Protozoários

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Protozoários – O que são

Os Protozoários são seres unicelulares mais evoluídos, com características idênticas às das células animais (o termo protozoários significa “animais primitivos”).

Têm dimensões microscópicas, mas são maiores que as bactérias.

Podem ter um aspecto gelatinoso e, para se deslocarem, servem-se de ramificações semelhantes a raízes ou cílios, denominados flagelos.

As doenças dos protozoários (como a malária ou a doença do sono, transmitidas por insetos) são muito raras no nosso clima, mas frequentes em ambientes tropicais.

Costuma-se dizer que protozoários incluem organismos amebóides, flagelados, ciliados e produtores de esporos que são capazes de nutrição heterotrófica, tenham ou não cloroplastos, além disto, segundo o Comitê Internacional de Protozoologia, que ainda adota um sistema de classificação utilitário.

Protozoa ou protozoários é um subreino do Reino Protista.

definição de protista tem mudado bastante ao longo dos tempos. Originalmente criado para incluir todos os organismos vivos que nãoo eram nem plantas nem animais, na atualidade inclui uma grande quantidade de organismos que não podem ser considerados um grupo monofilético.

Os protistas já foram subdivididos em algas, fungos e protozoários, com base no modo de nutrição, de locomoção e posteriormente subdivididos segundo o modo de vida dominante. Reconhece-se, por exemplo, que a locomoção amebóide foi adotada em diversas linhagens independentes. Assim, pesquisas nas últimas quatro décadas têm demonstrado que estas divisões são artificiais.

Para o enquadramento dos eucariotos inferiores, uni- e pluricelulares, protozoários sensu stricto e fungos inferiores em uma nova perspectiva, dois eventos foram muito importantes.

O primeiro deles foi a popularização no início dos anos 60 da divisão das linhagens evolutivas procariotos/eucariotos e a segunda a ampla aceitação da hipótese de endossimbiose serial.

A teoria de endossimbiose serial é na atualidade a hipótese mais popular sobre a origem da mitocôndria a captura de um endossimbionte alfa-proteobacterial por um núcleo contendo um hóspede eucariótico semelhante a um extinto protista amitocondrial.

Os dois eventos acima referidos representaram o substrato teórico, enquanto a massa de dados, sobretudo de natureza ultraestrutural, consolidada no início dos anos 70, forneceram o suporte científico necessário à construção de uma nova macrosistemática.

O macrossistema de R.H. Whittaker foi o que obteve maior aceitação (Monera, Protista, Plantae, Fungi e Animalia).

Um deste reinos vem definido como PROTISTA ou PROTOCTISTA um dualismo que é uma questão puramente semântica, sendo que o termo Protista é o mais utilizado na literatura.

O que sabemos é que Protista ou Protoctista, compreende cerca de 200 000 espécies, extintas e recentes, organismos eucariotos, predominantemente microscópicos, com organização unicelular, sincicial, pluricelular e sem tecido protozoários (com cerca de 65000 espécies descritas, das quais a metade é fóssil e 8000 são parasitas), algas e fungos inferiores (fungos mucilaginosos, sensu lato, Myxomicota, zoósporos e flagelados, Mastygomicotina).

Protozoários têm pouca anatomia para comparar, as homologias são incertas e com notável exceção, apenas uns poucos grupos (foramníferos, radiolários, silicoflagelados) deixaram registros fósseis.

Com a introdução de métodos moleculares para a reconstrução da história evolutiva dos protistas, incluindo ai os protozoários, houve uma exasperada busca das possíveis relações filogenéticas desses eucariotos basais, com total desinteresse pela posição de tais grupos nos esquemas de classificação, bem como de sua nomenclatura.

Protozoários
Protozoários

Foi neste cenário, que na metade dos anos 80 surgiram duas propostas similares, uma de Corliss, que consiste na definição e na caracterização de 45 filos subdivididos em 18 reagrupamentos suprafiléticos, dentro do Reino Protista.

A outra, de Margulis, distribui os táxons do Reino Protista em 36 filos subdivididos em grupos de natureza funcional. Nos dois esquemas nenhum táxon é denominado Protozoa.

