Alexandre, o Grande

Alexandre, o Grande – Biografia

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Alexandre, o Grande nasceu em Pella, antiga capital da Macedónia em julho de 356 aC.

Seus pais eram Filipe II da Macedônia e sua esposa Olímpia.

Alexandre, o Grande foi educado pelo filósofo Aristóteles.

Philip foi assassinado em 336 aC e Alexandre, o Grande herdou um poderoso reino ainda volátil.

Ele tratada rapidamente com os seus inimigos em casa e reafirmou o poder macedônio dentro Grécia. Ele então partiu para conquistar o enorme Império Persa.

Contra todas as adversidades, ele levou seu exército para vitórias através dos territórios persas da Ásia Menor, Síria e Egito, sem sofrer uma única derrota.

Sua maior vitória foi na batalha de Gaugamela, no que é hoje o norte do Iraque, em 331 aC.

O jovem rei da Macedônia, líder dos gregos, soberano da Ásia Menor e faraó do Egito se tornou “grande rei” da Pérsia com a idade de 25.

Alexandre, o Grande foi reconhecido como um gênio militar que sempre liderada por exemplo, apesar de sua crença em sua própria indestrutibilidade significava que ele era muitas vezes descuidado com sua própria vida e as de seus soldados. O fato de que seu exército só se recusou a segui-lo uma vez em 13 anos de um reinado durante o qual houve constantes lutas, indicando a lealdade que ele inspirava.

Ele morreu de uma febre, na Babilônia, em Junho de 323 aC.

Alexandre, o Grande – Rei

Alexandre, o Grande serviu como rei da Macedônia 336-323 aC. Durante seu tempo de liderança, ele uniu a Grécia, estabeleceu o Campeonato Coríntio e conquistou o Império Persa.

Conquistador, e rei da Macedônia, Alexandre, o Grande, nasceu em 20 de julho de 356 aC, em Pella, Macedônia.

Durante sua liderança, 336-323 aC, ele uniu as cidades-estados gregas. Ele também se tornou o rei da Pérsia, Babilônia e na Ásia, e criou colônias macedônios na região.

Apesar de considerar as conquistas de Cartago e Roma, Alexander morreu de malária na Babilônia (atual Iraque), em 13 de junho de 323 aC

Alexandre, o Grande – História

Alexandre, o grande, estava destinado a grandeza quase desde o momento que nasceu em 356 a.C no palicio de Pela, Macedônia..

Embora a data exata do seu nascimento nco seja confirmada (20 de julho é a mais aceita), as lendas contam que nesse dia o templo de Artemisa se incendiou. Um sinal de que Alexandre cresceria para a grandeza.

Filho do rei Filipe II e da rainha Olímpia, princesa do Epiro, cedo se destacou como um rapaz inteligente e intrépido.

CURIOSIDADES

Quando tinha 13 anos, seu pai incumbiu um dos homens mais sibios da sua época, Aristóteles, de educi-lo.

Alexandre aprendeu as mais variadas disciplinas: retórica, política, matemitica, cizncias físicas e naturais, medicina e geografia, ao mesmo tempo em que se interessava pela história grega e pela obra de autores como Eurípides e Píndaro. Também se distinguiu nas artes marciais e na doma de cavalos, de tal forma que em poucas horas dominou Bucéfalo, que viria a ser sua inseparivel montaria.

Alexandre, o Grande na batalha com seu cavalo, Bucéfalo
Alexandre, o Grande na batalha com seu cavalo, Bucéfalo

O jovem príncipe também gostava particularmente os trabalhos de Homero. De fato, ele adorava tanto a Ilíada que adotou Aquiles como seu exemplo de vida.

Apesar do apelido dado por causa da grandeza de suas conquistas, media apenas 1,52m.

Tendo por mce uma princesa epirana, Alexandre acreditava ser descendente de Aquiles que foi cultuado como um deus e um dos grandes personagens da batalha em Tróia. Segundo a lenda, Aquiles foi atingido no calcanhar por uma traieoeira flecha disparada pelo amante de Helena, Piris – também conhecido pelo nome de Alexandre.

Com apenas 16 anos, ji se encarregava das colonias quando o Rei Filipe estava de viagem. Nesta mesma época, fundou sua própria colonia, Alexandroupolis.

Na arte da guerra recebeu lieões do pai, militar experiente e corajoso, que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe inculcou dotes de comando. O enérgico e bravo jovem teve oportunidade de demonstrar seu valor aos 18 anos, quando, no comando de um esquadrco de cavalaria, venceu o batalhco sagrado de Tebas na batalha de Queronéia em 338 a. C. Alexandre destaca-se nesta batalha, comandando a cavalaria Macedônia.

Em 337 a.C. Filipe II casou-se com uma jovem chamada Cleópatra, sobrinha de Italo, nobre importante macedonio. Olímpia ficou assim preterida e se exilou no Épiro com seu filho Alexandre, pois este entrara em conflito com seu pai. Só em 336 a.C. é que Alexandre se reconciliou com Filipe II e volta a Macedônia.

Alexandre tinha uma irmc também chamada Cleópatra (356-308 a.c), filha de Olimpia e do rei Filipe. Ela se casou com o meio irmco de Olímpia, Alexandre de Epiro. Durante as festividades, o pai da noiva foi assassinado.

Em 336 a.C. Filipe foi assassinado por Pausanias, talvez por instigaeco do rei persa, talvez por vinganea de Olímpia. Hi a suspeita de que Alexandre conhecia o plano para eliminar o pai. Pausanias foi capturado e morto imediatamente.

A segunda esposa do pai de Alexandre foi foreada a cometer suicídio e seu filho com Filipe foi morto.

