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Nascimento: novembro de 21 de 1913 , Kyoto, Japão.
Morte: 12 de Fevereiro de 2015, São Paulo, Brasil (insuficiência cardíaca).
Nome de nascença: Tomie Nakakubo.
Tomie Ohtake – História
Tomie Ohtake em 2006, quando foi condecorada com a Ordem do Mérito Cultural
Em 1936, quando tinha vinte e três anos de idade, Tomie Ohtake viajou ao Brasil para visitar um irmão, mas não conseguiu retornar devido à Segunda Guerra Mundial.
Tomie Ohtake acomodou-se em São Paulo com o marido e começou a pintar em 1951, depois de um visita ao estúdio do pintor Keisuke Sugano.
Tomie Ohtake teve a sua primeira exposição em 1957, no Salão Nacional de Arte Moderna e em 1961 participou na Bienal de São Paulo.
Em 1972 Tomie Ohtake participou da seção de gravuras da Bienal de Veneza e em 1978 da Bienal de Tóquio.
Tomie Ohtake criou dezenas de esculturas espaciais públicas do final dos anos oitenta; seu trabalho tem sido destaque em várias cidades do Brasil, mas especialmente no estado de São Paulo.
Em 1988 Tomie Ohtake foi premiado com a Ordem do Rio Branco pela escultura pública em comemoração ao 80º aniversário da imigração japonesa em São Paulo, e em 2006 ela foi premiada com a Ordem do Mérito Cultural .
Tomie Ohtake era a mãe do arquiteto Ruy Ohtake.
Tomie Ohtake morreu no dia 12 de fevereiro de 2015 com a idade de 101 anos.
Tomie Ohtake – Biografia
Tomie Ohtake
Nascida em Kyoto, no Japão, Tomie Ohtake vem para o Brasil em 1936, fixando-se em São Paulo.
O seu trabalho inclui pinturas, gravuras e esculturas.
Ela foi um dos principais representantes do abstracionismo informal no Brasil.
Inicia-se em pintura em 1952, tendo aulas com o artista Keisuke Sugano.
No ano seguinte, participa do Grupo Seibi, tendo como colegas Flávio Shiró (1929-), Manabu Mabe (1924-1997) e Tikashi Fukushima (1920-2001), entre outros.
Após uma breve passagem pela pintura figurativa, define-se pelo abstracionismo.
No início da década de 1960, emprega uma gama cromática reduzida, com predominância de duas ou três cores. Leva o olhar do espectador a percorrer as superfícies, em telas que muitas vezes lembram nebulosas. Utiliza, em algumas obras, pinceladas “rarefeitas” e tintas muito diluídas, explorando as transparências.
Posteriormente, surgem em seus quadros formas coloridas, grandes retângulos, que parecem flutuar no espaço.
Ao longo da década de 1960, passa a empregar mais freqüentemente tons contrastantes. Ohtake revela afinidades com a obra do pintor Mark Rothko (1903-1970), na pulsação obtida em suas telas pelo uso da cor e nos refinados jogos de equilíbrio.
A artista explora a expressividade da matéria pictórica, mais densa, em texturas rugosas, ou mais diluída e transparente.
Inicia-se em gravura, trabalhando com serigrafia e litogravura, a partir dos anos 1970. Para a maioria dos críticos, esse aprendizado revitaliza sua obra pictórica.
Surgem em suas telas a linha curva e as formas orgânicas. Embora de caráter abstrato, ocorre em alguns quadros a sugestão de paisagens: montanhas ou curvas de rios. Intensifica em seus trabalhos o dinamismo e a sugestão de movimento. Em obras realizadas a partir da década de 1980, emprega uma escala de cores mais quentes e contrastes cromáticos mais intensos.
Dedica-se também à escultura, realizando, por exemplo, a Estrela do Mar (1985), colocada na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro. Propõe intervenções em espaços urbanos, produzindo esculturas de grandes dimensões, como as “ondas” em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa, instaladas na Avenida 23 de Maio, em São Paulo. Em esculturas mais recentes, trabalha com tubos delgados, que estabelecem sinuosos percursos no espaço.
A artista enfatiza, em entrevistas, a importância da arte oriental, em especial a japonesa, em sua pintura, afirmando que “Essa influência se verifica na procura da síntese: poucos elementos devem dizer muita coisa” . Da tradição japonesa, Ohtake diz inspirar-se na noção de tempo do ukiyo-e [imagens do mundo que passa], arte que revela cenas de uma beleza fugaz.
Tomie Ohtake pesquisa constantemente as possibilidades expressivas da pintura: as transparências, as texturas e a vibração da luz. Declara fazer uma pintura silenciosa, como a cidade em que nasceu.
Em suas obras, revela um intenso diálogo entre a tradição e a contemporaneidade.
Tomie Ohtake – Vida
Tomie Ohtake
Tomie Ohtake, natural de Kyoto (Japão).
Pintora, gravadora e escultora.
Chega ao Brasil em 1936 e fixa-se em São Paulo. Inicia seus estudos de pintura em 1952, com o artista plástico japonês Keisuke Sugano.
Em 1953, integra o Grupo Seibi ao lado de Flávio-Shiró, Kaminagai, Manabu Mabe, Tikashi Fukushima, entre outros.
Sua primeira esxposição individual ocorre em 1957, no museu de Arte Moderna de São Paulo.
Em 1969, começa a trabalhar com serigrafia e posteriormente executa litografias e gravuras em metal.
Realiza diversas obras públicas, como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura Estrela do Mar, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos oitenta anos da imigração japonesa no Brasil, painéis para o Memorial da América Latina e para estação Consolação do Metrô, em São paulo.
Recebe o prêmio melhor pintor do ano, em 1974 e 1979, e, em 1983, o prêmio personalidade artística do ano da Associação Paulista de Críticos de Arte.
Em 1995 recebe o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura.
Em 2000, é lançado em São Paulo o Instituto Tomie Ohtake, idealizado e coordenado por Ricardo Ohtake e projetado por Ruy Ohtake.
Participou de inúmeras exposições no Brasil e no exterior , destacando-se as bienais de São Paulo, 6, 7, 13 e 24 edição.
Fonte: en.wikipedia.org/www.escritoriodearte.com/www.proartegaleria.com.br
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