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Nascimento: 11 de julho de 1836, Campinas, São Paulo, Brasil
Morte: 16 de setembro de 1896
Carlos Gomes – Vida
A Ópera brasileira foi dominada por Antonio Carlos Gomes, o compositor de ópera de maior sucesso das Américas no século 19.
Carlos Gomes ganhou fama internacional com sua ópera O Guarani (produzido em Milão em 1870), que teve um libreto pitoresca retratando heróis indianos e incorporação de danças indígenas estilizados.
Carlos Gomes
O compositor brasileiro Carlos Gomes nasceu em Vila São Carlos (arredondamento de Campinas), estado de São Paulo.
O seu avô paternal era filho putativo dum emigrante espanhol e da sua escrava africana, a sua avó era índia guarani. O seu pai Manoel Gomez, regente de fanfarra, casou-se com Fabiana Jaguari Cardoso, meio índia, meio portuguesa.
Tiveram dois filhos. Ambos eram músicos profissionaes. Manoel Gomez era o primeiro professor dos seus filhos.
Carlos Gomes compôs a sua primeira obra aos 18 anos: uma Missa conventual para uma igreja de Vila São Carlos, antes de partir para Rio de Janeiro, onde estudou com um professor italiano.
Em 1860 compôs duas cantatas.
Obteve a medalha de ouro do imperador Dom Pedro II que o nomeou Diretor de orquestra e regente do Teatro de ópera.
Compôs a sua primeira ópera A noite do castelo em 1861 bem recebida no Teatro fluminense no Rio de Janeiro. O imperador concedeu-lhe o título do Cavaleiro da ordem de rosa. A segunda pera de Carlos Gomes “Joana de Flandres” conheceu o mesmo sucesso em 1863. Obteve um apanágio imperial por aperfeiçoar os seus conhecimentos na Europa.
Desembarcou no Portugal, visitou a França e estabeleceu-se na Itália, em Milão, onde compôs duas operetas, cujas árias tornaram-se canções populares, um poema sinfónico, muitas obras de música de câmara e seis óperas.
Em 1868 construiu uma mansão nos arredores de Lecco (província de Génova) baptisada Villa Brasília, cercada de árvores tropicais e de camélias, muito admirada pelos seus ilustres visitadores.
No ano seguinte, Carlos Gomes compôs a sua primeira obra prima, “O guarani” (Il Guarany em italiano), inspirada pelo romance homónimo, publicado em folhetins em 1857, do escritor romântico cearense José de Alencar (1829–1877), deputado e ministro da justiça antes de magoar com o imperador Dom Pedro II e abandonar a carreira política.
O amor trágico do Peri e da Cecília, a música verbal da prosa hamoniosa, cadenciada, bem ritmada do grande escritor brasileiro, impulsada pelas obras do iniciador do romantismo francês, François-René de Chateaubriand (1768–1848): Gênio do cristianismo (1802), sobretudo episódios “René” e “Atala”, afetou a sensibilidade artística de Carlos Gomes, incitou-o a traduzir em linguagem musical de espírito italiano o conteúdo do seu romance “O guaran” com as palavras italianas. (“Peri tinha falado com o tom inspirado que dão as crenças profundas; com o entusiasmo das almas ricas de poesia e sentimento. Cecília o ouvia sorrindo e bebia uma a uma as suas palavras como se fossem as partículas do ar que respirava; parecia-lhe que a alma de seu amigo, essa alma nobre e bela, se desprendia do seu corpo em cada uma das frases solenes e vinha embeber-se no seu coração que se abria para recebê-la…Então passou-se sobre esse vasto deserto de água e céu uma cena estupenda, um espetáculo grandioso, uma sublime loucura. — trechos da última página do romance de José de Alencar)
O público do famoso teatro la Scala de Milão aclamou a primeira grande ópera do compositor brasileiro em 1870. O grande mestre de ópera italiana Giuseppe Verdi (1813–1901) reconheceu em Carlos Gomes o melhor continuador de seus princípios estéticos, o seu discípulo. Ficou impressionado e exprimiu a sua admiração. O rei Vittorio Emmanuelle nomeou o compositor brasileiro “cavaliere da coroa de Italia, Dom Pedro II concedeu-lhe a “omenda da ordem de rosa”. (Em 1871 Gomes ajuntou o interlúdio Protofonia à partitura da sua ópera, frequentemente interpretado nos concertos de orquestras sinfónicas.)