Depois do assassinato de seu pai , Alexandre, com 20 anos, subiu ao trono da Macedônia e se dispos a iniciar a expansco territorial do reino. Para tco irdua empresa contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a sarissa (lanea de 5,5 metros de comprimento), miquinas de guerra (como capultas, aríetes e as balistas) e cavalaria, que constituía a base do ataque.

O início das suas conquistas

Alexandre, o Grande. Este mosaico, encontrado em Pompéia, foi feito em 310 a.C.
Alexandre, o Grande. Este mosaico, encontrado em Pompéia, foi feito em 310 a.C.

Imediatamente depois de subir ao trono, Alexandre enfrentou uma sublevaeco de virias cidades gregas asas incursões realizadas no norte de seu reino pelos tricios e ilírios, aos quais logo dominou. Em contrapartida, na Grécia, a cidade de Tebas opos grande resistzncia, o que o obrigou a um violento ataque no qual morreram milhares de tebanos.

Pacificada a Grécia, o jovem rei elaborou seu mais ambicioso projeto: a conquista do império persa, a mais assombrosa campanha da antiguidade.

Em 334 cruzou o Helesponto, Alexandre penetrou na Isia Menor, visitou as ruínas de Tróia, em memória de Aquiles, o seu herói preferido.

Avaneou até o rio Granico, onde enfrentou os persas pela primeira vez e alcaneou importante vitória. Prosseguiu triunfante, arrebatando cidades aos persas, até chegar a Górdia, onde cortou com a espada o “nó górdio”, o que, segundo a lenda, lhe assegurava o domínio da Isia.

Ante o irresistível avaneo de Alexandre, o rei dos persas, Dario III, foi a seu encontro. Na batalha de Isso (333) consumou-se a derrota dos persas. A família de Dario – sua mce, sua esposa, duas filhas e um filho – cai prisioneira de Alexandre, assim como o enorme tesouro que o rei persa levara para Damasco. Alexandre trata toda família com respeito. Dario foge com o que resta de seu exército. Assim se deu o inicio do ocaso do grande império.

Depois de vencer o rei persa na Isia Menor, Alexandre se empreendeu na conquista das cidades fenícias (332 a. C.). A cidade na ilhota de Tiro se recusou e por isso o rei macedonio assediou-a e comeeou a construir uma ponte flutuante com 60 metros de largura, desde a praia até a ilha. numa distancia de 780 metros.

Ele usou os escombros da velha cidade de Tiro, limpando completamente o terreno, para fazer sua “estrada” levando-a até a cidade na ilha de modo que ela é hoje uma península.. Depois de um cerco de sete meses, ele tomou a cidade. Sua fsria contra os tírios foi grande; ele matou 8.000 dos habitantes e vendeu outros 30.000 para a escravidco , inclusive mulheres e crianeas.

A cidade de Gaza, no sul da Palestina, foi a próxima a ser sitiada e cai após 2 meses de cerco. Após essas grandes conquistas o rei macedonio viajou para o Egito com o seu temido exército.

O sonho de Alexandre, de unir a cultura oriental a ocidental, comeeou a concretizar-se. Os detalhes dessa viagem ao Egito , realizada em 331 a.C., foram preservados por Estrabco em sua Geografia. Depois de derrotar Dario III dedicou-se a conquista de todos os portos com importancia estratégica nos litorais da Síria e da Palestina. O passo seguinte foi ocupar o Egito , sob o domínio persa desde 525 a.C., quando o rei Cambises, filho de Ciro o invadiu.

Diferente dos persas, Alexandre fez uma campanha pacífica, sem grandes derramamentos de sangue, encerrada rapidamente quando o sitrapa (governador colonial) persa rendeu-se sem luta em Mznfis. Diz a lenda que o principal objetivo de Alexandre ao invadir o Egito era garantir seu acesso ao oriculo que profetizava em um oisis no interior do Deserto Ocidental.

O rei da Macedônia iniciou um processo pessoal de orientalizaeco ao tomar contato com a civilizaeco egípcia. Respeitou os antigos cultos aos deuses egípcios, ao contririo dos antigos reis persas, e até se apresentou no santuirio do oisis de Siwa.

Influencia de Alexandre no Egito

Quando Alexandre, O Grande, entrou no Egito , iniciou-se uma nova dinastia de faraós gregos. A dinastia ptolemaica surgiu após a morte de Alexandre com Ptolomeu I, homem de confianea de Alexandre, sendo o precursor. Essa dinastia que durou 300 anos deu origem a famosa Cleópatra VII que perdeu o poder para os e romanos. Isso fez com que a era dos faraós terminasse no Egito . Os romanos entco ocuparam o Egito , que fez parte do Império do Oriente até a conquista irabe, quando o poder passou aos mamelucos. A expedieco francesa ao Egito , comandada por Napoleco Bonaparte durou de 1798 até 1801. Nessa expedieco foi encontrada a famosa Pedra de Roseta que foi a base para a decifraeco dos Hieróglifos

O Oriculo de Siwa era inspirado no deus Amon-Zeus-Jspiter que manifestava-se através de seus sacerdotes. Derivada do latim orare (“rezar” ou “falar”), a palavra oriculo designa tanto o local onde sco feitas profecias ou adivinhaeões quanto as pessoas que as fazem. Tais pessoas seriam inspiradas por uma entidade identificada com um local definido – como Delfos, na Grécia, ou Siwa, no Egito . Isso porque se acreditava que curas, tratamentos terapzuticos, profecias e adivinhaeões podiam ser induzidos por meio de um processo conhecido como “incubaeco”. Os consulentes eram levados a passar por um retiro no templo do oriculo, meditando e dormindo ali para que mensagens fossem transmitidas pelos deuses através de sonhos ou de visões proporcionadas pelas foreas tectonicas (chtonian), que segundo a mitologia, governam o mundo subterraneo e podem ser invocadas por sacerdotes iniciados nos rituais e encantamentos necessirios.

