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Devido à variedade de estilos de vida, as aves apresentam anatomias bem diferentes.
À primeira vista, a maioria possui características geralmente associadas às aves hoje em dia: elas andam sobre duas patas geralmente alongadas, têm asas, são cobertas por penas e têm bicos em vez de mandíbulas.
Mas elas também têm muitas diferenças, a maioria delas relacionada à maneira de voar – ou em alguns casos, de não voar.
Todas as aves têm a mesma estrutura esquelética de esqueleto básica, que varia para atender ao seu modo de vida.
Como a maioria das aves precisa voar facilmente, elas têm muitas adaptações projetadas para reduzir seu peso total e facilitar o vôo.
Por exemplo, ao contrário dos mamíferos e répteis, a maior parte dos ossos de seus membros são ocos.
As aves também perderam os dentes e os ossos da mandíbulas, que fazem o esqueleto mais pesado em outros animais, e seus crânios são normalmente muito menores em relação ao tamanho do corpo. E, ao contrário de seus parentes répteis, os pássaros perderam quase todos os ossos da cauda.
Mas enquanto muitas aves reduziram reduzido seu tamanho e peso, outras evoluíram em outra direção – aves mergulhadoras, como os pingüins e ganso-patola, precisam de esqueletos fortes para suportar a pressão debaixo dágua, por exemplo.
Aves que voam precisam de músculos grandes para bater suas asas, e por isso elas têm um esterno bem grande, ao qual seus músculos estão ligados, absorvendo o o estresse gerado pelo vôo. Esta carena, como às vezes é conhecida, não aparece em alguns pássaros que não voam, comoa ema e o avestruz, nem nos esqueletos do fóssil Arcaheopteryx – provavelmente porque este ancestral das aves ainda não havia desenvolvido a capacidade de voar de verdade.
Os esqueletos das aves têm outras adaptações que fazem com que sejam mais firmes e estáveis durante o vôo, como a fusão de vértebras, clavícula e ossos das asas.
Outras diferenças facilmente visíveis nos esqueletos das aves incluem o número de vértebras do pescoço, que varia de acordo com o estilo de vida.
Aves como os flamingos e os cisnes têm pescoços bastante alongados para que possam alcançar comida no fundo de lagos e lagoas, por exemplo, enquanto as aves que se alimentam nas árvores ou no chão têm pescoços curtos.
Como resultado, os cisnes têm cerca de 25 vértebras em seus pescoços, enquanto as galinhas têm 14 e papagaios podem ter até 9.
Outras aves, como o avestruz e a ema, têm os ossos das pernas extremamente longos, que sustentam seu peso e permitem que corram em alta velocidade.
Anatomia das Aves – Corpo
As aves que voam têm o corpo muito leve, inclusive porque seus ossos são ocos. Em algumas partes internas os ossos possuem nervuras, como as de uma asa de avião, para torná-los mais fortes. O esqueleto de uma Águia calva, por exemplo, não pesa mais do que 300 gramas. Alguns ossos são soldados, isto é, ligados uns aos outros, de maneira a dar uma estrutura mais compacta a ave. O osso do peito é adaptado em forma de quilha, como a de um barco, e é chamado de carena, servindo com suporte para a musculatura peitoral.
Na boca das aves não há dentes, mas um bico que é adaptado ao tipo de alimentação mais comum de cada espécie. À boca, segue-se a faringe e no esôfago é encontrada uma bolsa chamada papo. Nele o alimento vai sendo amolecido para depois avançar até o estômago químico, que solta enzimas digestivas para que se inicie o processo de digestão. Depois, o alimento passa para o estômago mecânico, chamado moela, que tem uma forte musculatura para amassar o alimento.
Seu tubo digestivo termina então na cloaca, que além de ser órgão digestivo, é também órgão reprodutivo das aves.
O esqueleto das aves é peculiar.
Os ossos são leves nas aves voadoras, sendo que os maiores apresentam cavidades pneumáticas conectadas ao sistema respiratório. Toda esta adaptação diminui o peso específico das aves, facilitando o vôo.
A maioria dos ossos do crânio estão fundidos e as maxilas estão alongadas, sustentando o bico córneo. O crânio articula-se com a primeira vértebra cervical por um único côndilo occiptal, e a coluna vertebral apresenta um número de vértebras cervicais muito maior do que em qualquer outro grupo. Estas vértebras são muito flexíveis pois suas superfícies de articulação são em forma de sela (vértebras heterocélicas).
O esterno na maioria das aves alarga-se e forma uma quilha aumentando a superfície para a fixação dos músculos necessários ao vôo.
O esqueleto é leve.
O crânio articula-se por um único côndilo occipital com a primeira vértebra cervical.
Extensões dos pulmões formam sacos aéreos, que penetram nos ossos das asas e nos outros ossos compactos e entre os diversos órgãos do corpo. O número de vértebras cervicais varia de 8, nas aves canoras, a 23, nos cisnes. A pelve é achatada. O esterno (exceto nas ratites) encontra-se munido de uma potente crista em forma de quilha (carena), onde se inserem os músculos das asas. Os coracoideus são muito desenvolvidos.
