Classe Aracnídea

ORDEM ARANEAE

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As aranhas (Ordem Araneae) constituem o sétimo maior grupo animal em termos de diversidade global em número de espécies, atrás apenas das cinco maiores ordens de insetos (Coleoptera – besouros, Hymenoptera – vespas, abelhas e formigas, Lepidoptera – mariposas e borboletas, Diptera – moscas e mosquitos, e Hemiptera – percevejos) e dos ácaros e carrapatos entre os aracnídeos. Contrastando com estes grupos, as aranhas são notáveis por sua dependência completa sobre a predação como estratégia alimentar.

As aranhas são predadoras vorazes, generalistas, comuns na maioria dos ambientes e amplamente distribuídas na superfície terrestre. Já foram catalogadas cerca de 38 mil espécies de aranhas no mundo, porém estima-se que este número seja muito maior, uma vez que a aracnofauna neotropical é pouco conhecida.

No Brasil, supõe-se a ocorrência de cerca de 12 mil espécies.

As aranhas, muitas vezes confundidas com insetos, são diferenciadas por possuírem o corpo dividido em duas partes (cefalotórax e abdômen), quatro pares de pernas, pedipalpos (apêndices semelhantes às pernas, que no macho são modificados em órgãos copuladores), quelíceras (órgão em forma de ferrão para inocular o veneno, localizado na frente do corpo) e fiandeiras (produção da seda, localizadas na parte posterior do corpo). Estas duas últimas características são as principais responsáveis tanto pelo medo, pois praticamente todas possuem veneno (99,4 % das espécies), quanto pelo fascínio.

As aranhas apresentam um dos mais espetaculares métodos de captura de presas de todos os animais: as teias geométricas, as quais fascinam a humanidade pela perfeição e beleza das formas, a resistência, viscosidade e elasticidade dos fios, e pela eficiência como método de armadilha.

A sensação de nojo e medo, por outro lado, é causada principalmente pelas aranhas de chão. Criaturas cheias de pernas, orrateiras, peludas e escuras representam supostos perigos, e devem ser mortas a qualquer preço. Talvez estes sentimentos sejam resquícios arquetípicos de priscas eras, quando morávamos em cavernas. Entretanto esta visão é bastante equivocada pois as aranhas são animais tímidos, geralmente inofensivos e úteis, pois controlam populações de insetos. Para ilustrar o equívoco, apenas cerca de 20 espécies do mundo (das 38 mil) causam acidentes.

No Brasil, ocorrem três gêneros de aranhas peçonhentas:

Loxosceles sp. (aranha marrom),
Latrodectus
curacaviensis (viúva-negra) e
Phoneutria
spp. (aranha armadeira, várias espécies).

A viúva-negra não ocorre no DF, Loxosceles sp. é aparentemente rara ou restrita a certos micro-habitats, e apenas as aranhas armadeiras são comuns.

As aranhas neotropicais dividem-se em dois grandes grupos, as migalomorfas e as araneomorfas. As migalomorfas possuem as quelíceras em posição paralela ao eixo maior do corpo, e as araneomorfas, em posição transversal. As migalomorfas (cerca de 2500 espécies) incluem as caranguejeiras, as aranhas-alçapão e vários outros grupos sem nome popular. Elas geralmente vivem em abrigos de tubo, em buracos do solo, ou embaixo de troncos caídos ou cupinzeiros, embora algumas construam teia.

As araneomorfas, algumas vezes chamadas de aranhas “verdadeiras”, constituem a grande maioria das aranhas (cerca de 35000 espécies), com hábitos diurnos e noturnos, e com diferentes estratégias de predação. As aranhas que constróem teias orbiculares são notáveis por modificações morfológicas e comportamentais para produzir e viver nos fios de seda viscosos e altamente elásticos das teias, as quais capturam insetos alados. Outros comportamentos de caça podem ser adotados, tais como as aranhas emboscadoras na vegetação (ficam paradas em folhas, flores ou ramos, esperando alguma presa), as saltatoriais (pulam sobre a presa, como a aranha papa-moscas, comum em residências), as “aquáticas” (que ficam próximas ou sobre a água), as cursoriais (também conhecidas como andarilhas ou errantes, que andam pelo substrato procurando presas, como Lycosa, a aranha comum de jardim), e as fossoriais (que vivem em tocas no chão).

As duas partes do corpo da aranha são unidas por um pedicelo, geralmente não visível. No prossoma concentram-se as atividades de locomoção, alimentação, percepção do meio, e sistema nervoso.

O opistossoma realiza as tarefas vegetativas: digestão, circulação, respiração, excreção, reprodução, e produção da seda.

Classe Aracnídea – Artrópodes

Classe Aracnídea
Aranha

São artrópodes com 4 pares de patas (octópodes), sem antenas (áceros) com o corpo dividido em cefalotórax e abdômen. No cefalotórax encontramos um par de artículos, as quelíceras, que geralmente acabam em uma pinça, com função de segurar a presa ou inocular a peçonha.

Outro par de artículos do cefalotórax é os pedipalpos que servem para a apreensão e manuseio da presa. A digestão é EXTRACORPÓREA. Ocorre a inoculação de enzimas digestivas no corpo da presa. Após algum tempo o aracnídeo suga os produtos da digestão.

A respiração é feita por FILOTRAQUEIAS (pulmões-livro ou foliáceos) localizados no abdômen, abrindo-se no meio externo por um espiráculo. A circulação é aberta e apresentam a HEMOCIANINA como pigmento respiratório. A excreção é feita por GLÂNDULAS COXAIS.

Os aracnídeos podem ser de vida livre ou parasitas (ácaros). São dióicos e geralmente apresentam dimorfismo sexual e fecundação interna. Nas aranhas os machos usam o pedipalpo como órgão copulador.

As principais ordens são: araneídea, escorpionida e acarina.

a) ordem araneida

São todas as espécie de aranhas. Elas podem caçar suas presas aos saltos ou através de uma teia que fabricam utilizando-se de uma secreção que se solidifica em contato com o ar, utilizando-se de artículos especiais localizados próximos ao orifício retal, as FIANDEIRAS. São ovíparas.

Diferentemente dos insetos que têm 6 patas, as aranhas e toda a classe dos aracnídeos possuem 8 patas. Outra característica que os distingue dos insetos é a junção da cabeça com o tórax. Aranhas possuem apenas um cefalotórax e um abdômem. A grande maioria das aranhas possui vários olhos e sua posição e tamanho podem ser usados na sua identificação.

Todas as aranhas produzem seda, mas nem todas constroem teias. Algumas usam a seda apenas para construção do saco de ovos, para forrar o ninho ou para se pendurarem. Algumas aranhas constroem teias complexas, usando vários tipos de seda, cada uma com uma finalidade da montagem da teia. A respiração das aranhas pode ser traqueal, com pequenos túbulos que levam o ar diretamente até as células, ou pulmonar, com pulmões em forma de livro. As aranhas respiram por filotraqéias (pulmão-livro ou pulmão foliáceo). Outra característica das aranhas é que todas são predadoras. Elas têm uma glândula de veneno que usam para imobilizar e matar sua presa.

Este veneno é injetado pelas quelíceras, situadas perto da boca. Além das quelíceras, aranhas têm palpos, que têm função táctil e para manipular o alimento. Nos machos têm funções reprodutivas. As aranhas também têm uma digestão bastante particular, que começa já dentro do corpo da presa.

