Maré Vermelha

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Maré Vermelha – O que é

maré vermelha é um fenômeno que ocorre em todos os mares do mundo. Deve-se ao fato de uma proliferação excessiva de algas motivada por condições favoráveis como mudanças de temperatura, alteração da salinidade, despejo de esgotos diretamente no mar, etc.

O fenômeno da maré vermelha, provocado pelo excesso de algas microscópicas.

maré vermelha é um fenômeno natural que provoca manchas de coloração escura na água do mar.

Maré Vermelha trata-se da proliferação excessiva de algumas espécies de algas tóxicas, muitas delas de cor avermelhadas, que ocorre nos mares de todo o planeta. Quando isso acontece, grandes manchas vermelhas são vistas nas superfície da água.

Sob essas condições elas se multiplicam rapidamente vindo para a superfície formando extensas manchas de cor amarronzada.

Uma vez na superfície produzem toxinas que matam cardumes inteiros e quando levadas pelos ventos e correntezas elas entram nas baías, enseadas e lagunas completando seu efeito devastador.

Na costa brasileira, segundo biólogos de renome, esse fenômeno pode acontecer, porem a maré vermelha provocada por algas tóxicas são casos raros visto que pouco se tem notícia desses acontecimentos.

O fenômeno da maré vermelha ocorre em situações peculiares tais como:

Alteração na salinidade:

A alteração da salinidade ocorre, entre outros fatores, em função da pouca lâmina d´água, temperatura elevada, pouca correnteza, períodos de baixa-mar na maré grande e presença de bancos de areia que represam as águas em determinadas épocas do ano, chuvas em demasia nas cabeceiras dos rios, abertura de comportas das represas, etc.

Mudanças de temperatura

Geralmente as algas são encontradas em grandes profundidades.

Nos meses mais quentes as mudanças de temperatura com a consequente alteração da salinidade e o recebimento de cargas orgânicas lançadas pelos rios, chuvas torrenciais e lançamento de esgotos, criam um ambiente propício à proliferação das algas que se multiplicam de forma descomunal subindo à superfície. Ali elas liberam toxinas que matam cardumes, mariscos e todos os demais seres vivos do ambiente aquático.

Despejo de esgotos:

Os esgotos que lançam seus detritos nas águas fluviais ou marinhas “in natura” ou tratados inadequadamente favorecem a multiplicação excessiva das algas pela grande carga de nitrogênio e fósforo contidos nessas águas.

Fartura de alimento

Além dos esgotos, os manguezais, que são os maiores produtores de matéria orgânica para o mar, fornecem grandes cargas de alimentos para as algas.

Em locais onde existem extensas áreas desse ecossistema torna-se favorável o surgimento do fenômeno da maré vermelha.

Entretanto, isso não quer dizer necessariamente que onde haja manguezal tenha que acontecer as marés vermelhas com certa frequência.

Aliás, nem toda maré vermelha é formada por algas tóxicas.

Pouca profundidade

A pouca profundidade com o rápido processo de re-suspensão de sedimento pela ação dos ventos e a migração diurna do fundo para a superfície nesses ambientes, sob elevadas temperaturas explica a ocorrência de células vegetativas no plâncton.

Condições geoquímicas

As condições geoquímicas de um sistema estuarino ou lagunar não são favoráveis, sob certas condições, para combater o fenômeno por se tratar de um sistema semifechado no caso das lagunas e com a enchente da maré no caso dos estuários quando o rio corre mais devagar.

Sob essas condições as algas se multiplicam muito rapidamente e de forma exponencial chegando a milhões delas por litro de água.

maré vermelha, que nem sempre apresenta esse aspecto, é um fenômeno biológico convencionalmente associado à proliferação excessiva de algumas espécies de algas; muitas delas de cor avermelhada, e que ocorre no mundo inteiro.

Em situações favoráveis como as mudanças de temperaturas, alteração da salinidade, liberação de nitrogênio e fósforo, pelo lançamento de esgotos “in natura” ou inadequadamente tratados nos rios e estuários, as algas se reproduzem em escala geométrica produzindo o fenômeno conhecido como “Maré Vermelha”.

Processo run off (escoamento)

O excesso de chuvas traz consequências desagradáveis para o ambiente.

