveis.
Ao permitir que os táxons (grupos taxonômicos) sejam corretamente identificados, as classificações fornecem uma chave para a literatura e um meio para organizar as informações
A importância de uma boa sistemática no manejo de pragas é óbvia.
As espécies de pragas e seus inimigos naturais devem ser corretamente identificados antes que medidas de controle adequadas possam ser contempladas. Armados com uma identificação, automaticamente sabemos algo sobre a biologia e a distribuição do organismo da praga. Se a espécie já foi estudada, a literatura pode ser acessada para obter informações. Caso não tenha sido estudado, algumas medidas preliminares podem ser tomadas com base no conhecimento acumulado sobre as espécies relacionadas. Se for uma praga exótica e o controle biológico for contemplado, a identificação pode nos ajudar a determinar o lar original da espécie e a área onde a exploração estrangeira de parasitas, predadores ou patógenos é provavelmente mais produtiva.
Da mesma forma, a identificação dos inimigos naturais já existentes permite alguma estimativa da importância do controle natural e a probabilidade de que a introdução de exóticos seja necessária.
Fonte: Camila Correia