Johannes Brahms

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Nascimento: 07 de maio de 1833, Hamburgo, Alemanha
Morreu em: 3 de abril de 1897, Viena, Áustria

Johannes Brahms foi um compositor e um pianista alemães, e um dos músicos proeminentes da fase romântica no século 19.

Johannes Brahms
Johannes Brahms

Brahms, compositor alemão, recebeu as primeiras lições de música de seu pai, pouco endinheirado contrabaixista que desejava fazer do filho um instrumentista de orquestra. Este, porém, revelava forte atração para o piano, e foi por isso entregue aos cuidados de um professor de mérito, Eduard Marxsen.

Brahms começou cedo ganhando a sua vida, tocando em cafés freqüentados principalmente por marinheiros.

O encontro, em 1850, com o violinista húngaro Reményi, refugiado político, foi decisivo para o seu futuro.

Durante uma viagem de concertos ele conhece Liszt e Schumann, que o recebe com toda cordialidade. As relações com os Schumanns são da mais profunda afeição.

Brahms assiste à família nos tempos que puseram tragicamente termo à ida do grande compositor. Ele permanece dois anos em Dusseldorf para acompanhar no seu luto Clara Schumann. Os laços que o ficam prendendo a esta e a influência artística que dela recebeu deviam durar até a morte da admirável mulher, ocorrido um ano antes da sua.

Em 1863 ele aceita o lugar de diretor da Singakademie de Viena, que abandona ao cabo de um ano. Viena, no entanto, estava destinada a tornar-se a sua segunda pátria, e o compositor ali se fixa, com efeito, em 1869 depois de vários atritos com a família.

Entretanto, havia realizado algumas viagens e dado a conhecer a obra que verdadeiramente chamou para ele as atenções como compositor: o Réquiem alemão, executado pela primeira vez, ainda não na sua forma completa, em Brema, em 1868, e logo no ano seguinte, na sua versão definitiva, em Leipzig.

Em 1875, Brahms resigna-se do lugar de diretor de Gesellschaft der Musikfreunde e passa a dedicar-se apenas a sua criatividade criadora. Em 1887 é-lhe conferida a ordem prussiana Pour le mérite e em 1889 é feito cidadão honorário de Hamburgo, honraria que lhe dá grande satisfação.

Prematuramente envelhecido, Brahms consagra as suas últimas forças criadoras quase exclusivamente à música de câmara, ao piano e às melodias, em que se havia mostrado o mais ilustre continuador do lirismo de Schubert e Schumann.

A morte, em 1896, de Clara Schumann, produz-lhe profundo abalo. A sua saúde declina rapidamente e, em 1897, passa ao outro mundo vítima de cancro no fígado.

Embora Brahms tem sido chamado até de o ” terceiro B” (comparando-o assim a Bach e Beethoven) sua personalidade artística tem sido das mais discutidas.

Nos paises latinos só a muito custo a sua música tem obtido aceitação, ao passo que na Alemanha e Inglaterra, por exemplo, ela goza de indubitável prestígio.

Apesar de a estréia do RÉQUIEM ALEMÃO ter acontecido em l869, os esboços remontam a l861; a intensificação da atividade aconteceu após a morte de sua mãe em l866. Sua mensagem de esperança se apóia numa rígida estrutura simétrica e o texto está formado por passagens escolhidas da Bíblia, a partir da tradução realizada por Lutero.

Nos estático clima criado por violoncelos, contrabaixo, trompas e órgão, sobre uma única nota e nos seus registros mais graves surge um motivo, primeiro nos violoncelos e logo depois nas violas, que prepara a aparição do coro, flutuante, quase incorpóreo, com as palavras “Selig seid, die da Leid tragen”, estabelecendo assim o clima emocional que domina a obra: a tranqüila aceitação da morte.

Tranqüilidade obscura, já que o compositor elimina todo o brilho ao anular violinos, clarinetes e trombetas.

