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Eletroforese – O que é
Eletroforese é definida como migração de partículas sob influência de um campo elétrico.
O princípio físico da eletroforese é bastante simples: partículas com carga elétrica são aceleradas quando colocadas em um campo elétrico; essa força de propulsão é rapidamente balanceada pela força de fricção do meio, nesse momento as partículas movem-se à uma velocidade constante, proporcional à corrente elétrica.
Quando uma molécula se move em um campo elétrico, a taxa de migração e a direção da migração dependem do número de cargas e do sinal da carga (+ ou -).
Se a molécula tem carga positiva, ela vai se mover para o polo negativo e vice-versa.
Em géis como o de poliacrilamida, o meio funciona como uma peneira, retardando preferencialmente as moléculas grandes, fazendo com que sejam separadas pelo seu tamanho.
Em genética, a eletroforese é utilizada para detectar a variabilidade em enzimas, proteínas, DNA e RNA.
Eletroforese – Proteína
O termo proteína” foi criado por Mulder, em 1839, referindo-se às substâncias químicas que integravam a matéria viva, tanto animal como vegetal.
O nome se originou do grego proteios”, que significa primário”, essencial”, em função da sua significância biológica, já na Época apontada pelo autor. Alguns anos mais tarde, em 1851, utilizando uma técnica de precipitação com Ácido acético, Panum conseguiu separar uma fração das proteínas, que designou caseína do sor, sendo, posteriormente, em 1862, chamada de globulina ou substância fibroplástica, por Schimidt.
Em 1866, Kuhne foi o primeiro a citar as fraçoes protéicas, obtendo duas partes, uma através da precipitação com anidro carbônico, que denominou de paraglobulina, e outra com Ácido acético, que denominou de alca-lialbuminato, tendo sido posteriormente denominada de seroglobulina, por Weil e Hynius.
A comprovação de que as partículas coloidais, no caso concreto as proteínas, podem ser separadas através das suas características de mobilidade frente a campos elétricos, constituindo o fundamento da eletroforese, teve início com os estudos de Michaelis, em 1909, que idealizou o tubo em U. A técnica foi aperfeiçoada por Sverdberg e Scott (1924), Sverdberg e Tiselius (1926) e Theorell (1935).
O desenvolvimento de metodologias para a medição dos componentes protéicos no sangue teve início no final do século XIX, com a publicação, em 1878, do Traité pratique et elementaire de chimie médicale (Tratado prático e elementar de química médica), por Mehu, um químico francês do Hospital Necker de Paris, que propunha um método para a quantificação do que designou de albumina ou albuminóides.
O método que veio a se tornar a base para o sistema atual de eletroforese para a separação de proteínas foi desenvolvido no início dos anos 1930 por Arn Tiselius, ganhador do prêmio Nobel.
Eletroforese – Conceito
Eletroforese é um termo bastante amplo, que se refere à migração de solutos e partículas em um meio líquido, sob influência de um campo magnético. As proteínas possuem cargas positivas e negativas, sendo sua mobilidade eletroforética diretamente proporcional à carga da partícula e inversamente proporcional à viscosidade do meio.
Eletroforese é uma técnica de laboratório usada para separar moléculas de DNA, RNA ou proteínas com base em seu tamanho e carga elétrica.
Uma corrente elétrica é usada para mover as moléculas a serem separadas por meio de um gel. Os poros no gel funcionam como uma peneira, permitindo que as moléculas menores se movam mais rápido do que as moléculas maiores.
As condições usadas durante a eletroforese podem ser ajustadas para separar moléculas em um intervalo de tamanho desejado.
Eletroforese – Técnica
A eletroforese é uma técnica baseada na separação de partículas, que ocorre quando as mesmas são dissolvidas ou suspensas em um eletrólito, através do qual uma corrente elétrica é aplicada.
É também usada na identificação de substâncias, no estudo de homogeneidade de sistemas biológicos e na determinação de pontos isoelétricos.
Esta técnica consiste na migração de moléculas ionizadas, em solução, de acordo com suas cargas elétricas e pesos moleculares em campo elétrico. Moléculas com carga negativa migram para o pólo positivo (ânodo) e moléculas com carga positiva migram para o pólo negativo (cátodo).
Arne Tiselus desenvolveu a eletroforese livre, para o estudo de proteínas em soro (através do qual ganhou o Premio Nobel em 1948), um tipo de eletroforese em que as substâncias a serem separadas estão em solução ou suspensão, e que não emprega suporte.
