Pedro Teixeira

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Nascimento: 1587, Cantanhede, Portugal.

Falecimento: 4 de julho de 1641, Colonização do Brasil.

Pedro Teixeira – Vida

Pedro Teixeira
Pedro Teixeira

Pedro Teixeira foi um português explorador que se tornou, em 1637, o primeiro europeu a viajar até toda a extensão do Rio Amazonas.

Pedro Teixeira nasceu em Cantanhede, a data de seu nascimento é desconhecida.

Suas façanhas são consideradas notável, mesmo pelos padrões de hoje.

Por causa de Pedro Teixeira e outros portugueses que impulsionaram para as profundezas da Amazônia, Portugal foi capaz de obter muito mais da América do Sul a partir de suas espanholas concorrentes do que o Tratado de Tordesilhas havia concedido em 1494.

A expedição de Pedro Teixeira tornou-se o primeiro simultaneamente a viajar até e para baixo do rio Amazonas.

Ele foi chamado pelos nativos indígenas Curiua-Catu, significando O bom e amigável homem branco.

4 de Julho de 1641

Desta vez a data consignada neste registro não se refere ao nascimento; ao contrário, aponta a data da morte de um herói, de um desbravador, de um patriota, ocorrida há 363 anos na cidade de Belém do Pará. É que não se conhece o dia e mês do seu nascimento; apenas o ano. Trata-se do dia do falecimento do Capitão-Mor Pedro Teixeira, um ano e cinco meses depois de ter sido nomeado capitão-mor do Grão-Pará. Considerado por todos os historiadores nacionais o Conquistador da Amazônia, nasceu na Vila de Cantanhede, nas proximidades de Coimbra, Portugal, em 1587.

A partir de 1614 esteve presente nos embates que terminou com a expulsão dos franceses do Maranhão, ainda com a patente de alferes. Combatente português de grande coragem participou de notáveis empreitadas na Amazônia, inclusive da fundação e construção do Forte do Presépio, origem da cidade de Belém, a partir de 12 de janeiro de 1616, sob as ordens de Francisco Caldeira Castello Branco.

Designado para comandar a expedição que fez a primeira viagem de ida e volta no rio Amazonas, até Quito, saiu de Belém a 28 de outubro de 1637 regressando a 12 de dezembro de 1639. A 16 de agosto de 1639, já no seu regresso de Quito, Pedro Teixeira plantou um marco limitando e legitimando o domínio português naquela região, em frente à boca do Aguarico, na margem do Napo, denominada Franciscana, evento que ficou registrado em ata. A 28 de fevereiro de 1640 foi nomeado governador da província do Grão-Pará, cargo que ocupou por pouco tempo por motivo de sua precária saúde.

É homenageado pela Marinha do Brasil com o seu nome em um dos navios-patrulha fluvial, o P20 NPaFlu Pedro Teixeira – “Onde a Amazônia precisar, o Boto vai chegar!”.

Na cidade de Tabatinga, Amazonas, a histórica São Francisco Xavier de Tabatinga, funciona a Escola Estadual Pedro Teixeira, em sua homenagem, inaugurada em 1983, o que tem um significado muito especial: mais de três séculos depois da sua morte, ainda existia a lembrança do Conquistador da Amazônia.

A cidade de Manaus também o homenageia com o seu nome em uma das suas principais avenidas, avenida de Pedro Teixeira, na seqüência do bairro de D.Pedro.

As anotações que estão a seguir, em ordem de datas, das façanhas realizadas pelo Capitão-Mor Pedro Teixeira, foram selecionados e transcritas do livro “Efemérides Brasileiras”, do Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos, 1845-1912), editado no Rio de Janeiro pela Imprensa Nacional a 15 de junho de 1946.

23 DE MAIO DE 1625

“Pedro Teixeira, tendo às suas ordens os Capitães Pedro da Costa Favela e Jerônimo de Albuquerque, ataca e toma o forte holandês de Maniutuba, na foz do Xingu. O comandante inimigo Oudaen (não Housdan, como escreveram Berredo e Varnhagem) consegue fugir, com parte da guarnição, em uma lancha, para a ilha de Tucujus”.