Depois de pré-digerida em seu próprio corpo, a aranha suga o interior da presa, já meio liquefeito.

Aranhas podem ser divididas em duas categorias quanto ao hábito de capturar presas:

Vida livre, que não constroem teias e caçam ativamente. Elas tecem seda apenas para fazer linhas de arrasto, ninhos, casulo de ovos, mas elas não usam a seda para capturar a presa. Aranhas de vida livre costumam ter pernas mais fortes e olhos mais desenvolvidos. Exemplos de aranhas de vida livre são as Caranguejeiras, as Tarântulas, as Papa-Mosca, e as Armadeiras, uma das mais perigosas do mundo.

Aranhas que constroem teias são aéreas, tendo pernas finas para escalar na seda fina. A visão é menos desenvolvida. Em compensação são capazes de detectar e interpretar com facilidade os vários tipos de vibração de uma teia.

Aranhas também podem variar o período de atividade:

Algumas aranhas, ativas durante o dia, constroem suas teias ao nascer do sol e ‘recolhem’ no fim do dia.
Outras aranhas caçam ativamente a noite, usando seus grandes olhos para verem na escuridão.
Certas aranhas não ligam se é dia ou noite. Elas vivem dentro de cavernas, em escuridão total, encontrando suas presas tátilmente.

b) ordem escorpionida

Os escorpiões. Apresentam o corpo dividido em cefalotórax, préabdômen e pós-abdômen. Possuem um par de ferrões (quelíceras), um par de pedipalpos (em forma de pinça e que serve para capturar o alimento); um ferrão no final da cauda por onde sai o veneno. Picam com a cauda e variam de tamanho entre 6 a 8,5 cm de comprimento.

No mundo todo existe aproximadamente 1.400 espécies de escorpiões até hoje descritas, sendo que no Brasil há cerca de 75 espécies amplamente distribuídas pelo país. Esses animais podem ser encontrados tanto em áreas urbanas quanto rurais.

Os escorpiões são carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos baratas e outros, desempenhando papel importante no equilíbrio ecológico.

Apresentam hábitos noturnos, escondendo-se durante o dia sob cascas de árvores, pedras, troncos podres, dormentes de linha de trem, madeiras empilhadas, em entulhos, telhas ou tijolos e dentro das residências. Muitas espécies vivem em áreas urbanas, onde encontram abrigo dentro e próximo das casas, bem como alimentação farta. Os escorpiões podem sobreviver vários meses sem alimento e mesmo sem água, o que torna seu combate muito difícil.

Na área urbana estes animais aparecem em prédios comerciais e residenciais, armazéns, lojas, madeireiras, depósitos com empilhamento de caixas e outros. Eles aparecem, principalmente, através de instalações elétricas e esgotos. São sensíveis aos inseticidas, desde que aplicados diretamente sobre eles. As desinsetizações habituais não os eliminam, pois o produto fica no ambiente em que foi aplicado e os escorpiões costumam estar escondidos. O fato de respirarem o inseticida ou comer insetos envenenados não os mata. São resistentes inclusive radiação.

Seu aparecimento ocorre principalmente devido à presença de baratas, portanto a eliminação destas em caixas de gordura e canos que conduzem ao esgoto é a principal prevenção ao aparecimento dos escorpiões.

Não possuem audição e sentem vibrações do ar e do solo. Enxergam pouco, apesar de terem dois olhos grandes e vários pequenos. Seus principais predadores são pássaros, lagartixas e alguns mamíferos insetívoros.

C) Ordem Acarina

Ácaros são aracnídeos, diminutos em sua maioria. A característica mais típica dos ácaros é a perda da segmentação, com extrema fusão dos segmentos acompanhada da perda da divisão corporal típica dos aracnídeos, e o processo de miniaturização, atingidos por esse grupo, ao longo do processo evolutivo.

Esta última característica pode ser, em parte, responsável pela capacidade de sobrevivência em qualquer tipo de ambiente onde seja possível o estabelecimento de vida animal.

Praticamente só necessitam da presença de matéria orgânica para que alguns de seus diversos grupos possam ocorrer, pois se utilizam das mais diversas fontes de alimento. São encontrados em grande quantidade no solo e folhedo das matas; nos vegetais, desde algas, musgos e liquens até as plantas superiores; na água doce, salobra ou salgada e até mesmo nos ambientes mais hostis a vida animal como nas areias e rochas de praias, fontes termais, regiões polares etc. Muitos são de vida livre, sendo predadores de outros ácaros e seus ovos ou de pequenos insetos; saprófagos, liquenófagos, micófagos etc.; comensais em ninhos, formigueiros e termiteiros; ou ainda como parasitos externos ou internos de invertebrados ou vertebrados.

O parasitismo não se limita ao reino Animal, ocorrendo grande número de espécies fitófagas, muitas das quais com status de pragas agrícolas.

Devido a crescente destruição de ambientes naturais, principalmente nos trópicos, muitas espécies de ácaros podem estar sendo extintas antes mesmo de serem catalogadas.

Carrapato-estrela, um vetor de doenças bacterianas, como a febre maculosa.

Os aracnídeos são representados pelas aranhas, pelos escorpiões e pelos carrapatos. Todos eles possuem um par de quelíceras e quatro pares de patas locomotoras.

As quelíceras são apêndices em forma de pinças, situados na parte anterior da cabeça. É um exemplo uma aranha jovem e uma adulta. Seus corpos têm a mesma forma.Todos os aracnídeos não sofrem metamorfose.

Outra característica importante dos aracnídeos é que eles têm a cabeça e o tórax numa peça só, chamada cefalotórax.

É fácil distinguir um aracnídeo de um inseto, pelo exame externo do corpo.

Classificação dos aracnídeos

Os Aracnídeos podem ser distribuídas por 3 ordens, com base no aspecto externo do corpo:

Ordem Corpo Exemplos
Araneídeos cefalotórax e abdômen aranhas
Escorpinídeos cefalotórax, abdome e pós-abdômen escorpiões
Acarinos cefalotórax fundido com abdômen carrapato

Araneídeos englobam todas as espécies de aranhas, venenosas ou não.

Escorpionideos, que reúne os escorpiões.

O escorpião é um aracnídeo que provoca um certo receio nas pessoas, pelo seu aspecto e comportamento agressivo.

Ácaros, que são os carrapatos e alguns parasitas micróbicos. Elaine Silveira Brito

Classe Aracnídea – Ordem

Seus representantes mais conhecidos são as aranhas, os escorpiões e os ácaros.

A presentam o corpo dividido em duas partes: cefalotórax e abdome.

Alguns transmitem doenças para seres humanos e animais, outros são responsáveis por envenenamentos (aranhas e escorpiões) e por fenômenos alérgicos (ácaros do pó doméstico).

Na ordem Araneae (aranhas), calculam-se identificadas cerca de 32 mil espécies de aranhas no mundo. Possuem distribuição bastante ampla, desde ambientes aquáticos, até aqueles extremamente secos, podendo ainda ocorrer desde o nível do mar até as montanhas mais altas. Todas são predadoras, alimentando-se principalmente de insetos, podendo ocasionalmente algumas caranguejeiras alimentar-se de pequenos vertebrados que são mortos pelo veneno injetado com picada. Possuem o cefalotórax unido ao abdomen por um pedículo. Na região anterior do cefalotórax, estão oito olhos simples e alguns apêndices articulados.