La Scala de Milão apresentou “Fosca”, a segunda ópera de Carlos Gomes em 1873. Nessa obra Gomes não mudou a sua mentalidade criadora, mas modificou o papel de orquestra, enriqueceu a sua liguagem musical de algumas novas expressões harmónicas obtidas pelas incursões de certos elementos cromáticoas que alegaram novas matrizes e novos efeitos dramáticos aos seus frases, acentos exclamatívos desabituais e conclusões sintácticas originais, susceptíveis de desorientar o público italiáno, habituado às chatezas orquestrais de compositores de óperas nacionais (de Bellini, 1801–1835, por exemplo). Mas, o fiasco da estreia, tornou-se triunfo em 1878.
O compositor francês Charles Gounod (1818–1893) exprimiu publicamente os seus elogios.
O público francês e os críticos aclamaram a obra do compositor brasileiro no teatro de Ópera em Nice em 1880. Notaram a sua destreza técnica e a intensidade da sua força emocional.
“Fosca” é considerada hoje a maior obra do mestre.
O teatro de Génova apresentou em 1874 “Salvatore Rosa”, a terceira ópera de Carlos Gomes, baseada no romance “Masaniello” do escritor francês Charles Jean-Baptiste Jacquet (1812–1880), aliás Eugène de Mirecourt .
Em 1876 regeu em Filadelfia na ocasião do primeiro centenário da independência dos Estados Unidos de América a sua obra de circonstância “Il saluto del Brasile” com grande repercussão.
A quarta ópera do mestre, “Maria Tudor” (1879), inspirada pela obra de Victor Hugo (1802–1885), foi representada 17 vezes em La Scala de Milão.
Em 1889 Carlos Gomes regeu no Rio de Janeiro a sua quinta pera, “O escravo” (Lo Schiavo), dedicada à princesa Isabel.
A sua sexta ópera “Côndor” ou “Odaléa” representada no teatro La Scala em Milão em 1891, não era um grande sucesso.
Carlos Gomes casou-se com a pianista italiana Adelina Peri em 1873. Tiveram cinqo filhos. Três filhos morreram jovens. Separaram-se em 1885. A sua esposa faleceu em 1888. Um filho, Carlos, e uma filha, Itala Mariana Gomes Vaz, sobreviveram o pai. Itala Mariana Gomes Vaz escreveu a biografia do seu pai.
A cantora afamada franco-romena Hériclée (Hericléa) Darclée contribuiu muito aos sucessos de três primeiras óperas de Carlos Gomes na Itália, na Hungria, na Inglaterra.
Ninguém sabia o ano de nascimento de Madame Darclée. Morreu em Milão em 1939 na Fundação Verdi muito idosa. Até 1918 exultava o público de Milão, Roma (estreia de “Tosca” de Giacomo Puccini, 1858–1924) , Trieste, Veneza, Budapeste, São Petersburgo, Londres, Buenos Aires (cantou Tosca em 2001 regida por Arturo Toscanini, 1868–1957) e outras cidades.
Carlos Gomes visitou o Brazil em 1880. Regeu “O escravo”, Fosca” e “Salvatore Rosa”.
A casa editora Riccordi publicou em 1882 em dois cadernos as suas obras de música de câmara.
