Aranhas – Ordem Araneae
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As aranhas são os aracnídeos mais numerosos.
Possuem distribuição bastante ampla, desde ambientes aquáticos, até aqueles extremamente secos, podendo ainda ocorrer desde o nível do mar até as montanhas mais altas
Todas são predadoras, alimentando-se principalmente de insetos, podendo ocasionalmente algumas caranguejeiras alimentar-se de pequenos vertebrados que são mortos pelo veneno injetado com picada.
Tempo de vida
Varia de acordo com a espécies considerada, algumas vivem cerca de um ano, enquanto que outras quando em cativeiro podem viver até 20 anos.
Aranhas
As aranhas compõem a ordem mais numerosa dos aracnídeos, sendo consideradas válidas cerca de 35.000 espécies em todo o mundo, embora, segundo alguns autores, este número possa chegar a 100.000. Habitam praticamente todas as regiões do planeta, incluindo uma espécie aquática. Muitas espécies vivem próximas, e até mesmo dentro de habitações humanas, favorecendo a ocorrência de acidentes.
O veneno, produzido por duas glândulas situadas na região das quelíceras, pode ser utilizado na captura de presas e como defesa. Poucas espécies podem causar acidentes com envenenamento humano importante. No mundo, são conhecidas 35.000 espécies de aranhas, distribuídas em mais de 100 famílias, porem, somente cerca de 20 a 30 espécies, são consideradas perigosas para o homem. No Brasil, as espécies mais representativas pertencem aos gêneros Phoneutria , Loxosceles e Latrodectus .
Etimologia: O termo aranha é derivado da palavra latina araneus, aranea.
Reprodução
O dimorfismo sexual nas aranhas, é caracterizado pela presença de bulbo copulador (localizado nas extremidades dos pedipalpos) nos machos.
O acasalamento ocorre com o macho introduzindo o bulbo copulador, contendo o esperma, na abertura genital da fêmea. Após o acasalamento, o conteúdo espermático fica armazenado numa estrutura denominada espermateca.
Os ovos são fertilizados no momento em que a fêmea realiza a postura. Para armazená-los, é construída uma bolsa, elaborada com fios de seda, chamada ooteca.
A fêmea permanece junto a ooteca, até o momento da eclosão dos filhotes.
As aranhas, bem como os escorpiões, possuem o corpo recoberto de quitina, (exoesqueleto), que é trocado periódicamente até a maturidade. As fêmeas das aranhas caranguejeiras, realizam anualmente a troca de pele, mesmo depois de adultas.
Aranhas – Canibalismo
Alimentação: São carnívoras, alimentando-se de insetos e pequenos invertebrados. Algumas espécies de caranguejeiras da Amazônia são capazes de predar roedores e pequenos pássaros.
Habitat: Vivem no meio terrestre, desde as Ilhas próximas à região Ártica até os limites sulinos dos continentes, em teias geométricas ou irregulares, em buracos, cupinzeiros, sob troncos caídos, cascas de árvores, bem como, próximo e dentro das moradias.
Inimigos : Lagartixas, sapos, rãs, algumas espécies de peixes e pássaros, podem ser considerados inimigos naturais.
ESPÉCIES PERIGOSAS
No Brasil, as espécies de aranhas que costumam causar acidentes com envenenamento humano pertencem aos gêneros Phoneutria , Loxosceles e Latrodectus .
Phoneutria nigriventer ( Aranha armadeira )
Coloração marrom, com pares de manchas ao longo da parte dorsal do abdômen; possuem oito olhos em três filas: 2:4:2; de 4 a 5 cm de corpo, podendo atingir até 12 cm, incluindo as pernas. Vivem em bananeiras, sob troncos caídos, bem como, próximo e dentro das moradias; não fazem teia e assumem posição de defesa quando se sentem ameaçadas.
Distribuição: ES, MG, MS, GO, RJ, SP, PR, SC, RS.
Loxosceles spp ( Aranha marrom )
Coloração marrom avermelhado; cefalotórax achatado; seis olhos em três pares; apresentam até 1 cm de corpo e 3 a 4cm incluindo as pernas. Costumam alojar-se em fendas de barrancos, pilhas de telhas, cavernas, sob cascas de árvores, bem como, próximo e dentro das moradias.