As águas das chuvas carreiam muitos materiais poluentes do solo para os rios que se elevam alem de suas margens transportando todo esse material para o mar.

Em locais onde existem barragens a abertura de suas comportas provoca o mesmo efeito conhecido como processo runoff (escoamento).

As toxinas

As marés vermelhas podem ser prejudiciais ou não. As toxinas produzidas pelo fitoplâncton destroem a vida marinha a sua volta matando peixes, crustáceos, etc., além de provocar irritação no sistema respiratório e na visão das pessoas e dos animais.

Os frutos do mar contaminados por essas toxinas não são próprios para o consumo humano. O consumo desses alimentos causa dormência na boca, perturbações gástricas e pode até matar.

As ficotoxinas que podem chegar ao homem pela ingestão de organismos marinhos contaminados estão classificadas em quatro grupos:

Intoxicação paralítica por marisco: Toxina Paralítica de frutos do mar. Os efeitos predominantes são neurológicos e consistem de formigamento e dormência da face, braços e pernas, queimação, torpor sonolência, fala incoerente, ausência de coordenação muscular, sensação de flutuação e paralisia respiratória. Cerca de 20 toxinas responsáveis pela intoxicação paralítica são derivadas da saxitoxina.
Intoxicação diarrética por marisco: 
Toxina Diarréica de frutos do mar. A DSP causa principalmente desordem gastrintestinal com náuseas, vômitos, diarréia e dor abdominal acompanhada de calafrios, dor de cabeça e febre. Presume-se que a DSP seja causada por um grupo de poliésteres de elevado peso molecular, incluídos o ácido okadaico, a toxina dinophysis, a pectenotoxina e yessotoxina.
Intoxicação amnésica de marisco: 
Amnésia de Frutos do Mar. A ASP é caracterizada por uma desordem gastro intestinal, com vômitos, diarréia, dor abdominal e, problemas neurológicos com confusão, perda de memória, desorientação, apreensão e coma. Na ASP a recuperação é lenta e é causada por um aminoácido raro o ácido domóico que é um contaminante químico dos frutos do mar.
Intoxicação neurotóxica por marisco: 
Toxina Neurotóxica de frutos do mar. Sintomas gastrintestinais e neurológicos caracterizam a NSP. Esta toxina causa paralisação dos lábios, língua e garganta, dores musculares, vertigem, reversão da sensação de calor e frio, diarréia e vômitos. A morte é rara e a recuperação ocorre entre dois e três dias. A NSP é o resultado da exposição a um grupo de poliésteres denominados brevetoxinas.
As algas nocivas que causam danos ao homem e aos animais são as espécies dos grupos das diatomáceas, dinoflagelados, rafidofitas, prymnesiofitas, cianofitas etc.

A bioluminescência

Durante o dia a mancha provocada pela maré vermelha é claramente visível.

À noite com o movimento das ondas pelos ventos e passagem de embarcações sobre essa mancha provoca uma fosforescência espetacular de cor azul.

Isto é causado pelo plâncton dinoflagelado que emite essa luminescência quando são perturbados.

As Algas

Maré VermelhaMaré Vermelha

As pertencem ao ramo das Talófitas e geralmente são autótrofas, isto é, possuem pigmentos clorofilados associados a um dispositivo químico adicional que permite a realização da fotossíntese.

As algas do plâncton são organismos microscópicos espalhadas por todos os mares em enormes quantidades e variedade diminuta. São encontradas também na zona litorânea como componentes do benton e, não se sabe se existe afinidade entre estas e as do fitoplancton.

Algumas bactérias marinhas assemelham-se às algas verde-azuladas, isto é, às cianofíceas. Contudo deve-se observar que existe uma diferença fundamental entre as mesmas. É quanto ao processo fotossintético.

O mecanismo de fotossíntese das algas verde-azuladas é basicamente, semelhante ao das plantas superiores ao passo que as bactérias podem ser fotossintéticas ou não.

O processo fotossintético das bactérias ocorre sem a formação de oxigênio e somente em condições anaeróbias.