As vozes adquirem uma maior mobilidade na segunda seção: “Die mit Tränen säen werden mit Freuden ernten”.

O encontro entre estas duas ressonâncias, onde os centros são as palavras “selig”e “Freude”, cria uma equilibrada tensão. Estes elementos voltam a se alternar, recuperando as palavras iniciais e desatando um breve clímax com o acompanhamento, belíssimo e variável, da seção das madeiras, que junto com os desvanecidos sons da harpa e aos pizzicatti das cordas, encerra o movimento.

Uma marcha monumental inicia a segunda parte. Estranha dança da morte, comparada com freqüência a um canto de peregrinos, que anuncia a inexorável extinção. Essa marcha dá lugar a uma passagem, com a frase “so seid geduldig”cantada por tenores e contraltos e seguida por todo coro, que anuncia a seção final e na que se destaca o solo de flauta, que continua até a reaparição da marcha.

Uma breve transição leva a um hino de júbilo, numa fuga que começa com a voz dos baixos com uma poderosa orquestração, para logo sublinhar, de um modo magnífico, o contraste entre as notas, quase dolorosamente alongadas e graves das palavras “Schmerz und Seufzen”, e as breves, precisas e rápidas de “wird weg müssen”. O otimismo se desvanece numa seção mais tranqüila, onde uma melodia, expressando a eterna alegria da salvação, corrobora o triunfo sobre a fatalidade da marcha fúnebre.

As cores escuras do primeiro movimento reaparecem no terceiro: sobre o som das trompas, tímbales e cordas, o barítono inicia um lamento. O tom declamatório, bem próximo do recitativo, revela-se idôneo para expressar a íntima inquietação do homem diante da natureza imprevisivel da morte.

O coro repete o texto com efeito de eco, como se a comunidade fosse incapaz de aliviar a solidão do indivíduo diante da morte. Após um crescendo rapidamente abafado, desenvolvem-se as variações sobre “Ich muss davon”. Um grito súbito sobre a última palavra leva a um progressivo e tenso diminuendo da orquestra; um pizzicatto das cordas é a derradeira e frágil ressonância ante o silêncio.

Depois do vazio vem o consolo: motivos de instrumentos de sopro acompanham as reflexões acerca da futilidade de uma vida dominada pelos interesses materiais. De novo aparece a pergunta-chave, latente, e com ela o desespero “Nun Herr, wess soll ich mich trösten”.

O coro, como um remanso, reafirma a esperança e o ambiente transfigura-se com uma impressionante fuga: a permanente instabilidade, que até agora dominava, desaparece ante uma sólida e imponente forma reforçada sobre um ré, extraordinariamente alongado, mantido por contrabaixos e órgão.. Base firme, como a mão do Senhor, à qual se submete a humanidade.

O quarto movimento constitui o centro da obra.

Sem correspondência na estrutura simétrica, funciona como o seu eixo: neste, a dialética entre a esperança e o terror, entre a luz e a sombra, resolve-se decididamente a favor das primeiras. O coro descreve as excelências da glória eterna. A seção dos sopros, sobretudo flautas e clarinetas, desenha frases num clima de tranqüilidade. Ressalta o crescendo descritivo da frase “Meine Seele verlanget und sehnet sich” e os toques de corda, quase palpitações, em “Mein Leib und Seele freuen sich”.

O quinto movimento continua acentuando o consolo. Agora a voz solista é a de um soprano. Numa total intimidade, as cordas em surdina, a linha vocal emerge recolhida, quase abrigada, em uma delicada e suave textura, nos instrumentos de madeira e coro, que a rodeia e abraça maternalmente. Entre os numerosos detalhes de uma prodigiosa orquestração, são maravilhosos os solos de oboé e violoncelo em “Ihr habt nun Traurigkeit” e a sublime melancolia da parte final “ich will euch trösten, wie einem seine Mutter tröstet”, referência explícita à pessoa cuja morte inspirou a criação da obra.

