Formigas Cortadeiras

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Formigas Cortadeiras
Formigas Cortadeiras

As formigas cortadeiras são as saúvas (gênero Atta) e quenquéns (gênero Acromyrmex), elas possuem o hábito de cortar e transportar vegetais para dentro dos ninhos. No Brasil existe 10 espécies de saúvas e 29 de quenquéns.

SAÚVAS

Possuem formigueiro grande (sauveiro), com um monte de terra solta na superfície do solo (murunduns), formado pelo acúmulo da terra retirado pelas formigas das câmaras (panelas). Neste monte de terra solta e fora são encontrados orifícios (olheiros) onde pode ou não ser observadas as saúvas em atividade.

As saúvas operárias apresentam 3 pares de espinhos dorsais e tamanhos variados, o tamanho das saúvas pode variar entre 12 e 15 mm de comprimento.

QUENQUÈNS

Seus ninhos são pequenos, geralmente apresentando uma única panela, cuja terra solta aparece ou não na superfície do solo. Algumas espécies fazem o ninho superficialmente coberto de palha, fragmentos e resíduos vegetais, enquanto outras fazem o ninho subterrâneo. As quenquéns operárias possuem 4 a 5 pares de espinhos dorsais e o tamanho de uma quenquém pode variar entre 8 e 10 mm de comprimento.

As formigas cortadeiras

Formigas Cortadeiras
Formiga Cortadeira

As formigas cortadeiras são insetos eusociais encontrados exclusivamente nas regiões tropicais e subtropicais das Américas.

Estas extraordinárias formigas desenvolveram um avançado sistema agrícola baseado num mutualismo: elas se alimentam de um fungo específico (da Família Lepiotaceae, Basidiomycota), que cresce nas câmaras subterrâneas de seus ninhos.

As formigas cultivam ativamente seu fungo, fornecendo fragmentos vegetais frescos e controlando organismos indesejados, como outros tipos de fungos (competidores). Segundo alguns autores, quando as formigas trazem acidentalmente folhas tóxicas ao fungo mutualista, este secreta uma substância química que serve de aviso para quê as formigas não coletem mais este vegetal.

As formigas cortadeiras compreendem 2 gêneros; Atta e Acromyrmex; com um total de cerca de 40 espécies, alguns dos quais são sérias pragas agrícolas.

Algumas espécies de Atta, por exemplo, são capazes de desfolhar uma laranjeira inteira em menos de 24 horas.

No Brasil, as formigas do gênero Atta são conhecidas popularmente como saúvas e as Acromyrmex como quenquéns.

Existem duas maneiras simples de diferenciar Atta de Acromyrmex. A primeira coisa que você deve olhar é o número de espinhos no dorso do tórax da operária.

Se existirem 3 pares de espinhos, então trata-se de formiga cortadeira do gênero Atta, enquanto que se o número de pares de espinhos for 4, então, trata-se de formiga do gênero Acromyrmex. A segunda maneira de diferenciar é observar o gáster (“abdômem”) da operária. A superfície do gáster de Acromyrmex são repletos de tubérculos (“pequenas protuberâncias”), enquanto que Atta tem gáster liso.

Dependendo da espécie, a população de um ninho adulto pode conter até vários milhões de formigas (exemplos: Atta laevigata, Atta texana, Atta sexdens), sendo que a maioria destas são operárias fêmeas estéreis. Elas são divididas em diferentes castas, principalmente pelo tamanho, exercendo diferentes funções. As maiores operárias (largura da cabeça > 3 mm) são soldados, cuja principal tarefa é defender o ninho de invasores, mas podem participar de outras tarefas como carregar ou cortar objetos maiores.

Em Atta laevigata, os maiores soldados podem ter um comprimento corporal de até 16 mm e largura de cabeça de 7 mm!

Operárias com largura de cabeça em torno de 2 mm são as forrageiras, que cortam as folhas e levam-nas até o ninho. Um pouco menores são as operárias generalistas, que realizam diversas tarefas como limpar e preparar os fragmentos vegetais para o cultivo do fungo, cuidar das larvas, limpar a colônia, e, junto com as forrageiras, ajudar os soldados na defesa da colônia. As menores operárias (largura da cabeça < 1mm), são as jardineiras, que implantam e cuidam da cultura de fungo.