No caso da visita de Alexandre a Siwa, o procedimento parece ter sido um tanto fora do comum, o que pode ser explicado pela importancia do visitante.

Calistenes, historiador oficial da corte Macedônia e sobrinho de Aristóteles, relata que o oriculo funcionava num templo construído sobre uma rocha, denominada por ele de “acrópole”. Ao se aproximar do local, Alexandre foi recebido por sacerdotes enviados para encontrar o rei aos pés da rocha. Ji no interior do templo, foi saudado pelo sumo-sacerdote de o deus Amon- em grego Amun, ” o oculto”- em Siwa, que, dirigindo-se a ele (provavelmente em grego, idioma em que nco era fluente), cometeu, segundo Plutarco, um erro de pronsncia, dando a entender que o deus (Jspiter-Amon) acolhera o conquistador macedonio como seu próprio filho. Mestre da propaganda, Alexandre usaria mais tarde o caso como “prova divina” de sua predestinaeco para governar o Egito e unificar Ocidente e Oriente.

Junto com um pequeno grupo de acompanhantes, Alexandre postou-se no pitio do templo enquanto era realizada a procissco dedicada a Amon. A imagem do deus foi colocada num barco, carregado nos ombros dos sacerdotes.

A descrieco é do arqueólogo egípcio Ahmed Faíhry, tomando como base os relatos clissicos de Plutarco, Arriano e Pausanias. “Mulheres versadas em mssica, jovens e velhas, trajando vestes brancas, daneavam e cantavam. Toda a procissco marchou em torno do pitio do templo, dando virias voltas na presenea de Alexandre e de seus acompanhantes, até que o sumo-sacerdote anunciou que o coraeco do deus estava satisfeito com o ritual. Relutante em fazer perguntas diante de seus acompanhantes, o conquistador macedonio pediu para ficar sozinho com o deus. Foi entco conduzido ao cella (santuirio) do templo, onde estava guardado seu barco sagrado. Depois de passado algum tempo, retornou para juntar-se aos seus amigos, que lhe perguntaram sobre o que havia acontecido e quais eram as respostas do oriculo. O soberano respondeu apenas que tudo havia ocorrido de acordo com suas melhores expectativas.

Ele manteve as consultas em segredo absoluto, e ao escrever posteriormente para sua mce, Olímpia, contou ter recebido certas respostas confidenciais do oriculo, que iria comunicar só a ela, pessoalmente, quando voltasse a Macedônia. Mas, depois de visitar Siwa, Alexandre prosseguiu com suas campanhas para conquistar a Isia e nco viveu para reencontrar-se com a mce. Morreu oito anos mais tarde levando o segredo com ele para a tumba.”

Alexandria

Em 332 a.c. Alexandre fundou Alexandria.

Após a morte do conquistador, a cidade viria a converter-se num dos grandes focos culturais da antiguidade, pois li foi criada a maior biblioteca do mundo fundada pelo general e amigo de Alexandre, Ptolomeu I.

Essa biblioteca possuía milhares de exemplares, o que atraiu um grande nsmero de pensadores e tornou-se um reduto de alquimista.

Alexandre “o Grande” foi quem teria disseminado a alquimia durante suas conquistas aos povos Bizantinos e posteriormente aos Irabes.

Depois de submeter a Mesopotamia, Alexandre enfrentou novamente Dario na batalha de Gaugamela (331), cujo resultado determinou a queda definitiva da Pérsia em poder dos macedonios. Dario, que fugiu da batalha, como da vez anterior, foi assassinado pelos próprios persas ( 330).

Em regico remota e montanhosa, Persépolis era a sede do governo persa apenas na primavera.

O império aquemznida era efetivamente administrado em Susa, na Babilonia, ou em Ecbatana. Isso explica por que os gregos nco conheciam Persépolis até a invasco de Alexandre o Grande, que, no ano 330 a.C., incendiou o palicio de Xerxes, provavelmente isso ocorreu porque a cidade mergulhou numa profunda desordem com os saques realizados pelos seus comandados.

Alexandre o Grande foi proclamado rei da Isia e sucessor da dinastia persa. Seu processo de orientalizaeco se acentuou com o uso do selo de Dario, da tiara persa e do cerimonial teocritico da corte oriental. A tendzncia a fusco das duas culturas gerou desconfianeas entre seus lugares-tenentes macedonios e gregos, que temiam um excessivo afastamento dos ideais helznicos por parte de seu monarca.

Os confrontos se sucederam

Alexandre descobriu uma conspiraeco para mati-lo e executou o general Filotas filho de Parmznion velho oficial de seu pai Felipe que também é morto.

Durante uma festa, o oficial Clito, o Negro, que salvara Alexandre virias vezes durante batalhas e serviu a Filipe II , questionou as atitudes orientalizantes e também alegou que Alexandre tudo devia ao seu pai Filipe. Num momento de ira, Alexandre, ofendido e bzbado, empurrou os outros oficiais na sua frente e matou o amigo . Quando finalmente tomou conscizncia de seu ato, o grande conquistador se arrependeu e considerou aquela perda como o maior erro de sua vida.

Em 329 a.C. aconteceu a conquista da Samarcanda, da Bactriana, da Sogdiana (regico onde hoje é o Afeganistco e Turquistco) e a tomada de Maracanda, nos confins orientais do Império Persa. Em Bactros Alexandre casou-se com Roxana, filha do sitrapa da Bactriana derrotado, com quem teve um filho chamado Alexandre IV.