Distribuição:
Loxosceles amazonica – Norte e Nordeste do Brasil.
Loxosceles similis – PA, MG, SP, MS.
Loxosceles gaucho – MG, SP, PR, SC.
Loxosceles intermedia – GO, Sudeste e Sul do Brasil.
Loxosceles adelaida – SP, RJ.
Loxosceles hirsuta – MG, SP, PR, RS.
Loxosceles laeta – PB, MG, SP, RJ, PR, SC, RS.
Loxosceles puortoi – TO.
Latrodectus geometricu (viúva-negra)
Apresentam abdômen globoso de colorido marrom-acinzentado com um desenho em forma de ampulheta na cor alaranjada na região ventral do abdômen; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho de corpo; machos, com apenas alguns milímetros de corpo. Constroem teias tridimensionais em meio a plantações, beiras de barrancos, entre as folhas de arbustos; costumam construir seus refúgios em batentes de portas e beirais das janelas.
Distribuição: cosmotropical
Latrodectus curacaviensis (viúva-negra)
Conhecida como flamenguinha e aranha barriga vermelha.
Possui abdômen globoso de coloração preta com faixas vermelhas e, por vezes, alaranjada; apresenta no ventre uma mancha vermelha em forma de ampulheta; oito olhos em duas filas: 4:4; fêmeas com 1 cm de tamanho; machos muito menores com apenas alguns milímetros de corpo; constroem teias tridimensionais em áreas de plantações, vegetação rasteira, sauveiros, cupinzeiros, materiais empilhados, objetos descartados, montes de lenha, beiras de barrancos e no interior das moradias.
Distribuição: CE, RN, BA, ES, RJ, SP, RS.
Lycosa erythrognatha (aranha-de-grama, aranha-de-jardim, aranha-lobo e tarântula)
São freqüentemente encontradas em todo o Brasil. Apesar de causarem acidentes com freqüência, seu veneno não é considerado perigoso para o homem.
Apresentam coloração marrom-clara, por vezes acinzentada. Atingem de 4 a 5 cm de comprimento e possuem, no dorso do abdômen, um desenho negro em fora de seta. O ventre é negro e as quelíceras são recobertas por pêlos avermelhados ou alaranjados.
Aranhas caranguejeiras
São freqüentemente temidas por causa da aparência e tamanho, muitas vezes chegando a atingir 10 cm de corpo e 30 cm de envergadura, porém, no Brasil não são conhecidas espécies responsáveis por envenenamento humano. As picadas costumam provocar apenas dor de pequena intensidade e de curta duração.
Vivem, em geral, em locais afastados do homem (árvores, cupinzeiros, buracos em barrancos e galerias subterrâneas).
O ferrão em posição vertical, reduz a eficiência do mecanismo de picada. Assim, raramente causam acidentes, principalmente espécies peludas e de grande porte.
Além da inoculação de veneno, possuem outro mecanismo de defesa, inclusive mais freqüentemente utilizado, que consiste em atritar vigorosamente as pernas traseiras no abdômen, espalhando uma nuvem de pêlos com ação irritante em direção ao inimigo.
Os pêlos podem causar alergias com manifestações cutâneas ou problemas nas vias respiratórias altas.
Aranhas – Brasil
Aranhas
O Brasil possui quatro tipos principais de aranhas venenosas, classificadas como de interesse médico.
Esses tipos requerem tratamento em forma de soroterapia em casos de acidentes envolvendo-as.
Há ainda dois tipos que não representam tanto perigo ao homem: são as aranhas de teia e as caranguejeiras.
Lycosa
Possui peçonha proteolítica. Ação local, necrosante, cutânea, sem intoxicação geral alguma, seja do sistema nervoso ou circulatório. Conseqüentemente não há perigo de vida.
Tratamento: soro antilicósico, pomadas antinflamatórias, antihistamicas e antibióticos e os acidentes por este gênero são destituídos de importância médico-sanitária.
Apresenta as seguintes espécies: L. erythrognatha, L. nychtemera, L. raptoria. Podem medir 3 cm (corpo) e 5 cm no tamanho total. São habitantes de gramados, pastos, junto à piscinas e nos jardins, possuem hábitos diurnos e noturnos.