Dentre as mais de cinco mil espécies que se tem conhecimento, apenas um insignificante número delas produz toxinas. As algas nocivas como as do grupo das diatomáceas, dinoflagelados, radiofitas, prymnesiofitas, cianofitas, etc., chegam ao homem via ingestão de peixes, crustáceos, molusculos, etc. As ficotoxinas assim ingeridas produzem efeitos paralisantes, diarreíco, amnésicos e neurotóxico.

As ficotoxinas são compostas por várias classes de biomoléculas com mecanismo e funções ainda sob estudo. Algumas delas têm efeitos antibióticos contra bactérias ou outras algas.

O termo alga sob o ponto de vista da classificação natural é artificial, visto que reúne diversos tipos de organismos, nem sempre relacionados diretamente entre si.

Além de causar danos ao homem as algas nocivas degradam o meio ambiente, mesmo quando não provocam as marés vermelhas, num processo lento e letal que aniquila o plâncton, a flora e consequentemente a fauna que se alimenta de animais presentes nos ambientes salinos ou salobros.

Alguns tipos de algas

Euglenofita – Algas verdes, nucleadas, unicelulares, clorofiladas que podem nadar pelo batimento do flagelo que possuem.
Possuem uma mancha denominada de “mancha ocelar” ou “estigma” que sente as variações da intensidade luminosa, fazendo com que a alga mergulhe ou suba para a superfície, quando a luz é fraca ou intensa demais.
Na luz fazem fotossíntese e são autótrofas e no escuro se alimentam por fagocitose, como os animais.

Pirrófita

Algas unicelulares, nucleadas, com dois flagelos e revestidas por placas de celulose, como se fossem escamas de peixe.
Também possuem “mancha ocelar”, como a Euglena.
São importantes, pois, em condições de superalimentação, podem se reproduzir explosivamente, causado a “maré vermelha“.
Têm um gênero, denominado Noctilluca, que é luminescente, fazendo que, em noites escuras, o mar brilhe como se estivesse cheio de vaga-lumes.

Crisófita

Algas douradas, uni ou pluricelulares cuja característica mais marcante é a membrana celular impregnada de sílica.
Delas, o grupo mais importante é o das Diatomáceas, unicelulares, que forma uma carapaça denominada “frústula”, formados por duas tampas que se fecham como se fosse uma caixa de sapatos.
Quando morrem as f’rústulas afundam, formando um sedimento denominado diatomido, que é usado para a fabricação de cerâmicas, pasta de dentes e dinamite.
Clorófita – Algas verdes, uni ou pluricelulares, que podem ser encontradas praticamente em quaisquer ambientes úmidos.
Nos seus cloroplastos pode ser encontrado um grão de amido com albumina: o “pirenóide”.
O grupo das Conjugatae têm uma forma especial de reprodução, denominada “conjugação”, na qual duas algas filamentosas se acoplam através de uma “ponte nupcial”, passando o material genético de uma (macho) para a outra (fêmea).
Na evolução dos vegetais, provavelmente, deram origem às plantas terrestres.

Feófita

Algas pardas, predominantemente marinhas, muito evoluídas, podendo apresentar falsos tecidos.
De sua membrana é extraído o ácido algínico, usado na industria de alimentos e por dentistas.
Formam o “mar dos sargaços”, podem ser comestíveis e são usadas como adubo.

Rodófita

Algas vermelhas, com talos maciços e ramificados.
Têm carbonato de cálcio na membrana e delas se extrai o agar-agar, usado em laboratórios e em alimentos.
Vivem fixas no fundo dos oceanos (bentônicas).

Maré Vermelha – Resumo

Maré Vermelha
Maré Vermelha

Fim de março, começo de abril. A calmaria de nossas marés já não é a mesma. Aos poucos, uma certa agitação, movimentos de correntes marítimas subaquáticas, fazem-se perceber na superfície, aquecendo as águas, que começam a apresentar uma estranha alteração cromática.

maré vermelha é um fenômeno que intriga os cientistas de todo o mundo. O acúmulo de algas de coloração avermelhada altera a aparência do mar e gera turbulências atmosféricas, pelo excesso de gases tóxicos emitidos.

Suas causas ainda são um mistério: enquanto alguns acusam o aquecimento global, outros culpam o imperialismo dos países desenvolvidos e a exploração dos países do Atlântico Sul.