Durante a conjuraeco dos pajens e Alexandre mandou executar Calístenes, sobrinho de Aristóteles, que o acompanhava como historiador.

Nada impediu Alexandre de continuar seu projeto imperialista em direção ao Oriente, nem mesmo por sua marcha prosseguir por uma regico bem desconhecida dos gregos. Para isso entrou em aeco na campanha o grupo de seu estado-maior guarnecido de cientistas, historiadores, cartógrafos, engenheiros e médicos militares.

Em 326 a.c dirigiu suas tropas para a longínqua índia, na qual fundou colonias militares e cidades, entre as quais Nicéia e Bucéfala – esta erigida em memória de seu famoso cavalo morto durante o combate contra o rei Poros as margens do rio Hidaspe. Como o rei indiano se rendeu, Alexandre o tratou com respeito e o tornou aliado.

Os macedonios prosseguiram com sua jornada e tiveram o desprazer de se deparar com crocodilos nadando no rio e naquela época só se tinha conhecimento desse “grande lagarto” no rio Nilo… Seri que entco nco foi ficil acreditar, erroneamente, que haviam encontrado a nascente do famoso rio egípcio? O derretimento da neve das gigantescas montanhas, que desce tanto pelo rio Indo quanto pelo Hidaspe explicaria as inundaeões anuais das terras egípcias? Para tirar a dsvida ordenou que seu almirante Nearcos construísse imediatamente uma frota apropriada para uma expedieco, enquanto prosseguia com o restante na sua conquista ao mundo desconhecido.

A chuva dos trópicos havia comeeado, as matas emaranhadas, antes secas transformaram-se em terríveis florestas lamacentas:ji nco podiam mais acender fogo, secar a roupa tco desgastada ou cozinhar. Além disso tinham que enfrentar os insetos sugadores de sangue, os tigres famintos, as cobras venenosas, os elefantes usados como tanques de guerra pelos adversirios indianos…

Pouco tempo depois, ao atingir o rio Hifisis, atual Bias, suas tropas, exaustas por enfrentar a indomivel natureza da regico, se amotinaram. Os homens, representados pelo oficial Coinos, imploraram a volta a Macedônia.

Alexandre, profundamente magoado, foi foreado a regressar a Pérsia, sem antes desbravar a verdadeira índia, nas regiões do Ganges…

Em 326 Alexandre e seu exército descem o Indo, conquistando os povos ferozes que encontram no caminho. Durante a batalha contra os Mallians, uma flecha perfurou o pulmco de Alexandre e enfureceu tanto as tropas que elas entraram na cidade massacrando todos. Alexandre passa quatro dias a beira da morte

Em 325 chegam a costa do oceano índico. Enquanto uma parte do seu exército voltou, explorando o desconhecido mar, o grande soberano marchou ao longo da costa em direeco a pitria atravessando o deserto de Gedrósia e a Carmania. Nessa caminhada foreada milhares de seus comandados morreram.

Em 324 a.C. Alexandre retornou a Persépolis e a Susa. Celebra-se aí o casamento de Alexandre com Estatira ou Statira, filha de Dario. Seus oficiais e 10 mil soldados gregos casaram-se, no mesmo dia, com mulheres persas. Ji na Babilonia, durante uma festa, o grande conquistador foi acometido por uma febre desconhecida que nenhum de seus médicos soube curar.

Alexandre o Grande morreu na Babilonia, a 13 de junho de 323 a.C., com a idade de 33 anos.

O império que com tanto esforeo edificou, e que produziu a harmoniosa unico do Oriente e do Ocidente, comeeou a desmoronar, ji que só um homem com suas qualidades poderia governar território tco amplo e complexo, mescla de povos e culturas muito diferentes.

Após a morte de Alexandre (323 a.C.), o império acabou se desagregando, pois as importantes regiões da Pérsia e da índia reconquistaram sua independzncia.

Entretanto, as conquistas de Alexandre contribuíram decisivamente para a helenizaeco do Oriente. Denominamos de helenizaeco o processo de difusco da cultura grega nas regiões conquistadas pelo império de Alexandre, promovendo a fusco de elementos da cultura clissica com a cultura oriental. O resultado desta fusco é o surgimento de centros irradiadores da cultura helenística, como a cidade de Alexandria no Egito , local de uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, O Farol de Alexandria. Sua biblioteca, fundada pelo general e amigo de Alexandre, Ptolomeu I, tornou-se um dos mais importantes centros de produeco cultural e constituiu, provavelmente, o maior acervo da Antiguidade, com cerca de 500 mil obras.

Tumba que pode estar escondida

No início de 1995, a arqueóloga grega Liana Souvaltzi anunciou ter encontrado nas imediaeões de Siwa uma sepultura em estilo macedonio, que afirmou ser de Alexandre.

A identificaeco teria sido possível graeas a trzs tabletes de pedra com inscrieões, achados no local. Segundo ela, um dos tabletes teria sido escrito por Ptolomeu I, homem de confianea de Alexandre, e precursor da dinastia ptolemaica no Egito que deu origem a famosa Cleópatra VII, e confirmaria uma lenda segundo a qual o conquistador morrera envenenado.

Logo em seguida, o ansncio foi desmentido por uma equipe de especialistas do governo grego, liderada pelo secretirio-geral do Ministério da Cultura da Grécia, George Thomas, que visitou o local e afirmou ter dsvida até de que a estrutura escavada pela arqueóloga fosse mesmo uma tumba.