As quelíceras são estruturas adaptadas para a captura do alimento, e apresentam a extremidade em forma de garra, dotada de um orifício em que se abre a glândula do veneno. Outro par de apêndices são pedipalpos, úteis para triturar alimentos e, nos machos, para a deposição dos espermatozóides. As patas articuladas são quatro pares, e não há antenas. São animais que colocam ovos, chegando até a 3 mil em algumas espécies.

As aranhas possuem sexos separados (dióicos), porém freqüentemente os machos são menores que as fêmeas, podendo distinguí-los que apresentam no ápice dos palpos. Algumas espécies constroem teias e outras são errantes e solitárias. Outras constroem esconderijos de onde ficam na espreita e caçam. Algumas possuem alto grau de veneno, como as temíveis viúvas-negras. Na porção mais posterior do corpo, abrem-se as fiandeiras, estruturas por onde saem os fios de seda e responsáveis por tecê-los, na formação das teias.

A seda é produzida pelas glândulas sericígenas, localizadas no abdome. Ao ser exteriorizada, a seda solidifica-se ao contato com o ar. As teias servem como abrigo, proteção, local de acasalamento e armadilha para a captura de insetos e de outros animais, principal alimentação das aranhas. A maior aranha do mundo é a caranguejeira, que pode chegar a 25 cm, entretanto não apresenta perigo ao homem, pois seu veneno é pouco efetivo.

A ordem Scorpionidae que abrange os animais conhecidos como escorpiões é composta de cerca de 1.260 de espécies, divididas em 17 famílias. No Brasil ocorrem cerca de 90 espécies. Escorpiões são animais vivíparos, ou seja não põem ovos. Ao contrário das aranhas, os escorpiões não possuem quelíceras venenosas. As quelíceras são empregadas para rasgar e triturar os alimentos. O veneno é inoculado pelo aguilhão da cauda. A fecundação dos escorpiões é interna. Em muitas espécies, o desenvolvimento dos ovos também é interno, dentro do sistema reprodutor feminino.

A ordem Acari representada pelos ácaros e carrapatos apresenta cefalotórax e abdomen fundidos, o que dá ao corpo o aspecto de um bloco único. Alguns ácaros são importantes ectoparasitas humanos, como o Demodex folliculorum, que habita o folículo piloso humano e determina o aparecimento dos “cravos”. Outro ácaro, o Sarcoptes scabiei , é o agente causador da sarna. As fêmeas penetram na pele, por onde caminham fazendo túneis epidérmicos nos quais deixam seus ovos.

A infestação da pele causa intenso prurido (coceira) e costuma ser acompanhada por infecções bacterianas associadas. Os ácaros do pó doméstico, como o Dermatophagoides pteronyssinus, estão associados à manifestações alérgicas algumas vezes graves, como asma brônquica e rinite alérgica.

Os aracnídeos

Os aracnídeos (gr. arachne = aranha) incluem aranhas, escorpiões, pseudo-escorpiões, carrapatos, ácaros e alguns outros grupos.

Provavelmente os primeiros aracnídeos eram aquáticos, mas, atualmente, os viventes são terrestres.

Esta migração de um ambiente aquático para o terrestre exigiu algumas modificações fundamentais, como: aumento e impermeabilidade da cutícula, as brânquias foliáceas modificaram-se em pulmões foliáceos e traquéias, desenvolvimento de apêndices especializados à locomoção terrestre.

Além disso, um grande número de modificações surgiram ao longo da evolução deste grupo, como o desenvolvimento de glândulas produtoras de seda por parte das aranhas, dos pseudo-escorpiões e de alguns ácaros, usadas para construir ninhos, abrigos, casulos de ovos e outras finalidades e também glândulas produtoras de veneno em escorpiões e aranhas.

Anatomia e fisiologia geral dos aracnídeos

Anatomia

Corpo dividido em:

Prossomo

Não segmentado, coberto por carapaça sólida.

Abdome

Segmentado, dividido em pré e pós-abdome. Na maioria dos aracnídeos, essa divisão desapareceu em virtude da fusão dos segmentos.
Os apêndices têm origem no prossomo e constam de um par de quelíceras, um par de pedipalpos e 4 pares de pernas.

Nutrição

A maioria dos aracnídeos é carnívora e a digestão ocorre parcialmente fora do corpo. Enquanto a presa é morta pelas quelíceras e pedipalpos, enzimas secretadas pelo intestino médio são lançadas nos tecidos dilacerados da presa.

O caldo parcialmente digerido é ingerido, passando pela boca, faringe, esôfago, intestino anterior, intestino médio com divertículos laterais que se enchem com o caldo alimentar.

Depois que o alimento chega ao intestino médio, são lançadas enzimas digestivas para completar a digestão. Grande parte do alimento é armazenado nas células dos divertículos. Em seguida os restos alimentares vão ao intestino posterior, à câmara cloacal (depósito) e finalmente ao orifício retal.

Excreção

O produto excretado mais importante é a guanina. Os órgãos excretores são as glândulas coxais e os túbulos de Malpighi. As glândulas coxais são sacos esféricos situados ao longo do prossomo, que coletam detritos do sangue circundante e são lançados ao exterior por poros que se abrem na coxa dos apêndices.

Os túbulos de Malpighi consistem de 1 ou 2 pares de tubos delgados com origem na parte posterior do intestino médio, ramificando-se anteriormente. Os detritos passam do sangue para os túbulos de Malpighi e deles para o intestino.

Sistema Nervoso

O cérebro é uma massa ganglionar anterior situada acima do esôfago. Contêm os centros ópticos e os destinados às quelíceras. O restante do sistema nervoso consta de nervos e gânglios localizados no abdome e tórax.

Os órgãos sensoriais são freqüentemente os pêlos sensoriais, olho e órgãos sensoriais em fenda (detecção de vibrações sonoras).

Trocas Gasosas

Os aracnídeos possuem pulmões foliáceos, traquéias ou ambos. Os pulmões foliáceos são menos derivados e provavelmente são uma modificação das brânquias foliáceas, associadas à ocupação do ambiente terrestre. Estão localizados no ventre do abdome. Os escorpiões têm até 4 pares, cada um ocupando um segmento distinto. Cada pulmão é formado por lamelas e a difusão de gases ocorre entre o sangue circulante no interior da lamela e o ar dos espaços interlamelares.

O sistema traqueal é análogo ao dos insetos, mas evoluiu independentemente. Parece ser uma derivação dos pulmões foliáceos. As traquéias tendem a ser mais desenvolvidas nos aracnídeos pequenos. São revestidas de quitina e terminam em pequenos túbulos cheios de líquido que fornecem oxigênio diretamente aos tecidos. São mais eficazes que os pulmões foliáceos, sendo que em alguns escorpiões e aranhas que possuem somente pulmões foliáceos, existe também um pigmento, a hemocianina, que auxilia no transporte de gases.

Sistema Circulatório

O coração está no abdome, de onde sai a aorta anterior que irriga o prossomo, e a aorta posterior que dirige-se à metade posterior do abdome. Pequenas artérias lançam o sangue nos espaços tissulares e num grande seio venal que banha os pulmões foliáceos. Um ou mais canais venosos levam o sangue do seio venal ou dos pulmões até o coração.

Reprodução

São dióicos, com fecundação interna e desenvolvimento direto nas aranhas e escorpiões, e indireto nos carrapatos. O orifício genital está localizado no lado ventral do segundo segmento abdominal. Pode ocorrer transmissão indireta de espermatozóides, via espermatóforo. Freqüentemente há corte antes do acasalamento. A fêmea especialmente responde a estímulos químicos, táteis ou visuais.

