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Nascimento: 19 de outubro de 1913, Gávea, Rio de Janeiro, Brasil.
Morte: 9 de julho de 1980, Rio de Janeiro, Brasil (edema pulmonar).
Nome de nascença: Marcus Vinicius da Cruz de Mello Moraes
Vinícius de Moraes – Biografia
Vinícius de Moraes
Marcus Vinicius da Cruz e Mello Moraes, também conhecido como Vinícius de Moraes e apelidado O poetinha (o pequeno poeta), nasceu no Rio de Janeiro, Brasil.
Filho de Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, ele era uma figura seminal na música brasileira contemporânea.
Como poeta, ele escreveu letras para um grande número de canções que se tornaram clássicos de todos os tempos.
Ele também era um compositor de bossa nova, um dramaturgo, um diplomata e, como intérprete de suas próprias canções, ele deixou vários álbuns importantes.
Nascido Marcus Vinicius da Cruz e Mello Moraes, filho de Clodoaldo da Silva Pereira Moraes – um oficial da Prefeitura, bem como poeta e amador guitarrista – e Lidia Cruz – uma dona de casa e amadores pianista – Vinícius de Moraes nasceu em 1913, no bairro de Gávea, em seguida, um subúrbio rural do Rio de Janeiro.
Em 1916, ele se mudou com sua família para vários endereços no trimestre centro de Botafogo, onde frequentou aulas em Afrânio Peixoto Escola Primária.
Em 1920, por meio de seu avô materno, ganhou a entrada em uma loja maçônica.
Em 1922, os pais de Moraes, chocado com a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana, foram para ir para outro subúrbio, Ilha do Governador, enquanto o jovem Vinícius ficou em casa centro de seu avô, a fim de terminar a escola primária, indo para casa de seus pais apenas com fins de semana e durante as férias.
Durante suas visitas a casa de seus pais, Vinícius foi entrar em contato com vários músicos, entre eles o compositor Bororó.
Depois de receber a primeira comunhão em 1923, a partir de 1924 Vinícius de Moraes cursou o ensino médio na tradicional jesuíta patrocinado Escola de Santo Ignácio, onde cantou no coro da congregação e começou a escrever esquetes teatrais curtas (assim como uma peça “épico” em conjunto com dois colegas, entre eles o sobrinho de Raul Pompéia).
Três anos mais tarde, tornou-se amigos com os irmãos Paulo e Haroldo Tapajós, com quem ele montados suas primeiras composições musicais, as quais foram realizadas em festas de amigos.
Em 1929, ele completou o ensino médio, como sua família mudou-se de volta à Gávea. Neste mesmo ano, ele foi admitido na Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro – hoje a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – que até 1937 estava localizado em uma mansão no centro do Rio (Casarão do Catete ).
Na “Escola de Catete”, ele conheceu e se tornou amigo de ensaísta e romancista futuro Octavio de Faria, um ativista integrista católico e um líder do grupo de católicos de direita organizado em torno de Centro Dom Vital, um grupo de reflexão criado pelo Jackson intelectual de Figueiredo pouco antes de sua morte prematura.
Faria incentivou a vocação literária de Vinícius de Moraes, transformando-o em uma espécie de direita companheiro de viagem.
Vinícius de Moraes recebeu seu diploma de Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais em 1933.
Ao completar seus estudos, ele publicou suas duas primeiras coleções de poesia: Caminho Pará a Distância ( “Caminho para Distância”) (1933) e Forma e Exegese ( “Formulário e Exegese “).
Ambas as coleções foram compostas e publicada sob a direção informal de Octavio de Faria, e que é responsável pelo seu estilo e objeto: um pesado, poesia simbolista retórica carregado, preocupado acima de tudo com o misticismo católico e a busca de redenção contra a sedução sexual (em Faria de palavras, o conflito entre a “pureza impossível e impureza inaceitável”). Faria, na época (1935) foi a escrever um ensaio ( “dois poetas”) comparando a poesia de Vinícius com a de seu simbolista e Católica camarada de armas, Augusto Frederico Schmidt. No entanto, a tensão entre ativismo Católica joint Faria e Moraes e atração homossexual de Faria para Vinícius acabou por gerar um arrefecimento em sua amizade mútua – Faria mesmo tendo tentado o suicídio por causa de seu amor não correspondido por Vinicius. Apesar de seu afastamento mútuo, Vinícius seria posteriormente escrever dois sonetos – o primeiro em 1939 ( “Soneto para Octavio de Faria”), o segundo durante os anos 1960 ( “Octavio”) em louvor (ambivalente) de seu velho amigo.