É interessante notar que o mesmo Corliss, em 1995, propõe seis reinos para os Eukariota e um deles é denominado Protozoa. Alguns grupos de protozoários amitocondriados, como os microsporídeos e os diplomonadidos são colocados num outro reino Archezoa, com suporte molecular (sequenciamento de rRNA) para a condição dita primitiva destes dois grupos.

Na visão da hipótese Archezoa, a origem endossimbiótica da mitocôndria ocorreu relativamente tarde na evolução eucariótica e os diversos grupos de protistas sem mitocôndria teriam divergido antes do estabelecimento da organela. No entanto, descobertas recentes de mitocôndria derivada de genes no genoma nuclear de entamoebas, microsporídios, diplomonadidos sugere que estes organismos descendem de ancestrais portadores de mitocôndrias.

Há portanto filogenias conflitantes.

No Reino Protozoa Corliss propõe 13 Filos (Apicomplexa, Ascetospora, Choanozoa, Ciliophora, Dinozoa, Euglenozoa, Heliozoa, Mycetazoa, Opalozoa, Parabasala, Percolozoa, Radiozoa e Rhizopoda).

Parabasala, por exemplo, que contém as ordens Trichomonadida e Hypermastigida é um grupo monofilético, tendo vários caracteres homólogos, assim como o grupo Euglenozoa que para alguns autores seria formado por quatro subgrupos: euglenidos, kinetoplastidos, diplonemidos e postgardii.

Apicomplexa, Ciliophora e Dinozoa (dinoflagelados) têm sido apontados como um grupo monofilético os Alveolados, devido à presença de alvéolos corticais em sua estrutura.

Vários outros estudos em curso apontam diversos protozoários, incluindo os foramníferos (Rhizopoda) como prováveis candidatos ao grupo dos alveolados.

Enfim, em um ou mais dos esquemas de classificação, um ou mais reinos contêm grupos heterogêneos de diversos táxons e são merofiléticos.

Merece destaque a recente relocação de antigos seres microscópicos considerados protozoários, no grupo dos metazoários, os Mixozoários. Em dois estudos similares nestes parasitos obrigatórios, os autores combinando caracteres morfológicos, de desenvolvimento, dados de sequenciamento de DNA, chegam a duas conclusões- numa eles seriam cnidarios extremamente reduzidos e na outra os autores grupam os Myxozoa com os metazoários bilaterais.

É útil lembrar que nas últimas décadas o conceito de homologia foi estendido ao nível molecular. Deste modo, seqüências de nucleotídios em regiões homólogas de DNA ou seqüências de aminoácidos em proteínas homólogas podem ser comparadas e usadas na construção de cladogramas. É uma grande ferramenta.

Embora os estudos moleculares ainda não tenham conduzido a uma classificação consensual para os protistas, muitos progressos foram feitos. Deste modo, surge agora que os protistas são no melhor dos casos, um grade e não um clade e não formam um táxon monofilético. Ou seja, o Reino Protista não pode ser reconhecido como um grupo natural.

Diante do exposto, é óbvio que uma classificação natural de protozoários, enquanto grupo, ainda está distante e talvez nem ocorra, já que Protista e Protozoa na atualidade são reconhecidamente grupos merofiléticos.

De qualquer modo, classificação de protozoários requer revisão regular pois a microscopia eletrônica moderna e novas técnicas bioquímicas e genéticas disponibilizam suporte científico sobre as relações de várias espécies e grupos de protistas, mostrando freqüentemente que prévias classificações eram incorretas.

Apesar das limitações, é conveniente manter os protistas como uma reunião de organismos por razões ecológicas, biomédicas ou econômicas.

As dificuldades ainda vigentes não podem esconder a potencial contribuição da filogenética de protozoários para a biologia neste começo de século, especialmente para a nossa compreensão da evolução da célula eucariótica, a interação entre os genomas nuclear e citoplasmático e a natureza do parasitismo.

Protozoários – Organismos

Protozoários

Os protozoários são organismos, regra geral unicelulares, que nos seus grupos mais primitivos constituem o nexo de união entre os reinos animal e vegetal.

Há algumas espécies pluricelulares, mas que mais não são que aglomerados de células, sem chegarem ao nível da formação de tecidos.

A forma destes animais pode ser constante ou variável; dispõem de prolongamentos citoplasmáticos (pseudópodes – ex.: ameba) ou estruturas mais ou menos rígidas (cílios ou flagelos) que servem para a deslocação e também para a obtenção de alimentos.