Os ninhos adultos de Atta são verdadeiras maravilhas de engenharia, com centenas ou milhares de câmaras subterrâneas distribuídas em até, por exemplo, 6 ou 8 metros de profundidade (depende da espécie de formiga e do solo).

Externamente, o monte principal de terra pode ter até 2 metros de altura e os montes secundários (menores) podem estar espalhados a vários metros do principal. Alguns autores sugerem que a arquitetura interna e externa do ninho é construído de tal forma que o vento entre na colônia, com a finalidade de quê o gás carbônico gerado pela respiração das fomigas e do fungo, seja dispersado; bem como para repor o oxigênio consumido. O crescimento do fungo mutualista seria influenciado pela concentração destes gases.

As colônias de formigas cortadeiras, assim como as cidades humanas, produzem grandes quantidades de lixo. Para prevenir que doenças (das formigas) ou pragas da cultura do fungo mutualista, se espalhem pela colônia, as formigas desenvolveram um dos mais avançados sistemas de manejo de lixo da natureza.

Rejeitos do cultivo do fungo e indivíduos mortos são separados e carregados por operárias especializadas (só fazem estas tarefas). Estes rejeitos são depositados em câmaras específicas para lixo, aonde vivem operárias especializadas em revirar estes rejeitos (provavelmente para acelerar a decomposição).

Desta forma, a especilização de operárias no manejo de lixo e o isolamento do lixo em câmaras especializadas, servem para manter a colônia saudável. Na espécie Atta colombica, diferentemente das demais, o lixo é depositado em pilhas externas (ao ar livre), a alguns metros da colônia, mas o manejo do lixo é similar.

Formiga Saúva ( Atta spp. )

Formigas Cortadeiras
Formiga Sauva

Formigas Cortadeiras
Formiga Sauva

Características

É uma formiga cortadeira, ou seja, corta material vegetal (folhas e flores).

No Brasil ocorrem as seguintes espécies: Atta capiguara (saúva parda), Atta sexdens (saúva limão), Atta bisphaerica saúva mata-pasto, Atta laevigata (saúva cabeça de vidro), Atta robusta (saúva preta), Atta silvai e Atta vollenweideri .

Muitas pessoas confundem as saúvas com as quenquéns que também são formigas cortadeiras. Para diferenciá-las basta observar o número de pares de espinhos presentes no mesossoma.

As saúvas apresentam três pares de espinhos e as quenquéns quatro pares. Cabeças grandes, cor avermelhada.As operárias possuem cabeça brilhante. As operárias da saúva são polimórficas e são divididas em jardineiras, cortadeiras e soldados. Todas são fêmeas estéreis. As jardineiras são as menores e têm como função triturar pedaços de vegetal e colocá-los à disposição do fungo.

As cortadeiras são as de tamanho médio. Elas cortam e carregam os vegetais para dentro do formigueiro.

Os soldados são os maiores com a cabeça bastante grande. Cortam as folhas auxiliando as cortadeiras, porém têm como função principal proteger a colônia de inimigos naturais. A rainha das saúvas é chamada de içá ou tanajura. Ela é muito maior que as operárias e facilmente distinguida do resto da colônia. Apenas uma saúva ocorre por formigueiro e quando esta morre em poucos meses o formigueiro se extingue. Os machos são menores que as rainhas e são chamados de bitus.

Sua cabeça e mandíbulas são distintamente menores do que as da rainha, sendo assim facilmente identificados.

Habitat

Áreas de matas, áreas abertas e de lavouras.

Ocorrência

Em todo o Brasil

Alimentação

As operárias da saúva alimentam-se basicamente da seiva que as plantas liberam enquanto estão sendo cortadas. Pedaços de material vegetal são levados até o formigueiro onde existe um fungo que as formigas cultivam. As operárias então picam em pequeninos pedaços o material vegetal e o inserem no meio do fungo, que vive deste substrato. Envoltas neste fungo são encontradas as larvas que dele se alimentam.

Reprodução

A fundação de novas colônias se faz pelo vôo nupcial que ocorre nos meses de outubro a dezembro. Os ninhos das saúvas são, na maioria das vezes, de fácil visualização. Encontram-se sempre no solo e são formados por montes de terra solta.