O contraste do sexto movimento é ainda mais eficaz. Começa, mantendo a simetria, com uma marcha, tal como no segundo movimento. Das vozes do coro surge, enérgico, o barítono, com uma impressionante intensidade, para revelar o segredo da Ressurreição. As vozes repetem suas frases hipnoticamente, com assombro e reverência, até que um crescendo nos transporta à pessoalíssima interpretação que Brahms realiza do Dies Irae. Orquestra, coro e órgão anunciam a hora do chamado final, enfatizando a vitória sobre a morte – e não o juízo ou o castigo, como é tradicional na liturgia católica.

O jogo reflexivo e o caminho conceitual terminam no sétimo movimento, que recupera exatamente o mesmo espírito do primeiro. O texto selecionado é similar. A melodia dos sopranos é contestada pelos baixos, mas em vez de um movimento fugado, como era de se esperar, surge um movimento coral compacto em que aparecem, com continuidade, elementos imitativos. A seguir é exposta a idéia do descanso, numa clara referencia à missa católica, para voltar aos versos iniciais que, se num princípio usam o mesmo material temático, passam depois de um breve crescendo à música do primeiro movimento, reforçando a esperança sobre a sombria orquestração e finalizando com a extinção dos pizzicatti, da seção das madeiras e harpa. Com perfeição circular afirma-se a vitória sobre a morte.

Obras

Brahms escreveu uma série de grandes obras para orquestra, incluindo quatro sinfonias, dois de piano concertos, um concerto para violino, um Concerto Duplo para violino e violoncelo, e a grande obra coral Um Requiem Alemão (Deutsches Requiem Ein).

Brahms foi também um compositor prolífico no tema e variação forma, tendo nomeadamente compôs as Variações e Fuga sobre um tema de Händel, Variações Paganini, e Variações sobre um Tema de Joseph Haydn, junto com outros conjuntos menos conhecidas de variações.

Brahms escreveu também um grande volume de trabalho para as pequenas forças.

Suas muitas obras de música de câmara fazem parte do núcleo deste repertório, como faz seu solo de piano música.

Brahms também é considerado entre os maiores compositores de lieder, dos quais ele escreveu cerca de 200.

Brahms nunca escrevi uma ópera, nem nunca escrever na forma do século 19 característica do poema de tom.

Johannes Brahms – Vida

1833 – 1897

Johannes Brahms
Johannes Brahms

Músico alemão. Recebe a primeira instrução musical do seu pai, intérprete de violino, violoncelo e trompa.

Estuda posteriormente composição com Marxsen e piano (instrumento que chega a dominar brilhantemente) com Cossel. Em 1857 obtém um cargo de pianista e diretor de coro na corte de Detmold. Em 1863 transfere-se para Viena, onde não consegue obter nenhum lugar com remuneração, pelo que se instala como intérprete e compositor livre.

Em 1868 obtém um êxito clamoroso com o seu Requiem Alemão, composição soberba e comovedora que revela um grande maestro. Mantém relações amistosas com Joachim H. von Bülow e, especialmente, com Schumann e a sua mulher, Clara.

A influência de Beethoven sobre Brahms é direta e patente, sobretudo nos quartetos de corda e na primeira sinfonia, não pode dizer-se que a obra deste último é uma continuação da daquele. Melhor dizendo, Brahms representa uma reação pós-romântica que regressa às raízes do Renascimento e do Barroco.

Os seus modelos são preferentemente Bach, Haendel e os polifonistas do século XXI..

As composições de Brahms, que aos seus contemporâneos podem parecer reaccionárias, apresentam uma surpreendente harmonia entre o classicismo da forma e o pathos romântico.