Aranha de Jardim (Lycosa sp.)
Phoneutria
A peçonha das armadeiras é um complexo de diversas substâncias toxicas, agindo principalmente sobre o Sistema Nervoso Periférico e secundariamente sobre o S. N. Central. Produzem veneno potente, raramente ocasionam acidentes graves.
Apresentam as seguintes espécies: P. fera, P. keyserlingi, P. reidyi, P. negriventer. Podem medir 3 cm (corpo) e atingir até 15 cm no tamanho total. São habitantes de bananeiras, terrenos baldios, zonas rurais, junto às residências, possuem hábitos noturnos e abrigam-se durante o dia em locais escuros (roupas, sapatos, etc.).
Aranha armadeira (Phoneutria nigriventer.)
Loxosceles
O Loxoscelismo passou a ser reconhecido no Brasil a partir de 1954. Produzem lesões cutâneas necrosantes por possuirem peçonha proteolítica e não são agressivas.
Apresentam as seguintes espécies: L. laete, L. gaucho, L. similis. Podem medir 1 cm (corpo) e atingir até 3 cm no tamanho total. São habitantes de folhas secas de palmeiras, nas cascas ou sob as mesmas, atrás de móveis, sótãos, garagens, etc., possuem hábitos noturnos. Produzem teia irregular revestindo o substrato.
Aranha marrom (Loxosceles sp.)
Latrodectus
As Viúvas Negras fazem teia irregular. São aracnídeos que podem viver aglomeradas em grupos, porém não são aranhas sociais. Havendo falta de alimentos, pode ocorrer canibalismo (alimentam-se de membros da mesma espécie). Seu nome é originado do fato de o macho ser muitas vezes menor do que a fêmea e, na época de acasalamento, ele ter de ser muito veloz na cópula, pois se a fêmea o percebe por baixo de seu corpo, ele é invariavelmente ingerido como alimento.
No Brasil, embora ocorram aranhas do género Latrodectus, o primeiro registro de acidente, com reconhecimento do animal causador, foi publicado em 1985, em Salvador, Bahia. Estas aranhas não são totalmente negras, mas vermelhas e negras; o que lhes deu o gracioso apelido futebolístico de “flamenguinhas”.
Sua peçonha neurotóxica possui ação difusa sobre o S. N. Central, medula, nervos e músculos lisos. Geralmente, seu veneno é extremamente potente e mortal.
Porém, a espécie brasileira não oferece perigo aos seres humanos; tanto que não se produz soro, no Brasil, para este tipo de acidente.
Apresenta a seguinte espécie: L. geometricus. Podem medir 1,5 cm (corpo) e atingir até 3 cm no tamanho total. São habitantes de zonas rurais, plantações, etc., possuem hábitos diurnos. Produzem teia irregular suspensa entre a vegetação.
Viúva negra (Latrodectus sp.)
Caranguejeiras
São várias as espécies de aranhas que chamamos de caranguejeiras; porém, apesar de seu grande porte (podem chegar até 30 cm de envergadura), não oferecem perigo quanto ao seu veneno, que é pouco potente e causa dor local discreta. Está relacionada às aranhas de interesse médico porque os pelos que recobrem seu corpo em grande quantidade podem provocar alergias na pessoa que, eventualmente, entre em contato com ela. Esses pelos são liberados pelo animal quando, numa atitude defensiva, raspa as patas traseiras no dorso do abdome, soltando-os e formando uma espécie de “nuvem”. Pequenos animais, como cachorros e gatos podem morrer por inalarem tais pelos, que provocarão edema do trato respiratório, matando-os por asfixia.
Caranguejeira
São encontradas em todos os tipos de ambientes: matas, praias, desertos etc. Não são agressivas, procurando fugir no primeiro momento de contato, assumindo uma postura defensiva, se continuar a ser molestada.
