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Nascimento: 24 de junho de 1820, Itaboraí, Rio de Janeiro.
Falecimento: 11 de maio de 1882, Rio de Janeiro.
Joaquim Manuel de Macedo – Vida
Joaquim Manuel de Macedo
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em 24 de junho de 1820 e faleceu em 11 de abril de 1882, no Rio de Janeiro, quase esquecido e na maior pobreza.
Formou-se em Medicina em 1844, ano em que estreou na literatura com o famoso romance “A Moreninha” até hoje sucessivamente reeditado. Casou-se com a prima-irmã do poeta Alvares de Azevedo.
Joaquim Manuel Macedo foi jornalista, político militante e professor de História e Coreografia do Brasil no Colégio Pedro, II. Sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico. Brasileiro, desde 1845. Deputado à Assembléia Provincial do Rio de Janeiro e deputado geral (legislatura 1864-68 e 1878-81) como representante do partido liberal. Ligou-se por laços de amizade à Família Imperial, tanto que foi professor dos filhos da Princesa Isabel.
Romancista, poeta, autor dramático, é fecunda a sua obra. Abusou do derramamento sentimental do gosto popular, daí seu enorme sucesso. É reputado bom cronista do Rio antigo, sendo um dos patronos da Academia Brasileira de Letras.
Joaquim Manuel Macedo é um dos fundadores do romance no Brasil e um dos criadores do teatro brasileiro.
Descreveu com senso de – observação a vida familiar e os usos e costumes da sociedade carioca de seu tempo: as cenas triviais da rua os preconceitos da sociedade, as festas, – os saraus familiares, as conversas de comadre, as pequenas Intrigas, os ingênuos ciúmes, os namoros piegas de estudantes os quais sempre acabavam em feliz casamento.
Preocupou-se antes com a pintura realista do ambiente social que com o mundo íntimo das personagens. Seus dramas, todos escritos em verso, são artificiais e enfáticos, suas comédias são mais importantes como documentos da sociedade da época. Estilo leve, atraente e vivo, e a linguagem é corrente, simples, clara, mas nem sempre correta.
0 romance “A Moreninha” apreciadíssimo na época, ainda hoje é lido com prazer, pelas qualidades Indiscutíveis que encerra: graça, simplicidade, Ingenuidade e saborosa cor local. Não se esmerava o escritor em arabescos de linguagem à moda de Coelho Neto; a sua é simples e corrente.
Seus livros têm sobretudo o sabor da juventude estudantil, diz tudo de maneira deliciosa, buscando através da sua prosa levar o leitor para – o paraíso de sua imaginação. Seus livros podem ser lidos sem censura. Durante mais de trinta anos atraiu a atenção da cidade do Rio de Janeiro. Na opinião de José Cretella Júnior é o fundador do romance brasileiro.
Publicado em 1844, A Moreninha tornou-se o introdutor da ficção romântica em nossa literatura, e deu margem a uma série de obras congêneres que acabaram sugerindo a outros ficcionistas (como Alencar e Machado de Assis) um processo romanesco apenas superado pelo Realismo.
Joaquim Manuel de Macedo – Biografia
Joaquim Manuel de Macedo
Joaquim Manuel de Macedo nasceu em Itaboraí, 1820, e faleceu no Rio de Janeiro, 1882.
Formou-se em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, mas não chegou a exercer a profissão.
Autor do primeiro romance urbano do Brasil, A Moreninha (1844), que obteve um estrondoso sucesso entre os leitores da classe média, dedicou parte de seu tempo escrevendo outros romances que seguiam os moldes do primeiro, além de peças de teatro e outros gêneros literários, acabando por consolidar sua popularidade enquanto escritor.
Também foi jornalista e deputado, eleito várias vezes pelo Partido Liberal.
Exerceu também o magistério, sendo professor de História do Brasil no Colégio D. Pedro II, além de preceptor dos netos do imperador.
Nos últimos anos de sua vida, veio a sofrer de alguns problemas mentais, vindo a falecer na capital.
Características Literárias
Autor do primeiro romance urbano do Romantismo brasileiro, Joaquim Manuel de Macedo teve também o mérito de popularizar esse novo gênero entre os leitores, principalmente da classe média, além de contribuir para propagar de forma considerável a circulação dos folhetins, verdadeiros veículos literários do século XIX.
Mais do que isso, a fidelidade com que o romancista descreve os ambientes e costumes serve como um verdadeiro documentário sobre a vida urbana na capital do Império.