Este método de solução livre era bastante limitado devido a essas soluções estarem sujeitas a uma série de influências físicas do ambiente que lhes causam perturbações, tais como ondas mecânicas e até mesmo movimentos de convecção do líquido pelo aquecimento da solução causado pela aplicação da diferença de potencial. Estas perturbações fazem com que a eletroforese, nessas condições, seja um processo muito pouco reprodutível, com as cargas de mesma natureza não migrando juntas, mas sim, dispersas.
Para contornar esses problemas, desenvolveram-se sistemas em que tais perturbações à eletroforese são minimizadas. Esses sistemas utilizam matrizes rígidas – conhecidas como suportes – com as quais a solução interage e que diminuem as perturbações mecânicas e os movimentos de convecção no líquido. Existem diferentes meios-suporte, tais como papel de filtro, sílica gel, membranas de acetato de celulose, gel de agarose, amido ou poliacrilamida, entre outros.
A eletroforese que utiliza suporte é também conhecida como eletroforese de zona, e foi iniciada por König em 1937 (mesmo período em que a eletroforese livre era descrita por Tiselius) na separação de veneno de cobra recorrendo a papel de filtro como meio-suporte, mas só mais tarde, em 1946, foi retomada por Martin e colaboradores.
Dependendo do suporte que utilizamos para a eletroforese e da natureza das macromoléculas, podemos separá-las mais com base na carga ou mais com base em seu tamanho.
Os suportes em gel apresentam grande capacidade de separar as moléculas com base no tamanho molar (sendo praticamente o único tipo de suporte para eletroforese utilizado para a separação de fragmentos de ácidos nucléicos).
Já a eletroforese em suporte de papel é muito eficiente no que diz respeito a separação de partículas com grande diferenças de cargas, como por exemplo a separação de proteínas que, devido à variada composição de seus aminoácidos, apresentam grandes diferenças na carga total.
Em razão de algumas partículas serem substâncias anfóteras, ou seja, capazes de adquirirem carga positiva ou negativa em função do pH, é indispensável manter constante o pH do meio durante a eletroforese, pelo uso de soluções-tampão.
Os principais tipos de eletroforese são:
Eletroforese em gel
Eletroforese capilar
1. ELETROFORESE EM GEL
É uma técnica de separação de moléculas onde as partículas que são carregadas negativamente por um composto denominado SDS (detergente dodecil sulfato de sódio), com exceção do DNA que já possui um caráter de cátion, migram em um determinado gel durante a aplicação de uma diferença de potencial em direção a um eletrodo positivo, sendo que este é criado por uma corrente elétrica, e posteriormente são aplicadas sobre o gel.
Para a separação das moléculas nesta técnica, temos que levar em consideração o tamanho da molécula, sendo que as de menor massa migram mais rapidamente do que as de maior, pois possuem mais agilidade de mobilidade. Em alguns casos o formato da molécula também influencia, pois dependendo do formato as mesmas terão mais facilidade de migrar pelo gel.
É importante ressaltar que a eletroforese é utilizada normalmente para a separação de proteínas e moléculas de DNA e RNA.
1.1 SUBDIVISÕES DA ELETROFORESE EM GEL:
1.1.1 ELETROFORESE EM GEL DE AGAROSE
A agarose é um polissacarídeo composto por agar e pectina.
Para preparar este gel, simplesmente faz-se a mistura entre o pó de agarose e solução tampão. Após fundir, coloca-se brometo de etidium, que tem ampla afinidade pelo DNA, e revela sobre presença de UV(ultra violeta) os Ácidos nucléicos.
Quando a mistura esfriar o gel estará duro. Esse endurecimento é feito em um local apropriado, o mesmo local onde será feita a corrida da amostra.
Um detalhe importante é a colocação do pente no gel durante o endurecimento. O pente cria poços que serão utilizados para a colocação das amostras. Podemos ver este processo como uma corrida.
Cada um é colocado numa pista e na presença de uma corrente elétrica vai deixando o seu rasto. São estes rastos que serão comparados no método.
O gel de agarose e usado pois tem uma maior extensão de separação para fragmentos longos de DNA (identifica os ácidos nucléicos presente neste). O tamanho e a conformação da molécula de DNA, a concentração do gel de agarose, a corrente elétrica aplicada e tipo de tampão usado influenciam a velocidade da partícula no gel.
