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O angico é uma árvore medicinal. As propriedades se encontram principalmente em suas cascas.
O xarope preparado com a planta auxilia no tratamento de doenças do trato respiratório( tosse, rouquidão bronquite). Também é utilizado no caso de diarreias. Utilizado em tratamentos de gonorreia e leucorreia.
É um ótimo cicatrizante.
Anadenanthera peregrina
Descrição
Planta da família das fabaceae, também conhecida como paricá, da terra, angico de curtume. Os Angicos vermelho e branco são plantas da mesma família botânica e do mesmo gênero, variando apenas a espécie e são alvo de muitas confusões. Árvore de caule inerme, de até 25m de altura. Flores esbranquiçadas pequenas, dispostas em espigas axilares de 3 a 5cm de comprimento. O fruto é uma vagem coriácea muito achatada, de até 16cm de comprimento com muitas sementes pequenas, comprimidas e membranosas. A goma de Angico, popular entre caboclos, é extraída através de incisões superficiais das cascas, deixa-se correr a goma que é posteriormente seca ao sol.
Habitat
Caatinga, ocorrendo em outras áreas do Maranhão até o Paraná.
História
De uso corrente pela população cabocla, embora sejam plantas tóxicas, cujo uso envolve riscos. (No uso tradicional) Tradicionalmente, ambas as plantas são usa¬das alternando-se as indicações. É comum, entre raízeiros e mateiros, dizer-se que “Angico é tudo igual, serve pra mesma coisa”.
Princípios ativos
Casca e folhas: taninos: 32%; Goma: Angicose (açúcar); Matérias resinosas; Mucilagens; Sementes: Bufotemina (saponina).
Farmacologia
É comprovado cientificamente que a bufotemina possui propriedades alucinógenas. A quantidade de taninos presentes, assim como mucilagens e saponinas, provavelmente são as justificativas de seu uso. Não encontramos relatos de pesquisas ou estudos clínicos sobre estas espécies, mas como seu uso empírico junto à população cabocla ainda é muito difundido, lista,mos as informações disponíveis.
Propriedades medicinais
Anti-séptico bucal.
Indicações
Diarreias, disenteria, gases; Afecções respiratórias: tosse, catarro, pneumonia, asma; úlceras, contusões e corrimentos e doenças venéreas; hemorragias.
Modo de usar
6 gramas das cascas em um copo de água, ou outro líquido.
Contra-indicações/cuidados
Em pessoas com intestinos sensíveis.
Efeitos colaterais
Plantas tóxicas para o homem e para o gado. Sementes e folhas secas são alucinógenas. O uso pode provocar escoriações no septo nasal e nas mucosas da boca.
Superdosagem
Caso ocorra, além de lavagem gastro-intestinal, tratamento sintomático e monitoramento clínico podem ser necessários.
Toxicologia
Ambas as espécies são tóxicas para o homem e animais. – as folhas são tóxicas para bovinos; as folhas e sementes secas são alucinógenas.
Posologia
Adultos: 20ml de tintura da casca diluída em 5OOml de água para compressas em ferimentos e lavagens vaginais; 5g de erva fresca (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) de cascas ou goma em decocto (trato respiratório) até 2 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs; Banhos, gargarejes e lavagens são feitos com 50g de cascas frescas em 11 de água.
Fonte: www.plantasquecuram.com.br
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