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Pteridófitas – O que são
O termo “Pteridófitas” foi dado por Ernst Haeckel no ano de 1866.
As pteridófitas são consideradas as primeiras plantas terrestres com um sistema vascular bem desenvolvido.
A palavra grega “Pteron” significa pena e “Phyton” significa plantas, são as plantas vasculares sem floração..
Por isso eles podem ser definidos como criptógamas vasculares. Eles são representados por cerca de 400 gêneros e cerca de 10.500 espécies, incluindo plantas vivas e fósseis.
Eles são as primeiras plantas vasculares conhecidas que se originaram no período Siluriano (400 milhões de anos atrás) da Era Paleozóica e subsequentemente se diversificaram e formaram a vegetação dominante na Terra durante o período Devoniano ao Permiano.
O grupo das Pteridófitas compreende as plantas vasculares sem sementes, como as samambaias, cavalinhas, avencas, o samambaiaçu (planta da qual é extraída o xaxim), entre outras.
Pela classificação biológica, o grupo é caracterizado como um táxon artificial. Isso significa que, pelo sistema de classificação artificial, são usados critérios arbitrários para se agrupar os indivíduos.
Ou seja: o sistema artificial classifica os seres vivos com base em determinada característica, sem levar em consideração a morfologia, fisiologia e relações de parentesco entre os seres vivos.
Pteridófitas
Pteridófitas – Características
Entre as características comuns do grupo das “pteridófitas”, pode-se destacar:
Presença de vasos condutores (apresentam xilema e floema)
Não produzem sementes e nem flores
Diferente das briófitas, contam com raízes, caules e folhas.
Estas plantas são encontradas, assim como as briófitas, em ambientes úmidos e sombreados.
No mundo, há cerca de 13.000 espécies de pteridófitas sendo que, no Brasil, as estimativas apontam que há cerca de 1300 espécies. Apenas no estado de São Paulo, por exemplo, há cerca de 600 espécies, com a maioria presente na Mata Atlântica e nas matas das regiões serranas da porção leste, porção central e no interior.
Vale ressaltar que as pteridófitas, enquanto grupo artificial, conta com quatro filos extintos e dois filos atuais. Os filos extintos são Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e Trimerophytophyta.
Já os filos atuais são Lycopodiophyta e Monilophyta. O Lycopodiophyta conta com cerca de 1200 espécies, sendo considerado a divisão mais antiga das plantas vasculares; e Monilophyta com cerca de 11.500 espécies.
Partes da samambaia
Pteridófitas – Habitat
Eles são terrestres, crescem bem em lugares úmidos e sombreados. Algumas crescem bem em áreas abertas e secas como Selaginella lepidophylla (planta de ressurreição) crescem bem em condições xerofíticas. Marsilea, Azolla são um exemplo de pteridófitas aquáticas. Alguns são epífitos, como o pêndulo de Ophioglossum. Lygodium é uma samambaia trepadeira.
Pteridófitas – Corpo da Planta
O corpo principal da planta é esporófito e diferenciado em raízes verdadeiras, caule e folhas.
Pteridófitas – Tronco
Na maioria dos casos, os ramos são herbáceos e alguns são lenhosos. Algumas formas têm haste ramificada dicotomicamente, enquanto algumas formas têm haste monopodial
Pteridófitas – Raiz
As raízes são simples e surgem aventureiramente ao longo dos rizomas perto da base dos caules.
Pteridófitas – Folhas
Eles mostram três tipos de folhas como escama, composto pequeno séssil e peciolado grande. As folhas das samambaias mostram vernação circinada (as folhas jovens são enroladas para dentro).
Pteridófitas – Tecidos vasculares
Os tecidos vasculares são bem desenvolvidos. O xilema é composto principalmente de traqueídeos e os vasos do xilema estão ausentes. O floema consiste em células crivadas, parênquima do floema e células companheiras não presentes.
Pteridófitas – Importância
Entre as pteridófitas, pode-se destacar as samambaias, avencas, cavalinhas e o trevo de quatro folhas. Estas plantas têm importância ornamental, sendo muito utilizadas em paisagismo.
O samambaiaçu também foi muito utilizado para ser transformado em xaxim. Por isso o seu uso é proibido por lei. Vale lembrar que, no Brasil, algumas espécies de samambaia tem os brotos utilizados na culinária, em forma de guisados.
Fonte: Juliano Schiavo (Biólogo e mestre em Agricultura e Ambiente)