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Bartolomeu Bueno da Silva é uma intrépida figura de aventureiro, que se levanta no horizonte do século XVII do Brasil com uma grandeza selvagem e semi-legendária.
Filho de português e de índia.
Nasceu na capitania de S. Paulo, e partilhou com os seus patrícios a indomável sede do ouro que tantos crimes e tantas façanhas inspirou.Em 1682 organizou uma bandeira, penetrou no interior e, encontrando índios Goyazes arreiados com enfeites de ouro, tratou-os com a maior afabilidade, pedindo-lhes que o conduzissem ao sítio onde o ouro se encontrava.
Negaram-se os índios; então Bartolomeu Bueno reúne os chefes, e, mandando vir um barril de aguardente, despeja o líquido perfeitamente semelhante a água numa bacia, incendeia-o num vasto ponche e, mostrando a chama azulada aos índios aterrados diz-lhes que incendiará assim os seus rios e lagos se lhe não revelarem onde se encontra o ouro.
Caem-lhe os índios aos pés, e levam-no a um sítio onde colhe ouro em abundância e com a maior facilidade.
A intrepidez e a astúcia tornaram realmente notável este homem que é o perfeitíssimo tipo desses intrépidos bandeirantes, que levados pela sede de ouro, descobriram e exploraram o interior do continente americano.
Bartolomeu Bueno da Silva – Filho
Bartolomeu Bueno da Silva
Em 1683, Bartolomeu Bueno da Silva, a frente de numerosa bandeira, da qual faziaparte seu filho, de igual nome, chegou ate o rio das Mortes, seguindo o roteiro que ManuelCorreia traçara em 1647. Ali, com o auxilio do bandeirante Pires de Campos, que Ihe indicouum guia, atingiu as cabeceiras de um rio que depois se chamou rio Vermelho.
Foi nesse localque Bartolomeu usou a artimanha do prato de aguardente com fogo para impressionar osnativos, sendo cognominado Anhanguera – diabo velho.
De regresso, alem de ouro, trouxegrande numero de índios cativos.
Cerca de quarenta anos depois, Bartolomeu Bueno da Silva Filho foi incumbido, pelogoverno de São Paulo, de chefiar uma bandeira de cem homens, com o fim de localizar o lugaronde estivera com seu pai. Tendo encontrado o aldeamento dos índios guaiases, ou Goiás, evestígios da roca cultivada pelo Anhanguera, fundou, em 1726, o arraial da Barra, hojeBuenolândia, e no ano seguinte, os de Ouro Fino, Ferreiro e Santana, originando-se desteultimo a atual cidade. Foi sede administrativa da Capitania e do Estado de Goiás, de 1744 ate1937, quando se deu a transferencia oficial da Capital estadual para Goiânia.
O distrito e freguesia foram criados em 1729, com a denominação de Santana de Goiás.Por fora da Carta regia datada de 11 de fevereiro de 1736, foi criado o Município, que recebeuo nome de vila Boa de Goiás, instalado em 25 de julho de 1739.
Em 8 de novembro de 1744,recebeu qualidade de sede administrativa da Capitania de Goiás, por fora do Alvará que acriou. A sede municipal coube foros de cidade, e o topônimo do Município foi simplificadopara Goiás, por efeito da Carta de lei de 17 de setembro de 1818. Perdeu a qualidade de sede degoverno em obediência ao Decreto estadual n.° 1 816, de 23 de marco de 1937, que oficializoua transferencia da Capital do Estado para Goiânia.
Depois de uma serie de desmembramentos, para formação de novos Municípios, conta 8distritos: Goiás (sede), Buenolândia, Caiçara, Davinópolis, Itaiú, Jeroaquara, Mozarlândia eUva; e 8 povoados.
É sede de comarca de 3.a entrância.
Situado na zona fisiocracia de Mato Grosso de Goiás, o Município se limita com os deAruanã, Itapirapuã, Novo Brasil, Mossâmedes, Itaberaí, Itapuranga, Rubiataba e Crixás. A sedemunicipal, aos 520 metros de altura, dista 124 quilômetros, em linha reta, da Capital do Estado.Suas coordenadas geográficas são 15° 55′ de latitude sul e 50° 07′ de longitude W. Gr.
Entre os rios destacam-se o Vermelho, do Peixe e Tesouro; entre as serras, a Dourada e ado Constantino, alem dos morros Dom Francisco, Lajes, Cantagalo e a famosa Pedra Goiana(bloco em forma de mesa, sustentada em um único ponto por outra de dimensões mínimas e oouro, diamante, pedras preciosas, mica, fonte de água sulfurosa (água de São João) etc
Bartolomeu Bueno da Silva – Vida
Em 1682, ele foi o pioneiro na exploração dos sertões de Goiás.