Vinícius de Moraes – Vida
Vinícius de Moraes
Vinícius de Moraes, poeta brasileiro, dramaturgo, jornalista, diplomata e co-pai improvável de bossa nova.
Vinícius de Moraes foi uma figura fundamental na música brasileira.
Como poeta, ele escreveu letras para um grande número de canções que se tornaram todos os tempos bossa nova e clássicos de samba.
Como compositor, ele escreveu uma boa música, e como intérprete, ele deixou vários álbuns importantes.
De uma família musical, ele começou muito cedo a escrever poesia.
Aos 14 anos, tornou-se amigos com os irmãos Paulo e Haroldo Tapajós. Com Haroldo, ele compôs a música fox “Loura OU Morena”, gravada pelos dois irmãos em 1932 com o sucesso de Columbia.
Em 1929 de Moraes matriculados na faculdade de direito em Catete, Rio.
Entre 1932 e 1933, ele escreveu letras para dez músicas que foram gravadas por seus parceiros: sete com Haroldo Tapajós, dois com Paulo, e um com J. Medina (que foi gravada por João Petra de Barros).
Em 1933, ele terminou seus estudos universitários e lançou seu primeiro livro, O Caminho Para a Distância.
Em 1935 ele teve seu segundo livro (Forma e Exegese), conferido e, no ano seguinte, ele tornou-se um censor cinema para o gabinete de saúde e educação.
Em 1936, ele escreveu Ariana, a Mulher e em 1938 foi para Inglaterra, com uma bolsa do governo Inglês para estudar literatura na Universidade de Oxford, e escreveu Novos Poemas. Naquela época, ele era casado por procuração
Com o desenvolvimento da I Guerra Mundial, voltou para o Rio.
Em 1941, ele começou a escrever resenhas de filmes e críticas. Dois anos mais tarde ele se juntou serviço diplomático do Brasil, o Itamaraty, também lançando o livro Cinco Elegias.
Em 1946 ele foi enviado para Los Angeles, em sua primeira missão diplomática como vice-cônsul e lançou Poemas, Sonetos e Baladas.
Em 1950, ele retornou ao Brasil devido à morte de seu pai. Seu primeiro samba (com Antônio Maria ) é de 1953, “Quando Tu Passas por Mim”, um ano em que ele se mudou para a França como segundo secretário da embaixada do Brasil. Sua peça Orfeu da Conceição venceu o IV São Paulo Centennial Concurso em 1954.
Em 1955, ele escreveu letras para algumas das peças de música de câmara de Cláudio Santoro. Que no próximo ano ele encenado Orfeu da Conceição, que foi filmado pelo escritor francês Marcel Camus. Ele foi então introduzido a uma pianista desconhecida, Antonio Carlos Jobim , que foi contratado com a escrita da música para a peça. Jobim compôs “Se Todos Fossem Iguais a Você”, “Um Nome de Mulher”, e vários outros, gravou pela Odeon com Luiz Bonfá e outros.
Na sequência de um retorno a Paris em 1956 e outra atribuição diplomática em Montevidéu, Uruguai, em 1957 (quando lançado Livro de Sonetos, seguido de Novos Poemas II em 1959), ele ficou lá até 1960.
Em 1958 Elizeth Cardoso lançou seu álbum, marcando o início da bossa nova.
Ela incluiu nele cinco composições da dupla Tom & Vinícius: “Canção do Amor Demais”, “Chega de Saudade”, “Outra Vez”, “Luciana”, e “Estrada Branca”.
O álbum também trouxe João Gilberto e sua “batida diferente” em duas faixas, “Chega de saudade” e “Outra Vez”.
As carreiras de todos eles tiveram um grande impulso após esse registro, e as canções escritas por Tom & Vinícius ficou disputado por cantores.
Em 1959 o filme Orfeu do Carnaval, baseado na peça Orfeu da Conceição, foi premiado com a Palma de Ouro no festival de cinema internacional de Cannes, na França, e, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro. Nesse tempo, ele e Jobim compôs “Eu Sei Que Vou Te Amar” e “Amor em Paz”.
Em 1960, ele escreveu O Amor dos Homens. Em 1961 ele compôs com Carlos Lyra “Coisa Mais Linda”, “Primeira Namorada”, “Nada Como Ter Amor” e “Você e Eu”.