Classificação

As principais ordens da Classe Aracnida são:

Scorpiones, Pseudoescorpiones, Opiliones, Araneae e Acarina, entre outras menos representativas.

Ordem Scorpiones

Inclui os escorpiões e são os mais antigos artrópodes terrestres conhecidos. Seu registro fóssil data do Siluriano. São comuns em áreas tropicais e subtropicais.

São de hábitos noturnos e crípticos, carnívoros predadores, alimentando-se principalmente de insetos.

O corpo está dividido em prossomo e abdome longo que termina em um aguilhão pontiagudo. O prossomo é curto e tem 2 a 5 pares de pequenos olhos laterais.

As quelíceras são pequenas, enquanto que os pedipalpos são enormes e formam um par de pinças destinadas à captura de presas. Cada perna termina em 2 pares de garras.

O abdome é dividido em pré, com 7 segmentos e pós, com 5 segmentos. Os opérculos genitais estão logo após o esterno, no lado ventral, e consistem de 2 placas que cobrem a abertura genital. Atrás destas estão os pentes sensoriais, que são responsáveis pelas sensações táteis, provavelmente.

Do segundo ao quinto segmento do abdome, há um par de fendas transversais (estigmas) que são as aberturas dos pulmões foliáceos.

Os segmentos do pós abdome parecem com estreitos anéis, sendo que o último contém a abertura retal e também sustenta o télson e o aguilhão.

Há pouco dimorfismo sexual. A característica mais útil para a diferenciação é o gancho presente nas placas operculares do macho.

Reprodução e história natural dos escorpiões

Os machos podem ter o abdome maior que as fêmeas, mas a característica mais marcante para a distinção dos sexos nos escorpiões é o gancho presente nas placas operculares do macho. Em cada sexo, o átrio genital comum abre-se para o meio externo entre os opérculos genitais no primeiro segmento abdominal.

Durante a estação de acasalamento, o macho perambula até encontrar uma fêmea, com quem inicia uma prolongada corte. Em algumas espécies, macho e fêmea encaram-se, cada um erguendo seu abdome e elevando-o para o ar, movimentando-se em círculos; em outras, o macho agita-se.

O macho então prende a fêmea com seus pedipalpos e andam para trás e para frente por 10 minutos ou até mesmo horas.

O tempo dependerá de quanto será necessário para localizar um local adequado para depositar o espermatóforo.

Finalmente, o macho põe um espermatóforo que se prende ao solo.

Uma alavanca em forma de asa que se estende do espermatóforo permite que esse se abra no instante que a fêmea for pressionada sobre ele pelo macho. A massa de esperma é então transportada para o orifício genital feminino.

Todos os escorpiões incubam seus ovos dentro do trato reprodutivo feminino e parem jovens desenvolvidos. O desenvolvimento leva de vários meses a um ano ou mais, produzindo de 1 a 95 jovens medindo somente alguns milímetros ao nascer.

Ordem Pseudoescorpiones

Inclui os pseudo-escorpiões que vivem no folhiço, debaixo de cascas de árvores, em musgos e em ninhos de alguns mamíferos. Atingem até 8 mm no máximo.

São muito parecidos com os escorpiões verdadeiros, mas lhes faltam o pós-abdome e o aguilhão. Além disso, nenhum escorpião é tão pequeno quanto os pseudo-escorpiões.

Alimentam-se de pequenos artrópodes como colêmbolos (insetos) e ácaros.

Ordem Araneae

Incluem as aranhas e são descritas aproximadamente 32.000 espécies.

Apresentam várias especializações relacionadas ao seu hábito de vida: as teias; utilização de veneno; visão relativamente bem desenvolvida; modificação dos pedipalpos no macho, para formar um órgão copulador e seus diversos hábitos alimentares.

Variam de 0,5 mm a 9 cm de comprimento do corpo. A carapaça geralmente possui 4 pares de olhos. Cada quelícera possui uma parte basal (onde fica a glândula de veneno) e uma terminal, onde fica o ferrão.

Os pedipalpos da fêmea são curtos e semelhantes à pernas, mas no macho, modificam-se, formando os órgãos copuladores.

As pernas possuem geralmente 8 segmentos e terminam em 2 garras.

O abdome não é segmentado, embora a segmentação seja refletida no padrão de coloração, e é ligado ao prossomo através de uma porção curta, chamada pedicelo. No lado ventral há o sulco epigástrico e os estigmas (que são aberturas) dos pulmões foliáceos.

Na extremidade do abdome está um grupo de estruturas especializadas, produtoras de seda, as fiandeiras, localizadas imediatamente à frente do orifício retal. A maioria das aranhas possui 6 fiandeiras.

A seda das aranhas é uma proteína composta de glicina, alanina, serina e tirosina. É liberada como líquido e o endurecimento resulta do próprio processo de estiramento, não da exposição ao ar. A seda desempenha um papel importante na vida das aranhas, principalmente referente à captura de alimento ou, ainda, como guia. As aranhas alimentam-se de insetos e pequenos vertebrados. As caçadoras saltam sobre a presa, enquanto que nas tecedoras, a obtenção de alimento é pela teia. As aranhas picam sua presa com as quelíceras, que podem também macerar os tecidos durante a digestão.

A reprodução: na fêmea grávida, os ovários podem ocupar até 2/3 ou mais do abdome. Associados à genitália e ao útero, existem dois receptáculos seminais e glândulas.

O sistema reprodutor masculino é relativamente simples. Há dois grandes testículos ventrais ao longo de cada lado do abdome. O palpo no macho consiste de um reservatório bulboso do qual se estende um ducto ejaculatório. Um glóbulo de sêmen é ejaculado sobre uma pequena teia espermática, em seguida, os palpos são submergidos no glóbulo, até que o sêmen esteja incluído em seus reservatórios. Com os palpos cheios, o macho procura uma fêmea para acasalar, mas a corte não depende só disso. Estímulos químicos e táteis são muito importantes para a cópula. Certas fêmeas (como as licosídeas) liberam feromônios como sinal positivo para a corte.

Algum tempo após a cópula, a fêmea põe seus ovos (podem ser até 3000, dependendo da espécie) sobre uma seda previamente tecida onde são fecundados, a medida que são depositados na seda. Ao terminar, nova camada de seda é tecida e as bordas são seladas, formando o que chamamos de ooteca. Os jovens eclodem dentro da ooteca e lá permanecem até a primeira muda.

A longevidade média das aranhas é de 1 a 2 anos, mas há notícias de caranguejeiras em cativeiro de até 25 anos de idade.

Ordem Acarina

Os Acari são um agrupamento de aracnídeos enormemente diverso, que contém os ácaros e carrapatos (figura 68). Um grande número de espécies é parasita do homem, animais e plantações. São abundantes em folhas caídas, humo, solo, madeira podre e detritos. Os ácaros também ocorrem em água doce e no mar.

Antigamente eram agrupados numa única ordem (Acarina), mas hoje são distribuídos em 7 novas ordens. Para simplificar nosso estudo, trataremos seus representantes como se ainda fossem uma única ordem.