Aranhas de teia
As aranhas que conhecemos dos beirais de casas, varandas e matas, que fazem teias simétricas ou muito elaboradas, são aranhas sedentárias, ou seja, permanecem num só lugar para caçar. Seu veneno é tão pouco potente, que elas armam suas teias como armadilhas pegajosas para caçar. Algumas fazem e refazem suas teias todos os dias; outras, armam a teia e a utilizam várias vezes, remendando-a, até que tenham de construir outra nova. Todas as aranhas produzem fios de seda por meio deu uma estrutura de seu abdome, composta de glândulas sericígenas e as fiandeiras (muitas vezes confundidas com ferrões).
Aquelas que fazem teias vistosas, absolutamente não têm interesse médico, pois seu veneno, como já foi dito, é muito pouco ativo para humanos.
As aranhas errantes (aquelas que vão em busca da presa) não fazem teia regular. Limitam-se a produzir fios de seda para forrar o ambiente onde vivem. Nem todas as aranhas que são errantes e não fazem teia regular são de interesse médico; porém, todas as de interesse médico são errantes.
A convivência com esses seres é inevitável pois existe cerca de 35000 espécies de aranhas em todo o mundo com exceção das regiões frias. Apesar de existirem em todos os ambientes, poucas são as espécies de causam danos ao homem. Todas produzem veneno e são peçonhentas, por ser indispensável ao seu modo carnívoro e também à digestão do alimento. Em alguns casos o veneno produzido é extremamente tóxico.
As aranhas estão classificadas na Classe Arachnida, cujos representantes conhecidos são, além delas, os escorpiões, os ácaros e carrapatos. A ordem na qual as aranhas se inserem é a Ordem Araneae. Os representantes dessa ordem apresentam o corpo divido em cafalotórax e abdome, tal como nos crustáceos.
Morfologia da Aranha
As aranhas possuem o cefalotórax unido ao abdome por um pedículo. Na região anterior do cefalotórax, estão oito olhos simples e alguns apêndices articulados.
As quelíceras são estruturas adaptadas para a captura do alimento, e apresentam a extremidade em forma de garra, dotada de um orifício em que se abre a glândula do veneno. Outro par de apêndices são pedipalpos, úteis para triturar alimentos e, nos machos, para a deposição dos espermatozóides.
Morfologia Externa da Aranha
No corpo das aranhas, as patas articuladas são quatro pares, e não há antenas. Na porção mais posterior do corpo, abrem-se as fiandeiras, estruturas por onde saem os fios de seda e responsáveis por tecê-los, na formação das teias. A seda é produzida pelas glândulas sericígenas, localizadas no abdome. Ao ser exteriorizada, a seda solidifica-se ao contato com o ar. As teias servem como abrigo, proteção, local de acasalamento e armadilha para a captura de insetos e de outros animais, principal alimentação das aranhas.
Sistemas
O sistema digestivo é completo, e possuem hepatopâncreas. Muitas aranhas, ao inocularem o veneno na presa, inoculam também enzimas digestivas, que realizam digestão extracorporal. Após certo tempo, essas aranhas simplesmente sugam os tecidos do animal morto, já liquefeitos e parcialmente digeridos.
O sistema circulatório é aberto, e o sangue contém hemocianina. A respiração é traqueal, único sistema presente em aracnídeos pequenos. Nos maiores, como nos escorpiões e em muitas aranhas, há uma abertura ventral no abdome, que se comunica com os pulmões foliáceos. A estrutura interna desses órgãos assemelha-se a um livro com as folhas entreabertas, cujas lâminas delgadas são vascularizadas e permitem a ocorrência de trocas gasosas entre o sangue e o ar.
Esse tipo especial de respiração pulmonar é chamada respiração filotraqueal.
A excreção é realizada por meio de tubos de Malpighi e, em aracnídeos maiores, pelas glândulas coxais, localizadas no cefalotórax. O produto de excreção nitrogenada mais importante, nesses animais, é a guanina.
Reprodução
As aranhas possuem sexos separados (dióicos), porém freqüentemente os machos são menores que as fêmeas, podendo distinguí-los que apresentam no ápice dos palpos.
Na época da reprodução, o macho tece um casulo de seda, no qual deposita uma gotícula com os espermatozóides; estes são tomados nas cavidades de seus palpos, para mais tarde serem introduzidos na cavidade genital da fêmea, onde ficam armazenados no receptáculo seminal. Após a fecundação, a fêmea deposita os ovos envolvendo-os com um casulo de seda denominado ooteca.