Em 1893 regeu em Chicago na ocasião do septuagésimo primeiro aniversário da Independência do Brasil um concerto de aberturas, cenas e árias de suas peras. O regente do concerto foi ovacionado, mas o compositor de “O guarani” não teve éxito nos Estados Unidos de América.
O Portugal descobriu a sua primeira grande ópera “O guarani” em 1895 e concedeu-lhe a Comenda de Sant’iago.
Ficou doente na Itália, recusou o posto de diretor do Conservatório de Veneza, aceitou o do Conservatório de Belém, no Pará, porque quis morrer no Brasil. Faleceu no 16 de setembro de 1896 em Belém do Pará.
Após proclamação da República em 1889, a estrela de Carlos Gomes empalideceu no Brasil. Os republicanos exprobraram-lhe favores de Dom Pedro II e da princesa Isabel, os católicos ferventes arguíram as suas simpatias maçónicas. O público do Teatro municipal do Rio de Janeiro não gostou do seu oratório “Colombo” composto para o quadringentésimo aniversário da descoberta de Américas em 1892.
Alguns “modernistas” brasileiros do século XX trataram-no de “operista imbecil”. Mario de Andrade (1893–1945) defendeu-o, demonstrou as suas competências criadoras e apostrofou a sua “brasilidade”. Os musicógrafos contemporâneos brasileiros consideram-no um “verista”. Isso é uma insulta grave. Carlos Gomes não era adepto do movimento demagógico e mercantil de veristas italiános, inciado em 1890 por Pietro Mascagni (1863–1948), inspirados pelos contos realistas e sangrentos do escritor siciliano Giovanni Verga (1840–1922), que não ignorou o naturalismo de escritor francês Émile Zola (1840–1902).
Carlos Gomes era verdista à pura força, discípulo de Giuseppe Verdi, reconhecido publicamente por Guiseppe Verdi em 1870, falava a linguagem musical de Giuseppe Verdi, adepto da semântica tonal de Guiseppe Verdi, mas a sua voz tinha intonações e cores pessoais, acentos líricos e dramáticos originais, locuções e formulações próprias.
Carlos Gomes não teve discípulos no Brasil.
O compositor nicaraguense Luís Delgadillo (Manágua 26.08.1887–Manágua 20.12.1962) talvez seja o único continuador de princípios do mestre brasileiro na América Latina. Luís Delgadillo viveu em Milão de 1906 a 1914, compôs cinqo peras em meio à fúria de veristas italianos, mas ficou fiel à estética de Verdi. A Primeira guerra mundial forçou-o de fugir da Europa. Ensinou no Conservatório de México e no Panamá, depois fundou a Escola de música em Manágua. Deixou 3 sinfonias, 12 sinfonietas, 7 quartetos de cordas, aberturas (homenagens a Debussy e a Schönberg), peças por piano. Luís Delgadillo é certamente o maior compositor da América Central.
” Peri cortou a haste de um íris que se balançava ao sopro da aragem e apresentou a flor à Cecília.
Escuta, disse ele:
Os velhos da tribo ouviram de seus pais que a alma do homem quando sai do corpo, se esconde numa flor, e fica ali até que a ave do céu vem buscá-la e a leva lá, bem longe. É por isso que tu vês o guanumbi (colibri) saltando de flor em flor, beijando uma, beijando outra, e depois batendo as asas e fugindo. (José de Alencar — epílogo do romance “O guarani”)
Carlos Gomes – Compositor
1836-1896
Carlos Gomes, em torno de 50 anos de idade
Primeiro compositor brasileiro a conquistar notoriedade internacional, Antonio Carlos Gomes nasceu em Campinas, São Paulo, a 11 de junho de 1836. Com seu pai, Manuel José Gomes, mestre de banda e pai de 26 filhos de 4 casamentos, aprendeu a tocar vários instrumentos, inclusive o piano, e aos 20 anos ajudava no orçamento familiar dando aulas de música.