No entanto, Macedo pecou ao ter como único objetivo escrever seus romances para agradar a classe média brasileira, principal consumidora dos folhetins. Suas publicações seguem sempre a mesma fórmula empregada em A Moreninha, que o consagrou como um dos escritores mais lidos do Romantismo.
Suas narrações e descrições, apesar de possuírem uma linguagem muitas vezes bem elaborada, perde em muito para o lirismo encontrado nas obras de José de Alencar.
Suas personagens são sempre superficiais, com diálogos construídos numa linguagem simples. Não possuem uma penetração psicológica.
O enredo sempre gira em torno dos mesmos temas: amores impossíveis, dúvidas e segredos, namoricos, festas, brincadeiras estudantis, entre outros.
Tudo é recheado por um tom doméstico, onde todas as tramas sempre convergem para um final feliz.
PRINCIPAIS OBRAS
Romance
A Moreninha (1844); O Moço Loiro (1845); Os Dois Amores (1848); Rosa (1849); Vicentina (1853); O Forasteiro (1856); Os Romances da Semana- contos (1861); O Culto do Dever(1865); Memórias do Sobrinho de meu Tio (1868); A Luneta Mágica (1869); O Rio do Quarto(1869); Nina (1869); As Vímitas Algozes (1869); A Namoradeira (1870); Mulheres de Mantilha (1871); Um Noivo e Duas Noivas (1971); Os Quatro Pontos Cardeias e A Misteriosa (1872); A Baronesa do Amor (1876).
Teatro
O Cego (1849); Cobé (1852); O Fantasma Branco (1856); O Primo da Califórnia (1858); A Carteira do meu Tio (1855); O Sacrifício de Isaac e Amor e Pátria (1859); Luxo e Vaidade (1860); O Novo Otelo (1860); A Torre em Concurso (1861); Lusbela (1862); Romance de uma Velha (1870); Remissão dos Pecados (1870); Cincinato Quebra-Louça (1871); Vingança por Vingança (1877); A Moreninha (1877); Antonica da Silva (1880).
Poesia
A Nebulosa, Poema-Romance (1857).
Vários
Um Passeio pela Cidade do Rio de Janeiro (1862-1863); Memórias da Rua do Ouvidor (1878); Ano Biográfico Brasileiro (1876).
Joaquim Manuel de Macedo – Escritor
Joaquim Manuel de Macedo
Joaquim Manuel de Macedo foi o primeiro escritor romântico de grande repercussão no Brasil, um dos mais lidos autores nacionais, segundo alguns críticos.
Mas não foi a literatura sua única, nem primeira ocupação.
Formado em medicina, exerceu também inúmeras atividades entre 1844 e 1882: além dos diversos romances e peças teatrais que escreveu, foi articulista em diversos jornais, membro de instituições culturais, censor teatral e político. Enfim, participou ativamente da vida intelectual e política do Segundo Reinado.
Nascido em 24 de junho de 1820, na Vila de São João de Itaboraí, na província do Rio de Janeiro, Macedo era, contudo, de origem modesta, filho de Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição. Após passar a infância em Itaboraí, transferiu-se para a Corte a fim de realizar os exames para ingressar na Faculdade de Medicina. Foi ao longo desse curso que Macedo se interessou pelas letras, atraído pelo Romantismo, gênero literário recém-chegado ao Brasil e que, naquele momento, coincidia com o projeto das elites políticas de construção da identidade nacional. Em 1844, Macedo defendeu, com êxito, a sua tese de conclusão de curso, Considerações sobre a nostalgia, mas só atuou como médico durante um curto período, em sua cidade natal, clinicando principalmente para as camadas mais baixas da população, que passaram a chamá-lo carinhosamente de “Doutor Macedinho”.
Naquele mesmo ano, Macedo publicou seu primeiro livro: A Moreninha, que logo se tornou sucesso de público e crítica, seria o grande marco de sua trajetória como escritor. Seu mais conhecido romance inaugurou a voga do romance nacional, tendo constituído, assim, uma pequena revolução literária. Alguns estudiosos consideram que a heroína do livro é uma personificação da sua namorada, e futura mulher, Maria Catarina de Abreu Sodré, prima-irmã do poeta Manuel Antônio Álvares de Azevedo.