Ele levantou a hipótese de que, na verdade, o monumento seria um pequeno templo.

Thomas e outros integrantes da equipe oficial disseram que o estilo do complexo nco era macedonio, ao contririo das alegaeões de Liana Souvaltzi, e acrescentaram acreditar que as ruínas eram romanas e pertenciam a um período muito posterior ao de Alexandre e Ptolomeu I.

Alexandre, o Grande – Vida

Alexandre era filho de Filipe II da Macedônia e de Olimpíada, a filha de Neoptólemo de Épiro.

Filipe, também um grande líder, trouxera toda a Grécia sob seu comando antes de ser assassinado, em 336 a.C.

O jovem Alexandre cresceu em Atenas, à sombra de seu pai e do grande filósofo Aristóteles, que foi seu professor.

Aos vinte anos de idade, quando já era um homem destinado à grandeza, ele sucedeu seu pai.

Embora Alexandre tenha governado somente por treze anos, durante esse tempo foi capaz de construir um império maior do que qualquer outro que já havia existido.

Imperador da Macedônia (356-323 a.C.).
Imperador da Macedônia (356-323 a.C.).
Com apenas treze anos no poder, construiu um dos maiores impérios da Antiguidade.

Alexandre era filho de Filipe II da Macedônia e de Olimpíada, a filha de Neoptólemo de Épiro. Filipe, também um grande líder, trouxera toda a Grécia sob seu comando antes de ser assassinado, em 336 a.C. O jovem Alexandre cresceu em Atenas, à sombra de seu pai e do grande filósofo Aristóteles, que foi seu professor. Aos vinte anos de idade, quando já era um homem destinado à grandeza, ele sucedeu seu pai. Embora Alexandre tenha governado somente por treze anos, durante esse tempo foi capaz de construir um império maior do que qualquer outro que já havia existido.

Ele estava destinado a realizar aquilo em que os persas falharam um século antes: estabelecer um vasto império que enquadrasse tanto a Europa como a Ásia e que se estendesse da Grécia à Índia. É por isso que o conhecemos como Alexandre, o Grande.

Depois que Alexandre derrotou o imperador persa Dário III (558-486 a.C.) na Batalha de Íssus em 333 a.C., o Império Persa ruiu. Com 33 anos de idade, Alexandre governava cinqüenta vezes mais terras e vinte vezes mais pessoas do que havia no império grego quando ele o havia herdado de seu pai.

Esse imenso território incluía a Grécia, o Egito, todo o antigo Império Persa e tudo o que hoje consideramos como o Oriente Médio. Ele marchou para norte até o Danúbio, na Europa; para o leste, até o Ganges, na Índia; e chegou mesmo a enviar uma expedição para o interior da África na tentativa de encontrar a nascente do Rio Nilo.

Na época de sua morte, em 323 a.C., Alexandre foi considerado o maior general e o maior “construtor” de impérios que o mundo já havia conhecido. Mesmo hoje, 24 séculos mais tarde, ele não chega a ter mais do que seis rivais em termos de realizações.

Embora Alexandre fosse um líder carismático, a maior importância de seu império foi que, pela primeira vez, pôde haver uma troca livre de idéias entre as culturas de duas vastas regiões que, até então, haviam permanecido isoladas uma da outra.

Ao contrário de outros líderes vitoriosos, Alexandre não somente foi receptivo às idéias dos povos conquistados como também adotou algumas delas que conheceu na organização política persa. Por outro lado, a arte grega também pode receber grande influência da indiana.

Antes de sua morte prematura, por causa natural, aos 33 anos de idade, Alexandre construiu a cidade de Alexandria, no Egito, cuja preciosa biblioteca sobreviveu durante mil anos e acabou se tornando o maior centro de conhecimento do mundo.

Alexandre, o Grande – Exército

Alexandre era inteligente e caprichoso. Possuía uma ambição desmedida, uma imaginação poderosa e as qualidades superiores de um verdadeiro chefe guerreiro.

Era também conhecido pelo seu feitio violento e impetuoso e por ser invadido frequentes vezes por uma espécie de superstição religiosa, herdada possivelmente de sua mãe Olímpia. A estes dotes de espírito, aliava uma resistência física invulgar, uma força hercúlea e uma vontade de ferro. Tinha a paixão da música e da poesia. Admirador entusiasta dos heróis da Ilíada, sonhava tornar-se num novo Aquiles. Estava talhado para conquistar um grande império.

Senhor do poder após a morte do pai, Alexandre dirigiu-se à Grécia e fez-se aclamar generalíssimo da Liga de Corinto. Em seguida, promoveu uma expedição contra os bárbaros que ameaçavam as fronteiras norte da Macedônia.

Quando caminhava em direção ao Danúbio constou, na Grécia, que falecera. Esta notícia despertou o patriotismo dos Tebanos que se revoltaram e cercaram a guarnição Macedônica. Alexandre suspendeu a campanha, desceu à Grécia, tomou Tebas, destruiu a cidade e vendeu 30 mil Tebanos como escravos. Só poupou os templos e a casa do poeta Píndaro, em sinal de respeito pela religião e pela cultura helénica.

Este acontecimento convenceu Alexandre de que era difícil acabar com o espírito de independência dos gregos. Só uma expedição contra os persas, pensou ele, seria capaz de lhes fazer esquecer a liberdade perdida. Retomou, por isso, o projecto de seu pai e preparou-se para a conquista do Império Persa.

EXÉRCITO DE ALEXANDRE

O exército de Alexandre, composto de cerca de 32 mil homens, pôs-se finalmente em movimento em 334 a. C.

