Arthur Azevedo

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Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, 07 de julho de 1855 – 22 de Outubrode 1908, era um escrito dramaturgo brasileiro, contista, cronista, jornalista e poeta Parnasianismo.

Ele foi famoso por consolidar no Brasil a “comédia de costumes” gênero, iniciada por Martins Pena.

Ele fundou e ocupou a cadeira 29 da Academia Brasileira de Letras desde 1897 até sua morte em 1908.

Arthur Azevedo
Arthur Azevedo

Arthur Azevedo nasceu na cidade de São Luís, no Maranhão.

Ele era o irmão mais velho do romancista Aluísio Azevedo, famoso por ter escrito O Mulato, O Cortiço e Casa de Pensão.

Arthur Azevedo mostrou um amor para o teatro desde que ele era uma criança.

Inicialmente trabalhando como vendedor, mais tarde ele conseguiu um emprego na administração provincial, mas foi demitido por escrever sátiras contra o governo. Mais tarde, ele encontrou um trabalho como um amanuense no Ministério da Agricultura.

Mais tarde, começando uma carreira promissora como jornalista, ele trabalhou para os jornais A Estação, onde se encontrou com Machado de Assis, onde se encontrou com Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto.

Arthur Azevedo morreu em 1908, aos 53 anos.

Arthur Azevedo – 1855-1908

Biografia

Arthur Azevedo
Arthur Azevedo

Arthur Azevedo: Contista, poeta, teatrólogo e jornalista.

Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís (MA), em 7 de julho de 1855.

Filho de David Gonçalves de Azevedo e Emília Amália Pinto de Magalhães.

Aos oito anos demonstrou gosto para o teatro e fez adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo.

Pouco depois passou a escrever, ele próprio, suas peças.

Muito cedo começou a trabalhar no comércio.

Foi empregado na administração provincial e logo após foi demitido por publicar sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançou as primeiras comédias nos teatros de São Luís (MA). Com 15 anos escreveu a peça Amor por anexins.

Foi para o Rio de Janeiro no ano de 1873.

Empregou-se no Ministério da Agricultura e ensinou Português no Colégio Pinheiro.

Mas foi no Jornalismo que se desenvolveu em atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros.

Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum.

Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, junto com Olavo Bilac, Coelho Neto, entre outros. N

este tempo escreveu as peças dramáticas, O Liberato e A Família Salazar, que sofreu censura imperial e foi publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata.

Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro.

Em 1889, reuniu um volume de contos dedicado a Machado de Assis, seu companheiro na Secretaria da Viação.

Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia.

Morreu no Rio de Janeiro em 22 de outubro de 1908.

Arthur Azevedo – Vida

Nome literário: Azevedo, Artur.
Nome completo: Azevedo, Artur Nabantino Gonçalves de.
Pseudônimo: Elói, o Herói; A Gavroche; Petronio; Cosimo; Juvenal; Dorante; Cractchi; Passos Nogueira; Frivolino.
Nascimento: São Luís, MA, 7 de julho de 1855.
Falecimento: Rio de Janeiro, RJ, 1908

Arthur Azevedo
Arthur Azevedo

Artur Azevedo (Artur Nabantino Gonçalves de Azedo), jornalista, poeta, contista e teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 22 de outubro de 1908.

Figurou, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n. 29, que tem como patrono Martins Pena.

Foram seus pais David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães, corajosa mulher que, separada de um comerciante, com quem casara a contragosto, já vivia maritalmente com o funcionário consular português à época do nascimento dos filhos: três meninos e duas meninas.

Casaram-se posteriormente, após a morte na Corte, de febre amarela, do primeiro marido. Aos oito anos Artur já demonstrava pendor para o teatro, brincando com adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo, e pouco depois passou a escrever, ele próprio, as peças que representava.

Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Depois foi empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo.

Ao mesmo tempo lançava as primeiras comédias nos teatros de São Luís.

Aos quinze anos escreveu a peça Amor por anexins, que teve grande êxito, com mais de mil representações no século passado. Ao incompatibilizar-se com a administração provincial, concorreu a um concurso aberto, em São Luís, para o preenchimento de vagas de amanuense da Fazenda. Obtida a classificação, transferiu-se para o Rio de Janeiro, no ano de 1873, e logo obteve emprego no Ministério da Agricultura.

A princípio, dedicou-se também ao magistério, ensinando Português no Colégio Pinheiro.

Mas foi no jornalismo que ele pôde desenvolver atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros.

Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum.

Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, onde seus companheiros eram Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto.

Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, em seus ardorosos artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em peças dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, esta escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibida pela censura imperial e publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata.

Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro, nas seções que manteve, sucessivamente, em O País (“A Palestra”), no Diário de Notícias (“De Palanque”), em A Notícia (o folhetim “O Teatro”).

Multiplicava-se em pseudônimos: Elói o herói, Gavroche, Petrônio, Cosimo, Juvenal, Dorante, Frivolino, Batista o trocista, e outros. A partir de 1879 dirigiu, com Lopes Cardoso, a Revista do Teatro. Por cerca de três décadas sustentou a campanha vitoriosa para a construção do Teatro Municipal, a cuja inauguração não pôde assistir.

Embora escrevendo contos desde 1871, só em 1889 animou-se a reunir alguns deles no volume Contos possíveis, dedicado pelo autor a Machado de Assis, que então era seu companheiro na secretaria da Viação e um de seus mais severos críticos.

Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia, constituídos de histórias deixadas por Artur de Azevedo nos vários jornais em que colaborara.

