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Esclerênquima – O que é
O esclerênquima é um tecido de suporte complexo, que devido a conter uma parede secundária não elástica apenas pode ser encontrado em locais onde o crescimento terminou.
A parede secundária dessas células é composta por lenhina, um composto laminar formado por desidratação de glícidos, praticamente imune á degradação anaeróbia (por microrganismos decompositores) e de decomposição extremamente lenta em presença de oxigénio, o que lhe confere uma enorme resistência.
Este tecido é formado por três tipos de células:
Escleritos
Células com forma e tamanho variável. Encontram-se geralmente isoladas (como na polpa das pêras, por exemplo, designando-se células pétreas), embora possam formar camadas contínuas, junto à nervura de folhas ou em caules e sementes.
Formam-se a partir de células parenquimatosas por crescimento de expansões que ocupam os espaços intercelulares e pela deposição de uma parede secundária de lenhina.
Por vezes este espessamento é tal que a cavidade celular desaparece. Devido á impermeabilização da lenhina a célula diferenciada morre;
Células pétreas
Células de forma arredondada ou oval, relativamente pequenas, comparadas com os escleritos e fibras, que surgem geralmente na polpa de frutos, como a pêra, fornecendo suporte e impedindo que o fruto rico em materiais carnudos se desfaça ao amadurecer;
Fibras
Células longas e estreitas, de parede uniformemente espessada por deposição de lenhina. O linho, por exemplo, é formado por fibras com cerca de 70 mm de comprimento, retiradas da planta do linho.
Outras fibras economicamente importantes são a juta e o cânhamo ou o algodão.
Esclerênquima – Células
Esclerênquima
Esclerênquima é um tecido formado por células secundariamente espessadas, cuja função é o suporte do vegetal e, às vezes, sua proteção.
O espessamento secundário engloba todas as paredes celulares igualmente. Geralmente, o conteúdo citoplasmático morre após a formação da célula esclerenquimática. Existem casos, porém, onde ele permanece vivo.
Freqüentemente, o espessamento secundário das células esclerenquimáticas consiste de sua lignificação.
Podemos diferenciar entre células esclerenquimáticas mais ou menos isodiamétricas (esclereídeos) e células esclerenquimáticas prosenquimáticas (fibras esclerenquimáticas).
As primeiras originam-se, via de regra, a partir de células parenquimáticas e podem estar lignificadas. São encontradas, por exemplo, em estruturas rígidas de proteção tais como o pericarpo de nozes.
As fibras esclerenquimáticas, originadas, via de regra, a partir de células meristemáticas, resultam do alongamento unidimensional da célula. Suas paredes celulares são regularmente espessadas.
As fibras não-lignificadas (por exemplo, do linho, Linum usitatissimum) possuem grande elasticidade. Quando há a lignificação das fibras, estas tornam-se rígidas.
As fibras esclerenquimáticas terminam em pontas alongadas e atingem um comprimento considerável, que pode variar entre alguns mm e 55 cm. (fibras de rami, Boehmeria sp.).
Em caules herbáceos longos, que precisam resistir ao dobramento, geralmente estão ordenadas na periferia do corte transversal, em feixes separados ou formando um cilindro fechado. Freqüentemente, as fibras acompanham os elementos de condução (fibras xilemáticas).
Em troncos de grandes árvores, estão espalhadas por todo o corte transversal. Nas raízes de grandes árvores, submetidas principalmente a forças de tração, as fibras localizam-se no centro da raiz ou espalham-se por todo o corte transversal.
Em princípio, as fibras esclerenquimáticas podem exercer sua função de conferir estabilidade, firmeza e resistência quando mortas. Não raro, porém, as fibras (de madeira, por exemplo) conservam seu conteúdo citoplasmático vivo e assumem funções de armazenagem.
Muitas vezes, a diferenciação entre esclereídeos e fibras esclerenquimáticas não é evidente, já que existem formas transicionais (esclereídeos alongados ou fibras curtas).
Esclerênquima – Tecido
Esclerênquima é um tecido onde as células não mantém seus protoplastos vivos na maturidade e apresentam paredes secundárias lignificadas, cujo espessamento é uniforme.