Estava acompanhado de seu filho, Bartolomeu Bueno, de apenas 12 anos.
Voltaram carregados de ouro e de índios para as lavouras paulistas. Iniciou também a primeira fase de exploração de ouro em Minas Gerais, a chamada “mineração aluvial”.
Por que ele ganhou o apelido de “Anhangüera”?
Bartolomeu percebeu que um grupo de índias goiases usava enfeites de ouro em seus colares.
Apanhou uma garrafa de aguardente, despejou-o numa vasilha e colocou fogo.
Disse aos índios que aquilo era água e que ele tinha o poder de incendiar os rios caso não fosse levado às minas de ouro.
Apavorados, os índios o apelidaram de “Anhangüera”, ou diabo velho.
Bartolomeu Bueno da Silva – Biografia
Bartolomeu Bueno da Silva, bandeirante paulista.
Um dos principais desbravadores do ciclo do ouro, em Minas Gerais e Goiás.
Bartolomeu Bueno da Silva (1672-1740) nasce em Parnaíba.
Herda do pai o nome e o apelido Anhangüera (Diabo Velho), dado pelos indígenas.
Segundo alguns historiadores, seu pai teria enganado os índios ateando fogo em certa quantidade de álcool e ameaçando incendiar os rios.
Com apenas 12 anos, Bartolomeu acompanha o pai em uma expedição ao território goiano.
Na ocasião espalha-se a lenda sobre a suposta existência de minas de ouro e pedras preciosas na Serra dos Martírios.
Em 1701 fixa-se em Sabará, Minas Gerais, indo mais tarde para São José do Pará e Pintangui, atraído pela descoberta de ouro na região.
É nomeado fiscal do distrito, mas a Guerra dos Emboabas o força a retornar a Parnaíba.
Em 1722 parte de São Paulo em mais uma expedição e, durante três anos, explora os sertões de Goiás.
É acompanhado de dois religiosos beneditinos e um franciscano, 20 índios, 39 cavalos e 152 armas, além de levar munição e alimentos. Encontra algumas jazidas de ouro no rio dos Pilões e pequenas amostras no rio Claro. Nas situações de busca em que nada encontravam, Bartolomeu dizia “ou descobrir o que buscava ou morrer na empresa”.
Finalmente encontra ouro em abundância no rio Vermelho e volta à região em 1726, já como capitão-mor das minas. Ganha sesmarias do rei português dom João V, bem como o direito de cobrar passagem nos rios que levam às minas de Goiás. Perde o poder à medida que a administração colonial se organiza na região.
Morre pobre na vila de Goiás.
Bartolomeu Bueno da Silva – Bandeirante
A história de Goiás tem como ponto de partida o final do século XVII, com a descoberta das suas primeiras minas de ouro, e início do século XVIII. Esta época, iniciada com a chegada dos bandeirantes, vindos de São Paulo em 1727, foi marcada pela colonização de algumas regiões.
O Contato com os índios nativos e o negros foi fator decisivo na formação da cultura do Estado, deixando como legado principal cidades históricas como Corumbá, Pirenópolis e Goiás, antiga Vila Boa e posteriormente capital de Goiás. O início dos povoados coincide com o Ciclo de Ouro, minério amplamente explorado nessa época. Eles prosperaram e hoje são cidades que apresentam, por meio de seu patrimônio, a história de Goiás.
As Bandeiras
Goiás era conhecido e percorrido pelas bandeiras já no primeiro século da colonização do Brasil. Mas seu povoamento só ocorreu em virtude do descobrimento das minas de ouro (século XIII). Esta povoação, como todo povoamento aurífero, foi irregular e instável.
As primeiras bandeiras eram de carácter oficial e destinadas a explorar o interior em busca de riquezas minerais, e outras empresas comerciais de particulares organizadas para captura de índios. Costumava-se dizer que o Bandeirante Bartolomeu Bueno da Silva, o Anhanguera, foi o descobridor de Goiás.
Mas isso não significa que ele foi o primeiro a chegar no estado, e sim, o primeiro a ter intenção de se fixar aqui. A bandeira saiu de São Paulo em 3 de julho de 1722. O caminho já não era tão difícil como nos primeiros tempos. Em 1726, foi fundado, pelo próprio Bartolomeu Bueno, o primeiro vilarejo da região, denominado Arraial da Barra.