Apesar da abundância dos ácaros, sua taxonomia e biologia ainda não são tão bem conhecidas como outras ordens de aracnídeos. Até hoje foram descritas cerca de 30 mil espécies, mas muitos acreditam que esse número é apenas uma fração do total e que a maioria das espécies de ácaros extinguir-se-á antes sequer de serem conhecidas, a medida que as florestas tropicais e outros habitats desaparecem.

Morfologia externa

A maioria das espécies adultas possui de 0,25 a 0,75mm de comprimento, embora algumas espécies de carrapatos possam atingir 3 cm de comprimento. Seu grande sucesso evolutivo está certamente correlacionado, pelo menos em parte, ao reduzido tamanho, podendo com isso ocupar muitos tipos de micro-habitats não disponíveis para outros aracnídeos. Podem viver, por exemplo, na traquéia de insetos, sob a asas de besouros, nos folículos pilosos de vertebrados, etc.

A característica notável nesses artrópodes é a falta de divisão do corpo. A segmentação abdominal desapareceu e o abdome fundiu-se ao prossomo. Desta forma, somente as posições dos apêndices, olhos e orifício genital permitem diferenciar as regiões originais do corpo. Coincidindo com esta fusão, o corpo tornou-se coberto de um só escudo (ou carapaça).

A estrutura das quelíceras e dos pedipalpos é variável e depende de sua função.

Os sexos são separados e a fecundação é interna, porém o desenvolvimento é indireto. No estágio larval há 3 pares de pernas. O quarto par é adquirido após a muda, e a larva transforma-se em uma protoninfa, depois em uma deutoninfa, uma tritoninfa e, finalmente num adulto. Durante esses estágios, as estruturas dos adultos vão surgindo gradualmente.

Subfilo Crustacea (crusta = carapaça dura)

Cerca de 38.000 espécies descritas.

São animais predominantemente aquáticos, de água doce ou salgada. Vivem também na areia das faixas litorâneas, como os caranguejos, e em terra úmida, como os tatuzinhos-de-jardim. As cracas ficam presas às rochas, podendo suportar longos períodos de exposição ao ar. Outros vivem enterradas na areia da praia (siris) ou na lama dos mangues (caranguejos). Há também espécies parasitas e formas microscópicas que compõem o zooplâncton.

Deteremo-nos a estudar alguns grupos, como as Classes Copepoda e Malacostraca.

Anatomia e Fisiologia Geral dos Crustáceos

Anatomia

Cabeça uniforme e portadora de 5 pares de apêndices. O primeiro par são as antênulas, o segundo as antenas.

Flanqueando e cobrindo a boca ventral se encontra o terceiro par: as mandíbulas.

Geralmente, atrás das mandíbulas estão o quarto e quinto pares de apêndices alimentares acessórios: a primeira e segunda maxilas. Em frente e por trás da boca existem processos superior e inferior não móveis de desenvolvimento variável, ou labro e lábio, respectivamente.

Na maioria dos crustáceos, os segmentos do tronco estão caracterizados por diferentes graus de especialização, como redução ou fusão. Geralmente um tórax e um abdome estão presentes, mas o número de segmentos é muito variável e apresentam um télson terminal portador do orifício retal na sua base. Em muitos crustáceos comuns o tórax, ou os segmentos anteriores do tronco, está coberto por uma carapaça dorsal. A carapaça origina-se geralmente de uma dobra posterior da cabeça e pode estar fundida com um número variável de segmentos localizados atrás dela. Em casos extremos a carapaça envolve completamente todo o corpo como as valvas de um molusco bivalve.

Os apêndices dos segmentos que constituem o tórax servem principalmente à locomoção e são, geralmente, em número de 5. Estes apêndices são tipicamente birremes, cada um dos quais pode estar composto de um a muitos artículos. Há inúmeras variações do plano básico.

Freqüentemente os crustáceos apresentam o tórax fundido à cabeça, formando o cefalotórax. Os apêndices correspondentes aos apêndices torácicos são chamados de pereópodes, enquanto aqueles correspondentes aos segmentos abdominais são ditos pleópodes.

Tegumento

A cutícula dos crustáceos maiores é geralmente calcificada. Tanto a epicutícula como a procutícula contém deposições de sais de cálcio e a camada externa da procutícula é também pigmentada e contém proteínas tanificadas.

Locomoção

Alguns crustáceos têm existência epibentônica (que vive acima da superfície do fundo aquático), filtadores. A propulsão para nadar é produzida pelo movimento semelhante a uma hélice ou a um remo de certos apêndices, que geralmente estão providos de cerdas natatórias que aumentam a superfície resistente à água.

A maioria dos crustáceos assumiu um hábito rastejador. Alguns dos apêndices se tornaram mais pesados e se adaptaram para rastejar e cavar.

Nutrição

Apresentam grande variedade de dietas e mecanismos de alimentação. Geralmente utilizam os apêndices anteriores para segurar, morder e levar o alimento à boca (há alguns representantes filtradores).

A boca é ventral e o tubo digestivo é quase sempre reto. Da boca, o alimento vai ao esôfago, que funciona como um triturador, cujas paredes são quitinosas, com dentículos e ossículos. A seguir, o bolo alimentar vai para o intestino médio, onde sofre a ação de inúmeras enzimas, secretadas pelo grande hepatopâncreas, e onde já começa a ocorrer a absorção. Daí, vai para o intestino posterior e os restos não digeridos são eliminados pelo orifício retal.

Sistema Circulatório

A forma do coração pode variar de um tubo longo até uma vesícula esférica. Geralmente localizado na parte dorsal do tórax, mas, quando tubular, pode estender-se por todo o tronco.

O coração recebe das brânquias o sangue arterial e o bombeia para a hemocele, que o distribui para as brânquias.

Sistema Respiratório

As brânquias são órgãos responsáveis pelas trocas gasosas e estão associadas aos apêndices, responsáveis pela formação da corrente de água. O oxigênio é transportado em solução simples, no sangue, ou ligado à hemocianina (a hemoglobina também pode ser encontrada).

Excreção e Osmorregulação

Os órgãos excretores são um par de sacos terminais e túbulos excretores localizados na cabeça e que se abrem nas bases do segundo par de antenas (glândulas antenais) ou no segundo par de maxilas (glândulas maxilares). A amônia é o principal produto de excreção nitrogenado.

Para a maioria dos crustáceos, as brânquias são os principais locais para a excreção da amônia. Portanto, na maioria dos crustáceos, as glândulas antenais e maxilares devem funcionar na regulação de outros metabólitos e íons e no controle do volume interno de fluidos.

Sistemas Nervoso e Órgãos Sensoriais

Ocorre uma tendência geral à concentração e fusão dos gânglios na região ventral.

Os órgãos sensoriais dos crustáceos incluem 2 tipos de olhos; um par de olhos compostos e um olho náuplio pequeno (característico da larva dos crustáceos), mediano e dorsal, composto de 3 ou 4 ocelos situados bem próximos. Os olhos compostos estão localizados a cada lado da cabeça e bem separados. Os olhos podem estar na extremidade de um pedúnculo geralmente móvel ou podem ser sésseis (fixos).

Há órgãos de equilíbrio, os estatocistos, na base das antênulas ou na base do abdome, e órgãos táteis e olfáticos, especialmente na região bucal e nas antenas.

Reprodução

Os crustáceos são dióicos na maioria, com cópula, incubação de ovos e desenvolvimento indireto. A larva náuplio é o primeiro estágio de eclosão. Com apenas 3 pares de apêndices. Entretanto, a maioria das cracas é hermafrodita, com fecundação interna e cruzada.

dorsal do tórax ou do abdome. Os oviductos e os ductos espermáticos são geralmente túbulos pares simples que se abrem na base de um par de apêndices do tronco ou em um esternito (uma placa do esterno).