Após a travessia do Helesponto, Alexandre penetrou na Ásia Menor, visitou as ruínas de Tróia, em memória de Aquiles, o seu herói preferido, e aproximou-se de Granico, em cujas margens derrotou os persas. Em seguida, depois de haver conquistado várias cidades, partiu para o sul, derrotou, na batalha de Isso, o exército persa de Dario III, tomou a Fenícia e marchou em direção ao Egipto, onde fundou a cidade de Alexandria.

De África voltou novamente à Ásia. Bateu os persas em Arbela, entrou na cidade de Babilônia, onde foi magnificamente recebido, e correu em perseguição de Dario que, entretanto, morria assassinado.

Depois destes sucessos, Alexandre, que pensava já na conquista da Índia, pôs-se em marcha para Oriente e tomou o Pendjab. Aí, o seu exército, extenuado por tão longa caminhada, recusou-se a continuar.

Alexandre desceu então o rio Indo e regressou a Babilônia onde morreu passado pouco tempo (323 a.C.).

O projecto grandioso que concebera de fundir num único Estado, a Península Balcânica, a Ásia e os países do Mediterrâneo Oriental terminara aí. Tinha apenas 32 anos.

Para manter este imenso império, Alexandre tomou uma série de medidas políticas de grande alcance. Começou por estabelecer uma política de união entre vencidos e vencedores por meio de casamentos. Ele próprio deu o exemplo casando com uma persa. Depois, abriu as fileiras do exército aos soldados e oficiais inimigos, fundou cidades e criou colônias militares, destinadas a espalharem a civilização entre os povos bárbaros. Cercou-se de sábios e artistas que encarregou de darem a conhecer a cultura helénica. Vulgarizou o uso da língua grega, desenvolveu o comércio e a indústria e intensificou as relações entre o Oriente e Ocidente.

Busto de Alexandre
Busto de Alexandre

“Era sua vontade tomar toda a terra habitável sujeita à mesma razão e todos os homens cidadãos do mesmo governo.” Plutarco, cit. in Bonnard, 1972, II :203

Atendendo às qualidades de organizador de que deu provas durante a sua curta existência, se Alexandre tivesse vivido por mais anos, é natural que o seu império se mantivesse, apesar de composto por povos tão diferentes na raça, no feitio, nas tradições e nos costumes. Mas, desaparecido o seu fundador, desapareceu também a força que mantinha unido o seu império. As diversas províncias começaram de imediato a manifestar desejos de independência, desejos esses que os respectivos governadores, todos generais de Alexandre, acalentaram.

É assim que, vinte e dois anos depois da morte de Alexandre, os generais retalharam o império em seu próprio proveito (301 a. C.). Dos destroços do império vieram a formar-se quatro reinos que passaram a ter vida independente. Para um lado, ficou a Península Helénica com a Macedônia; para outro, o território que, da Síria, avançava até ao Indo; para outro ainda, a zona que, da Ásia Menor, corria até ao Danúbio e, finalmente, o Egipto com a parte da Ásia que ia da Arábia até à Palestina.

Alexandre, o Grande – Império

Nascimento: julho de 356 a.C., Pela, Grécia.

Falecimento: junho de 323 a.C., Babilônia, Iraque.

Rei da Macedônia, é o capitão e o estratega mais famoso da Antiguidade. A partir de 345, o seu pai, Filipe II, confia a sua educação ao filósofo Aristóteles, o principal sábio da sua época, que o faz percorrer o ciclo completo dos conhecimentos humanos e exerce sobre ele uma influência benéfica. Alexandre faz os seus primeiros combates em campanhas contra os Trácios, os Gregos (Queronea, 338) e os Ilírios. Em 336 sucede ao seu pai, que morre assassinado. A Macedônia só conserva a supremacia alcançada no tempo do seu pai porque Alexandre, desde o princípio do seu reinado, não deixa de lutar. Começa por fazer-se nomear estratega-chefe dos Helenos numa assembleia celebrada em Corinto (335). De seguida submete as nações bárbaras situadas ao norte da Macedônia e os Ilírios.

Com uma hábil mistura de crueldade e de clemência, submete Tebas, Atenas e as outras cidades gregas.

Só então pode Alexandre consagrar-se à empresa sonhada pelo seu pai: a expedição à Ásia.

Alexandre decide que Antipater governa a Macedônia e cuida da Grécia durante a sua ausência, e de seguida reparte os seus bens entre os seus amigos e, sem mais equipagem que a esperança, franqueia o Helesponto em companhia de 30000 infantes e 5000 ginetes.

Em Tróia oferece sacrifícios a Príamo e Aquiles e, após um combate encarniçado, derrota o exército persa da Ásia Menor. Passa o Inverno em Caria, após o que retoma a marcha. Em Górdio parte com a sua espada o famoso nó górdio e, assim, cumpre o oráculo que promete o Império da Ásia àquele que tal feito comete (333). Cruza o rio Tauro e adoece, o que acontece, segundo a tradição, a todo aquele que toma banho nas águas geladas do Cidno depois de transpirar.

Continua o seu caminho, contorna o golfo de Isso e, antes de entrar na Síria, derrota nas planícies de Isso o inumerável exército reunido por Dario. O acampamento de Dario e a sua família, com quem Alexandre se porta do modo mais nobre, cai nas mãos do vencedor. O rei Dario, foge.

Alexandre responde às propostas de paz do vencido e exige a mais completa submissão, após o que prossegue os seus planos estratégicos. Submete o litoral sírio, assedia as cidades fenícias de Tiro e Gaza (332) e entra no Egipto. Pela sua tolerância e pelo respeito político que mostra para com as suas crenças, o macedônio ganha o respeito dos Egípcios, que sofrem até aí a cruel opressão dos Persas. Assegura-se da fidelidade desta rica região, nexo de união entre o mundo mediterrâneo e o Extremo Oriente. Interna-se depois no deserto da Líbia até ao oásis de Ámon, funda Alexandria no extremo ocidental do delta do Nilo, nos limites do deserto, nas margens do Mediterrâneo, numa situação admirável.