Em 1962, ele escreveu (juntamente com Pixinguinha ) a trilha sonora para o filme Sol Sobre a Lama (Alex Viany), que incluiu “Lamento”; ele também se reuniu Baden Powell e escreveu com ele “Samba da Benção”, “Só por Amor”, “Canção de Amor e Paz”, “Pra Que Chorar”, “Deixa”, “Samba em Prelúdio”, “Apelo”, ” berimbau “,” Consolação “, e outras grandes clássicos.
Após o retorno para a Bahia, onde dedicou-se a pesquisar o folclore baiano, que compôs a série conhecida como a afro-sambas:“Samba de Oxossi”, “Canto de Xangô”, “Canto de Ossanha”, e outros.
Com Carlos Lyra , ele escreveu “Marcha da Quarta-Feira de Cinzas” e “Minha Namorada”, incluído no seu jogo Pobre Menina Rica.
Em agosto de 1962, junto com Jobim , João Gilberto e Os Cariocas , ele abriu o show Encontro na boate Au Bon Gourmet (Rio). Esse show representou a primeira audição de “Garota de Ipanema”, “Insensatez”, “Ela é Carioca”, “Só Danço Samba”, “Samba do Avião” (todos com Jobim ) e “Samba da Benção”. A mesma boate apresentou sua peça Pobre Menina Rica, que teve música de Carlos Lyra ( “Sabe Você”, “Primavera” e “Pau-de-Arara”). O jogo lançou a carreira de Nara Leão . Ele também lançou Para Viver Um Grande Amor.
No ano seguinte, ele encontrou Edu Lobo , com quem ele iria escrever “Arrastão” (que iria ganhar o I FMPB em 1965 com Elis Regina interpretação ‘s), “Zambi”, e “Canção do Amanhecer”.
Voltando a Paris, ele trabalhou para a UNESCO até 1964.
Reuniu-se com Francis Hime ao retornar ao Brasil, que compôs “Saudade de Amar”, “Sem Mais Adeus”, e “Eu Te Amo, Amor.” Junto com Dorival Caymmi ele apresentou um show na boate Zum-Zum, que foi um grande sucesso. Gravado ao vivo, que foi lançado pela Elenco. Quarteto em Cy , quatro irmãs que cantam que ele descobriu, foi lançado nesse show.
No I FMPB, “Valsa do Amor Que de: Não Vem” (junto com Baden Powell ) ganhou o segundo lugar na interpretação de Elizeth Cardoso. Ele colaborou no roteiro do filme Garota de Ipanema e teve uma segunda temporada de seu show com Dorival Caymmi .
Também em 1965 ele lançou O Mergulhador.
Em 1966 ele participou (com Maria Bethânia e Gilberto Gil ) no show Pois é, no Teatro Opinião, que apresentou Gil composições.
Seu “Samba da Bênção” (com Baden ) foi incluída na trilha sonora de Claude Lelouch filmes Un Homme et une Femme, vencedor do festival de cinema de Cannes.
Ele também escreveu Para Uma Menina com Uma Flor.
Em 1968, ele foi sumariamente demitido após 26 anos de trabalho no Itamaraty pelo poder discricionário de ditadura militar.
Naquele ano, ele fez várias turnês pela Europa (com Chico Buarque e Nara Leão ) e na Argentina (com Dorival Caymmi , Quarteto em Cy , Baden Powell e Oscar Castro-Neves ).
Em 1969 ele se apresentou em Punta del Este, no Uruguai, com Maria Creuza e Dori Caymmi .
Naquele ano, ele também se tornou o parceiro de Toquinho ( de Moraes parceiro mais frequente ‘e maior amigo, eles iriam gravar 20 LPs juntos), com quem, juntamente com Marília Medalha , ele abriu um show em 1970 no Teatro Castro Alves (Salvador ). Também com eles, ele se apresentou na boate La Fusa (Buenos Aires, Argentina); em janeiro de 1971 Toquinho e de Moraes voltaria a apresentar lá, desta vez com Maria Bethânia .
Ainda em 1970, tendo um sucesso por Garoto escrito 20 anos antes, ele escreveu (junto com Chico Buarque ) a letra de “Gente Humilde”.
Seu livro Arca de Noé renderia dez anos mais tarde várias encenações de TV com música de Toquinho, que foi lançado em dois LPs: A Arca de Noé (Ariola, 1980) e A Arca de Noé, Vol. 2 (Ariola, 1981).