24 DE MAIO DE 1625

“Após a vitória do dia anterior, Pedro Teixeira desembarca na ilha de Tucujus (Amazonas), onde os ingleses, comandados por Philipp Pursell, tinham três fortins.

Os dois primeiros foram tomados quase sem resistência, fugindo os defensores. Adiantando-se então, teve o Capitão Favela de sustentar viva peleja com os ingleses e holandeses, que vinham ao encontro. Os dois chefes inimigos, Pursell e Oudaen, ficaram no campo entre os mortos. O outro fortim rendeu-se a Pedro Teixeira”.

21 DE JUNHO DE 1629

“O Capitão Pedro da Costa Favela parte de Belém do Pará (Berredo, 254) com a missão de tomar ou render o forte de Taurege (Torrego), construído pelos ingleses na margem esquerda do Amazonas. Nada consegue e suspende as hostilidades, retirando-se para a aldeia de Mariocai. O forte de Torrego só foi tomado, no dia 24 de outubro, por Pedro Teixeira”.

24 DE OUTUBRO DE 1629

“O Capitão Pedro Teixeira, que assediava com forças do Pará o forte inglês de Taurege, pelos nossos chamados Torrego, derrota um corpo inimigo, que vinha em socorro dos sitiados. O assédio começara no dia 24 de setembro, em que Teixeira ai desembarcou, vencendo a oposição do inimigo. Duas sortidas foram repelidas, e, vencido o socorro que esperava, rendeu-se no mesmo dia o comandante do forte, James Pursell, com 80 soldados e alguns índios. Arrasada a fortificação, seguiu Teixeira para a aldeia de Mariocai, depois Vila de Gurupá. A guarnição inglesa foi conduzida para o Pará e seu chefe remetido para Lisboa. O forte de Taurege ficava na margem esquerda do Amazonas, junto ao rio hoje chamado Toheré. Cumpre não confundir este James Pursell com Philip Pursell, morto em combate na ilha de Tucujus”.

26 DE OUTUBRO DE 1629

“Chegava o Capitão Pedro Teixeira com as tropas, que dois dias antes haviam rendido o forte de Taurege, e com os prisioneiros ingleses, à aldeia de Maiocai (10 anos depois Vila de Gurupá), quando o Capitão North, que trazia reforços para o inimigo em 2 navios maiores, 1 patacho e 2 ou 3 lanchas, tentou um desembarque. Repelido este ataque, foram os ingleses fundar o forte de Camaú, na ponta de Macapá, só conquistado pelos nossos a 9 de julho de 1932”.

28 DE OUTUBRO DE 1637

“Parte de Cametá a expedição de Pedro Teixeira”, capitão-mor por Sua Majestade, das entradas e descobrimentos de Quito e do rio das Amazonas”. Levava um regimento (instruções) dado pelo rei. Devia fazer a exploração do rio Amazonas, descobrir uma comunicação fluvial com Quito e escolher o limite mais conveniente entre os domínios das duas coroas e o local para uma povoação na linha divisória”.

3 DE JULHO DE 1638

“O Capitão-Mor Pedro Teixeira, que a 28 de outubro do ano anterior (1637) saíra de Cametá para a exploração do rio Amazonas e reconhecimento da comunicação fluvial com a cidade de Quito, chega nesta data à foz do Aguarico, na margem oriental e esquerda do Napo. Ali deixa ele um destacamento ao mando do Capitão Pedro da Costa Favela, e continua a subir o Napo, como já o tinha feito a sua vanguarda, dirigida pelo Coronel Bento Rodrigues de Oliveira, que desde 24 de junho estava em Paiamino”.

16 DE FEVEREIRO DE 1639

“O Capitão-mor Pedro Teixeira começa em Quito a sua viagem de regresso para o Pará. Acompanhavam-no vários religiosos, entre os quais o Padre Christobal de Acuña, jesuíta autor da relação desta viagem (Nuevo descubrimento del gran rio de las Amazonas). Teixeira, que partira de Cametá em 28 de outubro de 1637, terminou a sua famosa expedição no dia 12 de dezembro de 1639”.