Uma corrente de águas quentes, que surge no Mar do Caribe, passa pela costa norte da América do Sul e chega até o litoral brasileiro, gerando uma corrida desenfreada de banhistas às nossas praias.

Por conta disso, é necessário mostrar os riscos à saúde causados pela maré vermelha. O mar agitado costuma derrubar os castelos de areia.

As algas que abundam nessa época são conhecidas por suas propriedades alucinógenas. Transtornos obsessivos, paranóia e regressão são alguns dos possíveis efeitos colaterais da ingestão dessa alga ou mesmo da exposição contínua às águas contaminadas.

Há uma certa seita cujos membros tomam chá dessa alga, e acreditam ser iluminados, numa experiência transcendental sem par. As populações praieiras também afirmam seus poderes afrodisíacos, e juram que ela é capaz de fazer maravilhas. Mas todos sabemos que isso é apenas uma história para seduzir os turistas e lhes vender o elixir miraculoso…

Outro grave problema ambiental decorrente da maré vermelha é a pesca predatória. Muitos pescadores lançam suas redes, pescando peixes que ainda não atingiram a idade de reprodução (parece que eles são atraídos quimicamente pelas algas), o que causa um grande desequilíbrio ecológico.

Embora seja um fenômeno constante, a maré vermelha apresenta dois ciclos de grande intensidade: o primeiro fluxo, de março a abril, e o refluxo, de outubro a novembro. Portanto, fique especialmente atento ao se banhar em nossas praias nessas épocas do ano. Não se deixe levar pela correnteza.

Maré Vermelha
Maré Vermelha – Algas tóxicas não apenas mudam a cor do mar
como matam várias espécies

Em certas ocasiões, devido a condições favoráveis de temperatura, pressão e densidade, alguns microorganismos podem se multiplicar rapidamente e crescer excessivamente em número.

As células se dividem com velocidade, de forma exponencial e em pouco tempo podem somar vários milhares por litro.

A água se transforma em um “caldo” repleto de organismos microscópicos. Uma boa notícia é que, em consequência do crescimento, existe grande fartura de alimento que está disponível para ser incorporado ao longo da cadeia trófica.

O crescimento excessivo ou floração é algo semelhante ao que ocorre numa piscina quando nela não é adicionado nenhum herbicida, como o cloro, por exemplo.

A cor da água é resultado da cor dos microorganismos que nela se encontram. Se há presença de organismos do tipo Cianobactéria trichodesmium ou parda, pode dar uma tonalidade esbranquiçada ou marrom à água.

Se os organismos têm coloração vermelha, como o ciliado autotrófico Mesodinium rubrum ou certos dinoflagelados, a água se torna vermelha.

Este fenômeno é conhecido como maré vermelha.

O termo tem sido substituído por florações de algas nocivas (FAN), uma vez que nem sempre a tonalidade da água com florações é vermelha.

A mudança na cor das águas causada por microorganismos é conhecida do homem desde longa data. A alteração na cor pode ser tal, que em alguns casos se assemelha a sangue.

Os finlandeses atribuíam a coloração vermelha das águas à menstruação de baleias. Alguns pesquisadores relacionam a sétima praga do Egito, narrada em Êxodos, na bíblia, a uma maré vermelha.

O capítulo narra que, entre outras pragas, a água do Nilo se tornou sangue imprópria para o consumo. De fato, conforme os organismos presentes na água, esta se torna imprópria para o consumo humano e também a outros organismos.

Organismos responsáveis pela coloração das águas

Maré Vermelha
Maré Vermelha

Organismos microscópicos que causam coloração das águas pertencem a diferentes grupos, incluindo desde verdadeiramente vegetais (autotróficos fotossintéticos) até protozoários (heterotróficos).

A classificação em alguns casos é confusa. Certos organismos, como alguns protozoários, ora se comportam como vegetais, fazendo fotossíntese, ora como animais. O termo alga, do ponto de vista da classificação natural é artificial, uma vez que reúne diversos tipos de organismos, nem sempre diretamente relacionados entre si. Mesmo assim o termo continua sendo utilizado. As algas nocivas, que causam danos ao homem ao ambiente, incluem espécies dos grupos de diatomáceas, dinoflagelados, rafidofitas, prymnesiofitas, cianofitas e outros.