Função: Sustentação e às vezes proteção.
Origem
Seus tipos celulares diferem em origem, forma, estrutura e desenvolvimento, além de existirem formas de transição entre os seus tipos celulares.
As paredes secundárias são depositadas após as células terem atingido o seu tamanho final, ou a deposição pode ocorrer enquanto a célula está se alongando.
Características
Tecido de sustentação presente na periferia ou nas camadas mais internas do órgão, no corpo primário ou secundário da planta.
Parede secundária espessada, lignificada ou não, sendo o espessamento homogêneo e regular.
As células do esclerênquima, em geral, não apresentam protoplasto na maturidade.
As vezes funcionam como camada protetora ao redor do caule, sementes e frutos maduros, evitando que os animais e insetos se alimentem deles.
Protoplastos mortos na maturidade
Perda da propriedade de desdiferenciação
Parede secundária lignificada
Celulose, hemicelulose e substâncias pécticas
Espessamento uniforme
Células com formas variáveis
Ocorrência
Faixas ou calotas ao redor de tecidos vasculares
Cascas de frutos secos
Endocarpos de drupas
Envoltórios de sementes duras
Medula e córtex de caules e pecíolos
Mesofilo
Raízes
Tipos de esclerênquima
Fibras
Longas com extremidades afiladas
Pouco hidratadas, duras e mais elásticas do que plásticas
Raras pontuações
Grau de lignificação variável
Lúmem reduzido
Normalmente próximas ao feixe vascular
Xilemáticas e extraxilemáticas
Esclereídeos
Células muito curta, com paredes secundárias muito espessas e lignificadas Presença de numerosas pontoações simples.
Podem ser encontradas isoladas ou em grupos esparsos em todo o sistema fundamental da planta.
Isolados ou facilmente individualizados
Células curtas com parede secundária espessa e lignificada
Numerosas pontuações, geralmente simples
Importantes taxonômica e farmacognosticamente
Braquiesclereídes, astroesclereídes, osteoesclereídes, macroesclereídes, tricoesclereídes
Tipos de esclereídes
Braquiesclere ídes ou células pétreas
São isodiamétricas, aparecendo por exemplo no fruto da pera
Astroesclereídes
São ramificados e frequentemente possuem formato estrelado; presente em pecíolos de folhas de Thea e Nymphae
Macroesclereídes, ou células de Malphighi
São geralmente alongadas; presente no tegumento das sementes de leguminosas
Tricoesclereídes
Quando apresentam uma forma semelhante a tricomas – folha de Nymphaea odorata
Osteoesclereídes
Quando tem a forma de osso; colunar como as observadas em folhas de Hakea sp.
Distribuição dos esclereídes na planta
Nos caules, podem aparecer como cilindro contínuo na periferia da região vascular; em grupos na região da medula e , no córtex
Na folhas, disperso no tecido foliar, ou localizados nas terminações das nervuras menores e nos pecíolos
Nos frutos aparecem na polpa do fruto, endocarpo e casca
Envoltório de sementes
Fibras
Células esclereficadas longas com extremidades afiladas
Células com lume reduzido e paredes secundária espessada, em geral, sem protoplasto na maturidade
Elemento de sustentação das estruturas vegetais que param de se alongar
As fibras de esclerênquima ás vezes se encontram formando bainha ao redor dos feixes vasculares
Quando fazem parte do xilema ou do floema são denominadas fibras xilemáticas ou floemáticas
Fibras esclerenquimáticas
Folha de Velloziaceae
Fibras esclerenquimáticas
Folha de Syngonathus caracecensis
Distribuição das fibras na planta
Nas dicotiledôneasno são frequentes nos tecidos vasculares
Nas monocotiledônes, podem envolver completamente os feixes vasculares, como uma bainha; formar cordões em ambos os lados do feixe vascular, ou formar cordões ou camadas independentes dos feixes vasculares.
Fibras
Fonte: curlygirl.naturlink.pt/www.geocities.com/www.uff.br/www.itaya.bio.br/www.herbario.com.br/www.bionetonline.org