No interior do corpo, dispõem de diversos orgânulos que desempenham distintas funções. Em muitos deles existe uma abertura na membrana celular que serve para a entrada dos alimentos (citostoma) e que por vezes se prolonga numa espécie de faringe (citofaringe). Apresentam numerosos vacúolos digestivos nos quais aproveitam os alimentos.

Frequentemente aparece uma outra abertura da membrana através da qual expulsam para o exterior os resíduos da digestão e do metabolismo (citopígio).

Há também vacúolos pulsáteis ou contrativos que atuam como uma bomba e cuja função é a osmorregulação da célula. Algumas espécies têm uma película semipermeável muito resistente que as envolve, ao passo que as outras estão dotadas de orgânulos defensivos ou ofensivos (cavidades com um filamento extensível) e algumas revestem-se de uma cobertura rígida para suportarem as épocas desfavoráveis (quistos).

Alguns protozoários, em especial os ciliados, dispõem de uma acumulação de pigmento fotossensível (estigma ou mancha ocular). Existem igualmente elementos de suporte interno (concreções de ácido silícico ou de sulfatos) o externo (cápsulas de quitina, de ácido silícico ou de carbonato).

Os protozoários desenvolvem todos os tipos possíveis de alimentação, desde a autotrófica nos grupos inferiores (deste modo relacionados com as plantas) à predadora. Alguns associam-se com algas fotossintéticas; outros são saprófitos e alimentam-se de substâncias em decomposição; alguns são parasitas, provocando diversas doenças tanto nos animais como nas plantas.

Os predadores capturam as presas englobando-as com os seus pseudópodes ou envolvendo-os em cílios ou flagelos a fim de dirigi-los para o citostoma.

Protozoários – Reprodução

A reprodução na maioria dos protozoários é assexuada e faz-se por simples divisão da célula mãe em duas células filhas, ao longo de um plano longitudinal ou transversal, ou ainda, por gemação.

Outros sofrem múltiplas divisões e alguns apresentam reprodução sexuada que pode ser por singamia ou por conjunção.

No primeiro caso os dois indivíduos fundem-se completamente um com o outro e comportam-se como se fossem gâmetas; no segundo os dois indivíduos participantes, que então se chamam conjugantes, unem-se transitoriamente, estabelecem uma ponte citoplasmática entre ambos e através dela trocam material do núcleo.

Os protozoários encontram-se presentes na maioria dos meios do planeta desde que disponha de uma quantidade mínima de líquido através do qual possam deslocar-se. Constituem o elemento primário do plâncton (zooplâncton) o qual, juntamente com o formado pelos organismos vegetais (fitoplâncton) é a base das cadeias tróficas oceânicas. Sendo o primeiro passo da pirâmide ecológica, é deles que depende a existência de todos os outros animais marinhos.

A sistemática desses organismos é complexa, dado que há muitas dúvidas sobre as suas origens e relações, e além disso, nos grupos mais primitivos, os limites que o separam de outros reinos não são bem definidos.

No entanto, admitem-se, de uma maneira geral, quatro grandes grupos de protozoários: os zooflagelados, os rizópodes, os esporozoários e os ciliados, mantendo os dois primeiros estreitas relações de parentesco.

Protozoários – Sistemática

Os zooflagelados caracterizam-se pela presença de um ou dois flagelos e pela existência de um único núcleo. Reproduzem-se assexuadamente por bipartição longitudinal e sexuadamente por singamia, podendo os dois indivíduos ser iguais ou diferentes. O flagelo dispõe, habitualmente, de um corpúsculo basilar de controle e contém no seu interior uma série de feixes de fibrilhas a que se dá o nome de axóstilo.

Os rizópodes deslocam-se e capturam os alimentos com a ajuda de pseudópodes, que podem ser ramificados, filiformes ou em forma de dedo. Têm um ou vários núcleo e podem reproduzir-se por cisão binária, especulação ou plasmotomia. A reprodução sexuada faz-se por singamia. A maior parte de protozoários deste tipo vivem livres e estão habitualmente protegidos por uma membrana rígida ou por uma cápsula dura.

Os mais conhecidos deste grupo são as amibas, algumas das quais provocam doenças nos seres humanos (como por exemplo, a desinteira amibiana).