Em 1971, um LP com suas composições (com Toquinho ) “Tarde em Itapoã” e “Como Dizia o Poeta” foi lançado pela RGE com grande sucesso. Ele trouxe um grande número de convites para turnês no Brasil e no exterior. Sempre bem-sucedido a dupla saiu com “Maria-vai-com-as-Otras”, “Testamento” (1971), “Regra Três” (1972), entre outros.
Com Toquinho e Clara Nunes , ele apresentou o show de 1973 O Poeta, a Moça e o Violão no Teatro Castro Alves, na Bahia.
Vinícius de Moraes – Poemas
Vinícius de Moraes
Na tempestuosa madrugada de 19 de outubro de 1913, nascia o garoto Vinitius. A grafia está correta. Seu pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, um apaixonado pelo latim, dera a ele este nome. Naquela noite nascia na Gávea, o futuro garoto de Ipanema.
Escreveu seu primeiro poema de amor aos 9 anos, inspirado em uma colega de escola que reencontraria 56 anos depois. Seus amores eram sua inspiração.
Oficialmente, teve nove mulheres: Tati (com quem teve Susana e Pedro), Regina Pederneiras, Lila Bôscoli (mãe de Georgina e Luciana), Maria Lúcia Proença (seu amor maior, musa inspiradora de Para viver um grande amor), Nelita, Cristina Gurjão (mãe de Maria), a baiana Gesse Gessy, a argentina Marta Ibañez e, por último, Gilda Mattoso. Mulherengo? Não, “mulherólogo”, como ele costumava se definir.
Tati, a primeira, única com quem casou no civil, é a inspiradora dos famosos versos “Que não seja imortal, posto que é chama/ Mas que seja imortal enquanto dure”. Deixou-a para viver com Regina Pederneiras. O romance durou um ano, depois do que ele voltou com Tati para deixá-la, definitivamente, em 1956 e casar com Lila, então com 19 anos, irmã de Ronaldo Bôscoli. Foi nessa época que o poeta conheceu Tom Jobim e o convidou para musicar sua peça Orfeu da Conceição. Desta parceria, surgiriam músicas símbolos da Bossa Nova como Chega de Saudade e Garota de Ipanema, feita para Helô Pinheiro, então uma garotinha de 15 anos que passava sempre pelo bar onde os dois bebiam. No ano seguinte, 1957, se casaria com Lucinha Proença depois de oito meses de amor escondido, afinal, ambos eram casados. A paixão durou até 1963. Foi pelos jornais que Lucinha, já separada, soube da ida de Vinícius para a Europa “com seu novo amor”, Nelita, 30 anos mais jovem. Minha namorada, outro grande sucesso, foi inspirado nela.
Em 1966, seria a vez de Cristina Gurjão, 26 anos mais jovem e com três filhos. Com Vinícius teve mais uma, Maria, em 1968. Quando estava no quinto mês de gravidez, Vinícius conheceu aquela viria a ser sua próxima esposa, Gesse Gessy. No segundo semestre de 69 começa sua parceria com Toquinho. No dia de seu aniversário de 57 anos, em 1970, em sua casa em Itapuã, Vinícius transformaria Gesse Gessy, então com 31 anos, em sua sétima esposa. Gesse seria diferente das outras e comandaria a vida de Vinícius com bem entendesse. Em 1975, já separado dela, ele se declara apaixonado por Marta Ibañez, uma poeta argentina. No ano seguinte se casariam. Ele tinha quase 40 anos mais que ela.
Em 1972, a estudante de Letras Gilda Mattoso conseguiu um autógrafo do astro Vinícius após um show para estudantes da UFF, em Niterói (RJ). Quatro anos depois o amor se concretizaria. O poeta , já sessentão; ela, com 23 anos.
Na noite de 8 de julho de 1980, acertando detalhes das canções do LP Arca de Noé com Toquinho, Vinícius, já cansado, disse que iria tomar um banho. Toquinho foi dormir. Pela manhã foi acordado pela empregada que encontrara Vinícius na banheira com dificuldades para respirar. Toquinho correu para o banheiro, seguido de Gilda. Não houve tempo para socorrê-lo. Vinícius de Moares morria na manhã de 9 de julho.
No enterro, abraçada a Elis Regina, Gilda lembrava da noite anterior, quando em uma entrevista, perguntaram ao poeta: “Você está com medo da morte?”.
E Vinícius, placidamente, respondeu: “Não, meu filho. Eu não estou com medo da morte. Estou é com saudades da vida”.