No seu trabalho como compositor cabe distinguir três tonalidades diferentes. A primeira é uma vertente intimista, particularmente transparente na música para piano e nos lieder. A segunda tonalidade é o popular, presente também em certos lieder, nas danças húngaras, nos scherzi das sinfonias, etc. E a terceira é o regresso à tradição luterana que se aprecia no Requiem Alemão, nas obras para coro e orquestra e outras.

Em linhas gerais, a música de Brahms caracteriza-se pelo seu carácter melancólico, pela tensão concentrada, pela aspereza e obscuridade do colorido, pelos ritmos sincopados e pela extraordinária riqueza temática. Nas suas obras para orquestra há uma mistura perturbadora de tensão contida e de paixão exaltante, de severidade clássica e de fugazes momentos de fervor lírico. Todos estes elementos ficam enquadrados por um sentido da forma que nem sempre se percebe nas primeiras audições.

Brahms cultiva, com excepção da ópera (o fenómeno teatral é-lhe sempre alheio), absolutamente todos os géneros musicais. Entre as suas obras para orquestra destacam-se as quatro Sinfonias, Variações sobre Um Tema de Haydn, Concerto para Violino, Duplo Concerto para Violino e Violoncelo, etc.

Obras para orquestra e coro são o Requiem Alemão, Rinaldo e O Canto das Parcas (estas duas últimas obras com texto de Goethe), Canção do Destino (com texto de Hölderlin), Nanie (com texto de Schiller), etc.

No campo da música de câmara sobressaem os dois Sextetos de Corda, quatro Quintetos (entre eles, um para piano e outro para clarinete), três Quartetos de Corda, três Quartetos para Piano, quatro Trios para Piano, duas Sonatas para Violoncelo, três Sonatas para Violino e duas Sonatas para Clarinete. Finalmente, entre as composições para piano há que citar três Sonatas, quatro Baladas, rapsódias, valsas, caprichos, intermédios, fantasias, estudos, variações sobre temas de Paganini, Schumann, Haendel e outros.

A este conjunto há que acrescentar diversas peças para órgão e para coro, vinte duetos e uns duzentos lieder.

Johannes Brahms – Biografia

Johannes Brahms
Johannes Brahms

Brahms nasceu no dia 7 de maio de 1833, em Hamburg, filho de Johan Jacob, músico contrabaixista. O pai que ganhava a vida tocando nos bares nas tavernas da cidade, descobriu os dotes do filho.

Assim quando Brahms completou 7 anos, contratou o excelente professor Otto Cosselpara dar-lhe aulas de piano. Aos 10 anos, fez seu primeiro concerto público, interpretando Mozart e Beethoven.

Logo recebeu convites para tocar nas cervejarias da cidade. Enquanto trabalhava como músico profissional, Bramhs tinha aulas com Eduard Marxsen, regente da Filarmônica de Hamburgo e compositor, que lhe deu as primeiras noções de composição. Foi trabalhando na noite que conheceu Eduard Reményi, violinista húngaro que havia se refugiado em Hamburgo. Combinam uma turnê pela Alemanha onde conhece Joseph Joachim, famoso violinista. Tornaram-se maiores amigos, assim como Liszt e, principalmente, os Schumann.

Em 1.853 vai para Düsseldorf, onde é recebido Robert e Clara Schumann, que o recomendam aos seus editores. Robert escreve artigo na Nova Gazeta Musical, intitulado “Novos Caminhos”, no qual tratava Brahms como “jovem águia” e de “Eleito”. Quanto à Clara, supõe-se que tiveram um relacionamento amoroso.

Brahms ficou alguns anos viajando pelas cidades da Alemanha, “fixando-se” em duas residências : a de Joachim em Hannover e a de Schumann em Düsseldorf, o que persistiu até 1.856, quando aconteceu a trágica morte de Schumann.

Em 1860, comete um grande erro: assina, junto com Joachime outros dois músicos, um manifesto contra a chamada escola neo-alemã, de Liszt e Wagner, apesar de nunca ter se envolvido em polêmicas.