Dentre suas múltiplas atividades, Macedo atuou no magistério, a partir de 1849, como professor de História do Brasil e de Corografia no Imperial Colégio Pedro II, tendo produzido compêndios de história do Brasil que foram utilizados até o início do século XX. Através dessa atividade, o escritor conseguiu aproximar-se da família imperial, exercendo a função de professor dos filhos da princesa Isabel. Na imprensa, escreveu para diversos jornais e revistas, como o Jornal do Commercio, Minerva Brasiliense, Ostensor Brasileiro, A Reforma e Semana Ilustrada, além de ter fundado, em 1849, com Gonçalves Dias, Gonçalves Magalhães, Fernandes Pinheiro e Araújo Porto Alegre, a Revista Guanabara, em que publicou seu poema-romance A Nebulosa, considerado por alguns críticos um dos melhores do Romantismo brasileiro. Participou, também, da vida política fluminense escrevendo no jornal A Nação, do Partido Liberal, pelo qual foi eleito em diferentes oportunidades – para a Assembléia Provincial do Rio de Janeiro, em 1854, e para a Assembléia Geral Legislativa, nos anos de 1864/1866, 1867/1868 e 1878/1881. Político atuante, Macedo serviu ao partido com lealdade e firmeza de princípios, como apontam seus discursos parlamentares. Interessado também em teatro, ele foi membro do Conselho do Conservatório Dramático do Rio de Janeiro, escreveu muitos dramas e comédias, como O primo Califórnia e Uma pupila rica, e incentivou companhias e sociedades teatrais. No entanto, com exceção de algumas poucas comédias, a grande maioria de suas peças não chegou a ser encenada.
Em 1845, entrou para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) como membro efetivo, participando do momento fundador da historiografia brasileira.
Eleito por unanimidade, Macedo foi um dos poucos que ingressaram no instituto com menos de vinte e cinco anos.
O escritor ocupou diversos cargos nos 37 anos em freqüentou o instituto, com destaque para o de 1º Secretário e Orador, tornando-se um dos sócios mais ativos de seu tempo: além dos relatórios, orações fúnebres e pareceres presentes nas revistas do instituto, Macedo possui um artigo que questiona pontos da história do Brasil – Dúvidas sobre alguns pontos da História do Brasil.
Macedo foi, ainda, membro da Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional, do Conselho Diretor de Instrução Pública na Corte e Comendador da Ordem da Rosa e de Cristo. Na Academia Brasileira de Letras (ABL) é o patrono da cadeira número 20.
Em 11 de abril de 1882, depois de sofrer durante dois anos de uma doença que, dizem alguns biógrafos, era de origem mental, Joaquim Manuel de Macedo faleceu em Itaboraí.
Um dos fundadores do romance brasileiro, o escritor é, ao lado de José de Alencar, célebre expoente desse gênero no Brasil. Sua grande popularidade àquela época devia-se ao tom ameno, moralizante, e às intrigas amorosas vividas por personagens sentimentais, bem ao gosto dos leitores de então. Suas histórias retratavam aspectos da vida da Corte na segunda metade do século XIX, descrevendo minuciosamente e com simplicidade de estilo os costumes e o cotidiano da sociedade fluminense. Muito popular, Macedo publicou vários de seus romances sob a forma de folhetim e, assim, adentrou em todos os lares em que se cultivava a leitura, tornando-se um escritor muito querido do público e estimado até mesmo pela família imperial.
Todo esse afeto, que o público dedicava a Macedo, ele retribuiu com crônicas memoráveis sobre a cidade do Rio de Janeiro – Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro e Memórias da Rua do Ouvidor – que são lidas, até hoje, com interesse e que o consagraram, também, como um dos primeiros memorialistas cariocas.
Joaquim Manuel de Macedo – Jornalista
Joaquim Manuel de Macedo, jornalista, professor, romancista, poeta, teatrólogo e memorialista, nasceu em Itaboraí, RJ, em 24 de junho de 1820, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1882. É o patrono da Cadeira n. 20, por escolha do fundador Salvador de Mendonça.
Era filho do casal Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição. Formado em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, clinicou algum tempo no interior do estado do Rio. No mesmo ano da formatura (1844), publicou A Moreninha, que lhe deu fama instantânea e constituiu uma pequena revolução literária, inaugurando a voga do romance nacional. Alguns estudiosos consideram que a heroína do livro é uma clara transposição da sua namorada, e futura mulher, Maria Catarina de Abreu Sodré, prima-irmã de Álvares de Azevedo. Em 1849, fundou com Araújo Porto-Alegre e Gonçalves Dias a revista Guanabara, onde apareceu grande parte do seu poema-romance A Nebulosa, que alguns críticos consideram um dos melhores do Romantismo.
