Loricifera

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Descritos pela primeira vez por Kristensen (1983), os loriciferas são habitantes de sedimentos marinhos.

Assemelham-se a rotíferos com corpo coberto por grandes placas (uma lórica folheada, daí o nome) e um cone anterior (introvertido) rodeado por espinhos articulados.

A descoberta de novas espécies e os estudos subsequentes de histórias de vida levaram a alguns resultados surpreendentes. Kristensen (2002) e Gad (2005) descrevem histórias de vida que apresentam níveis significativos de reprodução assexuada e a formação de gônadas maduras em larvas (neotenia). Gad (2005) também relata o desenvolvimento de uma nova espécie de Pliciloricus em que o último ínstar fica reduzido a um adulto muito menos complexo.

Loricifera pertence provisoriamente a um clado de ecdysozoários chamado Scalidophora, que inclui os kinorhynchs e priapulídeos.

Até o momento, pouco trabalho foi feito sobre eles para justificar qualquer coisa, exceto uma conexão provisória.

As sinapomorfias morfológicas do clado incluem um introvertido com musculatura e escalídeos semelhantes, pequenas estruturas semelhantes a espinha na cutícula do introvertido.

Em um sentido superficial, loriciferas, que são loricados, assemelham-se às larvas loricadas dos priapulídeos.

Loriciferas são tão raros, tão pequenos e tão recentemente descobertos que ainda não receberam um nome comum. Ao contrário da grande maioria dos filos animais, que foram formalmente nomeados nos séculos XVIII e XIX, os loriciferanos foram descobertos e nomeados em 1983.

Loricifera – O que é

Os loricíferos é um pequeno filo animal, composto por vinte e duas espécies classificadas em oito géneros, sem contar as centenas de animais que foram coletados mas nunca foram descritos.

São animais que habitam nos sedimentos marinhos.

LoriceferaLoricifera

Este filo foi descoberto por Reinhardt Kristensen, em 1983, na cidade de Roscoff, na França.

Não possuem sistema circulatório nem sistema endócrino.

Tem menos de 0,5mm de comprimento e têm até 10.000 células. Possuem introverte anterior para fixação no substrato, tórax e tronco. O cone oral não é eversível, mas, sim, protrável. Tem cutícula quitinosa, epiderme e células musculares individuais. O introverte pode ser retraído para dentro da extremidade anterior da lorica, que é composta por placas cuticulares longas. Há a presença de 300 escálides sensórias e locomotivas. Vivem firmemente aderidos nos espaços intersticiais de cascalho marinho de conchas, sendo assim de difícil coleta ainda vivos.Os primeiros espécimes foram coletados na década de 1970 mas só foram descritos na década de 1980. São encontrados em todas as latitudes. Não se sabe muito sobre o ciclo de vida, visto que todos os estudos se dão em organismos conservados.

Esses animais têm uma cabeça, boca e sistema digestório como um conjunto de “sombrinhas” no esqueleto especializado com escalas entre cada parte e usadas para mover o animal.Não têm sistema circulatório nem endócrino. A maioria de suas larvas são acelomadas, com alguns adultos sendo pseudocelomados, e outros permanecendo acelomados. Os animais são hermafroditas e provavelmente ovíparos. Eles têm um ciclo de vida muito complexo.

As espécies que vivem nas partes mais profundas do mar podem se reproduzir por partenogênese ou reprodução pedogenética. Não há registros fósseis deles.

Seus parentes mais próximos parecem ser os Kinorhyncha e os Priapulida com os quais eles formam o táxon Scalidophora. Os três filos dividem quatro características em comum- cutícula quitinosa, anéis de escálidos no introverto, floscúlios, e dois anéis de retração do introverto. Um grupo chamado Introverta é formado com os Kinorhyncha, Priapulida, Nematoda, e Nematomorpha.

Loricifera – Filo

Loricifera é um animal que tem cerca de 0,25 mm de comprimento

Filo de posição taxonômica incerta. Constituído de pseudocelomados, tem afinidades com Priapulida e Loricifera. Representa um grupo da meiofauna. Ocorre no bentos, do entremarés ao abissal, no fital e em ambiente de água.

São animais marinhos pseudocelomados, com simetria bilateral e menos de 0,4mm de comprimento.

Descritos pela primeira vez em 1983, pelo zoólogo holandês Reinhardt M. Kristensen, constituem um dos mais recentes filos animais, elevando para quatro o número de filos descobertos neste século.

O filo abriga cerca de 50 espécies pertencentes a cinco gêneros, mas cerca de 60 espécies aguardam descrição formal.

Vivem em cascalho e lodo, tendo sido coletados até 8.260m de profundidade.

O corpo é dividido em quatro partes: cabeça, pescoço, tórax e abdome; este último é envolto por uma lórica formada por placas ornamentadas com espinhos: uma dorsal, uma ventral e duas laterais.

O nome do filo se refere a esta estrutura, e significa “o portador de lórica”.

O adulto pode retrair a região anterior para dentro da lórica, enquanto que a larva pode fazê-lo apenas para o interior do pescoço. São gonocóricos e apresentam dimorfismo sexual.

A larva é semelhante ao adulto e passa por vários processos de muda.

Os Loricifera têm sido coletados em todas os mares e oceanos, e em sedimentos de granulometria variada. São aparentemente cosmopolitas e abundantes no meiobentos marinho.