No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor de assuntos do cotidiano da vida carioca, e observador dos hábitos da capital. Os namoros, as infidelidades conjugais, as relações de família ou de amizade, as cerimônias festivas ou fúnebres, tudo o que se passava nas ruas ou nas casas lhe forneceu assunto para as histórias.

No teatro foi o continuador de Martins Pena e de França Júnior. Suas comédias fixaram aspectos da vida e da sociedade carioca. Nelas teremos sempre um documentário sobre a evolução da então capital brasileira.

Teve em vida cerca de uma centena de peças de vários gêneros e extensão (e mais trinta traduções e adaptações livres de peças francesas) encenadas em palcos nacionais e portugueses.

Ainda hoje continua vivo como a mais permanente e expressiva vocação teatral brasileira de todos os tempos, através de peças como A jóia, A capital federal, A almanarra, O mambembe, e outras.

Outra atividade a que se dedicou foi a poesia. Foi um dos representantes do Parnasianismo, e isso meramente por uma questão de cronologia, porque pertenceu à geração de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, todos sofrendo a influência de poetas franceses como Leconte de Lisle, Banville, Coppée, Heredia.

Mas Artur Azevedo, pelo temperamento alegre e expansivo, não tinha nada que o filiasse àquela escola.

É um poeta lírico, sentimental, e seus sonetos estão perfeitamente dentro da tradição amorosa dos sonetos brasileiros.

Obras

Carapuças (1872); Sonetos (1876); Uma Véspera de Reis (1876); Jóia (1879); O Escravocrata (1884); Almanjarra (1888); Contos Possíveis (1889); Contos Fora de Moda (1893); A Capital Federal (1897); Contos Efêmeros (1897); Rimas (1909); Contos Cariocas (1929); Contos (1983).

Teatro

Amor por anexins (1872); A filha de Maria Angu (1876); Uma véspera de reis (1876); Jóia (1879); O escravocrata, em colaboração com Urbano Duarte (1884); A almanarra (1888); A capital federal (1897); O retrato a óleo (1902); O dote (1907); O oráculo (1956); Teatro (1983).

Revistas

O Rio de Janeiro em 1877 (com Lino d’Assumpção – 1877); Tal Qual Como Lá (com França Júnior – 1879, não encenada), O Mandarim (com Moreira Sampaio – 1883); Cocota (com Moreira Sampaio – 1884/1887); O Bilontra (com Moreira Sampaio – 1884/1887); O Carioca (com Moreira Sampaio – 1884/1887); O Mercúrio e o Homem (com Moreira Sampaio – 1884/1887); Fritzmac (com Aluísio de Azevedo – 1888); A República (com Aluísio de Azevedo – 1889), proibida pela censura; Viagem ao Parnaso (1890); O Tribofe (1891); O Major (1894); A Fantasia (1895); O Jagunço (1897); Gavroche (1898); Comeu! (1901); Guanabara (com Gastão Bousquet – 1905) e O Ano Que Passa (1907) não encenada, publicada como folhetim.

UM AUTOR DE PRIMEIRA GRANDEZA

“Variam os gêneros, sim, varia a maior ou menor importância ligada ao assunto em momento de escrever; mas, apesar disso, apesar das diferentes épocas a que são atribuídos, os contos, o processo comum da frase, a preferência dos assuntos, o capricho da surpresa final, o pensamento humorístico encerrado como moralidade da fábula, adotadas as atenções convenientes ao assunto, ora grave, ora alegre, ora rasgadamente burlesco, constituem, do princípio ao fim do livro, uma demonstração indiscutível de unidade genésica. […] O que fica fora de dúvida é que os Contos Possíveis fazem um livro de primeira ordem, a mais interessante das leituras e um dos mais belos títulos de orgulho da atualidade literária.” (Raul Pompéia, O Farol)

Extrato da obra Histórias Brejeiras

Uma bela tarde em que se achavam ambos sentados no canapé, e o Simplício Gomes, afastado, num canto da sala, folheava um álbum de retratos, o Bandeira levantou-se dizendo:

– Vou-me embora; tenho ainda que dar umas voltas antes da noite.

– Ora, ainda é cedo; fique mais um instantinho, replicou Dudu, sem se levantar do canapé.

– Já lhe disse que tenho que fazer! Peço-lhe que vá desde já se habituando a não contrariar as minhas vontades! Olhe que depois de casado, hei de sair quantas vezes quiser sem dar satisfações a ninguém!

– Bom; não precisa zangar-se…

– Não me zango, mas contrario-me! Não me escravizei; quero casar-me com a senhora, mas não perder a liberdade!

– Faz bem. Adeus. Até quando?

– Até amanhã ou depois.

O Bandeira apertou a mão de Dudu, despediu-se com um gesto do Simplício Gomes, e saiu batendo passos enérgicos, de dono de casa. Dudu ficou sentada no canapé, olhando para o chão. O Simplício Gomes aproximou-se de mansinho, e sentou-se ao seu lado. Ficaram dez minutos sem dizer nada um ao outro. Afinal Dudu rompeu o silêncio.

Olhou para o céu iluminado por um crepúsculo esplêndido, e murmurou:

– Vamos ter chuva.

Não diga isso, Dudu: o tempo está seguro!

– Apostemos!

– Pois apostemos! Eu perco uma coisa bonita para o seu enxoval de noiva. E você?

– Eu… perco-me a mim mesma, porque quero ser tua mulher!

E Dudu caiu, chorando, nos braços de Simplício Gomes.

Fonte: en.wikipedia.org/www.bibvirt.futuro.usp.br/virtualbooks.terra.com.br

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