Em1863, resolve morar em Viena. Lá seu primeiro emprego foi como diretor da Singakademie, onde regia o coro e elaborava os programas. Apesar do relativo sucesso que obteve, pediu demissão em um ano, para poder dedicar-se à composição, passando a sustentar-se apenas com a edição de suas obras e com seus concertos e recitais.

Foi a partir da estréia do Réquiem Alemão, em 1868, que Brahms começou a ser reconhecido como grande compositor. Em 1872, foi convidado para dirigir a Sociedade dos Amigos da Música, a mais célebre instituição musical vienense, onde se manteve até 1875.

No ano seguinte estréia sua Primeira Sinfonia. Foi um grande sucesso de Brahms, ficou marcado como sucessor de Beethoven, tendo sua sinfonia recebido o apelido de Décima, em virtude da 9ª sinfonia de Beethoven. Os anos que se seguem na vida do compositor são tranqüilos, marcados pela solidão (manteve-se solteiro), pelas estréias de suas obras, pelas longas temporadas de verão e pelas viagens

Brahms dedicou-se a todas as formas de composição musical, exceto bale e ópera, que não lhe interessavam – seu domínio era realmente a música pura, onde reinou absoluto em seu tempo. Em 1890, após concluir o Quinteto de Cordas op. 111, decide parar de compor e até preparar um testamento. Mas não ficaria muito tempo longe da atividade. No ano seguinte, encontra-se com o clarinetista Richard Mülhfeld. Encantado como o instrumento, escreve inúmeras obras de câmara para clarinete.

Sua última obra publicada foi o ciclo Quatro Canções Sérias, onde praticamente despede-se da vida. Brahms morreu em 3 de abril de 1897.

Sua obra representa a fusão da expressividade romântica com a preocupação formal clássica, em numa época onde a vanguarda estava com a música programática de Liszt o cromatismo wagneriano.

Brahms dedicou grande parte de sua obra ao piano, principalmente na juventude e na velhice.

Como suas obras juvenis, temos: três Sonatas (em Fá Sustenido Maior, Dó Maior e Fá Menor).

Os estudiosos dividem sua obra em quatro fases. A primeira é a juventude, onde apresenta um romantismo exuberante e áspero, como no primeiro Concerto para Piano.

Ela vai até 1855.

A segunda corresponde à fase de consolidação como compositor, que culmina no triunfo do Réquiem Alemão, em 1868, onde demonstra o gosto pela música de câmara e pelo estudo dos clássicos.

A terceira fase é da maturidade, das obras sinfônicas e corais. Brahms atinge a perfeição formal e grande equilíbrio. O último período começa em 1890. As obras tornam-se mais simples e concentradas, com destaque para a música de câmara e pianística, como ” O Quinteto” para Clarinete”.

Brahms revelou-se um mestre no gênero variação. O primeiro conjunto publicado foi a das Dezesseis Variações sobre um Tema de Schumann, escritas em 1854. Foi com as 25 variações da Fuga sobre um Tema de Handel que Brahms atingiu o máximo nesse campo. Outras obras-primas são os dois grupos de Variações sobre um Tema de Paganini, e as Variações sobre um Tema de Haydn, para dois pianos.

A Música de Câmara foi o gênero brahmsiniano por excelência Destacam-se o ardente Trio op. 8, que seria revisado 35 anos mais tarde, o Sexteto de Cordas no. 1 e o Quarteto para Piano op. 25. Composto já no final da vida, o Quinteto de Cordas op. 111, considerado perfeito pelo compositor, é mais vigoroso e alegre. Após o Opus Brahms queria abandonar a composição, o que acabou por não acontecer. Ele comporia mais quatro obras dedicadas ao clarinete.