Sobre estes montes e fora deles podem ser observados vários orifícios, denominados olheiros, por onde as formigas têm acesso ao interior do ninho. Dentro do formigueiro as formigas escavam várias câmaras que são interligadas por galerias.

Nestas câmaras podem ser encontrados câmaras com fungo e com lixo e formigas mortas. A câmara onde fica a rainha é denominada câmara real.

Predadores naturais

Aves, pássaros, lagartos, anfíbios, mamíferos.

Formiga Quemquem (Acromyrmex spp.)

Formigas Cortadeiras
Formiga Cortadeira

Características

São formigas cortadeiras, ou seja, cortam material vegetal (folhas e flores). As operárias da quenquém cortam os vegetais levando os pedaços para dentro do formigueiro, onde existe um fungo que as formigas cultivam. As operárias, então, picam em pequeninos pedaços o material vegetal e o inserem no meio do fungo, que vive deste substrato.

No Brasil são encontradas as seguintes espécies de quenquéns: Acromyrmex ambiguus (quenquém-preto-brilhante), Acromyrmex aspersus (quenquém-rajada), Acromyrmex coronatus (quenquém-de-árvore), Acromyrmex crassispinus (quenquém-de-cisco), Acromyrmex diasi, Acromyrmex disciger (quenquém-mirim e formiga-carregadeira), Acromyrmex heyeri (Formiga-de-monte-vermelha), Acromyrmex hispidus fallax (Formiga-mineira), Acromyrmex hispidus formosus, Acromyrmex hystrix (quenquém-de-cisco-da-Amazônia), Acromyrmex landolti balzani (Boca-de-cisco, formiga rapa-rapa, formiga-rapa e formiga meia-lua), Acromyrmex landolti fracticornis , Acromyrmex landolti landolti, Acromyrmex laticeps laticeps (Formiga-mineira e formiga-mineira-vermelha), Acromyrmex laticeps migrosetosus (quenquém-campeira), Acromyrmex lobicornis (quenquém-de-monte-preta), Acromyrmex lundi carli , Acromyrmex lundi lundi (Formiga-mineira-preta, quenquém-mineira e quenquém mineira-preta), Acromyrmex lundi pubescens , Acromyrmex muticinodus (Formiga-mineira), Acromyrmex niger, Acromyrmex nobilis, Acromyrmex octospinosus (Carieira e quenquém-mineira-da-Amazônia), Acromyrmex rugosus rochai (Formiga-quiçaçá), Acromyrmex rugosus rugosus (Saúva, formiga-lavradeira e formiga-mulatinha), Acromyrmex striatus (Formiga-de-rodeio e formiga-de-eira), Acromyrmex subterraneus bruneus (quenquém-de-cisco-graúda), Acromyrmex subterraneus molestans (quenquém-caiapó-capixaba), Acromyrmex subterraneus subterraneus (Caiapó).

Muitas pessoas confundem as saúvas com as quenquéns que também são formigas cortadeiras.

Para diferenciá-las basta observar o número de pares de espinhos presentes no mesossoma. As quenquéns possuem quatro pares de espinhos e as saúvas três.

Cabeça um pouco alongada. As operárias da quenquém são polimórficas e seu tamanho varia de 2,0 a 10,5 mm. Operárias de coloração diferente podem ser observadas dentro do mesmo ninho.

As rainhas e machos das quenquéns não têm nomes comuns como as da saúva e ambos são responsáveis pela reprodução da colônia.

A biologia das quenquéns é pouco conhecida.

Habitat

Áreas de matas, abertas ou de lavouras

Ocorrência

Em todo o Brasil

Alimentação

Envoltas na cultura de fungo são encontradas as larvas que dele se alimentam. Cortam principalmente florestas cultivadas de pinus e de eucaliptos, além de citrus, para produzirem fungos.

Reprodução

Os ninhos das quenquéns não são facilmente visualizados como os das saúvas. Podem ser cobertos por palha, terra e fragmentos de vegetais. Algumas espécies fazem montes de terra solta que são bem menores que os das saúvas.

Formigas Cortadeiras
Formigas Cortadeiras

As formigas cortadeiras são insetos sociais que apresentam castas reprodutoras e não reprodutoras, vivendo em colônias permanentes.

