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Macroevolução – Definição
A macroevolução pode ser definida simplesmente como evolução acima do nível da espécie, e seu assunto inclui as origens e os destinos das principais novidades, como membros de tetrápodes e asas de insetos, o aumento e diminuição de linhagens multiespécies em escalas de tempo longas e o impacto de deriva continental e outros processos físicos no processo evolutivo.
Com sua perspectiva de tempo única, a paleontologia tem um papel central a desempenhar nesta área: o registro fóssil fornece uma janela empírica direta para padrões evolutivos em grande escala e, portanto, é inestimável tanto como um documento de fenômenos macroevolutivos, quanto como um laboratório natural para o enquadramento e teste de hipóteses macroevolucionárias.
A macroevolução é o processo pelo qual novas espécies são produzidas a partir de espécies anteriores (especiação). Também envolve processos que levam à extinção de espécies.
Essas mudanças geralmente abrangem longos períodos de tempo (mas também podem acontecer rapidamente).
Exemplos de macroevolução incluem: a origem das formas de vida eucarióticas; a origem dos humanos; a origem das células eucarióticas; e extinção dos dinossauros.
Em contraste, a microevolução envolve mudança evolutiva no nível da população e é definida por mudanças na frequência de alelos dentro da população ao longo do tempo.
Essas mudanças ocorrem em períodos de tempo relativamente curtos.
Mudanças graduais acumuladas em duas populações que impedem seu cruzamento podem levar à formação de uma nova espécie.
Macroevolução – O que é
A macroevolução é o termo usado para nomear qualquer mudança evolutiva em/ou acima do nível de espécie, algumas das mudanças que ocorrem nos níveis superiores, como o surgimento de novas famílias, novos filos ou gêneros, são considerados eventos macroevolutivos.
A macroevolução tem como explicação principal a Teoria do Equlíbrio Pontuado, proposta por Stephen Jay Gould que nos diz que, uma vez que as espécies foram originadas e estão adaptadas ao seu nicho ecológico, estas tendem a permanecer como estão pelo resto da existência, e somente um evento raro poderia proporcionar mudanças evolutivas, em geral rápidas e de grande significância.
A aparição dos primeiros tetrápodes data do final do Devoniano, há aproximadamente 360 milhões de anos atrás, tem como principais representantes o Ichthyostega e o Acanthyostega, animais aquáticos, pois possuíam brânquias e nadadeiras lobadas composta por dedos. Os tetrápodes então deram origem a vários grupos terrestres, tendo sobrevivido até a atualidade dois grupos distintos de animais os anfíbios (anamniotas) e o outro ramo dos tetrápodes vivos os mamíferos, tartarugas, aves e répteis (amniotas).
Esta passagem para o ambiente aquático para o ambiente terrestre envolve uma série de transformações anatômicas e fisiológicas, complexas e que demandariam muito tempo para que ocorressem, caso fossem explicadas pelo gradualismo filético de Darwin, por exemplo.
Estudos recentes mostram que o intervalo de tempo geológico entre os peixes e os primeiros tetrápodes é bem pequeno o que sugere que tenham acontecido eventos evolutivos baseados em macroevolução.
Duas versões para o Ichthyostega
Uma das mais impressionantes é a transformação de órgãos locomotores adaptados a ambientes aquáticos (nadadeiras) para órgãos locomotores adaptados a ambientes terrestres (patas), que segundo as hipóteses se desenvolveram dentro da água, para depois tomarem o ambiente terrestre.
No entanto, os animais devem ser funcionais ao seu ambiente e como um animal aquático com patas poderia ter sobrevivido num ambiente aquático, para deixar descendência, e serem selecionadas positivamente pelo ambiente, nos moldes mais clássicos da tão famosa evolução?
Há de se considerar que os ambientes aquáticos estavam se modificando, e estavam cada vez mais rasos e com plantas aquáticas, de modo que uma nadadeira lobada era interessante na hora da locomoção e caça para estes animais. A ida ao ambiente terrestre era uma boa maneira de escapar dos predadores aquáticos e de arrumar alimento extra.