Na Primavera do ano de 331, depois de isolar completamente Dario do mundo helénico através da conquista sistemática de todas as costas do Império Persa, Alexandre atira-se para o interior. Franqueia o Eufrates e o Tigre e, junto a Gaugamela, na grande estrada imperial, esbarra com o novo exército reunido por Dario. Mas é sobretudo graças a uma batalha de cavalaria (Arbelas) que Alexandre penetra no interior da Ásia Menor.

A partir de então, todas as cidades do Império se lhe abrem: Babilônia, Susa (331), Persépolis (330), Ecbátana… Dario, perseguido pelo macedônio através de Media e Bactriana, morre assassinado.

Com ele termina a dinastia dos Aqueménidas e o primeiro Império Persa.

A partir desse momento, a obra de Alexandre muda de carácter: aos 26 anos termina a conquista; agora há que consolidá-la, e a isso dedica todos os seus esforços. Combates e assédios sucedem-se sem interrupção. E, juntamente com macedônios e gregos, entram no seu exército tropas persas e bárbaras.

O próprio Alexandre modifica o seu regresso imediato ao converter-se em soberano da Ásia, com grande desgosto dos seus velhos companheiros de armas, que apenas querem ver nele o rei da Macedônia. Converte-se num semideus perante o qual os Persas se prosternam; desembaraça-se daqueles que criticam estas inovações assassinando-os (Parmeno, Clito) ou implicando-os em conjurações (Filotas, Calístenes). Funda novas cidades que levam o seu nome e, chegado ao extremo oriental da planície iraniana, penetra no vale do Indo. Com um exército reforçado por novos bárbaros, vence o valoroso rei Poro nas margens do Idaspes.

Chega então o momento em que os seus soldados, cansados da guerra, se negam a seguir em frente. Alexandre levanta então doze altares gigantescos e bate-se em retirada. Mas antes de voltar, segue o curso do Indo até ao Oceano Índico, onde os Gregos, que então apenas conhecem o Mediterrâneo, mar interior, contemplam surpreendidos o fenômeno das marés vivas. Constrói uma frota nas margens do Idaspes e incumbe Nearco da exploração do litoral do novo oceano. Atravessa o Sul do Irão e faz o caminho de regresso em risco de perecer de fome e de sede com os seus soldados nos desertos. No ano de 325 entra, finalmente, em Susa.

Alexandre, leva ainda mais longe a sua política de fusão, anima os Macedônios a casar-se com mulheres persas e ele mesmo se casa com Estatira, filha de Dario. A partir de então organiza por completo a sua corte à maneira persa. Em Babilônia, sua residência favorita, recebe embaixadores de todos os países do mundo então conhecido. Enquanto prepara novos planos de exploração e de conquista e leva a cabo os imensos preparativos apropriados, morre atormentado com umas febres. Tem 33 anos.

Não dispõe de tempo para culminar a obra da sua vida: a fusão de Asiáticos e Helenos sob a sucessão do seu filho, nascido do seu casamento com Estatira.

Alexandre Magno – Conquistas

Alexandre III Magno ou Alexandre, o Grande (356-323 a.C.), rei da Macedônia (336-323 a.C.), conquistador do império persa, um dos mais importantes militares do mundo antigo.

AS PRIMEIRAS CONQUISTAS

Alexandre nasceu em Pela, antiga capital da Macedônia. Era filho de Felipe II, rei da Macedônia, e de Olímpia, princesa de Epiro. Aristóteles foi seu tutor, ensinou-lhe retórica e literatura, e estimulou seu interesse pelas ciências, medicina e filosofia. No verão do ano 336 a.C. Felipe II foi assassinado e Alexandre ascendeu ao trono da Macedônia. Encontrou-se rodeado de inimigos e se viu ameaçado por uma rebelião no estrangeiro.

Alexandre ordenou a execução de todos os conspiradores e inimigos nacionais. Seguiu para a Tessália, que estava sob o controle dos partidários da independência, e restaurou o domínio macedônio. Até o final daquele verão havia firmado sua posição na Grécia e durante um congresso realizado em Corinto os representantes dos estados o elegeram comandante do exército na guerra contra a Pérsia. Em 335 a.C., dirigiu uma brilhante campanha contra os rebeldes trácios nas proximidades do rio Danúbio.

Em seu regresso à Macedônia, reprimiu em uma só semana os hostis ilírios e dardânios nos arredores do lago Pequeno Prespa e depois se dirigiu para Tebas, que havia se sublevado. Conquistou a cidade e destruiu os edifícios, respeitando apenas os templos e a casa do poeta lírico Píndaro, escravizando 30 mil habitantes capturados. A rapidez de Alexandre em reprimir a revolta de Tebas facilitou a imediata submissão dos outros estados gregos.

A CRIAÇÃO DE UM IMPÉRIO

Alexandre começou a guerra contra a Pérsia na primavera de 334 a.C. ao cruzar o Helesponto, atual Dardanelos, com um exército de aproximadamente 365 mil homens da Macedônia e de toda a Grécia. Seus oficiais eram todos macedônios. No rio Grânico, próximo à antiga cidade de Tróia, atacou um exército de 40 mil persas e gregos hoplitas — mercenários. Suas forças derrotaram o inimigo e, segundo a tradição, perdeu somente 110 homens. Depois dessa batalha, toda a Ásia se rendeu. Continuou avançando para o sul e se encontrou com o principal exército persa, sob o comando de Dario III, em Isos, no noroeste da Síria.

