Agoniada

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Agoniada é uma planta conhecida por vários benefícios medicinais.

Ela é muito utilizada no tratamento de cólicas menstruais e tem efeito calmante.

O chá dessa planta tem efeito diurético, auxilia no tratamento de corrimentos vaginais , menstruações desreguladas, constipação intestinal, gastrite, TPM, problemas de asma, doenças de pele entre outras.

As partes utilizadas da planta são cascas e flores.

Mulheres grávidas e crianças devem evitar preparações com essa planta.

A erva pode ser comprada em lojas de produtos naturais.

Antes de consumir ou fazer tratamento com qualquer planta um médico deve ser consultado ou especialista.

Por Portal São Francisco

Agoniada

Descrição

Da família das Apocináceas, também conhecida como agonia, agonium, arapou, arapuê, arapuo, colônia, guina-mole, jasmim-manga, quina-branca, quina-mole, sacuíba, sucuba, sucuriba, sucuúba, tapioca, tapouca, tapuoca. Planta que atinge até 8 m de altura, de raízes compridas, folhas opostas e lanceoladas; suas flores são brancas e os frutos fusiformes. Suas flores são brancas, campanuladas, com a base do rubo amarelo, grandes, dispostas no ápice dos ramos em cimeiras de 2 ou 3; seus frutos folículos geminados, fusiformes, de 9 cm de tamanho normal, contendo sementes. Essa árvore chega a ter 20 m de altura e outra Microfila (quina-branca), respectivamente de folhas maiores e menores. No Brasil é grande o seu cultivo, abrangendo toda a região compreendida entre Goiás e Rio Grande do Sul.

Curiosidade

As sementes serviam aos índios para a feitura de adornos, como colares, maracás, chocalhos e demais peças, principalmente para os dias festivos. Tem a variedade major (P. ago-niata Pk.), de maior porte.

História

A agoniada é reconhecida tradicionalmente como excelente remédio para mulheres, referindo-se seu nome aos sintomas associados ao ciclo menstrual.

Habitat: Ocorre nos estados do Sul, principalmente na Serrado Mar.

Parte Usada : Folhas e cascas.

Propriedades medicinais – casca

emenagoga e purgativa; – látex da casca: anti-helmínticas, febrífugo; – flores: lactescentes, galactagogas, antidepressiva, antiasmática, anti-sifilítica, emenagoga, purgativa, anticonceptiva, antiespasmódica, anti-helmíntica, desengurgitante (para adenites e gânglios supurados), febrífuga, galactagoga, laxante, reguladora dos ciclos menstruais, resolutiva, sedativa; – folhas: antiasmática, antidepressiva, anti-sifilítica, galactagoga, emenagoga, febrífuga, purgativa. – toda a planta: antiinflamatório potente (do trato genital feminino); anti depressiva.

Indicações

Febrífuga, balsâmica, combate cólicas menstruais, febre, asma brônquica e ansiedade. Emprega-se nas afecções histéricas, na asma, nas atorrías gastro-intestinais, nos catarros crónicos, na clorose, nas febres intermitentes. Amenorréia: como estimulante da função gonadal e regulador dos ciclos menstruais; Dismenorréia: analgésico, sedativo e antiespasmódico; TPM com ansiedade, constipação intestinal, dispepsia, dismenorréia e edema: como diurético, estimulante da função gonadal, laxante, protetor da mucosa gástrica, sedativos e regulador dos ciclos menstruais; Edemas relacionados com o eido menstrual: como diurético; Irregularidades menstruais: como estimulante gonadal e regulador; Leucorréia crônica: como antiinflamatório. Adenopatia satélite associada a infecções ginecológicas: como antiinflamatório, resolutivo e linfotrópico. Dispepsia, gastrite e epigastralgia associadas ou com agravação peri-menstrual: como laxativo, sedativo, protetor da mucosa gástrica e antiespasmódico.

Princípios Ativos

Glicosídeos (agoniadina) plumerina e ácido plumeritânico. Alcalóides: agoniadina, plumerina; Princípios amargos; Açúcares; Iridóides; Fulvoplumerina; Glicídeos. Óleos essenciais: farnessol, citronerol. Ácido plumérico; Plumerídeo; Resinas

Toxicologia

Uso não indicado durante a gestação e aleitamento materno, nem para crianças. O látex da casca, em doses elevadas, produz síncope, delíquio e até mesmo a morte.

Contra-indicações

Em mulheres grávidas por seus efeitos sobre o aparelho reprodutor feminino e pela sua influência no mecanismo de indução do parto, podendo gerar prematuridade em diarreias, por ser laxativo.

Toxicologia

As pesquisas garantem o uso em humanos nas doses indicadas. A DLM é acima de SOOml para um adulto com mais de 60Kg. As resinas do gênero Plumeria são tóxicas em doses (muito) elevadas – causam grande irritação da mucosa do tubo digestivo provocando diarreia, esofagite, gastrite e eventualmente sangramento digestivo.

Modo de usar

Infusão de 5 g a 20 g de folhas para 1 litro de água fervente, tomar 4 a 5 xícaras por dia, sem adoçantes; – compressas das folhas cozidas sobre os órgãos genitais debilitados: restaurar as forças (Diz-se, que quem as emprega frequentemente, corre o risco de se tornar estéril); colocadas sobre os seios das parturientes: galactagogas; – flores colocadas sobre os seios das parturientes: lactescentes, galactagogas; – folhas cozidas colocadas sobre os seios das parturientes: galactagogas; sobre os órgãos genitais debilitados: restaurar as forças dos órgãos; – extrato fluído de toda a planta: 1 colher das de chá 3 vezes/dia.

Posologia: Adultos

10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de cascas em decocto até 3 vezes ao dia.

Superdosagem

Deverá ser feito o esvaziamento gástrico, com sonda nasogástrica em sifonagem e tratamento sintomático. As resinas da P. lancifolia são muito irritantes para a mucosa gástrica em doses tóxicas-4,9g/Kg de peso corporal. É recomendável o uso de bloqueadores dos receptores h2 da histamina – tipo cimetidina – e uso de óleo mineral e carvão ativado para reduzir as lesões da mucosa. Outras medidas de suporte: dieta zero, e hidratação venosa.

Farmacologia

Estudos da fração alcalóidica de P. lancifolia (FAA) mostram que na dose de 100mg/Kg VO protege a mucosa gástrica de cobaias. Em todos os modelos experimentais a FAA apresentou-se tão ou mais potente que a cimetidina (50mg/Kg de peso). O volume de secreção gástrica mostrou-se reduzido, assim como a acidez total, mas a atividade péptica do suco gástrico não foi alterada; Possui ação antiinflamatória e antiespasmódica comprovada, justificando sua indicação nas dismenorréias. Tem ação emenagoga e reguladora nos ciclos menstruais -sua ação naTPM baseia-se em sua função diurética, sedativa e antiinflamatória.

Resumo Clínico

Usos etnofarmacológicos: emenagoga, antiespasmódica, depurativa, antifebril, antiasmática, antiinflamatória, e purgativa em doses mais altas. Para casos de irregularidade menstrual, amenorréia, nas linfanginites, ingurgitamento ganglionar, escrófulas, asma brônquica, fraqueza relacionada à menstruação, histeria, inflamações uterinas, constipação intestinal e digestão difícil .Sem toxidade nas doses recomendadas.

Fonte: www.plantasquecuram.com.br

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