No campo da Sonata de Câmara, Brahms compôs três grandes sonatas para violino e piano e duas sonatas para violoncelo e piano. Entre tantas outras, compôs a Sonata para Clarinet e Piano- Opus Nº 1 em Fá que você poderá ouvir dando um clique. . A composição que você deve ter ouvido ao entrar nessa página chama-se Valse-nº15b-. Brahms foi um grande compositor de canções. Entre as mais conhecida temos Romanzen aus Magelone e as Quatro Canções Sérias, sendo esta última sua obra derradeira. Na música coral de Brahms, destacam-se o Réquiem Alemão, sua obra mais famosa, a Canção do Destino e a Rapsódia para Contralto.

Brahms levou relativamente um longo tempo para compor suas obras orquestrais: Concerto para Piano no. 1, as duas Serenatas, opus 11 e 16, entre outras. Mas foram as Variações sobre um Tema de Haydn em sua versão orquestral que realmente impulsionaram Brahms no gênero abriram terreno para sua Primeira Sinfonia. A Quarta Sinfonia é a mais conhecida delas.

Além das sinfonias, Brahms escreveu também duas Aberturas ( Abertura Festival do Acadêmico) e concertos (Concerto paraViolino ). Sendo que a última obra orquestral de Brahms é o Concerto Duplo, para Violino e violancelo.

Johannes Brahms – Compositor

1833-1897

Johannes Brahms
Johannes Brahms

Johannes Brahms nasceu em Hamburgo (Alemanha) em 7 de maio de 1833. De origem humilde, era filho de Johann Jacob Brahms (1807-1872), um contrabaixista de orquestras populares e de Johanna Henrika Nissen (1790-1865). Com dez anos de idade já executava concertos musicais, revelando-se ao público como pianista prodígio. Passou a mocidade em extrema pobreza, tocando para comer, em tavernas de marujos.

Estudou seriamente a arte musical com o mestre Marxsen, defensor fervoroso dos clássicos.

Fez uma primeira turnê como acompanhante do grande violinista húngaro Joseph Joachim: visitou Liszt em Weimar e, em 1853, em Düsseldorf, conheceu Clara e Robert Schumann.

Brahms entregou algumas composições a Schumann, que ficou entusiasmado, apresentando o jovem de vinte anos ao público como grande esperança da música alemã. Apaixonou-se por Clara e tornou-se amigo íntimo do casal, mas não se casou com ela depois da morte de Schumann (1856).

Brahms encarregou-se da responsabilidade de defender a arte de Haydn, Mozart e Beethoven contra as novas tendências representadas por Liszt e Wagner: a música absoluta contra a música de programa e o drama musical. Não dispondo do talento literário de Wagner, Brahms não venceu. Mas conquistou, graças ao apoio do crítico Eduard Hanslick, o favor dos conservadores, que, na Alemanha e na Inglaterra, muito o honraram. Foi músico residente do príncipe Detmold (1857), e tentou em vão obter a regência dos Concertos Filarmônicos de Hamburgo.

Em 1863 fixou residência em Viena, cuja vida musical dominou durante trinta anos, levando vida pacata de solteirão e burguês abastado.

Tornou-se diretor de associações musicais: Academia de Canto (1863) e Associação dos Amigos da Música (1872).

A primeira audição completa de Um Requiem alemão, em Brema (1868), sob direção do próprio compositor, na presença de Joachim e Clara Schumann, foi provavelmente o maior triunfo de sua carreira. A vida tranqüila em Viena consagrava quase toda a sua atividade à composição, só sendo interrompida por curtas viagens à Alemanha ou Suíça, com fins profissionais ou turísticos.

Universalmente célebre, suas obras eram discutidas em Viena por Hanslick e seus partidários que o contrapuseram aos wagnerianos e a Bruckner, numa absurda rivalidade que Brahms nunca desejou. Apesar de seu aspecto brutal, o músico era um homem sensível, lógico e liberal. Após uma vida inteira de saúde robusta, Brahms morreu em Viena, em 3 de abril de 1897, aos sessenta e quatro anos, vítima de um cancro no fígado. No funeral, o seu editor Simrock e o compositor Dvorak seguraram as fitas da mortalha.