Cronologia da Vida e da Obra
1913: Nasce, em meio a forte temporal, na madrugada de 19 de outubro , no antigo nº 114 (casa já demolida) da rua Lopes Quintas, na Gávea, ao lado da chácara de seu avô materno, Antônio Burlamaqui dos Santos Cruz. São seus pais d. Lydia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, este, sobrinho do poeta, cronista e folclorista Mello Moraes Filho e neto do historiador Alexandre José de Mello Moraes.
1916: A família muda-se para a rua Voluntários da Pátria, nº 192, em Botafogo, passando a residir com o aos avós paternos, d. Maria da Conceição de Mello Moraes e Anthero Pereira da Silva Moraes.
1917: Nova mudança para a rua da Passagem, nº 100, ainda em Botafogo, onde nasce seu irmão Helius. Vinicius e sua irmã Lygia entram para a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz.
1919: Transfere-se para a rua 19 de fevereiro, nº 127
1920: Mudança para a rua Real Grandeza, nº130. Primeiras namoradas na escola Afrânio Peixoto. È batizado na maçonaria, por disposição de seu avô materno, cerimônia que lhe causaria grande impressão.
1922: Última residência em Botafogo, na rua Voluntários da Pátria, nº 195. Impressão de deslumbramento com a exposição do Centenário da Independência do Brasil e de curiosidade com o levante do Forte de Copacabana, devido a uma bomba que explodiu perto de sua casa. Sua família transfere-se para a Ilha do Governador, na praia de Cocotá, nº 109-A, onde o poeta passa suas férias.
1923: Faz sua primeira comunhão na Matriz da rua Voluntários da Pátria.
1924: Inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio, na rua São Clemente. Começa a cantar no coro do colégio, durante a missa de domingo. Liga-se de grande amizade a seus colegas Moacyr Veloso Cardoso de Oliveira e Renato Pompéia da Fonseca Guimarães, este, sobrinho de Raul Pompéia, com os quais escreve o “épico” escolar, em dez cantos, de inspiração camoniana: os acadêmicos. A partir daí participa sempre das festividades escolares de encerramento do ano letivo, seja cantando, seja atuando nas peças infantis.
1927: Conhece e torna-se amigos dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajoz, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do Colégio Santo Inácio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casa de famílias conhecidas.
1928: Compõe, com os irmãos Tapajoz, “Loura ou morena” e “Canção da noite”, que têm grande sucesso popular. Por essa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.
1929: Bacharela-se em Letras, no Santo Inácio. Sua família muda-se da Ilha do Governador para a casa contígua àquela onde nasceu, na rua Lopes Quintas, também já demolida.
1930: Entra para a faculdade de Direito da rua do Catete, sem vocação especial. Defende tese sobre a vinda de d. João VI para o Brasil para ingressar no “Centro Acadêmico de Estudos Jurídicos e Sociais” (CAJU), onde se liga de amizade a Otávio de Faria, San Thiago Dantas, Thiers Martins Moreira, Antônio Galloti, Gilson Amado, Hélio Viana, Américo Jacobina Lacombe, Chermont de Miranda, Almir de Andrade e Plínio Doyle.
1931: Entra para o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
1933: Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial de Reserva. Estimulado por Otávio de Faria, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.
1935: Publica Forma e exegese, com o qual ganha o prêmio Felipe d’Oliveira.
1936: Publica, em separata, o poema “Ariana, a mulher”. Substitui Prudente de Morais Neto, como representante do Ministério da Educação junto à Censura Cinematográfica. Conhece Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, dos quais se torna amigo.
1938: Publica novos poemas e é agraciado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford (Magdalen College), para onde parte em agosto do mesmo ano. Funciona como assistente do programa brasileiro da BBC. Conhece, em casa de Augusto Frederico Schimidt, o poeta e músico Jayme Ovalle, de quem se torna um dos maiores amigos.
1939: Casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello. Regressa da Inglaterra em fins do mesmo ano, devido à eclosão da II Grande Guerra. Em Lisboa encontra seu amigo Oswald de Andrade com quem viaja para o Brasil.
1940: Nasce sua primeira filha, Susana. Passa longa temporada em São Paulo, onde se liga de amizade com Mário de Andrade.
1941: Começa a fazer jornalismo em A Manhã, como crítico cinematográfico e a colaborar no Suplemento Literário ao lado de Rineiro Couto, Manuel Bandeira, Cecília Meireles e Afonso Arinos de Melo Franco, sob a orientação de Múcio Leão e Cassiano Ricardo.