Os esporozoários não têm orgânulos para a sua deslocação e também não apresentam vacúolos contráteis. Podem ter um ou mais núcleos.

Reproduzem-se por divisão múltipla ou por singamia e todos eles são parasitas internos de plantas ou de animais. Apresentam um ciclo vital muito complexo em que alteram as formas diploides com as formas haploides.

Os mais conhecidos deste grupo são os plasmoides causadores do paludismo.

Os ciliados caracterizam-se pela presença de numerosos cílios que frequentemente se dispõem formando cintas ou campos. Em alguns casos estão dotados de um citostoma. Contêm dois núcleo, um pequeno (micronúcleo), que por vezes se apresenta em grande número, e outro grande (macronúcleo), que participa no processo da conjugação, podendo também reproduzir-se assexuadamente por cisão binária.

Em algumas espécies existe diformismo entre os conjugantes. A maioria dos ciliados vive em liberdade, embora haja algumas espécies parasitas e outras que vivem em comensalismo. A paramécia e a vorticela, que podemos encontrar em qualquer charco, são duas das espécies mais conhecidas.

O que são parasitas protozoários?

Parasitas protozoários são eucariotos, ou organismos unicelulares que possuem estruturas bem desenvolvidas dentro das membranas. Como parasitas, eles obtêm alimento e proteção morando dentro de outros organismos, chamados de hospedeiros. Se entrarem em um hospedeiro humano, esses parasitas podem causar uma grande variedade de problemas.

Alguns protozoários parasitas são responsáveis por doenças graves e às vezes mortais. Outros, como os que infectam o trato gastrointestinal, causam sintomas incômodos, mas geralmente não são fatais.

Esses parasitas podem ser encontrados em todos os lugares: na água, nos alimentos e no solo. Quando infectam seus hospedeiros, os protozoários parasitas geralmente estão na forma de cisto, um estado dormente no qual o organismo se envolve em uma membrana resistente. Como um cisto, o parasita pode sobreviver a condições adversas e viver muito tempo antes de encontrar um hospedeiro.

Depois que o parasita encontra um lar em um hospedeiro, ele muda sua forma para obter nutrição e se reproduzir.

Existem muitos tipos de parasitas. Parasitas intestinais são um problema mundial, especialmente em lugares onde as fontes de água e alimentos estão contaminadas.

Um protozoário parasita intestinal, Entamoeba histolytica, é encontrado em áreas tropicais e subtropicais e é responsável pela disenteria amebiana. Outro parasita intestinal, Giardia lamblia, é comum em áreas temperadas.

Geralmente afeta pessoas que gostam de atividades ao ar livre, como caminhantes e campistas que bebem água imprópria em regiões remotas.

Outros parasitas protozoários infectam o sangue. Alguns dos mais perigosos desses parasitas são os que causam a doença do sono africana, a malária e a leishmaniose, uma doença cujos sintomas iniciais incluem feridas na pele que se espalham com o tempo e danificam o fígado e o baço.

Os protozoários parasitas que causam essas doenças precisam de organismos intermediários como os insetos para infectar os hospedeiros humanos. A doença do sono africana requer moscas tsé-tsé, a malária requer mosquitos e a leishmaniose requer moscas da areia.

O tratamento de protozoários parasitas depende do tipo de parasita e da doença que ele causa. Por exemplo, a giardíase e a disenteria amebiana são tratadas com medicamentos antiprotozoários, como o metronidazol.

A malária deve ser tratada com medicamentos antimaláricos assim que for detectada. A doença do sono africana responde a medicamentos que contêm arsênico.

Os sintomas dos parasitas protozoários variam, dependendo do parasita. Os parasitas intestinais causam vômito e diarreia, enquanto os parasitas que infectam o sangue causam sintomas como calafrios, febre e dor de cabeça. Todas as infecções parasitárias são doenças graves. Pessoas com infecção por protozoário devem consultar seus médicos o mais rápido possível para tratamento imediato.

Para prevenir a infecção por parasitas protozoários, é recomendável que as pessoas lavem as mãos regularmente, evitem colocar as mãos na boca e bebam apenas água tratada.

Fonte: www.terravista.pt/www.pfizer.pt/www.scribd.com/www.wisegeek.com/www.ddcdolphin.com

 

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