São insetos mastigadores e se desenvolvem por holometabolia (ovo-larva-pupaadulto). Constituem-se em um dos mais importantes grupos de insetos daninhos às culturas, pois atacam intensamente e constantemente as plantas em qualquer estádio de desenvolvimento, cortando suas folhas, que são carregadas para o interior dos ninhos localizados no interior do solo, onde cultivam fungos simbiontes. Isso torna difícil o seu controle e exige combates intensos.

As formigas cortadeiras pertencem à ordem Hymenoptera, família Formicidae e subfamília Myrmicinae. Os gêneros de maior importância são Atta (saúvas) e Acromyrmex (quenquéns).

Os ninhos subterrâneos possuem dezenas ou centenas de câmaras (conhecidas, também, como panelas) ligadas entre si e com o exterior por meio de galerias. No exterior notam-se montes de terra solta formados pela terra retirada das câmaras e galerias.

O tamanho de um sauveiro adulto é variável, podendo alcançar mais de 200 m2, com uma população de 3 a 8 milhões de formigas.

São as principais pragas dos reflorestamentos brasileiros, pois atacam intensamente e constantemente as plantas em qualquer fase de seu desenvolvimento, cortando suas folhas, flores, brotos e ramos finos, que são carregados para o interior de seus ninhos sob o solo, o que torna difícil o seu controle.

O combate a formigas cortadeiras é fundamental em reflorestamentos, uma vez que as formigas constituem fator limitante ao seu desenvolvimento, causando perdas diretas, como a morte de mudas e a redução do crescimento de árvores e indiretas como a diminuição da resistência das árvores a outros insetos e a agentes patogênicos às mesmas.

Formigas Cortadeiras
Formiga Cortadeira

Gênero

A formiga saúva é classificada no estudo dos insetos como pertencente ao gênero ATTA, da ordem Himenoptera. Sua ocorrência é notada em tôda a América, desde o Sul dos Estados Unidos áté o Centro da Argentina.

Sua voracidade no cortar e carregar para os sauveiros fôlhas, flôres, enfim, partes vegetais de mono e dicotiledôneas, causa sérios prejuízos às plantas cultivadas, abrangendo assim tôda
a exploração agropecuária.

Espécie

Existem várias espécies de saúvas que foram classificadas pelos estudiosos no assunto; porém, para as condições do Estado de São Paulo, iremos ressaltar somente 5 (cinco) que prejudicam seriamente lavouras e pastagens:

1) Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 “Saúva Limão”.
2) Atta sexdens piriventris Santschi, 1919 “Saúva Limão Sulina”.
3) Atta laevigata F. Smith, 1858 “Saúva Cabeça-de-Vidro”.
4) Atta bisphaerica Forel, 1908 “Saúva Amarela”.
5) Atta capiguara Gonçalves, 1944 “Saúva dos Pastos”.

Existe, entre as espécies citadas, uma série de diferenças nos hábitos, na forma dos ninhos, (cada espécie tem um “estilo” arquitetônico definido que a caracteriza), nos tipos de vegetais que prefere etc.

Forma de distinguir uma espécie de outra:

1) Atta sexdens rubropilosa –“Saúva Limão” e
2) Atta sexdens piriventris –
“Saúva Limão Sulina”
Com uma varêta cutucamos o interior de um “olheiro” vivo. Depois, esperamos a saída das formigas soldados, que são as maiores e providas de fortes mandíbulas em sua grande cabeça e das quais falaremos mais adiante. Em seguida, esprememos a cabeça de uma ou mais delas e se exalar forte odor de limão ou erva cidreira, estamos nos desfrontando com “saúvas limão”, cuja coloração é castanho-avermelhada.

3) Atta laevigata – “Saúva Cabeça de Vidro” : Como o nome está dizendo, a caracterização se faz pela cabeça da formiga soldado, que é brilhante apresentando aparência de vidro ou envernizada.

4) Atta bisphaerica – “Saúva Amarela”: Os soldados se assemelham muitíssimo aos da espécie anterior, porém, sem aquêle brilho característico. É uma formiga opaca, de colorido castanho-amarelada. Vive exclusivamente em pastagens em pleno sol. A sua maior ocorrência é presenciada no Vale do Paraíba.

