Anexos Embrionários

Anexos Embrionários – Definição

Há um consenso na literatura científica de que um embrião humano é uma entidade em seus estágios iniciais de desenvolvimento com menos de oito semanas de gestação.

Após oito semanas, ele é considerado um feto. No entanto, há uma diferença de opinião sobre quais pontos de desenvolvimento biológico devem ser abrangidos pelo termo “embrião”.

Existem duas escolas principais de pensamento:

1. Definição ampla: que um concepto é um embrião desde o momento de sua criação (por exemplo, fertilização).
2. Definição restrita: que um concepto deve ser referido como embrião somente após a gastrulação, momento em que as células que darão origem ao futuro ser humano podem ser distinguidas daquelas que formam os tecidos extraembrionários.

Definição ampla de “embrião” (desde a fertilização até o final da oitava semana)

Os proponentes da primeira escola de pensamento definem um embrião simplesmente como segue:

O ser humano em desenvolvimento durante seus estágios iniciais de desenvolvimento. O período embrionário se estende até o final da oitava semana (56 dias), quando o início de todas as principais estruturas estão presentes. ou

O produto da fertilização de um oócito. O termo é aplicado ao concepto desde a fertilização até cerca da décima semana de gestação [oitava semana após a fertilização], quando a maioria dos órgãos se desenvolve e o embrião se torna um feto.

O que são anexos embrionários?

A implantação do embrião é um processo fisiológico chave para a reprodução dos mamíferos.

Os anexos embrionários são estruturas que surgem durante o desenvolvimento embrionário de animais vertebrados como: aves, répteis e mamíferos. Derivam dos folhetos germinativos, que origina órgãos e tecidos e, estão diretamente relacionados com a adaptação evolutiva.

São fundamentais para o desenvolvimento do feto e desempenham funções vitais como: nutrição, respiração, excreção e proteção.

Anexos Embrionários

Principais anexos embrionários:

Saco vitelínico ou vesícula vitelina: primeiro anexo a ser formado. Única fonte responsável pela nutrição do embrião de aves e répteis. Possui também a função de envolver o vitelo (reserva de nutrientes).

Encontra-se reduzido em mamíferos, pois a função de nutrição é realizada pela placenta.

Âmnio: membrana que envolve o embrião. Os animais que possuem essa estrutura são chamados de amniotas, e os que não possuem, de anamniotas. É uma bolsa que delimita a cavidade amniótica, contendo em seu interior o líquido amniótico. Tem como principais funções, proteger o embrião contra choques térmicos e mecânicos e evitar a sua desidratação, proporcionando ambiente úmido para o desenvolvimento.

Cório, córion ou serosa: membrana mais externa envolve o embrião e os outros anexos embrionários, protegendo-os. Em répteis e aves, está localizada abaixo da casca do ovo. Nos mamíferos placentários, o cório se une ao alantoide formando a placenta.

Alantoide: em répteis e aves, a membrana do alantoide une-se a do cório, formando o alantocório, que fica localizado em contato com a casca do ovo, realizando as trocas gasosas entre o sangue do embrião e o ar atmosférico,exercendo função respiratória. Também retira parte do cálcio da casca e transfere-o para o esqueleto do feto, além de ter ligação com o intestino do embrião, que recebe as excretas e armazena na estrutura até o nascimento. Nos mamíferos auxilia a formação de vasos sanguíneos da placenta.

Placenta: exclusiva dos mamíferos placentários, não encontrada nos mamíferos que botam ovos.É formada pela interação entre o cório e o alantoide. Realiza a troca de substâncias entre mãe e embrião, possui função de nutrição, respiração, excreção e está relacionada com a produção de vários hormônios durante a gravidez.

Anexos Embrionários

Fonte: Camila Correia/www.sciencedirect.com/www.vivo.colostate.edu/www.pnas.org