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A criança não-nascida com sete semanas (5 semanas depois da concepção)
Há uns anos atrás, ao dar uma anestesia por causa de uma ruptura da trompa de falópio numa gravidez (aos dois meses), deparei-me com o que acreditei ser o ser humano mais pequeno alguma vez visto. O saco embrionário estava intacto e transparente. Dentro do saco estava um minúsculo rapaz humano, nadando vigorosamente dentro do líquido amniótico, estando agarrado à parede uterina pelo cordão umbilical. O minúsculo ser humano estava perfeitamente desenvolvido com dedos longos e suaves, pés e unhas. A sua pele era quase transparente e as artérias delicadas e as veias eram proeminentes até ao final dos dedos. O bebê estava perfeitamente vivo e não parecia, de maneira nenhuma, como as fotografias e os desenhos de embriões que eu tinha visto. Quando o saco foi aberto, o minúsculo ser humano imediatamente perdeu a vida e tomou a forma do que é aceite como a aparência de um embrião nesta fase, extremidades rombas, etc.
0 semanas
Fertilização: o esperma e o óvulo juntam-se na trompa de falópio para formar um ser humano excepcional (único). Unem-se quarenta e seis cromossomas que pré-determinam tudo sobre as características físicas de uma pessoa.
A fotografia à direita é de um óvulo fertilizado, trinta horas depois da concepção. Ampliado aqui, não é maior que uma cabeça de alfinete. Constantemente a dividir-se rapidamente, o embrião em desenvolvimento, chama-se nesta fase zigoto, flutua da trompa de falópio em direcção ao útero.
1 semana
Uma vez no útero, o embrião em desenvolvimento chamado blastocito, procura por um bom local para se implantar, debaixo da superfície do útero. O saco vitelino, que se mostra à esquerda (da página anterior), produz células sanguíneas durante as primeiras semanas de vida. A criança não-nascida tem menos de 0,2 mm de comprimento mas, está a desenvolver-se rapidamente. A coluna vertebral, a espinal medula e o sistema nervoso estão a formar-se. Os rins, o fígado e os intestinos estão a tomar forma.
2 semanas
O embrião produz hormonas que fazem cessar o ciclo menstrual da mãe.
3 semanas
O embrião tem o tamanho de uma passa. No vigésimo-primeiro dia (21), o coração minúsculo do embrião começou a bater. O tubo neural alarga-se em três partes, em breve tornando-se um cérebro muito complexo. A placenta começa a funcionar. A espinha e a espinal medula crescem mais rapidamente que o resto do corpo, nesta fase, e dão a aparência de uma cauda. Isto desaparece à medida que a criança cresce.
5 semanas
São visíveis traços faciais, incluindo a boca e a língua. Os olhos têm retina e lentes. O principal sistema muscular está desenvolvido e a criança não-nascida pratica o movimento. A criança tem o seu próprio tipo de sangue, distinto do da mãe. Estas células sanguíneas são agora produzidas pelo fígado em vez do saco vitelino.
6 semanas
A criança não-nascida, chamada feto, nesta fase, tem cerca de 9-14 mm de comprimento. A pessoa minúscula está protegida pelo saco amniótico, cheio de líquido. Lá dentro, a criança nada e move-se graciosamente. Os braços e as pernas aumentaram de comprimento e podem ver-se os dedos. Os dedos dos pés vão desenvolver-se nos próximos dias. Podem medir-se as ondas cerebrais.
8 semanas
O coração está quase completamente desenvolvido e parece-se muitíssimo com o do bebê recém-nascido. Uma entrada no átrio do coração e a presença de uma válvula de circulação desvia grande parte do sangue dos pulmões, dado que o sangue da criança é oxigenado através da placenta.
Vinte minúsculos dentes de leite estão a formar-se na mandíbula.
10 semanas
As cordas vocais estão completas e a criança pode (e fá-lo muitas vezes, diga-se a verdade!) chorar (silenciosamente). O cérebro está completamente formado e a criança pode sentir dor. O feto pode até chuchar o seu polegar. As pálpebras cobrem agora os olhos e manter-se-ão fechadas até ao sétimo mês para proteger as delicadas fibras nervosas ópticas.