Estilo

Brahms foi o último dos grandes compositores que deixaram obra imensa. Com exceção da música sacra e da ópera, cultivou todos os gêneros, sobretudo a música instrumental, sem quaisquer associações literárias. Contemporâneo de Wagner e tendo ainda assistido aos inícios de Mahler e Debussy, é Brahms um ortodoxo da música absolutista, mantendo-se dentro dos limites do desenvolvimento temático de Beethoven. Foi, por isso, chamado de formalista, cuja música seria incapaz de sugerir emoções mais fortes. É nesse sentido que Nietzsche e os críticos wagnerianos franceses lhe condenaram a arte.

Na verdade, hoje geralmente reconhecida, é Brahms um romântico que conseguiu dominar a sua emocionalidade pela adoção das formas severas do classicismo vienense, do qual ele é o último grande representante.

Mas, embora passando a vida em Viena, sempre ficou fiel às suas origens: é homem nórdico (o maior compositor do norte alemão) e a melancolia sombria do folclore de sua terra sempre está presente em sua obra.

Evolução

Partindo do romantismo de Schumann, Brahms submeteu-se à disciplina da arte de Beethoven. Mais tarde seu ideal artístico foi a síntese desse classicismo beethoveniano e da polifonia de J.S.Bach. Chegou a destruir grande parte das obras românticas da mocidade, de modo que a sua primeira obra plenamente realizada é o Concerto para piano n.º 1 em ré menor (1854), ainda muito tempestuoso, embora já tenha sido mais clássica a Sonata para piano em fá menor Op. 5 (1852), talvez a mais importante sonata para piano escrita depois de Beethoven.

O romantismo e o folclore nórdico ainda se sentem no Quarteto para piano em fá menor Op. 34 (1864), talvez a mais impressionante obra de música de câmara do compositor, e em numerosos lieder, gêneros de que Brahms foi mestre: Do amor para sempre (1868), Solidão no campo, Noite em maio (1868), No cemitério (1886) e muitos outros. Já liberta de romantismo apresenta-se a maior obra coral do compositor, Um Réquiem alemão (1857), obra inspirada mais em J.S.Bach que em Händel. Da mesma seriedade profunda é a Rapsódia (1869) para contralto, coro e orquestra, cuja letra é um poema de Goethe.

Sinfonias e concertos

Brahms hesitou muito antes de tentar escrever uma sinfonia. Preparou o terreno da arte orquestral com as Variações sobre um tema de Haydn (1873), em que encerrou com surpreendentes artes contrapontísticas. Veio, depois, a Sinfonia n.º 1 em dó menor (1876), que Hans von Bülow considerava digna de ser chamada “a décima de Beethoven”. Foi seguida pela Sinfonia n.º 2 em ré maior (1877) e Sinfonia n.º 3 em fá maior (1883). Grandes sinfonias em que se destaca um instrumento solista também são o Concerto para violino em ré maior Op. 77 (1878) e o Concerto para piano n.º 2 em si bemol maior (1881).

Música de câmara

De riqueza extraordinária é a música de câmara de Brahms.

As Sonatas para piano e violino (3), de grande encanto melódico, já bastaram para desmentir a lenda do formalismo seco do mestre. Mais austeros são, porém, os trios e os quartetos e, sobretudo, os grandes Quinteto para cordas em fá maior (1882) e Quinteto para cordas em sol maior (1890).

Piano e últimas obras

Muito diferente é a obra pianística de Brahms. Não escreveu mais sonatas, depois daquela Op. 5. Voltou ao piano só nos últimos anos de vida, com dois cadernos de Fantasias (1891-1892) e os Intermezzos (3) (1892), que são de um romantismo fantástico. O mesmo estado de alma também domina um dos movimentos do Quinteto para clarineta em si menor (1892), uma das maiores obras de Brahms.