5) Atta capiguara – “Saúva dos Pastos”

Para aquêles que não têm prática no assunto, esta é outra espécie que se assemelha em muito com a Saúva Limão na morfologia pura e simples da formiga.
Portanto, no processo expedito a que nos referimos, se ao espremermos a cabeça da formiga soldado e não houver despreendimento do forte odor de limão ou erva cidreira e não tiver a cabeça brilhante ou cabeça opaca e amarela, estamos nos desfrontando com a ATTA CAPIGUARA.

PREJUíZOS CAUSADOS

As formigas saúvas, cortando fôlhas de plantas, inclusive as cultivadas, causam perdas econômicas vultosas à agricultura e à pecuária, porque diminuem ou aniquilam a produção ao cortar plantas como a mandioca, milho, frutas diversas, algodão, plantas de jardim como a roseira, os eucaliptos e também as pastagens, sendo que nestas, dada a séria concorrência com o boi na procura e corte da pastaria, elas indiretamente promovem sensível redução na engorda do gado e na produção do leite.

Em regiões de agricultura adiantada, as espécies Atta sexdens rubropilosa -“Saúva Limão”, Atta sexdens piriventris -“Saúva Limão Sulina”, Atta laevigata -“Saúva Cabeça de Vidro” e Atta bisphaerica -“Saúva Amarela” são combatidas permanentemente e dessa forma deixam de constituir problema. Todavia, se assim, não se proceder levam elas a metade ou mais da produção, tornando anti-econômica a exploração do solo.

O rebaixamento do leito das estradas, o desabamento de prédios em cujos alicerces estão localizadas as “panelas” do sauveiros”, também são alguns dos numerosos prejuízos que a saúva causa.

Em 1958, portanto, estimou-se que os prejuízos causados pelas formigas saúvas atingiram o montante de 12 bilhões de cruzeiros velhos em todo o Brasil.

A VIDA DE UM SAUVEIRO

A saúva é um inseto social e, como tal, vive em colônias onde existem castas ou diferenciações morfológicas, tendo cada uma delas uma função específica.

Assim sendo, os membros da colônia se distribuem em:

1 – Içá ou Tanajura ou Rainha

Que é a fêmea e se destaca pelo seu porte, das demais. Sua função é pôr ovos para a multiplicação da espécie e povoamento do sauveiro. Portanto, a Içá é a MÃE e rêsponsável pela progênie.

2- Formigas Operárias

Que são estéreis, isto é, assexuadas, e se classificam em grandes, médias e pequenas:

a) Grandes -as operárias grandes são os soldados da colônia, encarregados da vigilância e proteção do sauveiro contra os inimigos eventuais. Distinguem-se fàcilmente das demais pelo seu porte maior e pelas mandíbulas desenvolvidas na grande cabeça.
b) Médias
-As operárias médias são as cortadeiras e encarregadas do transporte de fôlhas. São as carrega- deiras.
c) Pequenas
-as operárias pequenas desempenham a função de jardineiras encarregadas do cultivo do fungo.

3 -lçás e Bitus

Formigas sexuadas nascidas da rainha e que abandonarão o formigueiro por ocasião da primeira revoada.

Alimentação das saúvas

A primeira vista tem-se a impressão de que as saúvas se alimentam das fôlhas cortadas. Tal porém, não procede, pois, as fôlhas irão servir de ambiente (substrato) para que as saúvas cultivem um fungo do qual elas se alimentam.

O fungo é semelhante a um bolôr, que, encontrando boas condições de temperatura e umidade, se desenvolve por sôbre as fôlhas cortadas e serve de alimentação para as saúvas. O nome científico do fungo é Pholota gongylophora (Moeller).

Revoada

Em dias quentes e claros, no início das chuvas, dá-se o fenômeno da revoada.

Ela se faz com indivíduos alados sexuados, oriundos da rainha. Os machos são os bitús e as fêmeas as içás. Durante o vôo nupcial as içás são fecundadas pelos bitús.

Uma vez fecundada, a rainha ou içá ou tanajura, está suficientemente capacitada para o fenômeno da reprodução em tôda a sua existência no sauveiro que ela irá formar.

Os machos (bitus) , são incapazes de viverem isoladamente; acabam porisso, morrendo, dentro de, no máximo, 24 horas.