1942: Inicia seu debate sobre cinema silencioso e cinema sonoro, a favor do primeiro, com Ribeiro Couto, e em seguida com a maioria dos escritores brasileiros mais em voga, e do qual participam Orson Welles e madame Falconetti. Nasce seu filho Pedro. A convite do então prefeito Juscelino Kubitschek, chefia uma caravana de escritores brasileiros a Belo Horizonte, onde se liga de amizade com Otto Lara Rezende, Fernando Sabino, Hélio Pelegrino e Paulo Mendes Campos. Inicia, com seus amigos Rubem Braga e Moacyr Werneck de Castro, a roda literária do Café Vermelhinho, à qual se misturam a maioria dos jovens arquitetos e artistas plásticos da época, como Oscar Niemeyer, Carlos Leão, Afonso Reidy, Jorge Moreira, José Reis, Alfredo Ceschiatti, Santa Rosa, Pancetti, Augusto Rodrigues, Djanira, Bruno Giorgi. Freqüenta, nessa época, as domingueiras em casa de Aníbal Machado. Conhece e se torna amigo da escritora Argentina Maria Rosa Oliver, através da qual conhece Gabriela Mistral. Faz uma extensa viagem ao Nordeste do Brasil acompanhando o escritor americano Waldo Frank, a qual muda radicalmente sua visão política, tornando-se um antifacista convicto. Na estada em Recife, conhece o poeta João Cabral de Melo Neto, de quem se tornaria, depois, grande amigo.
1943: Publica suas Cinco elegias, em edição mandada fazer por Manuel Bandeira, Aníbal Machado e Otávio de Faria. Ingressa, por concurso, na carreira diplomática.
1944: Dirige o Suplemento Literário de O Jornal, onde lança, entre outros, Oscar Niemeyer, Pedro Nava, Marcelo Garcia, francisco de Sá Pires, Carlos Leão e Lúcio Rangel, em colunas assinadas, e publica desenhos de artistas plásticos até então pouco conhecidos, como Carlos Scliar, Athos Bulcão, Alfredo Ceschiatti, Eros (Martim) Gonçalves, Arpad Czenes e Maria Helena Vieira da Silva.
1945: Colabora em vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema. Faz amizade com o poeta Pablo Neruda. Sofre um grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro Leonel de Marnier, perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacir Werneck de Castro. Faz crônicas diárias para o jornal Diretrizes.
1946: Parte para Los Angeles, como vice-cônsul, em seu primeiro posto diplomático. Ali permanece por cinco anos sem voltar ao Brasil. Publica em edição de luxo, ilustrada por Carlos Leão, seu livro, Poemas, sonetos e baladas.
1947: Em Los angeles, estuda cinema com Orson Welles e Gregg Toland. Lança, com Alex Viany, a revista Film.
1949: João Cabral de Melo Neto tira, em sua prensa mensal, em Barcelona, uma edição de cinqüenta exemplares de seu poema “Pátria minha”.
1950: Viagem ao México para visitar seu amigo Pablo Neruda, gravemente enfermo. Ali conhece o pintor David Siqueiros e reencontra seu grande amigo, o pintor Di Cavalcanti. Morre seu pai. Retorno ao brasil.
1951: Casa-se pela segunda vez com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli. Começa a colaborar no jornal Última Hora, a convite de Samuel Wainer, como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.
1952: Visita, fotografa e filma, com seus primos, Humberto e José Francheschi, as cidades mineiras que compõe o roteiro do Aleijadinho, com vistas à realização de um filme sobre a vida do escultor que lhe for a encomendado pelo diretor Alberto Cavalcanti. É nomeado delegado junto ao festival de Punta Del Leste, fazendo paralelamente sua cobertura para o Última Hora. Parte logo depois para a Europa, encarregado de estudar a organização dos festivais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno e Veneza, no sentido da realização dos Festival de Cinema de São Paulo, dentro das comemorações do IV Centenário da cidade. Em Paris, conhece seu tradutor francês, Jean Georges Rueff, com quem trabalha, em Estrasburgo, na tradução de suas Cinco elegias.
1953: Nasce sua filha Georgiana. Colabora no tablóide semanário Flan, de Última Hora, sob direção de Joel Silveira. Aparece a edição francesa das Cinq élégies, em edição de Pierre Seghers. Liga-se de amizade com o poéta cubano Nicolás Guillén. Compõe seu primeiro samba, música e letra, “Quando tú passas por mim”. Faz crônicas diárias para o jornal A Vanguarda, a convite de Joel Silveira. Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada.