1.1.2 ELETROFORESE EM GEL DE POLIACRILAMIDA
A poliacrilamida é uma mistura de dois polímeros, acrilamida e bisacrilamida. Para preparar este gel, basta adicionar os dois polímeros nas concentrações desejadas em um suporte de vidro e na presença de um catalisador.
Esta técnica é utilizada, pois o gel poliacrilamida tem a capacidade de separar fragmentos muito pequenos de DNA e que apresentam uma mínima diferença de massa, além disso o gel pode recuperar e purificar determinada amostra.
Apesar das vantagens, o gel de agarose é mais utilizado pois a poliacrilamida é muito tóxica e difícil de ser preparada. Neste tipo de gel a corrida é feita em cubas verticais, e o carante utilizado é o mesmo da eletroforese em gel de agarose.
Existem dois tipos de gel de poliacrilamida:
Desnaturante: separa e purifica fitas simples de DNA, e convenciona desnaturante pois e polimerizado pela uréia.
Não desnaturante: separa e purifica fitas duplas de DNA.
2. ELETROFORESE CAPILAR
A eletroforese é definida como o transporte, em solução eletrolítica, de compostos carregados eletricamente sob a influência de um campo elétrico, no qual a separação entre dois solutos ocorre de acordo com diferenças entre suas mobilidades eletroforéticas.
Esta técnica que foi introduzida em 1981, por Jorgenson e Lukacs e tem sido aceita cada vez mais, como um importante método analítico.
Em sua forma mais simples a eletroforese capilar é uma aproximação da técnica original, descrita por Tiselius para o estudo de proteínas em soro, porém emprega-se um tubo capilar, preenchido com um eletrólito, tendo como principal vantagem o uso de capilares com diâmetros internos extremamente pequenos (na faixa de 15-100 µm) permite uma melhor dissipação do calor e, assim, é possível obter uma alta eficiência de separação com tempo reduzido de análise.
A eletroforese capilar é uma técnica aplicável na determinação de uma grande variedade de amostras, incluindo hidrocarbonetos aromáticos, vitaminas hidrossolúveis e lipossolúveis, amino ácidos, íons inorgânicos, ácidos orgânicos, fármacos, catecolaminas, substâncias quirais, proteínas, peptídeos e muitos outros.
Uma característica que difere a eletroforese capilar das demais técnicas é a sua capacidade única para separar macromoléculas carregadas eletricamente de interesse tanto em indústrias de biotecnologia quanto em pesquisas biológicas.
Um exemplo disso é o projeto Genoma Humano, que foi concluído recentemente, que teve como meta obter a seqüência completa do DNA humano e para isso foi necessário distinguir os diversos polinucleotídeos, com massas molares, por volta de 200 a 500 Daltons que diferiam entre si por um único nucleotídeo. Somente a eletroforese capilar tem resolução suficiente para este tipo de separação.
Além disso, o DNA humano contém cerca de três bilhões de nucleotídeos e as altas velocidades de análises, obtido pela eletroforese capilar, permitiram que milhares de nucleotídeos fossem seqüenciados em um único dia.
2.1 ELETROFORESE CAPILAR EM ZONA OU SOLUÇÃO LIVRE
A separação de íons é a forma mais simples de eletroforese capilar e é denominada eletroforese capilar em solução livre ou em zona. Muitos compostos podem ser separados rapidamente e facilmente por esta técnica, pois a separação em nesta técnica é baseada nas diferenças nas mobilidades eletroforéticas resultantes das diferentes velocidades de migrações de espécies iônicas no tampão, contido dentro do capilar.
Como Funciona está técnica:
O capilar é preenchido com uma solução tampão de composição constante, a qual está presente tanto no ânodo como no cátodo.
Em uma amostra tem-se uma mistura de espécies carregadas eletricamente e espécies neutras, onde os íons, apresentam tamanhos e cargas diferentes. A amostra é introduzida na extremidade anódica (ânodo) do tubo e, ao ser aplicada uma diferença de potencial entre as extremidades da coluna, os íons migram através do tubo com diferentes velocidades e em diferentes sentidos.
A velocidade e o sentido de migração dependem do tamanho e da magnitude de carga de cada íon. Deve ser ressaltado que as espécies neutras não sofrem influência do campo elétrico e por isso migram conjuntamente.