As içás ou fêmeas, caindo ao solo, cortam suas asas com as patas, iniciam a construção de um nôvo sauveiro. Utilizando-se de suas mandíbulas, abrem um canal de 9 a 12 cm, onde termina com uma pequena “panela” de 20 a 30 cm de diâmetro. Depois o canal é fechado.

A içá, ao sair do seu formigueiro natal, traz consigo, no aparêlho bucal, uma pelotinha de fungo, que no seu nôvo formigueiro é regurgitada e irrigada com sua matéria fecal. Logo em seguida, inicia a postura dos ovos. Primeiramente ela põe ovos de reprodução e de alimentação. Dos primeiros nascem as larvas que são imóveis e irão se alimentar dos segundos que são colocados ao seu alcance pela rainha.

Tomando-se como referência o comêço do trabalho de escavação, as diferentes fases iniciam-se:

1 – Regurgitamento do fungo depois de 48 horas
2 – Postura dos ovos. depois de 5 a 6 dias
3 – Aparecimento das primeiras larvas. após 30 a 35 dias
4 – Aparecimento das primeiras pupas. após 50 a 51 dias
5 – Aparecimento dos primeiros adultos (formigueiros) após 62 a 66 dias.

Essas formiguinhas permanecem cêrca de 20 dias no interior da “panelinha”, antes de desobstruirem o canal, que põe o ninho de contato com o mundo exterior (1.° olheiro).

Abertura dos olheiras

a) Primeiro olheiro: A abertura do primeiro olheiro (desobstrução do canal) pelas formiguinhas ocorre em média 87 dias após a içá ter penetrado no solo.
b) Segundo olheiro:
O segundo olheiro somente aparece cêrca de 14 meses após a abertura do primeiro. Portanto cêrca de 17 meses depois da içá ter penetrado no solo.

A partir daí, então, outros olheiros são construí dos ràpidamente e, em 82 dias, em média, são abertos do terceiro ao décimo olheiros.

Aparecimento das operárias

As primeiras formigas aparecem na superfície da terra cêrca de 3 (três) meses depois de fundado o sauveiro -87 dias.

Do 4º ao 10º mês surgem as operárias, com exceção das operárias grandes (formigas soldados) que são vistas somente aos 22 meses após a fundação da colênia.

Um detalhe interessante é que as formigas não crescem; o crescimento se dá somente na fase larval.

Sauveiro adulto

Com o aparecimente do segundo olheiro, o crescimento da colônia é rápido. Aumentando-se o número de formigas abrem-se olheiros; numerosas “panelas” e canais vão também sendo constituídas em zonas mais profundas.

A primeira revoada ocorre quando o formigueiro é considerado adulto, isto é, dos 36 aos 38 meses de sua fundação.

Um grande sauveiro adulto pode ter centenas de “panelas”, as quais podem ser:

a) vivas (com fungos, ovos etc.)
b) de lixo (com detritos vegetais não aproveitados ou explorados pelos fungos, formigas mortas etc.)
c) de terra (com terra oriunda da escavação de novas “panelas” e canais
d) vazios (quando ainda nada contêm).

Formas aladas

Na revoada, que ocorre anualmente, após atingida a maturidade do sauveiro, formas aladas (içás e bitús) são libertadas, para a.perpetuação da espécie.

Vejamos em números redondos a média anual de indivíduos oriundos de formigueiros, das seguintes espécies:

Formas Sexuadas Saúva Limão Saúva Cabeça-de-Vidro
Içás (fêmeas) 2.900 1.700
Bitús (machos) 14.250 5.350

A proporção entre machos e fêmeas varia bastante, inclusive em formigueiros da mesma espécie.

De acôrdo com pesquisas feitas, existe uma proporção de 1,21 a 25,6 machos (bitús) para 1 fêmea (içá) de Saúva Limão e de 1,5 a 12,4 machos para cada fêmea da Saúva Cabeça-de-Vidro.

Diante disso, é difícil ou mesmo impossível não haver fecundação das fêmeas no vôo nupcial. Os machos, em maior número, formam uma nuvem de atração sexual na qual as fêmeas são envolvidas e acasaladas.

Fonte: www.macex.com.br/www.vivaterra.org/www.cati.sp.gov.br/

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