Conta a lenda que diante da negativa dos índios de informar-lhe sobre o lugar de onde retiravam as peças de ouro com que se adornavam, Bartolomeu Bueno da Silva despejou aguardente num prato e a queimou, dizendo aos indígenas que o mesmo faria com a água de todos os rios e nascentes da região, caso não lhe fossem mostradas as minas. Apavorados, os índios o levaram imediatamente às jazidas, chamando-o anhangüera, que significa feiticeiro no idioma nativo. Com esse nome Bartolomeu Bueno da Silva e seu filho passaram à história. Após esse fato, foram inúmeras as expedições que partiram em direção a Goiás em busca das riquezas do subsolo da região.
No dia 25 de outubro de 1425, após três anos, os bandeirantes voltaram triunfantes a São Paulo, divulgando que haviam descoberto cinco córregos auríferos, minas tão ricas como as de Cuiabá, com ótimo clima e fácil comunicação.
Povoamento de Goiás
Poucos meses após a volta da Bandeira, organizou-se em São Paulo uma nova expedição para explorar os veios auríferos. Bartolomeu, agora superintendente das minas, e João Leite da Silva Ortiz, como guarda-mor.
A primeira região ocupada foi a do Rio Vermelho. Fundou-se lá o arraial de Sant’ana, que depois seria chamado de Vila Boa, e mais tarde de Cidade de Goiás. Esta foi durante 200 anos a capital do território.
Nas proximidades de Sant’ana, surgiram numerosos arraiais às margens dos córregos e rios, como centros de garimpo: Barras, Ferreiro, Anta, Ouro Fino, Santa Rita, etc. Ao divulgar-se a riqueza das minas recém – descobertas, surgiram gente de toda parte do país.
Época do Ouro em Goiás
A época de Ouro em Goiás foi intensa e breve. Após 50 anos, verificou-se a decadência rápida e completa da mineração. Por outro lado, só se explorou o ouro de aluvião, isto é, das margens dos rios, e a técnica empregada era rudimentar.
A sociedade Goiana da Época de Ouro
Goiás pertenceu até 1749 à capitania de São Paulo. A partir desta data, tornou-se capitania independente. No aspecto social a distinção fundamental foi entre livres e escravos, sendo estes em menor número do que aqueles no início da colonização das minas. A população, contudo, continuou composta por negros e mulatos na sua maioria.
Transição da Sociedade Mineradora para Sociedade Pastoril
Ao se evidenciar a decadência do ouro, várias medidas administrativas foram tomadas por parte de governo, sem alcançar no entanto resultado satisfatório.
A economia do ouro, sinônimo de lucro fácil, não encontrou, de imediato, um produto que a substituísse em nível de vantagem econômica.
A decadência do ouro afetou a sociedade goiana, sobretudo na forma de ruralização e regresso a uma economia de subsistência.
A independência de Goiás
Assim como no Brasil, o processo de independência de Goiás se deu gradativamente. A formação de juntas administrativas, que representam um dos primeiro passos nesse sentido, deram oportunidade às disputas pelo poder entre os grupos locais.
Especialmente sensível em Goiás, reação do Norte que, se julgando injustiçado pela falta de assistência governamental, proclamou sua separação do Sul. Em 1744, a região, antes pertencente ao Estado de São Paulo, foi separada e elevada à categoria de província.
Goiás e a Mudança de Capital
A partir de 1940, Goiás cresce rapidamente: a construção de Goiânia, o desbravamento do Mato Grosso goiano, a campanha nacional de “marcha para o oeste”, que culmina na década de 50 com a construção de Brasília, imprimem um ritmo acelerado ao progresso de Goiás.
A população se multiplicava; as vias de comunicação promovem a integração de todo país e dentro do mesmo Estado; assiste-se a uma impressionante explosão urbana, com o desenvolvimento concomitante de todos os tipos de serviços (a educação especialmente).
Na década de 80, o estado apresenta um processo dinâmico de desenvolvimento. grande exportador de produção agropecuária, Goiás vem se destacando pelo rápido processo de industrialização. Hoje, ele está totalmente inserido no processo de globalização da economia mundial, aprofundando e diversificando, a cada dia, suas relações comerciais com os grandes centros comerciais.
Em 1988, o norte do Estado foi desmembrado, dando origem ao Estado do Tocantins.
O nome do Estado origina-se da denominação da tribo indígena ‘guaiás’, que por corruptela se tornou Goiás. Vem do termo tupi gwa ya que quer dizer indivíduo igual, gente semelhante, da mesma raça.
Bartolomeu Bueno da Silva – O Anhangüera
Bartolomeu Bueno da Silva
Bartolomeu Bueno da Silva (pai), o Anhangüera, nascido e morto em datas incertas, faz parte daqueles primeiros bandeirantes que, movidos pelas dificuldades econômicas, pelo tino sertanista e pelo espírito de aventura, partiram de São Paulo – aproveitando-se, inclusive, da localização geográfica da vila, que se assentava num centro de circulação fluvial e terrestre – para desbravar o interior do Brasil.