1954: Sai a primeira edição de sua Antologia Poética. A revista Anhembi publica sua peça Orfeu da Conceição, premiada no concurso de teatro do IV Centenário do Estado de São Paulo.
1955: Compões em Paris uma série de canções de câmara com o maestro Cláudio Santoro. Começa a trabalhar para o produtor Sasha Gordine, no roteiro do filme Orfeu Negro. No fim do ano vem com ele ao Brasil, por uma curta estada, para conseguir financiamento para a produção da película, o que não consegue, regressando em fins de dezembro a Paris.
1956: Volta ao Brasil em gozo de licença-prêmio. Nasce sua terceira filha, Luciana. Colabora no quinzenário Para Todos a convite de seu amigo Jorge amado, em cujo primeiro número publica o poema “O operário em construção”. Paralelamente aos trabalhos da produção do filme Orfeu Negro, tem o ensejo de encenar sua peça Orfeu da Conceição, no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar. Convida Antônio Carlos Jobim para fazer a música do espetáculo, iniciando com ele a parceria que, logo depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova. Retorna ao poste, em Paris, no fim do ano.
1957: É transferido da Embaixada em Paris para a Delegação do Brasil junto à UNESCO. No fim do ano é removido para Montevidéu, regressando, em trânsito, ao Brasil. Publica a primeira edição de seu Livro de Sonetos, em edição de Livros de Portugal.
1958: Sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP Canção do Amor Demais, de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa novas, no violão de João Gilberto, que acompanha acantora em algumas faixas, entre as quais o samba “Chega de Saudade”, considerado o marco inicial do movimento.
1959: Sai o Lp Por Toda Minha Vida, de canções suas com Jobim, pela cantora Lenita Bruno. O filme Orfeu negro ganha a Palme d’Or do Festival de Cannes e o Oscar, de Hollywood, como melhor filme estrangeiro do ano. Aparece o seu livro Novos poemas II. Casa-se sua filha Susana.
1960: Retorna à Secretria do Estado das Relações Exteriores. Em novembro, nasce seu neto, Paulo. Sai a segunda edição de sua Antologia Poética, pela Editora de Autor; a edição popular da peça Orfeu da Conceição, pela livraria São José e Recette de Femme et autres poèmes, tradução de Jean-Georges Rueff, em edição Seghers, na coleção Autour du Monde.
1961: Começa a compor com Carlos Lira e Pixinguinha. Aparece Orfeu Negro, em tradução italiana de P.A. Jannini, pela Nuova Academia Editrice, de Milão.
1962: Começa a compor com Baden Powell, dando inicio à série de afro-sambas, entre os quais, “Berimbau” e “Canto de Ossanha”. Compõe, com música de Carlos Lyra, as canções de sua comédia-musicada Pobre menina rica. Em agosto, faz seu primeiroshow, de larga repercussão, comAntônio Carlos Jobim e João Gilbert,na boate AuBom Gourmet, que daria início aos chamados pocket-shows, e onde foram lançados pela primeira vez grandes sucessos internacionais como “Garota de Ipanema” e o “Samba da bênção” Show com Carlos Lyra,na mesma boate, paraapresentar Pobre menina rica e onde é lançada a cantora Nara Leão. Compõe com Ari Barroso as últimas canções do grande compositor popular, entre as quais “Rancho das namoradas”. Aparece a primeira edição de Para viver um grande amor, pela Editora do Autor, livro de crônicas e poemas. Grava, como cantor, seu disco com a atriz e cantora Odete Lara.
1963: Começa a compor com Edu Lobo. Casa-se com Nelita Abreu Rocha e parte em posto para Paris, na delegação do Brasil junto a UNESCO.
1964: Regressa de Paris e colabora com crônicas semanais para a revista Fatos e Fotos, assinando paralelamente crônicas sobre música popular para o Diário Carioca. Começa a compor com Francis Hime. Faz show de grande sucesso com o compositor e cantor Dorival Caymmi, na boate Zum-Zum, onde lança o Quarteto em Cy. Do show é feito um LP.
1965: Sai Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério da Educação e Cultura. Ganha o primeiro e o segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell. Parte para Paris e St.Maxime para escrevero roteiro do filme Arrastão, indispondo-se, subseqüentemente, com seu diretor, e retirando suas músicas do filme. De Paris voa para Los Angeles a fim de encontrar-se com seu parceiro Antônio Carlos Jobim. Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, nº20. Começa a trabalhar com o diretor Leon Hirszman, do Cinema Novo, no roteiro do filme Garota de Ipanema. Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.