Tipos de florações

As florações são induzidas por alterações na salinidade e temperatura da água do mar, pelo excesso de nutrientes devido ao despejo de esgoto doméstico e por correntes marítimas ou marés.

Há três tipos de florações:

1º: Florações geradas por espécies de Dinoflagelados, Diatomáceas, Cyanobactéria, ciliados e outros flagelados. Estas florações acarretam na perda da qualidade de água dada redução na transparência ou, em certos casos, em ambientes de circulação restrita, diminuição de oxigênio na coluna de água e no sedimento. Estas florações também podem causar a morte de recursos naturais ou cultivados que não a conseguem evitar tais espécies.
2º:
 Florações geradas por espécies como os Dinoflagelados pelágicos, que produzem toxinas que podem ser acumuladas na cadeia trófica e causar distúrbios gastrintestinais e neurológicos em humanos e outros animais superiores. Toxinas paralisantes do grupo da saxitoxina (Paralitic shellfish poisoning – PSP).
: Florações quem em geral não são tóxicas a humanos, mas são nocivas a outros organismos marinhos, como moluscos e peixes, principalmente em cultivos intensivos, por intoxicação, dano ou oclusão do sistema respiratório das brânquias ou outros meios. São causadas por alguns tipos de dinoflagelados como o Alexandrium tamarense e o Gyrodinium aureolum.

Danos causados por algas nocivas

AS ficotoxinas estão compostas por diversas classes de biomoléculas com função e mecanismos de síntese ainda não totalmente conhecidos. Algumas delas têm efeitos antibióticos contra bactérias ou outras algas.

Considerando-se as mais de 5000 espécies conhecidas, apenas uma pequena parte delas produz toxinas.

Dado o tipo de molécula ou sintomas gerados em pessoas intoxicadas, as ficotoxinas que podem chegar ao homem via ingestão de mariscos contaminados são agrupadas em quatro grupos.

São eles:

1º: Envenenamento paralisante por consumo de mariscos;
2º:
 Envenenamento diarréico por consumo de mariscos;
3º:
 Envenenamento amnésico por consumo de marisco;
4º:
 Envenenamento neurotóxico por consumo de mariscos;

Recentemente um novo grupo de toxinas azaspiracids foi descoberto no litoral da Irlanda (AZP). Além destes venenos, existem outros, inclusive aqueles que podem chegar ao homem via peixes.

A ciguatera é uma síndrome comum em regiões tropicais, associada à intoxicação por consumo de alguns peixes carnívoros que habitam corais. Certas espécies de peixes da família dos baiacus (Tetradontidae), possuem altas concentrações de uma potente toxina, a tetradotoxina, que pode causar a morte por paralisia.

Os moluscos geralmente não são sensíveis, mas podem acumular estas toxinas, que podem atingir o homem e outros mamíferos através da ingestão destes.

Os primeiros efeitos de intoxicação, no homem, podem aparecer imediatamente ou até 24 horas após o consumo de peixes ou frutos do mar contaminados. Os sintomas são dormência na boca, perturbações gastrintestinais, diarréia, fraqueza ou paralisia respiratória ou cardiovascular e, dependendo da quantidade de toxinas ingeridas, a morte.

O fenômeno da maré vermelha termina quando o ambiente volta às condições normais ou com a ocorrência de ventos suficientes para dispersar algas ou diminuir a temperatura da água. Mesmo assim, os moluscos teriam de ser examinados para se verificar o grau de contaminação, porque são filtradores de água e acumulam as toxinas.

No sentido de minimizar danos causados por algas tóxicas, programas de monitoramento de algas nocivas ou controle de níveis de toxinas em frutos do mar são desenvolvidos em diversos países. Em muitos, a comercialização de moluscos, por exemplo, é regida por lei e normas específicas.

No Brasil, ainda não existe legislação específica sobre o assunto. No entanto, com o crescente aumento no cultivo e produção de moluscos, a tendência é a introdução, à semelhança de países inclusive do MERCOSUL, de normas que assegurem a qualidade do produto.

Fonte: br.geocities.com/www.hidro.ufcg.edu.br/stoa.usp.br/www.meumundo.americaonline.com.br/web.uvic.ca

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