A copulação constitui a regra geral nos crustáceos. O macho dispõe de uma série de apêndices modificados para segurar a fêmea. Em muitos crustáceos, os espermatozóides não possuem flagelo e são imóveis, e em alguns são transmitidos em espermatóforos (“bolsas” de espermatozóides). Nas fêmeas existe, às vezes, um receptáculo seminal e em alguns grupos o ducto espermático se abre na extremidade de um sistema peniano, ou pode ocorrer também que alguns apêndices se modifiquem para a transmissão de espermatozóides.

A maioria dos crustáceos incuba seus ovos durante períodos de duração variável. Os ovos podem ser fixados a certos apêndices, podem estar contidos dentro de uma câmara incubadora localizada em várias partes do corpo, ou podem ser retidos no interior de um saco formado quando os ovos são expelidos.

Os ovos dos crustáceos superiores são centrolécitos e a clivagem é superficial; nos grupos inferiores os ovos são pequenos e é comum a clivagem holoblástica.

Uma larva planctônica livre-natante é característica da maior parte das espécies marinhas e de água doce. O tipo básico e mais primitivo da larva é conhecido como náuplio.

Existem somente três pares de apêndices: as primeiras antenas, as segundas antenas e as mandíbulas. Não é evidente a segmentação do tronco, podendo-se observar a presença, na parte anterior da cabeça, de um olho mediano único ou olho de náuplio.

No curso de mudas sucessivas, o animal vai adquirindo gradualmente segmentos do tronco e apêndices adicionais. Quando os primeiros oito pares dos apêndices do tronco se libertam da carapaça, a larva dos malacóstracos superiores recebe o nome de zoea.

Classe Aracnídea – Sistemas

A convivência com esses seres é inevitável pois existe cerca de 35000 espécies de aranhas em todo o mundo com exceção das regiões frias.

Apesar de existirem em todos os ambientes, poucas são as espécies de causam danos ao homem. Todas produzem veneno e são peçonhentas, por ser indispensável ao seu modo carnívoro e também à digestão do alimento. Em alguns casos o veneno produzido é extremamente tóxico.

As aranhas estão classificadas na Classe Arachnida, cujos representantes conhecidos são, além delas, os escorpiões, os ácaros e carrapatos. A ordem na qual as aranhas se inserem é a Ordem Araneae. Os representantes dessa ordem apresentam o corpo divido em cafalotórax e abdome, tal como nos crustáceos.

Morfologia

As aranhas possuem o cefalotórax unido ao abdome por um pedículo. Na região anterior do cefalotórax, estão oito olhos simples e alguns apêndices articulados.

As quelíceras são estruturas adaptadas para a captura do alimento, e apresentam a extremidade em forma de garra, dotada de um orifício em que se abre a glândula do veneno. Outro par de apêndices são pedipalpos, úteis para triturar alimentos e, nos machos, para a deposição dos espermatozóides.

No corpo das aranhas, as patas articuladas são quatro pares, e não há antenas. Na porção mais posterior do corpo, abrem-se as fiandeiras, estruturas por onde saem os fios de seda e responsáveis por tecê-los, na formação das teias. A seda é produzida pelas glândulas sericígenas, localizadas no abdome. Ao ser exteriorizada, a seda solidifica-se ao contato com o ar. As teias servem como abrigo, proteção, local de acasalamento e armadilha para a captura de insetos e de outros animais, principal alimentação das aranhas.

Sistemas nos Aracnídeos

O sistema digestivo é completo, e possuem hepatopâncreas. Muitas aranhas, ao inocularem o veneno na presa, inoculam também enzimas digestivas, que realizam digestão extracorporal. Após certo tempo, essas aranhas simplesmente sugam os tecidos do animal morto, já liquefeitos e parcialmente digeridos.

O sistema circulatório é aberto, e o sangue contém hemocianina. A respiração é traqueal, único sistema presente em aracnídeos pequenos. Nos maiores, como nos escorpiões e em muitas aranhas, há uma abertura ventral no abdome, que se comunica com os pulmões foliáceos. A estrutura interna desses órgãos assemelha-se a um livro com as folhas entreabertas, cujas lâminas delgadas são vascularizadas e permitem a ocorrência de trocas gasosas entre o sangue e o ar. Esse tipo especial de respiração pulmonar é chamada respiração filotraqueal.

A excreção é realizada por meio de tubos de Malpighi e, em aracnídeos maiores, pelas glândulas coxais, localizadas no cefalotórax. O produto de excreção nitrogenada mais importante, nesses animais, é a guanina.

Reprodução dos Aracnídeos

As aranhas possuem sexos separados (dióicos), porém freqüentemente os machos são menores que as fêmeas, podendo distinguí-los que apresentam no ápice dos palpos.

Na época da reprodução, o macho tece um casulo de seda, no qual deposita uma gotícula com os espermatozóides; estes são tomados nas cavidades de seus palpos, para mais tarde serem introduzidos na cavidade genital da fêmea, onde ficam armazenados no receptáculo seminal. Após a fecundação, a fêmea deposita os ovos envolvendo-os com um casulo de seda denominado ooteca.

Espécies de aranhas

O Brasil possui quatro tipos principais de aranhas venenosas, classificadas como de interesse médico. Esses tipos requerem tratamento em forma de soroterapia em casos de acidentes envolvendo-as.

Há ainda dois tipos que não representam tanto perigo ao homem: são as aranhas de teia e as caranguejeiras.

Lycosa

Possui peçonha proteolítica. Ação local, necrosante, cutânea, sem intoxicação geral alguma, seja do sistema nervoso ou circulatório. Conseqüentemente não há perigo de vida.

Tratamento: soro antilicósico, pomadas antinflamatórias, antihistamicas e antibióticos e os acidentes por este gênero são destituídos de importância médico-sanitária.

Apresenta as seguintes espécies: L. erythrognatha, L. nychtemera, L. raptoria. Podem medir 3 cm (corpo) e 5 cm no tamanho total. São habitantes de gramados, pastos, junto à piscinas e nos jardins, possuem hábitos diurnos e noturnos.

Phoneutria

A peçonha das armadeiras é um complexo de diversas substâncias toxicas, agindo principalmente sobre o Sistema Nervoso Periférico e secundariamente sobre o S. N. Central. Produzem veneno potente, raramente ocasionam acidentes graves.

Apresentam as seguintes espécies: P. fera, P. keyserlingi, P. reidyi, P. negriventer. Podem medir 3 cm (corpo) e atingir até 15 cm no tamanho total. São habitantes de bananeiras, terrenos baldios, zonas rurais, junto às residências, possuem hábitos noturnos e abrigam-se durante o dia em locais escuros (roupas, sapatos, etc.).

Loxosceles

O Loxoscelismo passou a ser reconhecido no Brasil a partir de 1954. Produzem lesões cutâneas necrosantes por possuirem peçonha proteolítica e não são agressivas.

Apresentam as seguintes espécies: L. laete, L. gaucho, L. similis. Podem medir 1 cm (corpo) e atingir até 3 cm no tamanho total. São habitantes de folhas secas de palmeiras, nas cascas ou sob as mesmas, atrás de móveis, sótãos, garagens, etc., possuem hábitos noturnos. Produzem teia irregular revestindo o substrato.