Aranhas – Tipo
Aranhas
As aranhas pertencem ao filo dos artrópodes, habitam praticamente todas as regiões da terra, sendo encontradas nos diferentes ecossistemas, inclusive a água.
Estes animais podem viver em teias geométricas ou irregulares, em buracos no solo, fendas de barrancos, árvores, sob troncos podres, cupinzeiros, e bromélias. Podem ser encontrados também em áreas ocupadas pelo homem.
São animais carnívoros. Alimentam-se principalmente de insetos, podendo alimentar-se de presas maiores como pequenas lagartixas, rãs, peixes, roedores e filhotes de pássaros. Os predadores são pássaros, lagartos, sapos, rãs, escorpiões e parasitas diversos, além do próprio homem.
A maioria das espécies de aranhas têm vida solitária, mas algumas espécies tem hábitos sociais. Algumas espécies vivem poucos meses, enquanto outras, principalmente caranguejeiras, podem viver até 25 anos, de acordo com observações realizadas em cativeiro.
Morfologia das Aranhas
O corpo das aranhas é dividido em duas partes, o cefalotórax e o abdome, unidos por um tubo estreito (pedicelo) por onde passam o intestino, nervos e a hemolinfa.
No cefalotórax encontram-se articulados 6 pares de apêndices.
Um par de quelíceras, associadas à glândulas de veneno, com ferrões. Estes ferrões são utilizados para inocular veneno; manipular e apreender os alimentos.
Um par de pedipalpos, funcionando como órgão sensorial. Nos machos o último segmento é diferenciado em bulbo copulador.
Quatro pares de pernas para locomoção.
No cefalotórax também estão situados os olhos, geralmente em número de oito, organizados em duas ou três fileiras. A disposição destes olhos, a curvatura das fileiras e as distâncias interoculares são utilizadas para identificação dos gêneros e espécies.
O abdome, em geral, não apresenta segmentação. Na sua região posterior estão situadas as fiandeiras e nelas localizam-se as aberturas das glândulas produtoras da seda. A seda produzida é utilizada na fabricação de teias de captura de alimento, construção de ootecas, etc.
Aranhas de interesse médico
Todas as aranhas têm veneno e podem causar acidentes. Mas nem todas são responsáveis por acidentes humanos graves, devido a fatores como a baixa toxicidade do veneno para seres humanos, pequena quantidade de veneno injetado, quelíceras incapazes de perfurar a pele.
No Brasil apenas três gêneros, com cerca de 20 espécies, podem causar envenenamentos graves em humanos, Latrodectus (viúva negra), Loxoceles (aranha marrom) e Phoneutria (armadeira). Os acidentes causados por Lychosa (aranha de grama) e caranguejeiras, são destituídos de maior importância.
Principais características das aranhas venenosas do Brasil:
Phoneutria Aranha-armadeira
Phoneutria – Aranha armadeira
Tamanho
Corpo: 3cm
Total: 15cm
Habitat: Durante o dia permanecem escondidas sob troncos, bromélias, bananeiras, palmeiras, e também junto às construções, em lugares escuros, como dentro de sapatos, atrás de móveis, cortinas etc.
Hábitos: Permanecem escondidas durante o dia e são ativas a noite.
Quanto à teia: Não vivem em teias.
Acidentes: Não foge quando surpreendida, coloca-se em posição de ataque, apóia-se nas pernas traseiras, ergue a dianteira e procura picar.
Acidentes: Não foge quando surpreendida, coloca-se em posição de ataque, isto é, apoia-se nas pernas traseiras, ergue a dianteira e procura picar.
Principais espécies e distribuição geográfica:
P. fera: região amazônica.
P. nigriventer: ES, MS, MG, RJ, SP, PR, SC e RS.
P. reidyi: região amazônica.
Loxosceles
Aranha-marrom
Loxosceles – Aranha marrom
Hábitat: Sob cascas de árvores, folhas secas de palmeiras, nas casas atrás de móveis, quadros, geladeiras, fogões, sótãos, porões, garagens, telhas, tijolos, frestas em barrancos etc.