24 DE JUNHO DE 1639

“O Coronel Bento Rodrigues de Oliveira, chefe da vanguarda do Capitão-Mor Pedro Teixeira, encarregado da exploração do rio Amazonas, chega ao Paiamino, povoação dos espanhóis, situada sobre o rio do mesmo nome, afluente da margem direito do Napo. Pedro Teixeira só ali chegou a 15 de agosto”.

16 DE AGOSTO DE 1639

“O Capitão-mor Pedro Teixeira, de volta de Quito, chega à foz do Aguarico no Napo, e toma posse da margem esquerda deste último rio, em nome de Filipe IV, para servir de divisa entre os domínios de Portugal e Castela”.

12 DE DEZEMBRO DE 1639

“O Capitão-Mor Pedro Teixeira chega a Belém do Pará, de volta de sua expedição a Quito”.

28 DE FEVEREIRO DE 1640

“Por nomeação do governador do Estado do Maranhão, toma posse Pedro Teixeira no governo da capitania do Pará, que governou até maio de 1641”.

4 DE JUNHO DE 1641

“Morre em Belém do Pará o Capitão-Mor Pedro Teixeira, célebre pelas suas vitórias que alcançara no Amazonas e mais ainda pela sua exploração do grande rio, realizada de 1637 a 1639”.

Arthur Reis, no seu trabalho “Os Portugueses na Revelação da Amazônia”, inclui uma dimensão política aos feitos de Pedro Teixeira.

São suas palavras:

“Pelo que se aprende do trabalho de Jaime Cortesão, o bravo capitão das conquistas amazônicas, subiu e desceu o rio entre 1637-1639, obedecendo também a propósitos políticos. O governador Jácome de Noronha, a cuja iniciativa se deveu a entrada, objetivava: ampliar pelo Amazonas acima a extensão da soberania portuguesa, contra os interesses da Coroa espanhola, para tal dando instruções especiais ao sertanista que a comandava e, ao mesmo tempo, abrir comércio com o Peru, fazendo de Belém o porto de saída das mercadorias, nelas incluída a riqueza mineral, que o Peru vinha exportando, pelo Pacífico, para a Espanha.

Imaginava-se, então, que seria fácil trazer, pelas águas do Rio-Rei, a produção argentífera de Potosi e Cuzco. A lição do mestre português repousa no farto documentário novo que divulgou. E de acordo com esse documentário, verifica-se que Pedro Teixeira, ao chantar como marco de limites, entre as duas coroas unificadas, no vale amazônico, a povoação de Franciscana, cumpriu determinação clara e positiva de Jácome, que antevia a Restauração ocorrida pouco depois e, com ela, o alongamento do espaço onde se exerce a soberania mansa e intensa de sua pátria”.

É tradição na Escola Superior de Guerra – ESG homenagear vultos da história brasileira, com os seus nomes nas turmas concludentes dos seus cursos.

Assim, mais uma vez, fato impressionante ocorreu com os 130 concludentes do seu Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia de 1995, quando resolveram, passados mais de três séculos e meio, lembrar e prestar eloqüente homenagem ao Capitão-Mor Pedro Teixeira: a turma ESG de 1995 é denominada Turma Pedro Teixeira.

Na ocasião, foi divulgada a seguinte nota:

“O Capitão Pedro Teixeira – Conquistador da Amazônia, nasceu na Vila de Cantanhede, situada a 20 km ao NE de Coimbra, Portugal, em 1587.

Sabe-se que, desde criança, foi forte, adquirindo na fase adulta uma compleição invejável que o tornou talhado para a vida agreste.

Após a expulsão dos franceses do Maranhão em fins de 1615, o governo português determina o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar sua posse sobre a região. A força expedicionária lusa foi constituída por três companhias. Como subalterno de uma delas, seguia o então alferes Pedro Teixeira.

A 12 de janeiro de 1616, a tropa entrou na Baía de Guajará. Desembarcou numa ponta de terra firme, onde desde logo foram iniciadas as obras de instalação e defesa. Em local bem selecionado, foi erguido o Forte que tomou o nome de Presépio, origem da atual cidade de Belém.