Fonte: paginasvida.no.sapo.pt
Primeiro Trimestre da Gravidez
Uma verdadeira revolução está em andamento no corpo da mulher.
Ao forjar uma nova vida, o corpo feminino é inundado por hormônios. Seios pesados e uma série de mal-estares são os sinais mais evidentes da gestação para a maioria das mulheres.
Enquanto a atenção da gestante se fixa nas alterações corporais, o bebê vai se desenvolvendo em ritmo acelerado: é nesses três meses iniciais que seus principais órgãos se formam e ele deixa de ser um simples embrião para assumir a condição de feto, já com contornos humanos.
O QUE OCORRE COM A MULHER NESSE PERÍODO:
As transformações começam assim que o óvulo é fecundado pelo espermatozóide, na trompa. Enquanto ele desce lentamente em direção ao útero, o ovário, de onde saiu, começa a fabricar os hormônios que alimentarão o desenvolvimento do embrião até meados do segundo mês.
A partir daí, a placenta, totalmente formada, se encarrega do trabalho. Essa operação modifica o perfil hormonal da mulher, tornando-se o motor de suas mudanças corporais e psicológicas.
Antes da gravidez, predominavam no organismo dois hormônios, o estrógeno e a progesterona, que regulam o ciclo menstrual. Depois da fecundação, a predominância é da progesterona e do HCG, ou gonadotrofina coriônica humana.
Essa dupla é que desencadeia os sintomas típicos dessa fase: retenção de líquidos, inchaço, dores e desconfortos nos seios, pernas e barriga, vômito, enjôos, manchas na pele, e aquilo que os médicos chamam de perversão do apetite – o desejo de comer coisas estranhas e fora de hora.
Esses hormônios têm efeito relaxante (para evitar contrações no útero que comprometam a gestação), fazem o intestino trabalhar mais lentamente, causando a prisão de ventre, e promovem bruscas alterações de humor, que levam a gestante do riso ao choro em segundos.
No Final do primeiro trimestre, mediante uma alimentação balanceada, a mulher engordou cerca de 1 quilo. Se sofreu muito com enjôos e vômitos, pode até ter emagrecido.
O QUE ACONTECE COM O BEBÊ:
O ovo chega ao útero, cujas paredes se tornaram mais espessas para acolhê-lo, cerca de uma semana após a concepção e, imediatamente, os filamentos esponjosos de suas células externas fixam-se na mucosa uterina ligando-se, dessa forma, aos vasos sanguíneos da mãe e dando origem à placenta.
Fixa-se ao útero e começa a se multiplicar: forma-se o embrião.
Algumas células do embrião vão formar o cordão umbilical e a membrana que protege o bebê. Outras dividem-se para dar origem ao novo ser.
Ao se fixar no útero, o embrião ainda é menor que um grão de arroz.
Ao ingressar no segundo mês de gestação, estará flutuando numa bolsa de líquido: já terá cérebro, espinha e um sistema nervoso central simples.
O coração começa a pulsar na sexta semana, época em que se delineiam pernas e braços e as células ósseas iniciam seu desenvolvimento. Os ouvidos estão em formação e o rosto se esboça com nariz e boca. A língua também é incipiente.
No início do terceiro mês, o bebê terá, aproximadamente, o tamanho de um morango. Nessa etapa o seu esqueleto vai se definir – caixa craniana, coluna vertebral, costelas e tíbia -, mas o principal progresso é o neurológico. O organismo da criança produz cerca de 5 mil células neuronais por segundo, para consolidar a formação do sistema nervoso.
Com músculos e articulações formados, já curva os dedos dos pés, fecha as mãos, abre e fecha os lábios, faz biquinho, xixi, suga o líquido à sua volta.
Ele termina o primeiro trimestre com todos os seus principais órgãos internos formados (a maioria funcionando). Está mais protegido contra infecções e drogas e escapa do maior período de risco para malformações congênitas. Pesa em torno de 18 gramas e mede cerca de 6,5 centímetros de comprimento – o equivalente a uma pêra.
1. Com seis semanas, delineiam-se no embrião as pernas e os braços.
2. Com 12 semanas, ele já tem os principais órgãos formados.
Fonte: intervox.nce.ufrj.br
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