Animais com quatro patas e cada vez mais com comportamentos especializados na água e ocupavam vários nichos neste ambiente e foram os precursores dos tetrápodes.
Logo, a adaptação a uma vida terrestre não aconteceu como a hipótese anteriormente aceita que os peixes saiam de suas poças para irem para outras (e ai começaram a ficar por ali mesmo na terra), pois se assim fosse eles estariam provavelmente, como peixes até hoje, e não teríamos esta irradiação adaptativa que os tetrápodes conseguiram ao ocuparem os nichos vagos do ambiente terrestre.
Macroevolução – Espécie
Em ciência, quando o prefixo grego macro aparece antes das palavras, significa grande, bem como micro significa pequeno..
Por exemplo, um macrófago é uma célula maior que o normal, mas ela é apenas algumas vezes maior que outras células, e não algo extremamente grande.
Atualmente, na biologia evolutiva, a palavra macroevolução é usada em referência a qualquer mudança evolutiva a nível de espécie ou acima dela. Significa a divisão de uma espécie em duas (especiação ou cladogênese do grego, origem do ramo) ou as mudanças numa espécie ao longo do tempo (anagênese).
Algumas das mudanças que ocorrem nos níveis mais superiores, como a evolução de novas famílias, filos ou gêneros, são também macroevolução, mas o termo não é restrito à origem destes taxa elevados.
Microevolução, por outro lado, refere-se a qualquer mudança evolutiva abaixo do nível específico, e também a mudanças na freqüência dos alelos (genes alternativos) em determinada população, e seus efeitos na forma, ou fenótipo, dos organismos que constituem esta população ou espécie. Pode-se considerar que a macroevolução é a evolução dos genes entre as espécies, ou inter-específica, enquanto a microevolução é a evolução dos genes dentro da espécie, ou intra-específica.
Existem várias dinâmicas macroevolutivas
A Teoria do Equilíbrio Pontuado propõe que uma vez que as espécies foram originadas e estão adaptadas ao novo nicho ecológico em que se encontram, estas tendem a permanecer como estão pelo resto da existência.
O Gradualismo Filético sugere que as espécies continuam a se adaptar a novas mudanças durante o curso de usa história natural.
As Teorias da Seleção de Espécies e da Divisão de Espécies afirmam que há processos macroevolutivos que determinam mais ou menos que certas espécies existirão por um longo período de tempo antes de extinguirem-se, um tipo de paralelo com o que acontece com os genes na microevolução.
História do Conceito de Macroevoluçaõ Na Síntese Moderna do Neo-Darwinismo, desenvolvida no período entre 1930 e 1950 com a conciliação da evolução pela seleção natural e da genética moderna, macroevolução é considerada como os efeitos combinados dos processos macroevolutivos. Nas teorias que propõem evolução ortogenética (literalmente, linha evolutiva direta), a macroevolução é considerada um processo e de um calibre diferente da microevolução.
Ninguém tem sido hábil a elaborar um bom caso de ortogênese desde os anos 50, especialmente a partir da descoberta da genética molecular, entre 1952 e até o fim dos anos 60.
Anti-evolucionistas argumentam que estas não são evidências de processos macroevolutivos. Entretanto, teóricos alegam que o mesmo processo que causa mudanças das freqüências alélicas intra-específicas podem ser extrapolados para mudanças interespecíficas, portanto, este argumento falha, a não ser que sejam descobertos mecanismos para prevenção de microevolução que causem macroevolução.
A cada passo em que o processo tem sido demonstrado na genética e no resto da biologia, o argumento contra a macroevolução falha.
Evolucionistas não-Darwinistas consideram que o processo que causa especiação é um tipo diferente do que ocorre dentro das espécies. Isto é, eles admitem que a macroevolução ocorre, mas cogitam que a mudança genética normal é limitada por cada mecanismo proposto como restrição ao desenvolvimento.
Esta visão é associada aos nomes de Schmalhausen e Waddington, que eram caracterizados por não-Darwinistas pelos teóricos da síntese moderna.