O destemido desbravador prossegue prestando inestimáveis serviços à coroa portuguesa. Combate holandês e inglês em muitas refregas, bem como realiza várias entradas de exploração dos sertões amazônicos.

A maior de todas as suas façanhas teria inicio em outubro de 1639. À frente de 2.500 pessoas, entre militares, índios e familiares, empreende viagem de exploração da calha do rio Amazonas, partindo de Belém. Empregando cerca de 50 grandes canoas, atinge Quito, no Equador, e regressa a Belém depois de haver percorrido mais de 10.000 km de rios e trilhas. Com esse feito – um dos maiores da nossa história – contribuiria para assegurar a posse de vasta porção da bacia amazônica por parte de Portugal.

Como reconhecimento pelos seus 25 anos de profícuos serviços ao Rei de Portugal, Pedro Teixeira foi nomeado para o cargo de Capitão-Mor do Grão-Pará. Tomou posse em fevereiro de 1640. Infelizmente, sua gestão foi curta, durando até maio de 1641. A 4 de julho desse ano faleceu na mesma Belém que auxiliou a fundar e consolidar.

Mais de três séculos após sua morte, os empreendimentos de Pedro Teixeira ainda nos causam admiração. As lutas travadas contra os invasores estrangeiros e a exploração da bacia amazônica fizeram-no um dos maiores heróis da então Colônia no século XVII.

Por isso, sua figura deve representar o símbolo da luta pela preservação da soberania brasileira sobre a Amazônia.”

O Exército Brasileiro devota comovente lembrança ao Capitão-Mor Pedro Teixeira, considerando-o definitivamente como o Conquistador da Amazônia.

Pedro Teixeira – Biografia

Pedro Teixeira
Pedro Teixeira

Pedro Teixeira nasceu na Vila de Cantanhede, situada a cerca de 20 km ao Nordeste de Coimbra – Portugal, em 1587.

Pouco se conhece sobre sua família e primeiros anos de vida. Sabe-se que desde criança foi muito forte, adquirindo na fase adulta uma compleição invejável que o tornou talhado para a vida agreste.

A expedição de Pedro Teixeira e o “Tesouro Escondido”

De Gurupá partiu, em outubro de 1637, comandada por Pedro Teixeira, uma expedição oficial com o objetivo de explorar um rio dominado por mulheres cavaleiras e guerreiras – o rio das Amazonas.

Esta incursão, considerada por muitos como a maior façanha sertanista da região, contava com 47 grandes canoas, 70 soldados e 1200 índios flecheiros.

Observando a área, Teixeira buscou viabilizar o acesso à região peruana por via atlântica. Neste trajeto, Belém seria a porta de entrada e, por isto mesmo, deveria ser muito bem guardada.

A expedição

Composta, entre outros, pelo cronista Maurício de Heriarte e alguns religiosos importantes, como o capelão franciscano Agostinho das Chagas – subiu os rios Amazonas e Negro onde deixou parte do grupo. Prosseguindo, alcançou Quito, em outubro de 1638.

Pedro Teixeira tomava posse das terras em nome do rei de Portugal, embora este Reino ainda estivesse sob o domínio espanhol. Favorecidos pelas boas condições de navegação, aqueles homens aventureiros deparavam-se a todo instante com riquezas naturais da flora amazônica como o urucu, primeira especiaria a ser exportada para a Europa. Pousavam onde era possível, conduzidos por índios remeiros, montando acampamentos improvisados e navegando sempre nas mesmas horas do dia.

Já na viagem de volta, em uma das margens do Rio Napo, na confluência com o Rio Aguarico, Pedro Teixeira fundou o povoado da Franciscana (16 de agosto de 1639) que, conforme as instruções que constavam no seu Regimento, deveria servir (…) “de baliza aos domínios das duas Coroas (de Espanha e Portugal)”.