O talento para a composição manifestou-se bem cedo: aos 18 estreava sua primeira Missa, dirigindo um conjunto musical da família. Nessa primeira fase, mostrava-se afinado com os primeiros sinais de um estilo musical brasileiro, presente em suas modinhas, entre elas a famosa Quem sabe? e em algumas peças para piano no estilo de música de salão, cujos títulos – A Cayumba, Quilombo, Quadrilha – evidenciam uma tentativa de introduziur no ritmo europeu da polca um certo condimento afro-brasileiro – e nisso ele seria um autêntico pioneiro.
Temperamento difícil, seus freqüentes desentendimentos com a família acabariam por levá-lo a transferir-se primeiro para Santos, aos 25 anos, e daí para o Rio de Janeiro, onde seria contratado como pianista ensaiador da Ópera Nacional e onde comporia sua primeira ópera, A noite no castelo, com libreto em português, estreada com grande êxito no Teatro Lírico em 1861. Dois anos depois estreava uma segunda ópera, Joana de Flandres, obtendo então do Imperador D. Pedro II uma pensão para estudar na Europa. D. Pedro, admirador de Wagner, teria indicado a Alemanha, mas Carlos Gomes, já então mais identificado com a ópera italiana, conseguiu mudar seu rumo para a Itália, graças aos bons ofícios da Imperatriz Teresa Cristina, filha do Rei de Nápoles.
Em Milão, discípulo de Lauro Rossi, diretor do Conservatório, começaria sua fulgurante carreira, iniciada com duas operetas, Se sa minga e Nella luna, cujas melodias foram popularizadas até em realejos. Mas o grande marco de sua carreira seria a ópera O Guarani, com libreto italiano baseado no romance de José de Alencar, estreada com grande êxito no Teatro alla Scala em 1870, aos 34 anos do compositor, com repercussão imediata em toda a Europa.
Num gesto precipitado, no intervalo da estréia, Carlos Gomes venderia por uma soma irrisória os direitos da obra ao editor De Lucca, que ficaria com os lucros a partir de então, restando ao autor apenas as glórias, inclusive o título de Cavaleiro da Coroa de Itália, conferido pelo Rei Vittorio Emanuele.
Sua produção operística incluiria outros quatro títulos: Fosca (1873), Salvator Rosa (1874), Maria Tudor,( 1879) e Lo Schiavo (1889).
Em seu último período de vida compôs ainda o poema vocal sinfônico Colombo para as comemorações do quarto centenário do Descobrimento da América e uma Sonata para cordas, de caráter brilhante e cujo movimento final, O burrico de pau, remete de certa maneira aos albores nacionalistas de sua juventude. A importância de sua produção operística ofuscou o restante de seu catálogo, que inclui duas cantatas, diversas páginas instrumentais da primeira fase e numerosas composições para canto e piano.
No Brasil, viveu um momento de glória quando aqui veio, consagrado na Europa, para apresentar suas três óperas já famosas no Velho Continente – O Guarani, Salvator Rosa e Fosca– no Rio de Janeiro, em Salvador e no Recife. Foi recebido “como um príncipe e como um rei”, como escreveu ao Visconde de Taunay. Mas o apoio que recebeu do Imperador D. Pedro II, que lhe conferiu o título de Grande Dignitário da Ordem da Rosa pelo êxito obtido na estréia de Lo Schiavo no Rio de Janeiro, valeu-lhe o pouco reconhecimento do novo governo republicano, culminando com o seu retorno melancólico ao Brasil em 1895, já padecendo de um câncer de garganta, para dirigir o Conservatório de Música de Belém do Pará, onde morreu a 16 de setembro de 1896.
Considerado o mais importante compositor operístico das Américas e reconhecido como um dos mestres da ópera romântica, Carlos Gomes não teve, até hoje, o tratamento que lhe é devido em seu próprio país, onde os teatros de pera, mantidos pelo poder público, raramente promovem montagens de suas obras– um débito que já se torna secular para com uma das figuras máximas da nossa produção musical.
