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Durante muito tempo, temos ignorado a posição mais eficaz para dar à luz: de cócoras.
As vantagens do Parto de Cócoras, desde há muito conhecida, mas a medicina moderna tem ignorado essas posições que eram mais vantajosas para a visão do profissional e o uso de instrumentos como fórceps, estribos e extratores de vácuo.
O que é
Parto de cócoras: é um parto de origem indígena. A mulher tem seu filho de cócoras, auxiliadas pela gravidade e pela musculatura. Raramente é feita a episiotomia nesses casos.
De todos os partos alternativos, talvez seja o parto de cócoras o mais antigo e mais bem entendido pelos especialistas. As índias já o fazem há muitos séculos, geralmente junto à margem dos rios, próximo de suas tabas. Elas se agacham, apoiando-se nos calcanhares e, nesta posição, conseguem maior força para empurrarem o nenê para baixo.
Há vários benefícios desta posição. Primeiro, as costas da mulher ficam mais retas, e os músculos de um lado e do outro da coluna, na região lombar, ficam relaxados. Além disso, há alongamento dos músculos ísquio-tibiais, da região posterior da coxa, ocorrendo menos cãibra muscular. O fundamental é que, nesta posição, a abertura inferior da bacia óssea aumenta, facilitando a saída do bebê. Outro beneficio adicional é que, fixando a bacia, a força da musculatura abdominal encontra-se toda liberada para empurrar a criança pelo canal de parto. A criança também é mais facilmente empurrada, porque sua orientação fica bem adequada, coincidindo os maiores eixos da criança, do útero e da bacia.
Sabe-se também que, nessa posição, o tempo de trabalho de parto fica menor, por todas estas razões.
Agora, se há tanta coisa boa nisso, porque então não se fazem todos os partos nessa posição?
A resposta é simples: tente você ficar nesta posição por mais de 10 minutos. Conseguiu? Não?!
Então, não se desespere, pois você é igualzinha a todas as outras mulheres que moram em cidades e que nunca foram ao rio, nem para lavar roupa, nem para fazer suas “necessidades”.
O fato é que a mulher ocidental e urbana não está acostumada a permanecer nesta posição. As índias conseguem, porque treinam desde criança, e a musculatura e até a parte óssea já estão amoldadas à posição.
Tanto isso é verdade que os locais onde se pratica esse tipo de parto há sempre uma “cerca” de metal, para a mulher se apoiar. Se não fosse este dispositivo de apoio, a mulher não conseguiria se equilibrar, de cócoras, tanto tempo. Mesmo assim, nem toda mulher consegue se apoiar nisso por muito tempo, pois, como a musculatura não está acostumada, é freqüente o surgimento de cãibras. Por isso, quando a mulher e o obstetra optam por este tipo de parto, é necessário que se faça uma preparação de fisioterapia alguns meses antes, para alongar a musculatura envolvida.
O grande problema em relação a este tipo de parto ainda é outro. A imensa maioria das maternidades não está preparada para isso, porque não possuem a tal “cerca” de apoio, a qual, para funcionar direito, também necessita estar disposta num tipo de “pedestal”, para que o médico não precise também ele ficar agachado. Ou seja, há necessidade de toda uma organização diferenciada da sala de parto. Além disso, havendo algum tipo de laceração, que necessita de reparo cirúrgico, com pontos, isso não será possível nesta sala, e a paciente terá de mudar de sala, mesmo sangrando.
Na prática do dia-a-dia, no entanto, os obstetras mais experientes já adaptam algo deste tipo de parto na sua assistência ao trabalho de parto. Por exemplo, na fase de dilatação, a gestante não precisa ficar deitada na cama o tempo todo. Ela pode caminhar pelo quarto, ou pelo espaço do pré-parto, e pode até se agachar de tempos em tempos. Depois, quando já se encontra na fase do expulsivo, a paciente não precisa ficar concretamente de cócoras, mas a mesa ginecológica onde ela vai estar pode ser adaptada de uma forma muito fácil para uma posição de “semicócoras”, onde o dorso dela se eleva e as pernas se fletem acentuadamente sobre o próprio ventre.
Nesta posição adaptada, muitos dos benefícios da posição original são recuperados. O estreito inferior da bacia se alarga e o esforço da mãe será menor e mais bem sucedido.
Assim, mais uma vez, o parto “alternativo” acaba sendo uma possibilidade de adaptação ao parto normal, onde a sensibilidade do obstetra permite variações para otimizar o resultado, que é o mesmo esperado para qualquer paciente: um filho vivo, saudável, num processo de realização pessoal e familiar.
Fonte: www.drgalletta.com.br
Parto de Cócoras
Posição Indígena ou de Cócoras
As mulheres de tribos indígenas utilizam posições verticais -sentada, em pé, de joelho ou de cócoras, tendo assim estas opções de posições para maior conforto e comodidade para dar à luz a seu bebê.
O parto de cócoras foi introduzido na cultura ocidental após a observação do processo de parturição em índias. Essa postura aumenta em 28% a área do plano de saída da pelve ou em 1,0 a 1,5cm os diâmetros do estreito inferior da bacia. A flexão das coxas sobre o abdome também contribui para uma retificação da curvatura lombossacra e rotação superior da sínfise púbica, aumentando os diâmetros de saída da bacia e facilitando o desprendimento cefálico e dos ombros.
Os exercícios de levantar e abaixar de cócoras são um recurso fisioterápico eficaz para fortalecimento da musculatura perineal e dos membros inferiores durante o pré-natal e devem ser encorajados quando a gestante decide ter o parto nessa posição. Apesar desses benefícios, é uma postura desconfortável para as mulheres ocidentais, gerando cãibras e dores musculares, e dificulta a realização de manobras extrativas ou episiotomia pelo atendente, quando necessário.
A posição de cócoras no momento do parto aumenta a produção de endorfinas (substâncias analgésicas produzidas pelo próprio organismo que se encontram aumentadas nas grávidas que realizam atividade física). O aumento da endorfina permitirá que no momento do parto as contrações sejam melhor toleradas.
Fonte: www.geocities.com
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