Na eletroforese capilar de zona, além dos solutos, a solução tampão, normalmente, move-se através do capilar sob o efeito de um campo elétrico (Este fenômeno é denominado fluxo eletroosmótico ou eletro-endosmótico).
Durante uma operação convencional, o fluxo eletroosmótico origina-se no ânodo e dirige-se ao cátodo devido à formação de uma dupla camada iônica que ocorre na interface entre o capilar de sílica fundida e a solução nele contida.
Os grupos silanóis presentes na superfície do capilar são ácidos fracos que se ionizam a partir de pH 3-4 (estando totalmente ionizados em meio alcalino), criando uma superfície carregada negativamente.
Esta camada negativa na superfície atrai para sua proximidade as espécies carregadas positivamente da solução, formando uma camada positiva, a qual será mobilizada pela presença do campo elétrico.
A atração dessa camada pelo cátodo arrasta a solução do interior da coluna, criando assim um fluxo com perfil reto, em contraste com o perfil parabólico que é criado em sistemas pressurizados.
O fluxo eletroosmótico proporciona duas grandes vantagens, sendo que a primeira delas é que cátions e ânions podem ser separados numa única análise, e a outra vantagem é que mesmo os íons com razões carga/raio muito diferentes podem ser analisados em um tempo relativamente curto devido à magnitude este fluxo.
O pH da solução tampão é um dos parâmetros que afeta fortemente a separação em eletroforese capilar em zona, pois este parâmetro afeta tanto o fluxo eletroosmótico, quanto a mobilidade eletroforética dos analitos. Isto, tendo em vista à medida que o pH é elevado tem-se um aumento do fluxo eletroosmótico, pois ocorre um aumento da dissociação dos grupos Si-OH que se encontram nas paredes internas do capilar.
O fluxo eletroosmótico é também afetado pela concentração do tampão e pela força iônica mas, sobretudo, pelo pH. No que se refere ao controle da seletividade da separação dos analitos, a variação do pH afeta o grau de ionização dos analitos e, portanto, suas mobilidades eletroforéticas.
Normalmente, o tampão é escolhido para promover a melhor separação entre os analitos e não necessariamente a velocidade eletroosmótica mais adequada.
A análise qualitativa é feita através da comparação dos tempos de migração dos padrões com os tempos de migração das substâncias presentes na amostra e/ou através de espectros de UV/Vis (detector por arranjo de diodos) ou do espectro de massas (detector espectrômetro de massas).
A quantificação das substâncias, com concentrações desconhecidas, presentes na amostra, é feita através do procedimento usual de calibração:
1. Injeção de soluções dos padrões de concentrações conhecidas
2. Obtenção das respostas do detector para cada composto, em função da altura, área ou área dividida pelo tempo de migração
3. Construção da curva analítica (resposta do detector versus concentração)
4. Injeção das amostras
5. Obtenção das respostas do detector para as amostras
6. Quantificação das substâncias através das curvas analíticas.
2.2 ELETROFORESE CAPILAR EM GEL
A separação de biomoléculas grandes, tais como DNA, por ECSL, às vezes é muito difícil de se obter devido à similaridade nas razões massa/carga.
Assim ECSL muitas vezes não é suficiente para separar estes tipos de substâncias. Uma alternativa é preencher o capilar com um gel, onde o principal mecanismo de separação está baseado nas diferenças nos tamanhos dos solutos que migram através dos poros do polímero. Esta técnica é denominada eletroforese capilar em gel.
Íons menores migram mais rapidamente enquanto que solutos maiores ficam mais tempo retidos. Além disso, o gel serve como um meio anticonvectivo, minimizando a difusão dos solutos.
Ele também previne a adsorção do soluto nas paredes do capilar e ajuda a eliminar a eletroosmose.
A implementação da tecnologia para fabricação de capilares preenchidos com gel confrontou-se com vários problemas. Primeiramente, ocorria o fenômeno de encolhimento do polímero durante o processo de fabricação no interior do capilar, o que gerava rupturas na estrutura final do gel. Estas rupturas estruturais formavam bolhas de ar, que eventualmente causavam interrupção da corrente elétrica durante a eletroforese. Outro aspecto relacionava-se com o uso de altas voltagens. Nestas condições, o fluxo eletroosmótico era suficientemente forte para arrastar o gel para fora do capilar. Por este motivo, o uso de agarose na fabricação de capilares foi logo descartado, porque além do baixo ponto de fusão, agarose contém grupos ionizáveis, capazes de gerar fluxo eletroosmótico.