Voltou ao Rio, abandonou a medicina e foi professor de História e Geografia do Brasil no Colégio Pedro II. Era muito ligado à Família Imperial, tendo sido professor dos filhos da princesa Isabel. Militou no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares. Foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-59) e deputado geral (1864-68 e 1873-81). Membro muito ativo do Instituto Histórico (desde 1845) e do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866). Nos últimos anos, sofreu de decadência das faculdades mentais, falecendo antes de completar 62 anos.
Foi ativa e fecunda a sua carreira intelectual nas várias atividades que exerceu. Um dos fundadores do romance brasileiro, foi considerado em vida uma das maiores figuras da literatura contemporânea e, até o êxito de José de Alencar, o principal romancista. O memorialista ainda é lido com interesse nas Memórias da rua do Ouvidor e Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Foi no romance, entretanto, que Macedo conseguiu perdurar. Suas histórias evocam aspectos da vida carioca na segunda metade do século XIX, com simplicidade de estilo, senso de observação dos costumes e da vida familiar.
Algumas obras: A Moreninha (1884); O moço louro (1845); Os dois amores (1848); Rosa (1849); Vicentina (1853); O forasteiro (1855); duas sátiras político-sociais: A carteira de meu tio (1855) e Memórias do sobrinho do meu tio (1867-68); As mulheres de mantilha (1870) e vários outros romances. Para o teatro, escreveu 16 peças, das quais 14 foram à cena em vida do autor, com aplauso da platéia. E a crítica, tanto a atual como a do século passado, é quase unânime em reconhecer que no teatro está a melhor parte de sua obra.
Biografia
Joaquim Manuel de Macedo, jornalista, professor, romancista, poeta, teatrólogo e memorialista nasceu em Itaboraí, RJ, em 24 de junho de 1820, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 11 de abril de 1882. É o patrono da Cadeira n. 20, por escolha do fundador Salvador de Mendonça.
Era filho do casal Severino de Macedo Carvalho e Benigna Catarina da Conceição. Formado em Medicina pela Faculdade do Rio de Janeiro, clinicou algum tempo no interior do estado do Rio. No mesmo ano da formatura (1844), publicou A Moreninha, que lhe deu fama instantânea e constituiu uma pequena revolução literária, inaugurando a voga do romance nacional. Alguns estudiosos consideram que a heroína do livro é uma clara transposição da sua namorada, e futura mulher, Maria Catarina de Abreu Sodré, prima-irmã de Álvares de Azevedo. Em 1849, fundou com Araújo Porto-Alegre e Gonçalves Dias a revista Guanabara, onde apareceu grande parte do seu poema-romance A Nebulosa, que alguns críticos consideram um dos melhores do Romantismo.
Voltou ao Rio, abandonou a medicina e foi professor de História e Geografia do Brasil no Colégio Pedro II. Era muito ligado à Família Imperial, tendo sido professor dos filhos da princesa Isabel. Militou no Partido Liberal, servindo-o com lealdade e firmeza de princípios, como o provam seus discursos parlamentares. Foi deputado provincial (1850, 1853, 1854-59) e deputado geral (1864-68 e 1873-81). Membro muito ativo do Instituto Histórico (desde 1845) e do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866). Nos últimos anos, sofreu de decadência das faculdades mentais, falecendo antes de completar 62 anos.
Foi ativa e fecunda a sua carreira intelectual nas várias atividades que exerceu. Um dos fundadores do romance brasileiro foi considerado em vida uma das maiores figuras da literatura contemporânea e, até o êxito de José de Alencar, o principal romancista. O memorialista ainda é lido com interesse nas Memórias da rua do Ouvidor e Um passeio pela cidade do Rio de Janeiro. Foi no romance, entretanto, que Macedo conseguiu perdurar. Suas histórias evocam aspectos da vida carioca na segunda metade do século XIX, com simplicidade de estilo, senso de observação dos costumes e da vida familiar.
Algumas obras:
A Moreninha (1884)
O moço louro (1845)
Os dois amores (1848)
Rosa (1849)
Vicentina (1853)
O forasteiro (1855)
Duas sátiras político-sociais:
A carteira de meu tio (1855) e Memórias do sobrinho do meu tio (1867-68)
As mulheres de mantilha (1870) e vários outros romances.
Para o teatro, escreveu 16 peças, das quais 14 foram à cena em vida do autor, com aplauso da platéia. E a crítica, tanto a atual como a do século passado, é quase unânime em reconhecer que no teatro está a melhor parte de sua obra.
Fonte: virtualbooks.terra.com.br/www.biblio.com.br/www.nilc.icmc.usp.br
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