Latrodectus

As Viúvas Negras fazem teia irregular. São aracnídeos que podem viver aglomeradas em grupos, porém não são aranhas sociais. Havendo falta de alimentos, pode ocorrer canibalismo (alimentam-se de membros da mesma espécie). Seu nome é originado do fato de o macho ser muitas vezes menor do que a fêmea e, na época de acasalamento, ele ter de ser muito veloz na cópula, pois se a fêmea o percebe por baixo de seu corpo, ele é invariavelmente ingerido como alimento.

No Brasil, embora ocorram aranhas do género Latrodectus, o primeiro registro de acidente, com reconhecimento do animal causador, foi publicado em 1985, em Salvador, Bahia. Estas aranhas não são totalmente negras, mas vermelhas e negras; o que lhes deu o gracioso apelido futebolístico de “flamenguinhas”.

Sua peçonha neurotóxica possui ação difusa sobre o S. N. Central, medula, nervos e músculos lisos. Geralmente, seu veneno é extremamente potente e mortal.

Porém, a espécie brasileira não oferece perigo aos seres humanos; tanto que não se produz soro, no Brasil, para este tipo de acidente.

Apresenta a seguinte espécie: L. geometricus. Podem medir 1,5 cm (corpo) e atingir até 3 cm no tamanho total. São habitantes de zonas rurais, plantações, etc., possuem hábitos diurnos. Produzem teia irregular suspensa entre a vegetação.

Caranguejeiras

São várias as espécies de aranhas que chamamos de caranguejeiras; porém, apesar de seu grande porte (podem chegar até 30 cm de envergadura), não oferecem perigo quanto ao seu veneno, que é pouco potente e causa dor local discreta. Está relacionada às aranhas de interesse médico porque os pelos que recobrem seu corpo em grande quantidade podem provocar alergias na pessoa que, eventualmente, entre em contato com ela.

Esses pelos são liberados pelo animal quando, numa atitude defensiva, raspa as patas traseiras no dorso do abdome, soltando-os e formando uma espécie de “nuvem”. Pequenos animais, como cachorros e gatos podem morrer por inalarem tais pelos, que provocarão edema do trato respiratório, matando-os por asfixia.

São encontradas em todos os tipos de ambientes: matas, praias, desertos etc. Não são agressivas, procurando fugir no primeiro momento de contato, assumindo uma postura defensiva, se continuar a ser molestada.

Aranhas de teia

As aranhas que conhecemos dos beirais de casas, varandas e matas, que fazem teias simétricas ou muito elaboradas, são aranhas sedentárias, ou seja, permanecem num só lugar para caçar. Seu veneno é tão pouco potente, que elas armam suas teias como armadilhas pegajosas para caçar.

Algumas fazem e refazem suas teias todos os dias; outras, armam a teia e a utilizam várias vezes, remendando-a, até que tenham de construir outra nova. Todas as aranhas produzem fios de seda por meio deu uma estrutura de seu abdome, composta de glândulas sericígenas e as fiandeiras (muitas vezes confundidas com ferrões). Aquelas que fazem teias vistosas, absolutamente não têm interesse médico, pois seu veneno, como já foi dito, é muito pouco ativo para humanos.

As aranhas errantes (aquelas que vão em busca da presa) não fazem teia regular. Limitam-se a produzir fios de seda para forrar o ambiente onde vivem. Nem todas as aranhas que são errantes e não fazem teia regular são de interesse médico; porém, todas as de interesse médico são errantes.

Você sabe quem são os aracnídeos?

Os aracnídeos são as aranhas, ácaros, carrapatos e escorpiões. Eles apresentam quatro pares de patas.

HABITAT: Os ácaros são encontrados em lugares que contém terra, e as aranhas são encontradas em lugares que contém gramas, na umidade, e onde faz calor; os escorpiões vivem debaixo de pedras, troncos e casca de árvore.

DIVISÃO DO CORPO: Os aracnídeos são compostos de cefalotórax e abdômem. Eles não têm mandíbulas, nem antenas. No lugar das mandíbulas têm um par estrutural chamado de quelíceras, que estão relacionados a manipulação de alimentos. Ao redor da boca possuem estruturas denominadas pedipalpos que têm função diferente em cada grupo.

OLHOS: Os olhos dos aracnídeos são em números variados. Podemos encontrar aranhas com até oito olhos.

CURIOSIDADES SOBRE OS REPRESENTANTES DE ARACNÍDEOS

Aranhas peçonhentas: As queliceras das aranhas peçonhentas ligam-se a glândula de veneno, e é através delas que o veneno é inserido na presa.

Sobre a teia das aranhas: Próximas ao orifício retal das aranhas abrem-se glândulas denominadas fiandeiras. Essas glândulas são responsáveis pela reprodução do fio do qual as aranhas confeccionam teias.

ESCORPIÕES

Sobre os escorpiões: O veneno dos escorpiões é inoculado na vitíma por meio do aguilhão. Ele afeta o sistema nervoso, sendo raros casos de morte.

No Brasil os acidentes mais comuns envolvem duas espécies: ESCORPIÃO AMARELO E ESCOPIÃO MARRON.

Classe Aracnídea – Animais

Os aracnídeos são animais terrestres amplamente distribuídos. O grande sucesso talvez esteja associado ao desenvolvimento de um órgão para troca gasosa e uma epicutícula cérea que reduz a perda de água. Apesar da diversidade de formas os Aracnídeos apresentam muitas características em comum. O prossomo (cefalotórax) não segmentado geralmente coberto dorsalmente por uma carapaça sólida. O abdômem (opistossomo) conservador é segmentado e dividido em pré abdômem e pós-abdômem. A maioria dos aracnídeos além dos escorpiões, essas duas subdivisões não são evidentes, e os segmentos comumente encontram-se fundidos.

Os apêndices comuns a todos os aracnídeos são os que surgem do prossomo e consistem de um par de quelíceras, um par de pedipalpos e quatro par de pernas (não possuem antenas). As quelíceras são utilizadas na alimentação (possuem pinças nas extremidades ou glândula peçonhenta e uma garra terminal nas aranhas), mas os pedipalpos ou palpos servem para várias funções e encontram-se variavelmente modificados. Nos escorpiões, as quelíceras terminam em fortes pinças, cuja função é segurar a presa.

A Classe está dividida em 10 Ordens sendo cinco mais conhecidas: Scorpiones (escorpiões), Pseudoscorpiones (pseudo-escorpiões), Araneae ou Araneida (aranhas), Opiliones (opiliões) e Acarina ou Acari (segundo alguns autores este grupo inclui sete ordens de ácaros e carrapatos).

Scorpiones – Escorpiões: Corpo alongado, com os segmentos anteriores mais longos que os posteriores, cuja extremidade termina em um aguilhão curvo para inoculação de veneno.

Araneida – Aranhas: Prosoma separado nitidamente do opistossoma por uma constrição.

Acari: Corpo fundido, achatado dorsoventralmente; inclui os carrapatos, ácaros da sarna e micuins.

No Brasil três gêneros apresentam importância médica:

1. Araneida

Phoneutria (armadeira): Com 3 cm de comprimento, vivem em arbustos, cascas de árvores, sapatos, etc… Nos meses de maio a julho, época de reprodução, o número de acidentes aumenta. A peçonha é um complexo de diversas substâncias tóxicas, agindo sobre o homem, principalmente sobre o sistema nervoso periférico e secundariamente sobre o sistema nervoso central.