1966: São feitos documentários sobre o poeta pelas televisões americana, alemã, italiana e francesa, sendo que os dois últimos realizados pelos diretores Gianni Amico e Pierre Kast. Aparece seu livro de crônicas Para uma menina com uma flor pela Editora do Autor. Seu “Samba da bênção”, de parceria com Baden Powell, é incluída, em versão de compositor e ator Pierre Barouh, no filme Un homme… une femme, vencedor do Festival de Cannes do mesmo ano. Participa do jurí do mesmo festival.
1967: Aparecem, pela Editora Sabiá, a 6ª edição de sua Antologia poética e a 2ª do seu Livro de sonetos (aumentada). É posto à disposição do governo deMinas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto, cidade à qual faz freqüentes viagens. Faz parte do jurí do Festival de Música Jovem, na Bahia. Estréia do filme Garota de Ipanema.
1968: Falece sua mãe no dia 25 de fevereiro. Aparece a primeira edição de sua Obra poética, pela Companhia José Aguilar Editora. Poemas traduzidos para o italiano por Ungaretti.
1969: É exonerado do Itamaraty. Casa-se com Cristina Gurjão.
1970: Casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy. Nasce Maria, sua quarta filha. Início da parceria com Toquinho.
1971: Muda-se para a Bahia. Viagem para Itália.
1972: Retorna à Itália com Toquinho onde gravam o LP Per vivere un grande amore.
1973: Publica “A Pablo Neruda”.
1974: Trabalha no roteiro, não concretizado, do filme Polichinelo.
1975: Excursiona pela Europa. Grava, com Toquinho, dois discos na Itália.
1976: Escreve as letras de “Deus lhe pague”, em parceria com Edu Lobo. Casa-se com Marta Rodrihues Santamaria.
1977: Grava um LP em Paris, com Toquinho. Show com Tom, Toquinho e Miúcha, no Canecão.
1978: Excursiona pela Europa com Toquinho. Casa-se com Gilda de Queirós Mattoso, que conhecera em Paris.
1979: Leitura de poemas no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, a convite do líder sindical Luís Inácio da Silva. Voltando de viagem à Europa, sofre um derrame cerebral no avião. Perdem-se, na ocasião, os originais de Roteiro lírico e sentimental da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
1980: É operado a 17 de abril, para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhão de 9 de julho, de edema pulmonar, em sua casa, na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher. Extraviam-se os originais de seu livro O dever e o haver.
Vinícius de Moraes – Poesia
Vinícius de Moraes
Vinícius de Moraes formou-se em Direito, no Rio de Janeiro, em 1933.
No mesmo ano publicou O Caminho para a Distância, seu primeiro livro de poesia. Ainda na década de 1930, são lançados Forma e Exegese (1935), Ariana, a Mulher (1936) e Novos Poemas (1938).
Em 1938 viajou para a Inglaterra, para estudar Língua e Literatura Inglesa. De volta ao Brasil, ingressou na carreira diplomática; serviu nos Estados Unidos, na França e no Uruguai.
Em 1956 iniciou parceria com Tom Jobim, que fez as músicas para sua peça Orfeu da Conceição. Publicou, em 1957, o Livro de Sonetos.
Em 1958 foi lançado o LP Canção do Amor Demais, que inclui a música Chega de Saudade, composta por ele e Tom Jobim, marco do movimento da Bossa Nova.
Nas décadas seguintes ele participaria no movimento com diversas parcerias: Baden Powell, Carlos Lyra, Edu Lobo, Francis Hime, Pixinguinha, Tom Jobim e Toquinho.
Em 1965 ganhou primeiro e segundo lugares no Festival de Música Popular da TV Excelsior, com as canções Arrastão, parceria com Edu Lobo, e Canção do Amor que não Vem, parceria com Baden Powell. Vinícius de Moraes, pertencente à segunda geração do Modernismo, é um dos poetas mais populares da Literatura Brasileira. Suas canções alcançaram grande êxito de público, como Garota de Ipanema, a música brasileira mais executada no mundo.
Para Otto Lara Rezende, “depois do Vinicius musical, foi o Vinicius cronista quem mais depressa chegou ao coração do grande público”. Sua obra poética também teve e continua tendo muito sucesso; principalmente poemas como Soneto de Fidelidade.
Ele produziu ainda poemas infantis, como os de A Arca de Noé (1970).
Fonte: www.poemhunter.com/www.allmusic.com/www.astormentas.com
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