Os termos macroevolução e microevolução foram primeiramente usados em 1927, pelo entomologista russo Iurii Filipchenko (ou Philipchenko, dependendo da transliteração), no seu trabalho em alemão intitulado Variabilität und Variation, a primeira tentativa de reconciliar a genética mendeliana e a evolução.
Filipchenko foi um evolucionista, mas como ele escreveu durante o período em que o mendelismo parecia fazer com que o Darwinismo fosse redundante, o então chamado eclipse do Darwinismo (Bowler, 1983), ele não era Darwinista, mas ortogeneticista. Além disso, os biólogos russos do período tinham historicamente rejeitado o mecanismo Malthusiano de Darwin da evolução pela competição.
Em Genética e de Origem das Espécies, Theodosius Dobzhansky, inicia dizendo que nós fomos compelidos ao presente nível de relutante conhecimento a dar um significado entre a equidade dos mecanismos macro e microevolutivos. (1937, página 12), enquanto introduzia os termos à comunidade de biólogos de língua inglesa. Dobzhansky foi estudante de Filipchencko, e o estimava como seu mentor.
Em ciência, é difícil negar uma doutrina maior de um professor devido à lealdade, e Dobzhansky, que definitivamente começou a síntese moderna do Darwinismo em seu livro, encontrou desapontamento ao negar a visão de seu mestre (Burian, 1994). O termo caiu num desagrado limitado quando foi pego por autores como o geneticista Richard Goldschmidt (1940) e o paleontólogo Otto Schindewolf para descrever suas teorias ortogenéticas. Como resultado, separados de Dobzhansky, Bernhardt Rensch e Ernest Mayr, pouquíssimos autores neo-Darwinistas usaram o termo, preferindo ao invés disso, falar que a evolução é a mudança das freqüências alélicas sem mencionar o nível destas mudanças (acima ou abaixo do nível de espécie).
Aqueles que o faziam estavam trabalhando geralmente dentro das tradições do continente europeu (como Dobzhansky, Mayr, Rensch, Goldschmidt and Schindewolf) e aqueles que não o faziam estavam trabalhando geralmente dentro da tradição anglo-americana (como John Maynard Smith e Richard Dawkins). Conseqüentemente, o termo é algumas vezes erroneamente usado como teste de pH se o escritor é propriamente dito um neo-Darwinista ou não.
O termo tem sido reavivado por diversos autores, como Stephen Jay Gould and Niles Eldredge, autores da Teoria do Equilíbrio Pontuado, mas existe a tendência nestes autores de reverter à visão ortogenética que algo além dos processos intra-específicos está causando macroevolução, embora eles não reconheçam como verdadeira a visão ortogenética de que a evolução progride em qualquer lugar.
Conclusão
Não há diferença entre micro e macroevolução, exceto que os genes entre as espécies geralmente divergem, enquanto genes dentro das espécies usualmente combinam.
O mesmo processo que causa evolução intra-específica é responsável por evolução inter-específica, exceto que o processo que causa especiação incluem coisas que não podem acontecer a grupos inferiores, como a evolução ou diferenciação no sistema sexual (porque, por definição, se os organismos não podem procriar, são de espécies diferentes).
A idéia que a origem de taxa elevados, como gêneros (caninos verso felinos, por exemplo), requer algo especial, é baseada no entendimento errado dos caminhos da origem de cada novo filo (linhagens).
As duas espécies que são a origem de caninos e felinos provavelmente diferiram muito pouco de seus ancestrais comuns.
Mas uma vez que foram isoladas reprodutivamente uma da outra, elas desenvolveram mais e mais diferenças que compartilhavam, mas outras linhagens não.
Isto é verdadeiro para todas as linhagens anteriores à primeira célula eucariótica. Igualmente, as mudanças na explosão do Cambriano eram desta forma, embora alguns (por exemplo, Gould, 1989) pensavam que os genomas (estrutura gênica) destes antigos animais não seriam firmemente regulados como os animais modernos, e por conseguinte, teriam maior liberdade para mudanças.
Fonte: biociencia.org/polegaropositor.com.br/paleonet.org/www.life.illinois.edu