Loxosceles (aranha-marrom): Com um cm de comprimento, apresenta veneno muito ativo. A ação proteolítica e hemolítica provoca lesão renal, podendo facilmente levar a morte, especialmente crianças.

Latrodectus (viúva-negra): Apresenta 1 cm de comprimento, é cosmopolita, anda pouco, arrastando o abdômem. A peçonha é uma neurotoxina de ação difusa sobre SNC e músculos lisos.

Phoneutria é responsabilizada pelo maior número de casos registrados (60%), Loxosceles 21% dos casos e Latrodectus com 0,21%.

Scorpiones – Escorpiões

Os escorpiões são predadores de insetos, aranhas e outros artrópodes; animais maiores são paralisados pela peçonha.

As fêmeas são vivíparas (algumas placentárias, outras vivem até 25 anos) e as espécies principais são: Tityus serrulatus e Tityus bahiensis. Tityus serrulatus mais freqüentemente leva a morte.

Acari

A característica mais notável é a aparente ausência de divisões corporais. A segmentação abdominal desapareceu na maioria das espécies e o abdome (opistossomo) fundiu-se com o prossomo (cefalotórax).

As subordens de interesse médico são: Mesostigmata, Trombidiformes, Ixodides e Sarcoptiformes.

Subordem Mesostigmata

Apresentam um par de estigmas laterais às coxas do terceiro par de patas. Ornithonsyssus bursa e O. silviarum são encontrados em ninhos e nas aves, ocasionalmente parasitam o homem.

Subordem Trombidiformes ou Prostigmata

São ácaros sem estigmas.

No homem ocorrem duas espécies de Demodex: o D. folliculorum e D. brevis, que habitam a glândula sebácea, associados ao cravo cutâneo. Os gêneros Eutrombicola e Apolonia parasitam vertebrados sem especificidade, os adultos se desenvolvem no solo e as larvas se alimentam nos vertebrados.

Subordem Ixodides

São os famosos carrapatos. Depois dos mosquitos são os mais importantes vetores de doenças humanas. Algumas espécies do gênero Ornithodorus podem resistir a jejum de mais de seis anos.

Amblyomma cajennense é uma importante espécie responsável pala transmissão da febre amarela e febre maculosa (Rickettsia rickettsi). As fêmeas colocam de seis a oito mil ovos (ovo, larva, ninfa e imago).

CLASSE ARACHNIDA

ORDEM ACARI

SUBORDEM SARCOPTIFORMES

A subordem Sarcoptiformes apresenta ácaros que se caracterizam por apresentar cutícula delgada, sem estigmas respiratórios; quelíceras via de regra em forma de tesoura, com fortes quelae; palpos simples e machos geralmente com ventosas copuladoras.

As principais famílias são:

Sarcoptidae com a espécie Sarcoptes scabiei (sarna).

Pyroglyphidae com a espécie Dermatophagoides farinae, relacionada a processos alérgicos.

Sarcoptes scabiei é o único ácaro que provoca sarna no homem. Diferentes famílias apresentam espécies que provocam sarna nos animais. Existem diversas variedades de Sarcoptes scabiei; assim existem as variedades Sarcoptes scabiei hominis, Sarcoptes scabiei canis; Sarcoptes scabiei suis, etc… Normalmente as variedades são específicas e um homem não se contamina com sarna de um cão. Quando isso acontece, normalmente ocorre cura espontânea em pouco tempo.

Sarcoptes scabiei ovipõe 3 a 4 ovos por dia, num total de 40 a 50 durante toda a vida de 1 a 2 meses. A incubação dura de três a cinco dias, eclodindo larvas hexápodas. Estas permanecem na galeria ou saem para a superfície da pele. Elas se alimentam, sofrem mudas e transformam-se em larvas ninfas octópodas.

Após oito a dez dias transformam-se em adultos, quando ocorre a cópula. As fêmeas formam novas galerias e o ciclo demora cerca de 20 dias. A transmissão ocorre por contato direto e se relaciona diretamente ao tamanho da população, promiscuidade, resistência, erros de tratamento e controle.

Alguns pacientes apresentam hipersensibilidade e existe a denominação de “sarna norueguesa”. Na realidade ocorre a formação de crostas salientes, inclusive nas mãos, planta dos pés, cabeça, …. A sarna é uma doença inflamatória da pele provocada pelo parasitismo da pele pelo ácaro, determinando uma dermatite. As erupções cutâneas e prurido são resultantes de uma resposta imune, possivelmente a produtos de excreção do ácaro.

PYROGLYPHIDAE

A subfamília Dermatophagoidinae apresenta espécies encontradas na poeira doméstica. São cerca de 15 espécies de pequenos ácaros, em geral medindo menos que 1 mm de comprimento.

As espécies mais comuns para nós são: Dermatophagoides farinae, D. pteronyssinus, Euroglyphus maynei e Sturmophagoides brasiliensis. D. pteronyssinus é mais comum em regiões úmidas e D. farinae é mais freqüente em regiões secas.

Aspirador de pó, sol, fronhas e lençol anti-ácaros e fungicidas são algumas das práticas utilizadas no controle.

Características gerais

Nos aracnídeos o corpo divide-se em cefalotórax (que resulta da fusão da cabeça e do tórax) e abdómen. Estas duas partes do corpo do animal estão frequentemente unidas por um pedúnculo estreito. Não apresentam antenas. Esta classe exclusivamente é composta animais terrestres por, embora com ascendência em formas aquáticas.

Os seus membros mais conhecidos são as aranhas e os escorpiões mas os mais numerosos são, sem dúvida, as carraças e os ácaros. Pensa-se que deverão ter sido os primeiros do filo a colonizar o meio terrestre, pelo que as suas características mais distintivas estão relacionadas com a adaptação ao meio seco.

Apenas o cefalotórax apresenta apêndices (6 pares):

Quelíceras

Correspondem aos apêndices do primeiro segmento e são estruturas em forma de gancho ou tenaz, servem para capturar a presa e apresentam frequentemente glândulas de veneno associadas; pedipalpos – correspondem ao segundo segmento e são apêndices manipuladores, tanto podendo ser semelhantes a apêndices locomotores como apresentar garras (escorpiões, por exemplo); 4 pares de patas – na grande maioria das espécies são apêndices locomotores mas o primeiro par pode ser longo e com uma função sensorial. Os escorpiões digerem parcialmente pequenos pedaços do corpo da presa numa câmara anterior à boca.

Sistema excretor

A excreção é realizada por tubos de Malpighi ou por glândulas coxais.

Sistema respiratório

A respiração é realizada por “pulmões” em forma de folha – filotraqueias -, que não são mais que invaginações pregueadas da parede ventral do abdómen, formando uma série de lamelas. O ar entra por uma abertura ventral no abdómen e circula entre as lamelas vascularizadas, onde se realizam as trocas gasosas.

Outras espécies respiram através das tradicionais traqueias, como os insetos.

Sistema reprodutor

A reprodução é sexuada, com dimorfismo sexual, sendo o macho muito menor que a fêmea. Este transfere o esperma para o interior do corpo da fêmea num espermatóforo, usando para isso os pedipalpos, quelíceras ou mesmo apêndices locomotores.

Fonte: www.vivaterra.org.br/www.unb.br/www.biologia.usp.br/websmed.portoalegre.rs.gov.br

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