As clavículas, unidas pela interclavícula, formam a fúrcula ou toracal. Os dedos I a III fazem parte da asa, mas o I, ou polegar, encontra-se separado dos outros dedos e constitui a asa bastarda. O metatarso e os elementos distais do tarso formam o tarso-metatarso.
Todas as aves têm em comum características que tornam possível o vôo, mesmo as aves que já perderam a capacidade de voar (os únicos pássaros que não voam são os pingüins, avestruzes, emas, casuares e quivis).
A habilidade para o vôo está refletida nas características típicas dos pássaros:
Corpo aerodinâmico;
Membros anteriores modificados em asas;
Cavidades dos ossos preenchidas com ar;
Ausência de mandíbulas e dentes, sendo a mastigação realizada pela moela, situada atrás do estômago;
Digestão rápida, sem armazenamento de alimento;
Penas leves, que são estruturas mortas e impermeáveis. Assim, não é preciso haver vasos sanguíneos pesados para nutrí-las.
Os ossos das aves são, em sua maioria, ocos.
As asas são controladas por poderosos músculos presos a quilha, uma projeção existente no osso esterno.
A evolução no sentido de um vôo poderoso deu às aves esqueletos muito diferentes dos dos outros animais. O aspecto mais evidente numa ave voadora como o corvo é a grande quilha, projeção do esterno onde se inserem os músculos das asas.
As aves não têm dentes nem têm verdadeiras caudas; as penas da cauda prendem-se no extremo da coluna vertebral – o pigóstilo.
Os membros anteriores estão totalmente adaptados ao vôo, enquanto as mandíbulas sem dentes se transformaram num leve mas forte bico que a ave pode usar para se alimentar e executar tarefas delicadas, como por exemplo pentear as penas.
Sistema Esquelético da Ave
1. Mandíbula inferior do bico
2. Mandíbula superior do bico
3. Narina
4. Órbita
5. Crânio resultante de ossos soldados
6. Ouvido
7. Coluna vertebral constituída por pequenos ossos chamados “vértebras”; pode flectir-se nos sítios onde as vértebras estão afastadas mas é rígida nos pontos onde elas estão soldadas
8. Úmero, osso alongado da asa que corresponde ao osso do braço humano
9. Rádio, osso da asa que corresponde a um dos ossos do antebraço humano
10. Cúbito, osso da asa que corresponde a um dos outros ossos do antebraço humano
11. Pélvis, que é um suporte para as pernas e um prolongamento ósseo para a inserção dos músculos das pernas
12. Pigóstilo, extremidade da coluna vertebral onde se inserem as penas da cauda
13. Fêmur, osso da coxa
14. Articulação do joelho (oculta pelas penas na ave viva)
15. Tornozelo ou falso joelho (embora possa parecer que é o joelho que se dobra para a frente, esta parte corresponde realmente ao tornozelo e não ao joelho)
16. Metatarso
17. Dedo posterior
18. Garra (na ave viva recoberta por uma bainha córnea)
19. Tíbia, osso da perna
20. Metacarpo, correspondente aos ossos do pulso humano
21. Quilha, onde se inserem os músculos das asas das aves voadoras
22. Fúrcula, osso resultante de duas clavículas unidas que ajuda a manter a articulação da asa em posição quando os músculos a puxam para baixo
23. Caracóide.
Sistema Circulatório da Ave
Nas Aves o aparelho circulatório é do tipo fechado, duplo e completo.
Há uma separação completa entre o sangue venoso e o arterial. Além disso, o coração tem quatro câmaras.
A aorta sistêmica deixa o ventrículo esquerdo e leva o sangue para a cabeça e corpo, através do quarto arco aórtico direito.
Existem, variações consideráveis no que se refere às artérias carótidas. Geralmente, as carótidas comuns são pares. Entretanto, nos alcaravões, os dois ramos se unem logo depois de emergirem das artérias inonimadas e formam um único tronco.
Em outros grupos, pode haver uma redução do tamanho tanto da carótida comum esquerda como da direita antes da fusão e, nas aves passeriformes, só a carótida comum esquerda permanece.
Existem duas veias pré-cavas funcionais e uma veia pós-cava completa.
As primeiras são formadas pela união da veia jugular e subclávia de cada lado. A veia pós-cava drena o sangue dos membros através do sistema porta-renal, que passa pelos rins, mas que não se ramifica em capilares; consequentemente, não pode ser comparado ao sistema porta-renal dos vertebrados inferiores. Os eritrócitos das aves são nucleados e maiores do que os dos mamíferos.
O Sistema de Circulação permite a conservação da temperatura da ave.
A circulação é bastante intensa e consequentemente, as trocas gasosas que se processam ao nível das células também são intensas e desenrola-se uma notável combustão celular. Isso acontece porque o deslocamento durante o vôo constitui uma atividade muscular muito grande, que exige o consumo de grandes quantidades de energia – ATP.
Chegam a ter 150 batidas por minuto algumas aves.
Fonte: www.animalplanetbrasil.com/canarilalmada.com
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