Segundo a tradição, o exército de Dario era estimado em 500 mil soldados, cifra que hoje é considerada exagerada. A batalha de Isos em 333 a.C. terminou com uma grande vitória de Alexandre. Dario fugiu, deixando aos cuidados de Alexandre a mãe, esposa e filhos, que, devido à condição de família real, foram tratados com respeito. Tiro, um porto marítimo extremamente fortificado, ofereceu uma tenaz resistência, mas Alexandre conquistou-o em 332 a.C. depois de sete meses de combates. Posteriormente, Alexandre capturou Gaza e entrou no Egito, onde foi recebido como libertador. Estes acontecimentos facilitaram o controle de toda costa do Mediterrâneo. Mais tarde, em 332 a.C., fundou na desembocadura do rio Nilo a cidade de Alexandria, que se converteu no centro literário, científico e comercial do mundo grego (ver Biblioteca de Alexandria). Cirene, a capital do antigo reino da Cirenaica, no norte da África, se rendeu a Alexandre em 331 a.C.

Na primavera de 331 a.C., Alexandre fez uma peregrinação ao grande templo e oráculo de Amon, o deus egípcio do Sol que os gregos identificaram com Zeus.

Acreditava-se que os primeiro faraós egípcios eram filhos de Amon. Alexandre, o novo dirigente do Egito, queria que o deus o reconhecesse como seu filho.

A peregrinação teve êxito, e talvez tenha confirmado a crença de Alexandre em sua origem divina. Dirigindo-se de novo para o norte, reorganizou suas forças em Tiro e saiu para a Babilônia com um exército de 40 mil infantes e 7 mil ginetes. Cruzou os rios Eufrates e Tigre e se encontrou com Dario à frente do exército persa, o qual, segundo estimativas exageradas, tinha um milhão de homens, quantidade que não impediu que sofresse no dia 1º de outubro de 331 a.C. uma derrota devastadora na batalha de Arbela, às vezes chamada Gaugamela.

Dario fugiu da mesma forma que havia feito em Isos e um ano mais tarde foi assassinado por seus próprios colaboradores. A Babilônia se rendeu depois de Gaugamela e a cidade de Susa, com seus enormes tesouros, foi igualmente conquistada. O domínio de Alexandre se estendeu da margem sul do mar Cáspio, incluindo as atuais Afeganistão e Beluquistão, ao norte, até a Bactriana e Sogdiana, atual Turquistão. Precisou de apenas três anos, da primavera de 330 a.C. à primavera de 327 a.C., para dominar esta vasta zona.

Para completar a conquista do resto do império persa, que chegou a abranger parte do oeste da Índia, Alexandre cruzou o rio Indo no ano 326 a.C. e invadiu o Punjab, alcançando o rio Hifasis, atual Bias; neste ponto, os macedônios se rebelaram, negando-se a continuar.

Alexandre resolveu construir uma frota e desceu o Hidaspe em direção ao Indo, alcançando seu delta em setembro de 325 a.C. A frota continuou em direção ao golfo Pérsico. Com seu exército, Alexandre cruzou o deserto de Susa em 324 a.C. A escassez de comida e água durante a marcha causou várias perdas e desentendimentos entre a tropa. Alexandre passou aproximadamente um ano reorganizando seus domínios e inspecionando territórios do golfo Pérsico onde conseguira novas conquistas. Chegou à Babilônia na primavera de 323 a.C., mas em junho foi acometido por uma febre e morreu em seguida.

O LEGADO DE ALEXANDRE

Alexandre foi um dos maiores conquistadores da História. Destacou-se pelo brilhantismo tático e pela rapidez com que atravessava grandes territórios. Ainda que valente e generoso, soube ser cruel quando a situação política assim exigia. Cometeu alguns atos dos quais se arrependeu, como o assassinato de seu amigo Clito em um momento de embriaguez. Como político e dirigente teve planos grandiosos.

Segundo alguns historiadores elaborou um projeto de unificar o Oriente e o Ocidente em um império mundial. Acredita-se que cerca de 30 mil jovens persas foram educados na cultura grega e em táticas militares macedônicas, sendo aceitos no exército de Alexandre.

Ele também adotou costumes persas e casou com mulheres orientais: Estatira ou Stateira, filha mais velha de Dario, e com Roxana, filha do sátrapa Bactriana Oxiartes. Além disso animou e subornou seus oficiais para que aceitassem mulheres persas como esposas. Alexandre ordenou que as cidades gregas, após sua morte, lhe adorassem como um deus Ainda que provavelmente tenha dado a ordem por razões políticas, segundo sua própria opinião e de alguns contemporâneos, ele se considerava de origem divina.

Para unificar suas conquistas, Alexandre fundou várias cidades ao longo de suas conquistas, muitas das quais se chamaram Alexandria em sua homenagem. Essas cidades estavam bem situadas, bem pavimentadas e contavam com bom serviço de abastecimento de água. Eram autônomas mas sujeitas aos editos do rei. Os veteranos gregos de seu exército, bem como os soldados jovens, negociantes, comerciantes e eruditos, se instalaram nelas, levando consigo a cultura e a língua gregas. Assim, Alexandre estendeu amplamente a influência da civilização grega e preparou o caminho para os reinos do período helenístico e a posterior expansão de Roma.

Fonte: www.bbc.co.uk/www.biography.com/br.geocities.com/www.meusestudos.com/www.educ.fc.ul.pt/www.vidaslusofonas.pt

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