Desde os primeiros tempos da colonização foram constantes as arremetidas rumo ao sertão. Primeiro, numa espécie de bandeirismo defensivo, que visava garantir a expansão e a posse da terra, e que prepararia a expansão paulista do século 17, o grande século das bandeiras, aquele em que se iniciaria o bandeirismo ofensivo propriamente dito, cujo propósito era, em grande parte, o lucro imediato proporcionado pela caça ao índio. Da vila de São Paulo, especialmente, partiam as bandeiras de apresamento chefiadas por Antônio Raposo Tavares, Manuel Preto, André Fernandes, entre outros.
O apogeu do apresamento ocorreu entre 1628 e 1641, quando os paulistas resolveram arremeter contra as reduções jesuíticas espanholas, em volta das quais se agregavam centenas de indígenas sob proteção missionária.
Gradativamente, esses sertanistas passariam do bandeirismo de apresamento para o bandeirismo minerador, em busca de minas de ouro. É nessa época que se encontra a principal bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva. Em 1682, sua expedição partiu de São Paulo e atravessou o território do atual Estado de Goiás, seguindo até o rio Araguaia. Ao retornar desse rio, à procura do curso do rio Vermelho, encontrou uma aldeia indígena do povo Goiá. Diz a lenda que as índias estavam ricamente adornadas com chapas de ouro e, como se recusassem a indicar a procedência do metal, Bartolomeu Bueno da Silva pôs fogo a uma tigela contendo aguardente, afirmando que, se não informassem o local de onde retiravam o ouro, lançaria fogo em todos os rios e fontes. Admirados, os índios informaram o local e o apelidaram de Anhangüera (em tupi, añã’gwea), diabo velho.
Ainda segundo a lenda, seu filho, Bartolomeu Bueno do Silva, à época ainda um menino, o acompanhava nessa bandeira.
Bartolomeu Bueno da Silva
Bartolomeu Bueno da Silva (filho), o segundo Anhangüera, nasceu em Parnaíba, São Paulo, em 1672 e faleceu em 19 de setembro de 1740 na vila de Goiás, em Goiás.
Em 1701, atraído pelos descobrimentos de ouro na região de Minas Gerais, o segundo Anhangüera estabeleceu-se em Sabará e, mais tarde, em São João do Pará e em Pitangui, onde foi nomeado assistente do distrito. Os conflitos entre emboabas e mineradores de São Paulo e os levantes ocorridos em Pitangui, encabeçados por seu genro Domingos Rodrigues do Prado, levaram-no a voltar para a capitania de São Paulo e a se fixar em Parnaíba.
Em 1720 dirigiu uma representação a Dom João V, pedindo licença para voltar às terras de Goiás, onde seu pai encontrara amostras de ouro. Em troca, solicitava do soberano o direito de cobrar taxas sobre as passagens de rios.
Em 1722, quarenta anos mais tarde, o filho de Anhangüera, já com 50 anos, partiu de São Paulo com a intenção de novamente se embrenhar pelo sertões que antes percorrera com seu pai. Sob seu comando, a bandeira hospedou-se no já formado Arraial de Mogi Mirim para descanso, alimentação, preparativos e seguiu para Goiás, juntamente com numerosa parentela do sertanista, que, durante quase três anos explorou os sertões goianos em busca da lendária serra dos Martírios. Chegaram a fundar um núcleo chamado Barra, que em 1727 foi transferido para as margens do rio Vermelho com o nome de Santana, mais tarde se tornando a Vila Bueno, que hoje é a cidade de Goiás.
No entanto, a pretexto de que o Anhangüera havia sonegado as rendas reais, o direito de passagem lhe foi retirado em 1733. Na medida em que se organizava a administração estatal de Goiás, a autoridade do sertanista ia sendo limitada pelos delegados régios. Ao falecer, em 1740, Bartolomeu Bueno da Silva estava pobre e reduzido a um exercício de mando quase decorativo.
Bartolomeu Bueno da Silva foi o último dos grandes bandeirantes que desvendou os caminhos para o oeste tornando conhecido o alto sertão brasileiro.
Monumento às Bandeiras, obra de Victor Brecheret
Monumento às Bandeiras, obra de Victor Brecheret erigida no Parque do Ibirabuera em São Paulo. Representa a memória ao bandeirante português e ao guia índio. Há também a representação de outras raças que participaram das bandeiras, como os negros e mamelucos, todos numa união de forças para carregar a canoa das monções.
Fonte: www.museu-emigrantes.org/www.mundofisico.joinville.udesc.br/www.rootsweb.com/biblioteca.ibge.gov.br
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