Hábitos: É ativa durante a noite ficando escondida durante a dia.
Quanto à teia: Reveste o substrato.
Acidentes: Pica quando comprimida contra o corpo, ao colocar a roupa pessoal ou quando estão presentes na cama.
Principais espécies e distribuição geográfica:
L. adelaide: Rio de Janeiro.
L. amazonica: Norte e Nordeste do Brasil.
L. gaúcho: SP e MG.
L. hirsuta: Sul do Brasil.
L. intermedia: Sul do Brasil.
L. laeta: espécie introduzida que ocorre em laguns focos isolados no Brasil.
L. simili: SP e MG.
Latrodectus
Viúva negra
Latrodectus – Viúva negra
Principais espécies e distribuição geográfica:
L. geometricus: em todo o Brasil.
L. curacavienses: em todo o Brasil.
L. mactans: em todo o Brasil.
Aranhas – Animal
Aranhas
As aranhas são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e peridomiciliares.
Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdome. No cefalotórax articulam-se os quatro pares de patas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras.
Nas quelíceras estão os ferrões utilizados para inoculação do veneno.
ARANHAS PEÇONHENTAS
No Brasil existem três gêneros de aranhas de importância médica: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus. Os acidentes causados por Lycosa (aranha-de-grama), bastante freqüentes e pelas caranguejeiras, muito temidas, são destituídos de maior importância.
APECTOS CLÍNICOS
São três gêneros de importância médica no Brasil: Phoneutria, Loxosceles e Latrodectus, responsáveis por quadros clínicos distintos.
Foneutrismo: os acidentes causados pela Phoneutria sp representam a forma de araneísmo mais comumente observada no país. Apresentam dor local intensa, freqüentemente imediata, edema discreto, eritema e sudorese local.
Loxoscelismo: são descritas duas variedades clínicas:
Forma Cutânea: é a mais comum, caracterizando-se pelo aparecimento de lesão inflamatória no ponto da picada, que evolui para necrose e ulceração.
Forma Cutâneo-Visceral: além de lesão cutânea, os pacientes evoluem com anemia, icterícia cutâneo-mucosa, hemoglobinúria. A insuficiência renal aguda é a complicação mais temida. O tratamento soroterápico está indicado nas duas formas clínicas do acidente por Loxosceles. Dependendo da evolução, outras medidas terapêuticas deverão ser tomadas.
Latrodectismo: quadro clínico caracterizado por dor local intensa, eventualmente irradiada. Alterações sistêmicas como sudorese, contraturas musculares, hipertensão arterial e choque são registradas.
SOROS
O Soro Antiaracnídico é utilizado nos acidentes causados por aranhas dos gêneros Loxosceles e Phoneutria.
O Soro Antiloxocélico é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gênero Loxosceles.
O Soro Antilatrodetico (importado da Argentina) é utilizado nos acidentes causados por aranhas do gênero Latrodectus.
EPIDEMIOLOGIA
São notificados anualmente cerca de 5.000 acidentes com aranhas no país.
A predominância destas notificações são nas regiões Sul e Sudeste, dificultando uma análise mais abrangente do acidente em todo o país.
Em face das informações disponíveis pode-se considerar:
Os acidentes por Phoneutria aumentam significativamente no início da estação fria (abril/maio), enquanto os casos de loxoscelismo sofrem incremento nos meses quentes do ano (outubro/março). Isso pode estar relacionado ao fato de que no Sul e Sudeste, as estações do ano são melhor definidas quando comparadas às demais regiões do país.
A maioria dos acidentes por Phoneutria foram notificados pelo estado de São Paulo. com respeito aos acidentes por Loxosceles, os registros provêm das regiões Sudeste e Sul, particularmente no estado do Paraná, onde se concentra a maior casuística de Loxoscelismo do país. A partir da década de 80, começaram a ser relatados acidentes por viúva-negra (Latrodectus) na Bahia e, mais recentemente, no Ceará.
Aranhas – Alimentação
Aranhas
As aranhas são animais carnívoros, alimentando-se principalmente de insetos, como grilos e baratas. Muitas têm hábitos domiciliares e peridomiciliares.