Mas só esse movimento, pois os outros pertencem à última fase do mestre, que é severamente bachiana. São desse estilo a Sinfonia n.º 4 em mi menor (1885), que termina com uma grandiosa ciaccona (ou passacaglia) e Quatro canções sérias (1896), sobre versículos bíblicos, de um pessimismo sombrio.

O pessimismo de Brahms, menos filosófico mas mais intransigente que o de Wagner, o folclorismo do mestre e o inconfundível fundo romântico de sua forma severa bastam para desmentir a interpretação errada de sua arte como burguesa. No entanto, depois da morte de Brahms, essa opinião errônea prevaleceu, principalmente graças ao wagnerismo da crítica musical francesa. Durante muitos anos foi a música de Brahms recusada pelo público (menos na Inglaterra).

Mas, nos últimos decênios, sua arte venceu. Brahms é hoje um dos compositores mais executado nos concertos, e isso no mundo inteiro.

Esse fato é de grande importância: pois se trata de um caso de arte extremamente séria, sem concessões ao público, e já se disse que a popularidade (ou não) da música de Brahms é um índice da capacidade de sobrevivência da civilização.

Johannes Brahms – Obras

No dia 7 de Maio de 1833, na cidade de Hamburgo, Alemanha, nasceu Johannes Brahms, compositor que não ficou limitado pela fronteira territorial alemã, mas que, num século de nacionalismos, criou uma vasta obra musical que em tudo traduz a alma e o sentimento germânico e se pauta por um carácter universal.

As obras de Brahms são das mais tocadas nas grandes salas de concertos em toda a parte, sendo dos compositores que mais obras gravadas tem em todas as etiquetas discográficas.

Em países com tradições musicais tão diversificadas, como na Inglaterra, Itália, Estados Unidos e França, as suas composições tiveram estreias calorosas, ao longo da sua vida e, um século volvido, ainda fazem parte dos repertórios de qualquer solista que se preze, dos melhores grupos de câmara e das mais prestigiadas orquestras mundiais, sempre com enorme sucesso.

O carácter universal da obra de Johannes Brahms resulta do seu grande interesse pela tradição musical europeia e pelas composições de Bach e de Beethoven, não faltando um apurado gosto pela sua época.

Devido à expressão emotiva, as obras de Brahms inserem-se no mais puro sentido da estética romântica e nunca escreveu uma nota de música com intenção de revolucionar a linguagem musical. Esta forma de atuar valeu-lhe severas críticas de musicólogos e críticos que o consideravam um académico tardio.

De fato, as suas primeiras obras revelam a influência dos românticos Mendelssohn e Schumann, progredindo no sentido do classicismo, sendo considerado defensor da música pura, contrária à música de programa.

O grande público com as magistrais obras de Brahms: as quatro sinfonias; os dois concertos para piano; o concerto para violino; as aberturas orquestrais e as “Danças húngaras”, as sonatas, as baladas, as variações, os “intermezzi” e os caprichos para piano; o “Requiem alemão” e a rapsódia para contralto; a numerosa música de câmara, entre a qual se destacam as sonatas para violino e piano, os três quartetos de cordas, os dois sextetos, o quinteto com clarinete, o quinteto com piano, entre tantas outras sonatas, trios e quartetos, além das extraordinárias canções – “Lieder” – que nos legou.

Há 101 anos, mais precisamente no dia 3 de Abril de 1897, na cidade de Viena, morria um dos compositores mais proeminentes do século XIX.

A cidade onde Brahms passou a segunda metade da sua vida, chorou a sua morte com profundo pesar.

Fonte: www.luteranos.com.br/www.angelfire.com/www.falamedemusica.net/www.classicos.hpg.ig.com.br/www.vidaslusofonas.pt

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