Carlos Gomes
Óperas:
Colombo
Condor
Fosca
O Guarani
Joanna de Flandres
Maria Tudor
A Noite do Castelo
Salvador Rosa
O Escravo
Minha Campinas
Carlos Gomes – Biografia
Carlos Gomes
Antonio Carlos Gomes nasceu em Campinas, em 11 de julho de 1836. Iniciados os seus estudos com o seu pai, que era chefe de banda em Campinas, cedo começou a compor. No conservatório do Rio de Janeiro estudou com J.Giannini e começou a sua produção operística com as óperas A noite no castelo (1861) e Joana de Flandres (1863), após o que parte para a Itália com pensão concedida por D.Pedro II para se aperfeiçoar.
Em Milão viu os seus primeiros êxitos com as comédias musicais Se sa minga e Nella luna, consolidados com a ópera O guarani (1870), apresentada no Scala de Milão. Seguiram-se depois as óperas Fosca (1873), Salvador Rosa (1874), Maria Tudor (1879), O escravo (1889), O condor (1895). Nomeado diretor do conservatório de Belém, morreu poucos meses depois nesta mesma cidade, em 16 de setembro de 1896.
Carlos Gomes pode ser considerado um dos maiores compositores brasileiros, mas a sua música de belas melodias, moldadas pelo estilo italiano da época (embora com Fosca o quisessem acusar de wagnerismo) não está de modo nenhum dentro das tendências nacionais brasileiras. Ao lado das óperas citadas, podemos colocar ainda a ode Il saluto del Brasile (1876) e a cantata Colombo (1892), escrita para o Festival Colombo.
Carlos Gomes – Maestro
Carlos Gomes
Foi em Campinas, no Estado de São Paulo, que nasceu Antônio Carlos Gomes, em 11 de julho de 1836, na época do Segundo Reinado.
Sendo filho do mestre de música Manuel José Gomes, estudou música em sua terra natal com a supervisão de seu pai e fez sucesso entre as repúblicas estudantis com o Hino Acadêmico e com a modinha Quem sabe?, também em São Paulo, em 1854.
A determinação impulsionou Carlos Gomes a continuar seus estudos no Conservatório de Música, na cidade do Rio de Janeiro. Lá, conheceu D. Pedro II e, amparado pelo Governo Imperial, pôde estudar na Europa, onde consolidaria sua formação musical com o título de Maestro no Conservatório de Milão, em 1866.
Depois de alguns anos, em 1870, Carlos Gomes deu início a brilhante carreira de compositor, estreando a ópera O Guarani no Teatro La Scala, em Milão, na Itália. Pela primeira vez na história, Carlos Gomes conseguiu que a arte brasileira fosse reconhecida na Europa, destacando-se na música e como compositor. Ele viajou o mundo com a ópera O Guarani, realizando temporadas de sucesso. Nesta época, Carlos Gomes teve que administrar sua vida entre Brasil e Europa.
Quando foi proclamada a República, o sonho de Carlos Gomes de ocupar a diretoria do Conservatório de Música foi por água abaixo. Retornou a Milão para estrear O Condor, no La Scala.
Em 1892, numa época conturbada em que enfrentava problemas de depressão e dificuldades financeiras, Carlos Gomes compôs Colombo, que seria seu último trabalho.
Em 1895 chegou ao Pará, onde foi convidado por Lauro Sodré a ocupar a diretoria do Conservatório do Pará, já com a saúde bastante debilitada. Alguns meses depois de ter ocupado o cargo, o maestro e compositor morreu em Belém, em 16 de setembro de 1896, aos 60 anos.
Última foto do maestro Carlos Gomes em vida, poucos dias antes de falecer
Fonte: www.classical-composers.org/www.abmusica.org.br/www.classicos.hpg.ig.com.br
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