Apresentam o corpo dividido em cefalotórax e abdômen. No cefalotórax articulam-se os quatro pares de patas, um par de pedipalpos e um par de quelíceras, onde estão os ferrões utilizados para inoculação do veneno.
Armadeira ( Phoneutria sp )
De cor cinza ou castanho escuro, corpo e pernas com pêlos curtos e vermelhos perto dos ferrões, atingem até 17cm quando adultas, incluindo as pernas (o corpo de 4 a 5cm).
A armadeira é encontrada em terrenos baldios, sob cascas de árvores, cachos de bananas e até dentro de casas em calçados.
Sai para caçar em geral à noite. É muito agressiva, assumindo postura ameaçadora (daí seu nome). Apresenta uma dor intensa no local da picada.
É encontrada na Região Amazônica, nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Tratamento: O tratamento consiste na aplicação local de anestésico e, nos casos mais graves, deve ser usado o soro antiaracnídico.
Aranha Marrom ( Loxosceles sp )
Cor marrom amarelada, sem manchas, abdômen em forma de caroço de azeitona, atinge de 3 a 4cm incluindo as pernas.
Vive em teias irregulares que constrói em tijolos, telhas, cantos de parede.
Não é agressiva e os acidentes são raros mas, em geral, graves.
Os primeiros sintomas de envenenamento são uma sensação de queimadura e formação de bolhas e escurecimento da pele no local da picada. É encontrada em várias regiões do país, principalmente no Estado de Santa Catarina.
Tratamento: O tratamento é feito com soro aracnídico ou antiloxoscélico.
Aranha de Grama, Aranha de Jardim ou Tarântula (Lycosa sp)
De cor acinzentada ou marrom, com pêlos vermelhos perto dos ferrões e uma mancha escura em forma de flecha sobre o corpo.
Atinge até 5cm, incluindo as pernas.
Vive em gramados e os acidentes]são freqüentes, porém sem gravidade.
É encontrada, praticamente, em todo o país.
Tratamento: Não há necessidade de tratamento com soro.
Viúva Negra (Latrodectus sp)
De cor preta, com manchas vermelhas no abdômen.
A fêmea mede de 2,5 a 3cm, o macho é 3 a 4 vezes menor. Vive em teias que constrói sob vegetação rasteira, em arbustos, barrancos.
São conhecidos poucos acidentes no Brasil, de pequena e média gravidade.
É encontrada, praticamente, em todo o país.
Tratamento: O tratamento consiste na aplicação local de anestésico e, nos casos mais graves, deve ser usado o soro antilatrodectus.
Caranguejeira ( Mygalomorphae )
Aranha de porte geralmente grande, na cor marrom escuro, com pêlos compridos nas pernas e no abdômen. Pode atingir até 25cm com as patas estendidas.
Embora muito temida, os acidentes são raros, ocorrendo apenas uma dermatite pela ação irritante dos pêlos do abdômen, que se desprendem quando o animal se sente ameaçado. É encontrada, praticamente, em todo o país.
Tratamento:
Não há necessidade de tratamento com soro. Medidas Preventivas
Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem.
Examinar e sacudir calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.
Afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.
Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção.
Limpar o domicílio, observando atrás de móveis, cortinas e quadros.
Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés. Utilizar vedantes em portas, janelas e ralos.
Limpar locais próximos das casas, evitando folhagens densas junto delas e aparar gramados
Como Capturar Aranhas
A) Inverta um recipiente qualquer (vidro, lata ou caixa de madeira) sobre o animal;
B) Introduza delicadamente uma folha de papel por baixo do animal;
C) Desvire o recipiente com cuidado e tampe evitando gestos bruscos;
D) Em seguida, fure a tampa e coloque junto ao animal um chumaço de algodão embebido em água.
Observações:
1. Não submeta a aranha ao calor ou ao frio excessivos e coloque apenas uma por recipiente.
2. As aranhas capturadas podem ser entregues pessoalmente ou enviadas ao Instituto Butantan.
3. Se o recipiente for de vidro, proteja-o para que não se quebre durante o transporte.
Fonte: www.consulteme.com.br/www.funed.mg.gov.br/www.saude.rj.gov.br/www.geocities.com
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