Em 1987, B. L. Karger e A. S. Cohen apresentaram soluções para ambos os problemas, descrevendo, a fabricação detalhada de capilares preenchidos com géis fisicos.
O método de Karger e Cohen consiste num pré-tratamento do capilar com o reagente de dupla finalidade: eliminar o fluxo eletroosmótico através de uma ligação covalente com os grupos da superfície capilar e evitar a extrusão do gel durante operação do sistema, através da ligação covalente com o gel a ser formado na etapa seguinte. O capilar é então preenchido com uma solução tamponada e com catalisador.
As extremidades do capilar são imersas em solução tampão e a polimerização do gel ocorre, após algumas horas.
Uma das principais vantagens de realizar separações eletroforéticas em um capilar é que o seu formato possibilita a dissipação eficiente do calor gerado pelo efeito Joule. Em CGE, esta vantagem é duplamente verificada, em razão da geometria do capilar e das propriedades anti-convectivas do gel.
2.2.1 ELETROFORESE DE ÁCIDOS NUCLÉICOS
Por meio dessa técnica é possível separar moléculas em função da sua massa (tamanho), forma e compactação. Trata-se de uma técnica rápida, sensível e precisa. A molécula em questão, por exemplo o DNA, migra em suportes (géis de agarose ou acrilamida) por ação de uma corrente elétrica, com diferentes velocidades, dependendo do seu tamanho e forma. Quando submetido a um campo elétrico, as moléculas de DNA migram para o pólo positivo, pois são carregadas negativamente, e como força oposta à migração existe o atrito com o suporte (gel). Quanto maior a molécula, maior o atrito e mais lenta a migração; portanto, moléculas de tamanhos diferentes terão migrado uma distância diferente depois de algum tempo.
A distância que o fragmento percorreu a partir do ponto de aplicação é comparada com a distância que outros fragmentos de tamanhos conhecidos percorreram no mesmo gel.
O DNA pode ser visualizado na presença de compostos intercalantes, sendo que o mais utilizado é o brometo de etídio.
Em presença desse composto, o DNA emite fluorescência por exposição à luz UV e, assim, moléculas de um mesmo tamanho são visualizadas em um mesmo ponto do gel, formando uma faixa fluorescente.
Se na amostra submetida à corrente elétrica existir mais de um tamanho de molécula, estas serão separadas na migração e, então, serão visíveis bandas em diferentes localizações do gel.
Basicamente, duas matrizes sólidas são utilizadas atualmente para eletroforese: géis de agarose e géis de acrilamida.
A escolha do tipo de gel depende do tamanho do fragmento e da diferença de tamanho de diferentes fragmentos de DNA que se quer visualizar. As duas substâncias formam tramas de poros de tamanhos variáveis, possibilitando a separação dos fragmentos, que terá sua eficiência dependente da concentração do polímero e da intensidade da voltagem e amperagem aplicadas.
Em qualquer um dos casos, estas substâncias são dissolvidas numa solução-tampão eletrolítica, obrigatoriamente a mesma que recobrirá o gel na cuba de eletroforese e possibilitará a passagem de corrente elétrica (Tampão de Corrida). Para eletroforese de DNA, normalmente utiliza-se o TBE (Tris-Borato EDTA) e o TAE (Tris- Acetato EDTA). Quanto à aplicação das amostras no gel, é importante ressaltar que antes disso, elas são misturadas a outra solução (Tampão de amostra), que tem como função aumentar a viscosidade da amostra e assim impedir que esta comece a flutuar no tampão de corrida antes que a voltagem seja aplicada no sistema. Além disso, o tampão de amostra possui um corante que possibilita a visualização do andamento da corrida.
Apesar de sua versatilidade e relativo baixo nível de dificuldade de realização, a eletroforese convencional tem a desvantagem de identificar os fragmentos apenas quanto ao tamanho e não quanto à seqüência.
CONCLUSÃO
Ao término deste trabalho de pesquisa concluímos que a eletroforese é um processo analítico de separação de misturas, cujo principal agente é o campo elétrico.
Essa técnica passou por evoluções, com a introdução de um suporte como papel de filtro, sílica gel, membranas de acetato de celulose, gel de agarose, amido ou poliacrilamida, entre outros.