Esta expedição foi descrita no livro Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas, editado em Madri em 1641. O governo espanhol mandou imediatamente recolher e destruir a publicação. Preocupava-se com a divulgação da rota para as minas peruanas e com as pretensões territoriais portuguesas relacionadas à sua Colônia na América, sobretudo no momento da Restauração.

Esta medida, entretanto, não impediu que, mais tarde, a expedição de Pedro Teixeira fosse usada pela Coroa lusitana para reivindicar a posse da Amazônia.

Pedro Teixeira
Francisco Requenta y Herrera, Missão Jesuíta Espanhola de San Joaquim de Omáguas, no Alto Amazonas Peruano

Vista por outro ângulo esta incursão deu condições, pelo menos no que se refere à identificação do território, para a ocupação do Vale do Amazonas, através da instalação de fortes e missões religiosas nas margens dos rios.

No entanto, para o padre João Daniel, que ali já vivia, o verdadeiro “tesouro escondido” eram os nativos, cujas almas podiam ser convertidas.

Alguns capitães e sertanistas experientes, como Antônio Raposo Tavares, Manuel Coelho e Francisco de Melo Palheta, passaram a percorrer o Amazonas e seus afluentes descobrindo comunicações fluviais, atingindo aldeamentos espanhóis na região oriental da Bolívia, e coletando sem cessar as especiarias, com ajuda dos nativos.

Também estabeleceram algumas feitorias e postos de pesca. Combateram e foram combatidos por diversas tribos; vencedores, escravizaram milhares de índios.

As atividades desenvolvidas por sertanistas e capitães, assim como por franciscanos, carmelitas, mercedários e jesuítas, foram importantes na expansão territorial, na conquista e na consolidação do domínio português.

Pedro Teixeira batizando com seu nome o 2º Batalhãoo de Infantaria de Selva, em Belém-PA. Ainda, a Canção Soldado da Amazônia conta as vitórias deste importante personagem da história brasileira.

Pedro Teixeira – Desbravador e Cpnquistador da Amazônia

Pedro Teixeira
Pedro Teixeira, conquistador da Amazônia

Quem foi Pedro Teixeira?…

Pedro Teixeira nasceu na cidade de Cantanhede, situada a cerca de 20 km a Nordeste de Coimbra – Portugal, em 1587. Pouco se conhece sobre sua família e primeiros anos de vida. Sabe-se que desde criança foi muito forte, adquirindo na fase adulta uma compleição invejável que o tornou talhado para a vida agreste.

Após a expulsão dos franceses do Maranhão em fins de 1615, o governo português determina o envio de uma expedição à foz do rio Amazonas, com vistas a consolidar sua posse sobre a região. A força expedicionária lusa foi constituída por três companhias. Como subalterno de uma delas, seguia o então alferes Pedro Teixeira. A 12 de Janeiro de 1616, a tropa entrou na Baía de Guajará. Desembarcou numa ponta de terra firme, onde desde logo foram iniciadas as obras de instalação e defesa. Em local bem seleccionado, foi erguido o Forte que tomou o nome de Presépio, origem da atual cidade de Belém.

O destemido desbravador prossegue prestando inestimáveis serviços à coroa portuguesa. Combate holandeses e ingleses em muitas refregas, bem como realiza várias entradas de exploração dos sertões amazônicos. A maior de todas as suas façanhas teria início em Outubro de 1639. À frente de 2.500 pessoas, entre militares, índios e familiares, empreende viagem de exploração da calha do rio Amazonas, partindo de Belém. Empregando cerca de 50 grandes canoas, atinge Quito, no Equador, e regressa a Belém depois de haver percorrido mais de 10.000 km de rios e trilhas.

Com esse feito – um dos maiores de nossa história – contribuiria para assegurar a posse de vasta porção da bacia amazônica por parte de Portugal. Como reconhecimento pelos seus 25 anos de profícuos serviços ao Rei de Portugal, Pedro Teixeira foi nomeado para o cargo de Capitão-Mor do Grão-Pará.