São conhecidos atualmente mais pelo seu aspecto externo, havendo poucas informações sobre a sua embriologia e história natural.

Os Loricifera, descritos, em 1983, pelo zoólogo holandês Reinhardt M. Kristensen constituem um dos mais recentes filos animais, elevando para quatro o número de filos descobertos neste século.

Os demais são: Pogonophora, Gnathostomulida e Cycliophora.

Atualmente, são considerados como um grupo próximo aos Kinorhyncha e Priapula. Alguns autores chegaram a reunir os Loricifera, Priapula, Kinorhyncha e Nematomorpha como classes de um novo filo, os Cephalorhyncha.

Nanaloricus mysticus, a espécie tipo dos Loricifera, foi encontrada em cascalho de conchas sublitorâneas, na costa de Roscoff, França. A descrição do filo baseou-se, também, em um exemplar proveniente do Arquipélago dos Açores e em material da Flórida (EUA).

Estes animais foram observados, inicialmente, por dois pesquisadores: Robert P. Higgins em 1974, e R.M. Kristensen, em 1975. O primeiro exemplar coletado por Kristensen foi observado vivo, porém o minúsculo animal, que media 0,08mm de comprimento, foi muito danificado quando o autor o preparava para exame ao microscópio eletrônico.

Em 1978 e 1980, obteve exemplares imaturos, mas aspectos como a presença de um sistema locomotor especial e de apêndices caudais longos afastaram a hipótese de que o organismo fosse um Priapula.

Em 1982, Kristensen examinou uma amostra de mais de 100kg de cascalho conchífero na Estação de Biologia Marinha de Roscoff, na França, obtendo todas as fases do ciclo de vida de Nanaloricus mysticus.

De posse de exemplares adultos pôde, então, descrever o novo filo.

É provável que outros meiobentologistas os tenham coletado ocasionalmente. As dificuldades na obtenção de animais maduros e de material adequado para exame justificaram, contudo, a demora, tanto na observação como na descrição do filo.

Além disso, estes diminutos animais aderem firmemente ao substrato ou a outros organismos, dificultando sua extração das amostras de sedimento pelos métodos tradicionais. Podem, ainda, ser confundidos com rotíferos ou larvas de priapulídeos quando retraídos.

Os Loricifera são animais marinhos diminutos, com menos de 0,4mm de comprimento, pseudocelomados e de simetria bilateral. O corpo é dividido em cabeça, pescoço, tórax e abdome.

A cabeça, o pescoço e o tórax podem se retrair para o interior do abdome, protegido por uma lórica.

Esta é formada por placas ornamentadas com espinhos: uma dorsal, uma ventral e duas laterais.

O nome do filo se refere a esta estrutura, e significa “o portador de lórica”.

A base da cabeça é armada por várias fileiras de espinhos. O pescoço é desprovido de espinhos, mas pode apresentar escamas achatadas, enquanto que o tronco possui espinhos na região mais anterior e placas basais na posterior.

Aparentemente, estes animais se alimentam perfurando as presas com os estiletes orais, sugando os fluidos com os movimentos de bombeamento da faringe.

Há registro único de um macho de Nanaloricus mysticus que aderiu, com o canal bucal protruso, a um Copepoda Harpacticoida, sugerindo a possibilidade de hábito ectoparasita ou carnívoro.

Algumas espécies se alimentam de bactérias.

São gonocóricos e apresentam dimorfismo sexual, distinguindo-se o macho da fêmea pelas diferenças observadas na fileira mais anterior de espinhos. Aparentemente, a fecundação é interna e a larva, denominada por Kristensen de “larva Higgins”, apresenta o corpo dividido da mesma forma que o adulto.

Desde a descoberta do filo, estes animais têm sido coletados em todo o mundo. Eles ocorrem não só em sedimentos grossos costeiros, como se pensou inicialmente, mas, também, nos lodos coletados a 8.260m de profundidade (Kristensen, 1991). Espécimes têm sido coletados no Círculo Polar Ártico (Groenlândia), na costa norte da Europa, no Mediterrâneo, no sudeste dos Estados Unidos, no Golfo do México, nas águas profundas do Pacífico médio e nas lagunas rasas dos recifes de coral ao largo da costa leste australiana.

Não há registros da ocorrência de Loricifera para o Brasil.

Na maioria das espécies, os adultos são meiobentônicos, intersticiais nos sedimentos grossos. Em outras, porém, são endobentônicos, em sedimentos finos.

São sedentários e parecem preferir as camadas superiores do sedimento, ricas em oxigênio. Aderem fortemente aos grãos de areia e, ocasionalmente, a outros animais do meiobentos, como Nematoda, Kinorhyncha, Priapula, Copepoda e Tardigrada. As larvas podem ser livre-natantes, ou viver entre os grãos do sedimento, ou, ainda, em galerias.

Em vista do pouco que se conhece sobre este novo filo, não se pode afirmar, com certeza, qual o seu papel ecológico nos ecossistemas marinhos (Higgins & Kristensen, 1986).

Posição Sistemática

Reino: Animalia
Sub reino: Metazoa

Filo Loricifera

Ordem Nanaloricida
Subordem Nanaloricidae

Número de espécies

No Mundo: cerca de 50
No Brasil: nenhuma registrada
Grego: loricus = cinturão; ferre = portar
Nome vernáculo: loricífero

Fonte: comenius.susqu.edu/www.biomania.com/oxford.universitypressscholarship.com/www.taxonomyaustralia.org.au

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