Atualmente o campo de aplicação da eletroforese tem sido amplamente difundido, devido á simplificação de aparelhagem utilizada e também á disponibilidade de meios de suporte altamente purificados, o que veio diminuir em muito o tempo gasto na separação.
As principais técnicas de eletroforese são: eletroforese em gel, eletroforese capilar e capilar em gel. A técnica de eletroforese capilar possui uma série de vantagens, tais como a rapidez, versatilidade, um baixo custo por análise, alto poder se separação (resolução) e um consumo mínimo de amostras, reagentes e solventes. Além disso, oferece a possibilidade de automação e detecção on-line.
Entretanto esta técnica oferece algumas limitações, pois não é adequada para a determinação de compostos voláteis, não-polares e de massa molar baixa, os quais são melhores determinados por cromatografia gasosa.
Também não é muito adequada para a análise de polímeros não iônicos de massa molar alta e não é tão sensível quanto a cromatografia líquida de alta eficiência.
A eletroforese é de grande importância para as ciências, permitindo a separação e identificação de moléculas de DNA por meio da diferença de velocidade de migração, identificação de pessoas em testes de paternidade pela comparação de DNA, na indústria farmacêutica e até mesmo na agropecuária.
Quais são os usos da eletroforese de DNA?
Eletroforese de DNA é o processo de isolamento do fragmento de DNA baseado na atração desse fragmento por um pólo elétrico.
Este processo é usado para separar fragmentos de DNA com base em seus respectivos tamanhos por meio de uma atração polar em um gradiente elétrico.
Os ácidos nucléicos formam os degraus de uma dupla hélice de DNA, cuja estrutura é composta de açúcares desoxirribose e fosfatos, o que lhe confere uma carga negativa.
Os cientistas podem tirar vantagem do fato de que essa carga negativa é atraída por um eletrodo positivo por meio de um campo elétrico.
O processo de eletroforese de DNA é realizado executando o DNA em um substrato de gel através de um tampão eletrolítico ou substrato como água salgada.
Um gel de agarose que foi embebido em água salgada pode resistir a um gradiente elétrico que passa por ele continuamente. Ao fazer muitas cópias do DNA, geralmente por meio de um processo denominado reação em cadeia da polimerase (PCR), um determinado gene pode ser copiado exponencialmente de uma única ocorrência.
Os genes se manifestam fisicamente em segmentos de DNA.
A agarose é um substrato poroso que permite a passagem de pequenas moléculas. O DNA é atraído por uma carga positiva, então segmentos de DNA de tamanhos variados migram através de um gel de agarose eletrolítico dentro de um campo elétrico de água salgada.
Segmentos grandes migram através do substrato de gel mais lentamente do que pedaços pequenos, então os fragmentos de DNA são separados por tamanho.
Ao executar um grande número de fragmentos de DNA do mesmo tamanho em um gel de agarose, a amostra forma uma faixa espessa.
A eletroforese de DNA requer o uso de um substrato eletrolítico, um campo elétrico e brometo de etídio, que é um produto químico muito perigoso.
O brometo de etídio intercala-se entre os ácidos nucléicos em uma dupla hélice de DNA e brilha sob uma luz ultravioleta (UV). Para visualizar uma banda de DNA em um gel de agarose, o gel pode ser embebido em brometo de etídio e fotografado sob luz ultravioleta. As bandas formadas por diferentes tamanhos de fragmentos de DNA serão mostradas, e um experimentador poderá dizer se o gene de interesse – ou fragmento de DNA – está presente.
Desde os menores organismos, como bactérias, até os maiores organismos, como as baleias, as espécies se replicam copiando o DNA.
O código para a criação das proteínas necessárias à vida está escrito nas instruções genéticas fornecidas pelas fitas de DNA. A análise de DNA é usada em muitos estudos científicos, incluindo investigação criminal, estudos genéticos em modelos animais, recombinação bacteriana e classificação de peptídeos. O DNA indica o código para a transcrição de proteínas, então a eletroforese de DNA é útil em qualquer situação em que um cientista ou experimentador tenha motivos para replicar, separar ou examinar genes em fitas de DNA.
Fonte: people.ufpr.br/Aline Marin/Bárbara Gomes/Bruna Girardi/Ethiane Mezadri/www.genome.gov
Com esta mudança, ficou melhor para as pesquisas. Estou maravilhado que continuem com este sucesso. Eu continuo pesquisando novidades.
Parabéns.
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