Tomou posse em Fevereiro de 1640. Infelizmente, sua gestão foi curta, durando até Maio de 1641. A 4 de Julho desse ano faleceu na mesma Belém que auxiliou a fundar e consolidar. Mais de três séculos após sua morte, os empreendimentos de Pedro Teixeira ainda nos causam admiração. As lutas travadas contra os invasores estrangeiros e a exploração da bacia amazônica fizeram-no um dos maiores heróis da então Colônia no século XVII.

Pedro Teixeira – O Homem que saiu de Cantanhede para Conquistar a  Amazônia!

Lisboa, 10 de Dezembro de 2009 (CSR/CMC/IMA/EL. – Lusa)

O militar e navegador português Pedro Teixeira é considerado o “conquistador da Amazônia”, já que desbravou e tomou posse – durante o século XVII – de muitas terras para a Coroa Portuguesa no Brasil.

No entanto, esta personagem histórica continua pouco conhecida tanto no Brasil como em Portugal.

Pedro Teixeira nasceu em São Pedro de Cantanhede, Portugal, em 1570, e partiu para o Brasil em 1607, com 37 anos, notabilizando-se imediatamente na luta contra os invasores, principalmente ingleses e holandeses, naquele território da Coroa Portuguesa.

Em 1614, ainda como alferes, lutou contra os franceses na Batalha de Guaxenduba e, no ano posterior, participou numa expedição pela floresta virgem.

O explorador português fundou o município de Belém do Pará, em 1616, juntamente com Francisco Caldeira Castelo Branco.

Durante o domínio da Coroa Espanhola (1580-1640) sobre Portugal, os portugueses continuavam a desbravar e avançar sobre os territórios que, segundo o Tratado de Tordesilhas, pertenciam aos espanhóis.

O território do Brasil que pertencia a Portugal, designado por aquele tratado, era muito inferior ao que posteriormente os portugueses conquistaram durante os séculos XVII e XVIII aos espanhóis.

Em Outubro de 1637, Pedro Teixeira foi escolhido como chefe da expedição que concretizaria, dois anos depois, o ambicioso plano de conquistar o Alto Amazonas, à frente de 2500 homens, em cerca de 50 canoas.

Além da grande experiência na área militar, Pedro Teixeira possuia também muitos conhecimentos geográficos e uma política para as populações indígenas.

A expedição contou com a ajuda de mais de mil índios que chamavam a Pedro Teixeira “Curiuá-atu” (“Homem Branco Bom”).

O regresso a Belém deu-se a 12 de Dezembro de 1639, após uma viagem de mais de 10 mil quilómetros, que resultou na anexação de 4,8 milhões de quilómetros quadrados para a Coroa de Portugal.

Em Fevereiro de 1640, Pedro Teixeira foi nomeado para o cargo de capitão-mor do Grão-Parã, mas morreu no ano seguinte, em Belém.

O Senado brasileiro homenageou hoje em sessão especial o militar e navegador português Pedro Teixeira, um dos principais vultos da História de Portugal e Brasil e, ao longo de quatro séculos, um herói desconhecido.

A iniciativa foi do senador Aloísio Mercadante e o objetivo é resgatar a memória de Pedro Teixeira, incluindo-a no Livro dos Heróis da Pátria, no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.

A Expansão da Soberania Portuguesa

No século XVII a região amazônica era palco de disputa pelas potências europeias, como Castela, França, Holanda e Inglaterra. O governador do Estado do Grão-Pará e Maranhão, Jácome Raimundo de Noronha, em Outubro de 1636, no período em que os portugueses se encontravam sob o jugo castelhano (Coroa Ibérica – 1580/1640), idealizou a expansão da soberania portuguesa na bacia amazônica antevendo que o período da restauração se avizinhava.

Para concretizar o audacioso empreendimento, nomeou Pedro Teixeira para a chefia da expedição, com o propósito de estender os domínios de Portugal até às terras peruanas fundando povoados que marcassem o limite das terras da Coroa Portuguesa no Amazonas. O motivo para a escolha de Pedro Teixeira, além de suas qualidades militares, era seu profundo conhecimento da região e a política que implementava em relação aos indígenas.

Fonte: en.wikipedia.org/portalamazonia.globo.com/www.covoes.com

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