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Extremófilos – O que são
Quando falamos em organismos extremófilos, estamos nos referindo a seres que vivem nos ambientes mais extremos do planeta, como arredores de um vulcões, em camadas de gelo, em locais extremamente ácidos ou com hipersalinidade.
Um extremófilos é um organismo que prospera em ambientes extremos. Extremófilos são organismos que vivem em “ambientes extremos”, sob alta pressão e temperatura.
São organismos microscópicos que apresentam uma adaptação metabólica e uma maquinaria molecular que permitem com que eles consigam sobreviver em condições extremas, as quais nenhum outro organismo conseguiria.
Por apresentarem essas características que permitem a sobrevivência nestes locais extremos, esses organismos extremófilos são foco de estudo da Astrobiologia, a ciência que estuda a origem, evolução, distribuição e o futuro da vida no Universo. Isso se deve ao fato de que, por possuírem características de resistência a ambientes hostis, esses organismos são possivelmente mais semelhantes às primeiras formas de vida surgidas no planeta Terra. Por isso são foco de estudo desta ciência, que utiliza esses seres ainda para gerar hipóteses acerca da vida em outros planetas e, inclusive, em outras condições.
Extremófilos
Vale ressaltar que, além de serem utilizados no estudo da origem da vida, estes organismos podem ser usados na biotecnologia. Bactérias que vivem em altas temperaturas fornecem DNA polimerases (enzimas que sintetizam moléculas de DNA de desoxirribonucleótidos, os blocos de construção do DNA).
Esses DNAs polimerases são essenciais para a técnica de PCR (reação em cadeia de polimerase, que é uma técnica utilizada desde experiências e procedimentos em biologia molecular à análise forense e diagnóstico médico).
Há variados tipos de extremófilos.
Entre eles, podemos destacar os seguintes tipos:
Termófilos: quando vivem em ambientes com temperaturas entre 70-120 º C;
Acidófilos: sobrevivem em meios muito ácidos;
Alcalófilos: em meios muito básicos;
Psicrófilos: em temperaturas muito baixas;
Halófilos: em salinas;
Barófilos: em pressões muito elevadas.
Há ainda aqueles que conseguem combinar mais de um tipo de extremofilia, ou seja, podem estar em ambientes, por exemplo, extremamente salinos e temperaturas elevadas, entre outros.
Extremófilos – Organismos
A Terra está cheia de ambientes extremos.
Os pólos apresentam temperaturas abaixo de -40 graus Celsius; as profundas trincheiras dos oceanos infligem pressões mil vezes maiores do que ao nível do mar; e fontes hidrotermais profundas expelem enxofre e dióxido de carbono, aquecendo a água ao redor até 450 graus Celsius. Apesar das condições extremas, os micróbios encontraram maneiras de se adaptar a esses ambientes de nicho.
Os extremófilos são organismos que gostam de ambientes tão hostis que as pessoas pensavam originalmente que nenhum organismo vivo poderia sobreviver neles, como fontes termais e o funcionamento de usinas nucleares, onde a maioria dos organismos vivos da Terra sobreviveria com grande dificuldade ou morreria.
Extremófilos são um tipo de bactéria que pode usar energia de fontes termais
Extremófilos são organismos com a capacidade de se desenvolver em ambientes extremos, como fontes hidrotermais.
Por viverem em “ambientes extremos” (sob alta pressão e temperatura), eles podem nos dizer sob quais condições a vida é possível.
As enzimas exclusivas usadas por esses organismos, chamadas de “extremozimas”, permitem que esses organismos funcionem em ambientes tão proibidos.
Essas criaturas são uma grande promessa para medicamentos de base genética e produtos químicos industriais e processos.
É importante notar que esses organismos são ‘extremos’ apenas de uma perspectiva humana. Embora o oxigênio, por exemplo, seja uma necessidade para a vida como a conhecemos, alguns organismos florescem em ambientes sem oxigênio algum.
Os organismos extremófilos são principalmente procarióticos (arqueas e bactérias), com poucos exemplos eucarióticos. Os extremófilos são definidos pelas condições ambientais em que crescem de maneira ideal.
O termo extremófilo é relativamente antropocêntrico. Julgamos os habitats com base no que seria considerado “extremo” para a existência humana. Muitos organismos, por exemplo, consideram o oxigênio venenoso.
Embora o oxigênio seja uma necessidade para a vida como a conhecemos, alguns organismos florescem em ambientes anóxicos.
Fonte: Juliano Schiavo