Seleção Sexual

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Seleção Sexual – O que é

O conceito de Seleção Sexual, proposta por Charles Darwin, vem principalmente para ajudar a explicar porque a Seleção Natural não explica todas as características adaptadas de comportamento nos indivíduos.

É importante pensarmos que as espécies precisam se alimentar, precisam se proteger, mas é essencial suas relações inter-específica, ou seja, entre a mesma espécie.

Os indivíduos são dotados de impulsos para se reproduzir não para dar continuidade a espécie, mas sim para passar seus genes adiante e garantir sua espécie. Nesse panorama de reprodução sexuada,

Darwin propôs o que chamou de Seleção Sexual, que nada mais é do que o processo e o resultado das escolhas dos parceiros reprodutivos da mesma espécie.

Seleção SexualSeleção Sexual

Darwin explica que entre animais que os sexos podem ser distinguidos pela morfologia dos órgãos reprodutores, que são os caracteres primários. Porém, existem os caracteres secundários, que são estruturas que não são explicadas pela Seleção Natural, já que não estão ligadas a sobrevivência dos indivíduos, mas que são resultados de características nos machos selecionadas pelas fêmeas.

Na maioria das espécies é o macho que tem estruturas ou comportamentos mais exuberantes, e isso leva a proposta de que é a fêmea com sua capacidade sensorial e mental que escolhe o macho “melhor” para ela.

O grupo no qual os efeitos da Seleção Natural é mais notório é o das aves, nas quais podemos ver penas coloridas, cantos diferenciados, arquitetura na construção de ninhos ou pavilhões para corte às fêmeas.

Além de ser bem observado também nos mamíferos, nos chifres, listras, jubas, coloração entre outras.

Darwin não chegou a propor uma Teoria sobre a Seleção Sexual, mas sugeriu que os caracteres secundários teriam ligação as escolhas femininas, porém não explicou como a mente animal pode levar as fêmeas a escolher determinadas características nos machos.

Como a seleção sexual passou a ser reconhecida?

Charles Darwin propôs que todas as espécies vivas eram derivadas de ancestrais comuns.

O mecanismo primário que ele propôs para explicar esse fato foi a seleção natural: isto é, que organismos mais bem adaptados a seu ambiente se beneficiariam de taxas mais altas de sobrevivência do que aqueles menos equipados para isso. No entanto, ele notou que havia muitos exemplos de traços sexuais elaborados e aparentemente não adaptativos que claramente não ajudariam na sobrevivência de seus portadores.

Ele sugeriu que tais características podem evoluir se forem sexualmente selecionadas, isto é, se aumentarem o sucesso reprodutivo do indivíduo, mesmo às custas de sua sobrevivência (Darwin 1871).

Darwin observou que a seleção sexual depende da luta entre os machos para acessar as fêmeas.

Ele reconheceu dois mecanismos de seleção sexual: seleção intrassexual, ou competição entre membros do mesmo sexo (geralmente machos) pelo acesso a parceiros, e seleção intersexual, onde membros de um sexo (geralmente fêmeas) escolhem membros do sexo oposto.

A ideia de características complicadas evoluindo para ajudar os machos na competição durante encontros agressivos foi prontamente aceita pelos cientistas logo após a publicação de Darwin. No entanto, a ideia da escolha do parceiro feminino foi recebida com ridículo e não foi seriamente reconsiderada até quase 80 anos depois (Cronin 1991).

Nos 40 anos desde então, houve muito progresso em nossa compreensão de como a seleção sexual opera.

Como funciona a seleção sexual?

seleção sexual pode operar tanto intra quanto inter-sexualmente, sequencialmente ou simultaneamente. Durante a seleção intra-sexual, os membros do mesmo sexo tentam superar os rivais, muitas vezes durante encontros diretosA seleção intra-sexual é tipicamente responsável pela evolução dos armamentos masculinos, como chifres de veado, chifres de besouro e corpos grandes, que fornecem aos indivíduos uma vantagem ao lutar contra competidores em potencial. Indivíduos que são mais capazes de excluir concorrentes, têm uma chance maior de adquirir companheiros e gerar filhos.

Por exemplo, o veado-vermelho macho dominante monopoliza um grupo de fêmeas (também conhecido como harém) lutando constantemente contra os competidores e é o pai da maior parte da prole produzida pelas fêmeas. Em contraste, a seleção intersexual resulta de interações entre os sexos, geralmente envolvendo a escolha do parceiro.

A evolução de elaboradas exibições comportamentais e traços morfológicos muitas vezes pode ser explicada como o resultado da seleção intersexual. Normalmente, as fêmeas tendem a ser mais seletivas, avaliando características morfológicas e comportamentais de parceiros em potencial para determinar quais irão maximizar sua aptidão. Os machos tendem a competir entre si para chamar a atenção da fêmea.

Um exemplo extremo de seleção intersexual pode ser encontrado em espécies onde os machos formam leks onde vários machos se reúnem para exibir às fêmeas.

Fonte: Ana Rosa Calheiro

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